quinta-feira, 30 de abril de 2009

terça-feira, 28 de abril de 2009

O Palco das Heroínas


Quando o assunto é bondage inevitavelmente aparece o segmento das garotas em apuros, as famosas Damsels in Distress.
Já falamos sobre isso aqui, mas não custa lembrar que essa tendência está diretamente relacionada com trechos de filmes que o cinema popularizou, onde existe uma garota, ou melhor, uma heroína em perigo pronta para ser resgatada por seu herói. Parece coisa de criança, e é mesmo, porque é daí que surge o interesse de muita gente pelo fetiche desde os tempos dos desenhos animados.
E dentro desse segmento também conhecido como “DiD”, que nada mais é que a apresentação dos trechos dos filmes onde as cenas da garota em perigo acontecem, diversos sites na Internet apresentam esses clipes de forma gratuita, sendo que alguns com um conteúdo bem elaborado onde cada cena dessas é retratada de forma fiel e com um enredo pra lá de excitante.
Esse é o caso do blog “Danger Theatre” (http://danger-theatre.blogspot.com/) da Sasha Cohen, um verdadeiro palco virtual por onde desfilam cenas que vão desde os tempos do cinema clássico em preto e branco até as eletrizantes produções do que existe de mais moderno na telona.
Autora de excelentes textos de bondage e há tempos na estrada, Sasha que se auto define como uma “Babygothgyrl” conhece como poucos essa arte e pacientemente elabora os cortes de cada cena que garimpa pelos filmes e seriados, onde usa toda a sua criatividade para apresentá-los com comentários brilhantes.
Muitos podem argumentar o porquê dessa procura, mas a resposta está diretamente ligada ao que os sites comerciais, e nisso se inclui o Bound Brazil, costumam apresentar em suas produções, ou seja, pequenos vídeos onde a ênfase está na captura, no seqüestro, uma reprodução do que o cinema apresenta e que um amante de bondage às vezes espera até o final do filme para assistir. Nós apenas resumimos e procuramos reproduzir aquilo que a cena principal procura passar ao espectador. Essa é a essência do termo Damsels in Distress.
E esse termo é a especialidade de Sasha Cohen e seu Danger Theatre, e para ter essa certeza basta ir até o seu conceituado blog e conferir o verdadeiro arsenal de obras que ela já postou, tanto de filmes e seriados de ação como de obras de arte que o cinema amador de bondage já produziu, em pequenos trechos de vídeos dos anos setenta e oitenta estrelados por excelentes atrizes como Sally Roberts e Laurel Blake.
Mas a Sasha não para por aí e em breve estará elaborando um roteiro para um vídeo a ser realizado por nós no Bound Brazil, motivo de orgulho e reconhecimento ao trabalho que apresentamos. É esperar para ver.

TERÇA NO BB

Nessa noite o site Bound Brazil atualiza para seus assinantes com duas atrações especiais.
Numa ótima produção de Mestre Nauticus a volta da belíssima Nany (foto) em um trabalho de bondage meticulosamente elaborado utilizando a técnica conhecida como strappado e, ainda, mordaças ball gag e silver tape. É assinar e conferir na íntegra.
No segundo set de fotos uma seqüência com as famosas “rope marks”, aquelas marquinhas deixadas pelas cordas nos pulsos, braços, pernas e tornozelos das modelos que tanta gente adora...
Enjoy it!

segunda-feira, 27 de abril de 2009

O Sonho do Heitor


Todos temos sonhos, alguns são considerados possíveis por nós mesmos que temos os direitos autorais de nossos próprios devaneios, outros, porém, como bons críticos, consideramos de difícil realização.
Difícil sim, mas não impossível, como faz questão de frisar meu bom e velho amigo Heitor.
Admirador de bondage, seu sonho é ser raptado por duas ou mais mulheres sem prévio aviso, levado a um local desconhecido e lá ser devidamente transformado em objeto do desejo delas. Fácil né? Ele sabe que não, mas insiste em realizar tal proeza e jura que sequer tentou fazer alguma coisa parecida com prostitutas, o que seria plenamente viável.
Perguntado se esse sonho poderia ser realizado com uma namorada ele afirma que a tal parceira teria que dividi-lo com “outras” para que a realização fosse completa e, categoricamente assegura que não se contenta em conseguir parte de seu desejo, ou seja, tem que ser na versão completa, sem nenhuma edição.
O fato é que Heitor não está sozinho nesse universo, porque esse sonho é parte do baú de desejos de muita gente que assume ou apenas o imagina em determinados momentos.
Conheço muita gente que logrou realizar esse tipo de fantasia e de todas as vezes que ouvi alguma coisa do gênero os fatos aconteceram pré-programados, mas essa não é a tese do Heitor que ciente do que almeja, prega um comportamento totalmente espontâneo da pessoa que terá a incumbência da tarefa.
E quem se habilitaria? Qual mulher apaixonada aceitaria dividir seu bolo com alguém que aceitasse viajar nesse sonho?
Tenho um outro amigo que sonha declaradamente com uma sessão de sexo entre a sua atual mulher e a sua ex, (amarraria as duas... - diz) e na maior cara de pau tem certeza que um dia conseguirá essa proeza e afirma já ter tido delírios com essa história que o levaram a masturbações maravilhosas.
Sonho ou realidade possível?
O ser humano tem na imaginação um verdadeiro universo paralelo onde ele cria e vive as maiores aventuras que cada mente é capaz de idealizar. O problema consiste em trazer coisas que só acontecem nesse mundo imaginário a nossa dura e consciente realidade, onde cada qual tem suas próprias idéias e conceitos.
Para aumentar a adrenalina, notadamente esses sonhos e delírios em noventa e nove por cento dos casos incluem a participação de terceiros que nada têm a ver com o que se passa dentro do pensamento de quem idealiza o cenário.
E o Heitor, o que acha disso? Pois a palavra está com ele...
“Já cheguei perto e por pouco, muito pouco não consegui armar da forma perfeita. Tive uma namorada que aceitou, chegamos a falar sobre detalhes, mas na hora da “onça beber água” a amiga dela deu pra trás, sentiu-se mal com a história e desistiu. Mas um dia eu chego lá, pode escrever no seu blog...”.
E espero mesmo Heitor, porque com persistência vencemos qualquer barreira. E como nada nesse mundo é impossível, qualquer dia desses vou receber um outro email do Heitor contando detalhes de sua aventura plenamente realizada.
Basta acreditar...
Quanto ao outro amigo citado aqui, melhor que o sonho seja mesmo impossível, afinal prezando por sua amizade não lhe desejaria dias insuportáveis... rs, porque para um bom entendedor um pingo é uma letra...
Depois desse artigo eu pergunto: quem se habilitaria a contar através do espaço reservado aos comentários seu sonho?

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Diana (The Private Investigator), Monique e Aisha.


Foi através de uma sugestão que começou essa “série”.
Uma idéia simples, mas que tem no conteúdo um vasto campo para a composição de vídeos totalmente diferentes. Louve-se a iniciativa de amigos desse blog e assinantes do Bound Brazil, que atenderam ao chamado e participam diretamente no que é produzido pelo site.
Diana é uma investigadora particular que tenta desvendar uma série de casos complicados e responde a um chefe misterioso, mal comparando, como as Panteras do Charlie.
No primeiro episódio que vai ao ar hoje no Bound Brazil, Diana interpretada pela excelente modelo Hanna Vitória, investiga duas amigas (Rafaela e Lara) suspeitas de atuarem no mercado negro, através de atividades ligadas ao contrabando.
Com muitas cenas de ação, bondage e sempre no estilo Damsels in Distress, esse vídeo com 23 minutos de duração tem excelentes tomadas externas mostrando uma linda paisagem da cidade do Rio de Janeiro, pois foi rodado numa bela cobertura, e conjuga imobilizações com fitilho, cordas, mordaças cleaved gag e meias de seda.
O roteiro foi desenvolvido por mim respeitando a idéia original de nosso amigo e colaborador JL (O Homem Coruja), com participação direta das meninas que fizeram o filme e opinaram bastante em todas as cenas.
Assina à edição e fotografia desse vídeo a craque Lucia Sanny. Imperdível, mesmo!

BELAS FOTOS E JUSTA HOMENAGEM


Foi matéria de ontem a relação dos contemplados pelo Bondage Awards 2009.
Entre as quarenta melhores modelos de bondage, duas Deusas do Bound Brazil figuram na lista, Aisha e Monique.
Hoje, o blog presta uma justa homenagem a essas duas beldades publicando uma foto de cada para que todos possam contemplar e aplaudir essas duas iniciantes, que em seis meses de atuação como “bondagettes” já conseguem arrancar suspiros do público presente nos inúmeros sites desse tipo pelo mundo afora.
A foto da Monique é parte das atrações de hoje no Bound Brazil, totalmente caracterizada de Odalisca, mais um pedido de nossos assinantes, e da bela Becky num ensaio produzido pelo Mestre Nauticus, já dando uma idéia do que o site trará nessa nova estação.
A todos um excelente final de semana, de preferência com muitas cenas de bondage!


(Fotos: Screenshot do Video Diana (The Private Investigator) - Monique e Aisha)

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Bondage Awards 2009



Primeiro, agradecer de coração em quem votou no Bound Brazil para melhor site de bondage. Não figuramos entre os dez mais, porém fomos para a disputa final e estamos pré-classificados para a próxima votação ficando entre os quarenta mais votados.
Além do site, as nossas modelos Monique (AKA Scarlet) e Aisha figuraram entre as preferidas ficando também classificadas para a próxima disputa.
Se fizermos uma comparação com o tempo de existência do site (completa seis meses daqui a dois dias) e a votação alcançada, demos uma bela largada e isso se deve muito mais aos apoios conseguidos aqui no blog e aos assinantes que votaram por conta própria, já que não havia uma propaganda específica no site.
Contestado ou não, a verdade é que o resultado do Bondage Awards sempre será motivo de queixas por parte de quem não aceita os resultados, principalmente se levarmos em conta que os mesmos sites ganhadores do ano passado apareceram novamente entre os dez mais.
Mas as contestações não param por aí e são bem mais contundentes quanto aos quesitos de roteiristas e produtores. Muitas são as reivindicações do público fetichista por novos escritores como Sasha e outros mais, mas há que se louvar essa iniciativa do site que premia os melhores, afinal, sempre há de haver um canal que faça esse tipo de escolha.
Agora a minha opinião: me estranha à insistência em premiar o canal de Mick Luvbight inclusive como melhor site não pago, deixando de fora o excelente Black Fox, o Bondage Co, e tantos outros. De resto, nada que fosse totalmente fora de contexto, porque todos que estão na cena bondage ao longo desses anos merecem o destaque devido.
Melhor é seguir com o trabalho desenvolvido sem abrir mão do estilo implantado, para conseguir através de visibilidade um espaço maior na cena fetichista mundial, levando o Bound Brazil a figurar entre os grandes desse segmento.
Há tempo pra tudo e somente com o trabalho continuo conseguiremos chegar onde almejamos.
Obrigado a todos e até o Bondage Awards 2010!

Para conferir o resultado na íntegra, acesse o link abaixo:

http://www.bondageawards.com/hall_of_fame.asp

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Behind the Scenes


O blog que vou falar hoje não é meu.
Pertence ao nosso “papa mike” que resolve todos os problemas do site Bound Brazil, e ainda acha tempo para colocar a casa em ordem através das atualizações e novidades do mundo da informática.
Para quem entende um pouquinho de rádio amador, basta sintonizar a freqüência e mandar um “PTT” que o Evandro Ynno aparece do nada, vinte e quatro horas por dia para resolver o problema. Já vi esse cara chorar de raiva quando tentaram invadir o site e não dormiu até conseguir resolver o problema. O pior que isso foi lá no começo, assim que ele chegou e assumiu o comando.
E no blog “Nos Bastidores do Bound Brazil” você pode conferir todas essas histórias, aprender um pouco como se coloca um site com mais de oito mil fotos e vinte e quatro vídeos no ar, e indo além, o blog do Ynno publica fotos e futuramente vídeos realizados por trás das sessões de fotos e filmes do site.
Garimpando o que há de melhor por trás das lentes, o blog Bastidores promete ser uma opção diferente para quem tem curiosidade de saber como se realiza produções de fetiche. E essa vasculhada nos materiais descartados gerou um vasto cesto de fotos com marcas de cordas e self-gag os quais farão parte do acervo a ser postado no site nos próximos dias.
Outra atração é a publicação de ferramentas necessárias para várias soluções de informática, sem esquecer a veia fetichista.
Vale muito a pena navegar pelo blog Bastidores e trocar uma idéia com o Ynno. E o caminho é esse: http://bastidoresdoboundbrazil.blogspot.com/

SE ESSA MODA PEGA...

Saiu hoje na mídia, e é legal ler na íntegra:

“Um estranho caso de assalto e violência sexual envolvendo um criminoso e uma cabeleireira está mobilizando a polícia russa.
Segundo o site "Life.ru", uma cabeleireira de 28 anos identificada como Olga (foto) teve o salão invadido por um assaltante na terça-feira (14). Ela, que é treinada em artes marciais, conseguiu render o homem de 32 anos, identificado como Viktor, e levou-o para uma sala reservada.
Olga teria usado um secador de cabelo para render o assaltante, e acabou prendendo-o, mas não chamou a polícia.
Ela teria obrigado o criminoso a tomar o estimulante sexual Viagra, para depois abusar dele por diversas vezes, durante os dois dias seguintes.
Depois de ser libertado, Viktor foi ao hospital para curar seu órgão sexual "contundido", e depois registrou queixa contra Olga. No dia seguinte, foi a vez de Olga registrar queixa contra Viktor por assalto.
A história fica ainda mais confusa, segundo o "Life.ru", porque a polícia não tem certeza de quem é o verdadeiro criminoso nesse caso de assalto que terminou em atentado ao pudor. Olga utilizou um fio de secador de cabelo para amarrar o assaltante”.

Lendo o artigo, pense e responda rápido: de qual lado você gostaria de estar, em se tratando de fetiche, é claro?

SEM PARÂMETROS

O canal de comunicação do site Bound Brazil com seus assinantes e simpatizantes é o campo de contato do site. Na medida do possível, todos os emails são respondidos pelas meninas do atendimento, que nada têm a ver com as modelos do site, embora haja coincidências quanto aos nomes reais das atendentes e os nomes artísticos escolhidos por algumas modelos.
Muitas perguntas chegam diariamente querendo saber se a mesma que responde coincide com a modelo das fotos, mas elas tiram de “letra” e levam na gozação.
Outros emails chegam com mensagens apócrifas pedindo cenas de sexo, programas com as meninas, enfim, coisas estúpidas que sequer mereceriam resposta, porém, o que irrita e isso nada têm a ver com o público brasileiro e latino de uma forma geral, são membros norte-americanos com ameaças de retirarem-se do site caso não consigam baixar todos os arquivos em um único dia.
Venhamos e convenhamos "my brother", mas isso demonstra que essa turminha deseja ser membro do site por alguns dias, captar todo o material e espalhar como pirataria pela internet.
Depois dizem que isso é coisa de terceiro mundo...
Para essa galera, a resposta é NÃO!

terça-feira, 21 de abril de 2009

Sexo, Bondage e Rock & Roll.


Me lembro, era primavera de setenta e seis.
Meu último ano do antigo clássico hoje segundo grau, inesquecível, mesmo porque no verão seguinte a bosta do vestibular era calça de veludo ou bunda de fora...
Nessa época pintou a Kátia, bonita, culta com aquele ar de papo cabeça, cheia de “não me toques”, e como diria Tião Macalé: “ô crioula difícil”...
Mas mesmo assim eu queria porque queria, e aquela bela garotinha de cabelos castanhos claro, de sardinhas nos ombros, recém chegada aos dezoito assim como eu, ex-miss piscina de um clube da zona sul era o nirvana. Desistir, nem pensar.
Passava noites em claro com o mastro da bandeira (!) envernizado pensando nela e toma Led Zeppelin na orelha para abaixar o facho! Mas a bateria do Bonham aumentava os batimentos cardíacos funcionando como um energético na veia, e eu sonhava com ela e com um novelo de cordas. Nos meus delírios já havia inventado umas trezentas posições de bondage e acho até que foi meu grande aprendizado platônico.
Porém, tal e qual um Steve McQueen no papel de Papillon (*) eu não desistia nunca, comeria até baratas se preciso fosse e minha conversa já fazia falta ao ouvido daquela sereia. E de tanto insistir ganhei de presente um chopinho inocente num dos muitos bares de esquina dessa cidade maravilhosa.
E foi só chope, tentativas e resistência. Nada, nem beijinho de selo, nadinha mesmo.
Pegamos o ônibus e a deixei em casa como manda o figurino.
Acho que minha atitude foi meu grande mérito, porque daquele dia em diante aquele ar de intelectual foi ficando mais ameno e passei a colher sempre um sorriso a mais, um abraço apertado depois dos beijinhos de despedida. Faltava pouco para o ano terminar, o clássico acabar, para a formatura e quem sabe a universidade, portanto minha corrida era contra o tempo, e como fazem os ciclistas, passei a correr contra o relógio disputando pau a pau com a folhinha.
Um dia ela aceitou o convite para ir a uma boate que eu tocava, juntou-se a galera que era habitue e apareceu. Pronto, derramou a parafina e nem nas musicas consegui me concentrar. Rolou um amasso de praxe na lentinha, uns beijinhos no pescoço e aquele beijo de cinema foi o “gran finale”. Peguei!

Contando parece coisa de cinema, mas só Deus sabe o quanto me custou àquela verdadeira maratona que parecia sem fim. Eu parecia um fundista que buscava a linha de chegada como um prato de comida.
Daí a sustentar uma relação, levar pra cama e falar de bondage havia uma estrada do tamanho da Belém-Brasília, e mesmo estando disposto a tudo eu tinha consciência dos limites e suas conseqüências. E como quem não tenta não leva, segui meu caminho e resolvi apostar naquilo que tanto havia planejado, assumindo o tal “estou namorando”.
Famílias apresentadas e devidamente introduzidas parti resoluto em busca do plano B que era convencer a Kátia a uma relação mais “caliente”. Foram dias terríveis que guardo até hoje na lembrança e, principalmente, as inevitáveis dores escrotais que se sucediam aos sarros de portão. É bom lembrar que naquela época, nessa cidade ainda havia lugar para esse tipo de relação, porque os marginais ainda não haviam tomado conta dos espaços públicos.
E foi assim, devagar, com uma paciência budista que consegui as primeiras intimidades nas vezes em que descolávamos um lugar na casa dela quando não havia ninguém. Finais de tardes intermináveis... As mãos já percorriam partes íntimas e a confiança já se fazia presente. Apesar do longo caminho até meu Shangri-La, eu tentava de todos os modos e maneiras possíveis conseguir o que parecia impossível, mas em determinado momento eu pensei: se não vier a transa virá o bondage...
E como? Através das brincadeiras, de amarrar sem compromisso, sorrindo, e isso dá um tesão incrível, principalmente na fase adolescente.
Agindo assim, consegui as primeiras cenas de bondage com aquela Deusa.
Brincando de amarrar com o que tinha, sem cordas especiais ou alguma coisa pré-planejada, descolei tardes inenarráveis que terminaram em masturbação mútua.
A virgindade (tabu naquela época) e meu fetiche estavam devidamente preservados em lugar do bom e velho sexo.
Feliz com o que eu havia conquistado deixei o rio seguir seu curso por dias e dias, até que consegui juntar uma grana para dar entrada no meu fusquinha, mas isso é parte de uma outra história que conto em outro capítulo.
A Kátia, o Zeppelin e aquele tempo nunca mais voltaram, mas seguem vivos num cantinho especial guardado pra sempre... E vida longa ao Rock and Roll.

(*) O filme Papillon (1973) conta a história de um homem injustamente preso na Ilha do Diabo, na Guiana Francesa. Detalhe, para sobreviver ele comeu baratas...

"O feedback para essa matéria aconteceu depois de escutar o Zeppelin versão de 2007, com o filho do Bonham na bateria noite adentro, que fazendo jus ao nome, me levou através dessa viagem a algum ponto da memória. Em homenagem a essa banda inesquecível, posto esse clipe de um de seus grandes sucessos."

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Lembranças de um garoto (ou... como tudo começou).


Por Nauticus Master

Aconteceu na Década de 80.
Era apenas um menino que brincava com carrinhos e sonhava em ter um videogame. Enquanto os brinquedos mais requintados não vinham, passava meu tempo – quando não estava ocupado com os estudos ou jogando bola (vida de criança é um stress só...) – assistindo desenhos animados.
E que felicidade quando passava “Os Apuros de Penélope (The Perils of Penélope Pit Stop - 1969)”! Não sabia o porquê, mas como gostava daquele desenho...
Algo dentro de mim me fazia torcer para o vilão. Quando ele finalmente pegava a mocinha, ela era amarrada e muitas vezes amordaçada – apesar de ser um simples lencinho por sobre a boca, mas para os padrões compatíveis com minha idade já era puro êxtase.
Outras heroínas também já passaram por situações de apuros nos desenhos animados. Lembro-me muito bem da bela Daphine, da turma do Scooby Doo. Ah... quando o falso fantasma capturava a ruivinha... E aquela bela jornalista do desenho das Tartarugas Ninjas, a April O´Neil, com aquele macacão amarelo, toda amarradinha.
Com essas e outras, comecei a perceber que isso me excitava. Notei que era uma criança “diferente”. Às vezes até me sentia culpado por gostar de ver a mocinha em perigo e por torcer tanto para o vilão.
Só depois de adulto descobri que outras pessoas também sentiam as mesmas emoções, desde bem pequenos, ao vislumbrarem esse tipo de cena. Será que o gosto pelo bondage está em nosso DNA? Imagino que sim. Caso contrário, como uma criança, na plenitude de sua inocência, se sentiria atraída por algo que ainda nem havia ouvido falar?

A questão está lançada. Aguardo os comentários.

Para colocar mais pimenta na narrativa do Nauticus, posto aqui um vídeo com a abertura do desenho animado da inocente Penélope em apuros nas garras impiedosas do vilão Tião Gavião (Silvestre Soluço) e dos irmãos Bacalhau...


sexta-feira, 17 de abril de 2009

Meias de Seda (Stocking)


O pensamento voa, cria asas mesmo e se bobear faz um emaranhado na cabeça.
Pois foi assim, pensando cá com meus botões e meu veio à mente o fetiche por meias de sedas, as famosas “stockings” que muita gente já viu por aí em inúmeros sites.
As meias femininas são um prato fundo de imaginação de vários fetiches, aliás, elas mesmas por si só já significam um fetiche e tanto, e devidamente incorporadas a outros fetiches soam como uma verdadeira paulada, digna de um rock and roll do Zeppelin...
Podolátras cultuam essas meias por vários motivos: beleza, sensualidade e chulé...
É isso mesmo, chulé. Os adoradores de pés que gostam de um pé molhadinho de suor depois de um dia de trabalho não abrem mão desse objeto de prazer e desejo, que guarda sua pedra preciosa para depois desembrulhar quente como um pão da padaria da esquina...
Um submisso vê na meia de seda dentro de um belo salto alto ou uma bota de couro de cano longo o instrumento da tortura que se aproxima, de baixo pra cima dando o tom exato da dominação.
O bondagista adora, sonha com belas e resistentes meias que possam lhe garantir toda essa sensualidade citada e boas amarrações, sem rasgar é claro. Amarrar uma mulher com suas próprias meias é mágico e dá um tesão tirado de dentro da cartola, porque desnuda, viola, coloca amostra as pernas que serão atadas sem piedade.
Como mordaça diria que é o nirvana, e ver a sua princesa morder as meias entre os lábios a cada dose de carícias empregadas se contorcendo imóvel, balbuciando coisas impublicáveis, tira do sério, faz mesmo viajar por outro planeta, quiçá noutra Via Láctea...
Essa eu posso afirmar: onze entre dez bondagistas não abrem mão de uma boa sessão de bondage com meias de seda.
E o efeito para as mulheres, as donas das pernas e pés que abrigam essas delícias?
Indescritível, porque mulher adora uma lingerie, se exibe ao primeiro espelho disponível em trajes íntimos, imagina a cara do pobre coitado ao vê-la naquelas vestes após o jantar, a balada. O deslizar de uma meia de seda subindo em um par de pernas bem depilado é uma das melhores visões desse universo, até porque vale navegar pelo mundo da fantasia e prever o que virá mais tarde.
A mulher nasceu dominadora, até mesmo as que se dizem submissas, porque acabam conseguindo aquilo que querem e isso nada tem a ver com sadismo ou masoquismo, porque ela sabe exatamente o que quer quando usa os artifícios que lhe são convenientes. Concluindo, toda submissa é uma sádica quando resolve virar a cabeça de um homem. Isso é regra!
Pensando nesse artigo, como tenho um vídeo amanhã para ser produzido, nada melhor do que gravar alguma coisa com meias de seda, afinal o inverno está chegando e é hora das sandálias darem um tempo e voltarem para o armário até o próximo verão.

INESCAPÁVEL (Parte 2)

Na segunda edição da série Inescapável (Inescapable) o Bound Brazil apresenta Nicole e Giulia mostrando bondage como deve ser: sem nenhuma chance de se livrar dos nós.
Amarradas e amordaçadas elas travam uma luta intensa para escapar da imobilização até o fim desse vídeo de dezessete minutos de duração.
Uma inovação: este é o primeiro vídeo com trilha sonora.
Nas fotos a estréia de duas loiríssimas: de Buenos Aires Lorena num bom trabalho de cordas do mestre Facundo e a brasileiríssima Fabrícia (foto) numa perfeita resolução de bondage de Mistress Korva.
É o Bound Brazil abrindo espaço para produtores sempre com a supervisão do amigo aqui. Então fica aberto o convite: se você sabe fazer bondage mostre seu trabalho, arranje uma bela modelo e envie suas fotos, quem sabe não passam a fazer parte do site?
É isso, fico por aqui desejando um excelente final de semana a todos e um recado para as meninas. Usem e abusem das meias de seda!

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Bound - Ligadas pelo Desejo (1996)


Um filme muito bem nascido, como se diz na gíria.
A história se passa dentro do submundo do crime, entre gangsteres e mafiosos com uma pitada lésbica e ótimas cenas de bondage.
Bound, que foi exibido no Brasil com o nome de “Ligadas pelo Desejo” de Andy Wachowski & Larry Wachowski (Matrix), apresenta a bela Jennifer Tilly que faz a mulher do chefão da Máfia (Joe Pantoliano).
Cansada de ser espancada pelo rude sujeito, se envolve com uma ex-presidiária (Gina Gershon) e ambas trocam juras de amor. Mas para conseguirem a liberdade, precisam armar um plano para matar o bandido e fugir com todo seu dinheiro.
Esse suspense com altas doses de violência e sensualidade levou alguns prêmios importantes de festivais alternativos, como melhor filme no Fantasporto de 1997, realizado anualmente na cidade do Porto em Portugal, evento que já premiou Seven (1995) e Amores Brutos (2000).
E o beijo ardente entre as atrizes Jennifer Tilly (mundialmente conhecida como a "noiva" do boneco assassino Chucky) e Gina Gershon foi indicado na categoria no MTV/Movie Awards.
Para o público fetichista que adora cenas de bondage com verdadeiras “Damsels in Distress” é impossível perder as partes em que as duas beldades aparecem totalmente amarradas e amordaçadas num trabalho de bondage que eu considero perfeito.
Cordas muito bem escolhidas e excelente resolução tanto no aspecto aprisionamento como no quesito beleza simétrica dos nós, e uma impressionante expressão facial de perigo iminente protagonizada por Gina Gershon, são a “gasolina” dessa trama de suspense que prende o telespectador do começo ao fim.
Disponível em qualquer locadora e com aparições freqüentes nos canais telecine da NET, Ligadas pelo Desejo tem todos os predicados necessários para figurar na galeria dos mais pedidos para quem é louco por cenas de bondage no cinema, e, também, pela qualidade do roteiro digno merecedor de todos os prêmios recebidos.
Deixo postada uma amostra através do trailer oficial do filme quando do seu lançamento e sugiro total atenção às primeiras cenas. Imperdível é pouco.
Para quem teve o prazer de saborear esse néctar uma pequena lembrança e para quem ainda não teve essa chance, aqui vai uma boa dica.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Bondage Delivery


Essa vem de um dos tantos colaboradores desse blog, assinante do site Bound Brazil e, acima de qualquer suspeita, um amigo.
Nosso J. Lucas, o Homem Coruja, sempre atento aos detalhes, mandou uma sugestão e comprei a briga: em breve, muito breve, haverá no site e disponível para todos os assinantes um link com o nome Bondage Delivery. E o que será oferecido?
Simples, basta preencher o nome, email e no campo de texto escrever a sugestão de um set de fotos ou de um vídeo.
Hoje, esses pedidos chegam por email, tanto lá como cá, e procuro atender a todos na medida em que as produções são realizadas. Assim foi com o back-to-back, o fetiche por toalhas, as heroínas, enfermeiras, e outros mais.
Teremos assim um vasto banco de dados de onde poderemos sacar as idéias e adaptar aos roteiros e que pode vir a ser matéria aqui mesmo no blog, porque sem interatividade nada se consegue nos dias de hoje.
E como nada se faz sem pensar naqueles amigos que por qualquer razão não assinam o site, segue esse canal a disposição para o envio de pedidos sobre matérias e fotos de modelos para serem postadas aqui. Para isso, basta clicar no “quem sou eu” que haverá um email de contato para onde devem ser enviadas as sugestões.


Mudando de assunto, mas sempre no mesmo foco, outra do nosso Homem Coruja que me pediu para falar do site Bondage 10, em espanhol. Apesar de ser latino, esse ótimo site que desde 2006 está na rede fica no hemisfério norte, Espanha, e tem uma boa apresentação de bondage com três modelos: Christie Biel, Sydney e Zatanikidol.
Apesar de cobrar uma mensalidade um pouco elevada (30 Euros), o site tem atualizações freqüentes de fotos e vídeos e excelente leitura do fetiche num trabalho de cordas sempre bem feito. O site não tem o estilo Damsels in Distress e mostra cenas de sexo mescladas ao fetiche, em outras palavras, vai direto ao assunto.
Com um bom preview, é um convite a quem está a fim de dar uma paquerada no que rola pelos lados da terra das touradas. Mas não fique tão feliz com as inúmeras imagens desse preview porque são disponibilizadas em flash, sem chances de salvar em tamanho original. Mas vale a visita e dar uma checada nos inúmeros cursos oferecidos e nas possibilidades de experiências reais que o site apresenta.
Aliás, por falar em experiências reais, esse assunto virou moda no lado mais desenvolvido do nosso planeta e vários são os sites e blogues que oferecem esse tipo de possibilidade. Mulheres que querem ser seqüestradas entram em contato em busca de serviços desse tipo que são pré-combinados e executados com riqueza de detalhes normalmente encomendados pelas “clientes”.
Basta dar uma procurada e sonhar que um dia isso possa ser possível por essas bandas.
Nunca se sabe...

(Crédito da Foto: http://www.bondage10.com/)

terça-feira, 14 de abril de 2009

De Cara Nova, Sem Fronteiras.


Calma, você está no lugar certo!
O Blog apenas sofreu uma mudança pequena de cores, mas o conteúdo segue igual.
Somente em Junho quando o blog completa um ano de existência um novo template que estamos criando será lançado, totalmente novo como se fosse uma roupa nova para uma ocasião especial.
Vamos então ao nosso tema principal.
Várias são às vezes na vida que vale a pena saborear um degrau alcançado, tipo aquela sensação de ter realizado um desejo.
Pensando assim, hoje é um desses dias especiais, porque uma idéia que nasceu solitária na metade do ano passado, foi ganhando adeptos, cresceu se multiplicou e agora ultrapassa fronteiras.
Semana passada falei sobre a novidade do site Bound Brazil em apresentar modelos em bondage de outros países latinos, uma idéia que sempre tive de reunir gente desse continente imenso que caminhou sempre a reboque daquilo que vinha enlatado do hemisfério norte. E confesso que veio rápido demais e muito antes do previsto, tanto que hoje o site atualiza com uma seqüência de fotos da primeira portenha a invadir o Bound Brazil.
E “nuestros hermanos” do Mercosul merecem as boas vindas. Num trabalho do bravo Facundo, Jéssica é a primeira a ser apresentada no site numa ótima resolução de bondage que trás como novidade um toque especial através de uma visão fetichista um pouco diferenciada.
Facu procurou acompanhar o estilo do Bound Brazil que conhece como poucos desde a semente plantada e assim como Mestre Nauticus se apresenta como mais um produtor de fotos e futuros vídeos que aos poucos serão lançados.
O começo é difícil para todos e com ele não será diferente, por isso vale analisar o trabalho pelo verdadeiro sentido que o site oferece: o estilo “Damsels in Distress”, sem photoshop, da maneira mais natural possível, aliás, se for levado ao pé da letra uma mulher não estaria pronta para ser “seqüestrada” vestida para um baile de gala.
Resumindo, que essa integração que hoje acontece no Bound Brazil seja o começo de uma semente plantada para que se possa colher num futuro bem próximo os frutos de um fetiche que une, aproxima e difunde o que todos nós apreciamos sem diferenças de idiomas ou raciais.
No mais... Bienvenidos!

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Isto é bondage


Finalmente em casa depois de um domingo de Páscoa cansativo com viagem, parei para uma pequena reflexão e reparei que muitos blogs, grupos, sites, têm a preocupação de explicar aos leitores as diferenças fetichistas de bondage.
Muito se fala e defende, mas o fetiche é muito pessoal e por conseqüência individual para ter uma definição coletiva como querem alguns.
O bondage vive sem o sadomasoquismo e o SM leva a vida dele muito tranqüila sem bondage. Na verdade, se criou uma sigla chamada de BDSM (bondage, disciplina, sadismo e masoquismo) e por isso toda essa celeuma. E qual é o conceito de bondage?
Está aqui mesmo, na apresentação dessa página um dos vários conceitos que se apregoam ao fetiche de bondage, e claro, dentro dessa ótica, variadas e diversas vertentes povoam a imaginação de cada individuo apaixonado por isso e que tem a sua visão do assunto. E esse detalhe é que faz toda essa diferença, ou seja, a prática.
Ontem à noite, assisti a um filme no Canal Brasil da Net que nada tem de fetichista, o ótimo “Doces Poderes” (1996) da competente Lúcia Murat, e numa cena em que o ator Tuca Andrada amarra a excelente Marisa Orth na cabeceira da cama e inicia uma sessão de carícias e beijos, posso daqui afirmar pelos anos de experiência que levo que esse é o conceito principal de bondage. Daí em diante, todos podem tirar a conclusão devida, os caminhos que acharem conveniente, mas a essência é puramente essa.
Alguém que por acaso tenha visto o filme e reparado na cena pode comentar que não houve a utilização de nenhuma corda, que ela não estava amordaçada, que não havia uma técnica específica empregada, mas não importa, porque a intenção é que é o xis da questão, e os detalhes somente contribuem na medida em que exista um fetiche mais apurado e concebido de forma consensual.
Outros dirão que a pessoa amarrada com um pedaço de pano ou uma tira pode soltar-se com facilidade, e é bem verdade que já ouvi de diversas fontes que a pessoa imobilizada gosta tanto do que está sendo praticado que sequer pensaria duas vezes em livrar-se. Porém, aí está um outro aspecto que merece toda uma discussão, porque o ideal para uma prática de bondage é que quem está imobilizado sinta a sensação da impossibilidade de escapar naquele momento, para que a cena produza o efeito necessário.
E isso seria uma condição “sine qua non” (*) para uma prática de bondage?
Não necessariamente, mas deveria ser para produzir a sensação desejada. E não precisa de uma técnica apurada para se fazer valer essa possibilidade, porque basta um “nó diagonal” (para quem tem ou teve noção de escotismo é fácil saber o que é isso) aquele em que você cruza os punhos, amarra em forma de cruz sempre com o nó finalizando atrás do alcance dos dedos, atando novamente por trás da haste de sustentação da cabeceira da cama.
Difícil? Elementar demais meu caro Watson, não, eficiente e basta um pouco de prática e qualquer pessoa está habilitada para fazer. Lembrando sempre que qualquer prática de bondage onde haja somente duas pessoas, deve ser precedida de cuidados fundamentais, como a colocação de um objeto cortante (faca ou tesoura) ao alcance de quem está imobilizada. Prudência e caldo de galinha nunca fizeram mal a ninguém, certo?

Mas bondage trás também os defensores e admiradores das heroínas em perigo, das chamadas donzelas em apuros (Damsels in Distress), que deliram ao ver uma mulher mordendo uma mordaça se debatendo para se ver livre das amarras. Embora tenha um conteúdo inocente, esse pedaço do fetiche é apenas uma tendência entre tantas que o assunto aborda, porque remonta a tempos adolescentes quando do despertar fetichista numa época distante.
Uma segunda corrente defenderia ardentemente o uso de práticas sadomaso a partir da eficiência dos nós, mas isso é matéria para outra conversa e pauta para uma discussão infinita que começa e termina no direito de cada um de pensar e fazer o que achar conveniente.
Então, trocando seis por meia dúzia, bondage é o ato de imobilizar uma pessoa para práticas sexuais, através de carícias, beijos, sem o emprego de ações que possam conotar dor ou tortura, mesmo de forma consensual. Se for light ou hard vai depender da força empregada no ato da imobilização, e não necessariamente na utilização de práticas sadomasoquistas.
Essa releitura de bondage que virou tema no blog hoje é apenas a expressão livre de uma opinião pessoal, jamais ousaria pensar que tenho o dom da verdade ou a consciência absoluta do que se imagina ser o fetiche. Aliás, creio que uma explanação como essa busca uma discussão sadia e aberta sobre o ponto de vista de cada praticante que naturalmente têm visão própria sobre o que foi mencionado.

(*) Sine qua non ou condição sine qua non originou-se do termo legal em latim para “sem o qual não pode ser”.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Vela Latina



De Buenos Aires (Epílogo)

Tenho mais dois dias de viagem e agora com os dias úteis terminados o que me resta é cuidar da vida fetichista e acertar os últimos detalhes do Bound Brazil versão Argentina.
Porém, o que me enche de confiança num futuro melhor para nós, fetichistas, é a verdadeira invasão latina na rede, antes povoada por nórdicos.
Da Espanha chegam novidades excelentes e alguns blogs com link direto aqui na pagina podem comprovar o que eu digo.
Falo especificamente de dois lugares muito interessantes: o “Sexo y Fetichismo” da bela Pasión e do “Amantes del Sado” escrito pelo amigo Castigador.
Fui parar nesses blogs por uma dessas coincidências da vida e li coisas interessantíssimas, com requintes de crueldade diante de tanta fantasia gostosa. Passeando tranquilamente entre bondage, podolatria e masturbação, a Pasion se define ninfomaníaca com tendências bissexuais e acredita no sexo sem relacionamento afetivo, ou o antigo compromisso sério. Pesquisadora das emoções humanas com racionalidade, ela posta fotos de mulheres adorando pés femininos o que realça como acima de tudo um ato de cumplicidade e intimidade, admira bondage e suas técnicas ao mesmo tempo em que traça um paralelo inusitado entre masturbação e autocontrole do orgasmo.
Mesmo para os brasileiros é possível ler todos os artigos desde que se tenha calma e paciência para entender o idioma, aliás, vale muito a pena ter tranqüilidade e ver o que essa linda galega tem a dizer sobre sexo e fetiche.
Há mais tempo na internet e com uma lista de blogs indicados bem longa, Castigador descreve suas experiências na sua página "Amantes del Sado", afirmando que todos os relatos são partes de relações que acumula ao longo de sua vida fetichista.
Com cuidado, troca o nome de personagens reais abrindo um leque de contos tórridos dentro do BDSM de encher os olhos a qualquer um que se atreva a navegar por seu espaço.
Conscientemente, aborda temas contraditórios e tem opinião clara sobre eles, sem esconder, deixando claro sua posição. Sua série chamada “ puta por um instante” é de fazer com que o leitor assuma participação na história de sinta uma espécie de “dèjavu”, ou aquela velha sensação de já ter visto isso em algum momento da vida.


Dois exemplos do porque a internet faz tanto sucesso, ligando povos, integrando continentes e pessoas que há alguns anos atrás jamais imaginariam estar em conexão direta com tanta gente que sente, pensa e tem sonhos muito parecidos.
E nossa vela latina segue firma em busca de ventos favoráveis que nos levem aos quatro cantos do mundo, ao novo e velho continente, onde diversas pessoas comungam da mesma corrente de pensamento. Para isso, basta um teclado, uma tela de computador e uma idéia na cabeça.
O resto, agente cria, inventa e deixa nosso sangue latino escolher os caminhos.
Um bom final de semana a todos e Segunda nos falamos do Brasil.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Dark Angel



De Buenos Aires (Segundo dia)

Seu lema: “Te inclinarás a mis pies y rogarás clemencia.”.
Nem precisa tradução porque os submissos que freqüentam essa página sabem muito bem como se portar diante dessa Dama.
Ela nada tem de profissional, muito pelo contrário, garante que cada sessão é realizada com muito capricho e cuidados consensuais.
Em casa tem um quarto que transformou em estúdio, masmorra dê o nome que quiser, porque pelas fotos você pode entender um pouquinho do que se passa dentro das quatro paredes.
Mulher madura, na casa dos trinta, uma beleza latina e, como dizem por aqui, “una bella morocha”, Dark Angel é vaidosa ao extremo e faz de cada experiência que acumula com seus escravos mais um capitulo de sua história no BDSM.
Ama como chamam por aqui ou Mistress se assim preferirem, Dark acumula seis anos de domínios no meio fetichista portenho e é bem respeitada pelas pessoas a sua volta.
Elegante, fez de uma simples conversa informal num café ao cair da tarde um acontecimento e veio vestida para um grande baile de gala.
Ultimamente tem aprendido praticas de bondage com amigos que com toda a paciência o mundo lhe tira as duvidas. Se auto define uma aprendiz no universo sadomasoquista e espera cada vez mais conquistar adeptos com os quais possa seguir seu aprendizado.
E o que ela pensa a respeito do BDSM?
Posto aqui as palavras dessa morena de olhos negros e profundos:
“En cuanto a técnicas me gusta el bondage, ADORACION DE PIES, los azotes, penetraciones, spank, humillaciones y otras. Estas son mis preferidas. Mi búsqueda apunta a encontrar un sumiso muuuy fiel y en buena posición económica, (CON AUTO SI O SI. No estoy para caminar!) para que pueda complacer todos mis caprichos. Nota: Solo hablo con hombres que sepan respetar a una mujer, de lo contrario, ni te gastes. Ahhh ODIO que me tuteen!”
Traduzindo em poucas palavras, ela se diz admiradora de bondage no que tange o aspecto técnicas, frisa que adora podolatria, gosta de açoitar seus súditos, inversão, spanking e humilhação. Afirma que busca um submisso muito fiel e de boa condição econômica, e que de preferência tenha carro, porque se nega a anda a pé com seu escravo. Taxativamente se nega a dar conversa a homens que não respeitam as mulheres, e os aconselha a não perder tempo com ela. Encerra declarando que odeia quando alguém lhe controle.
Assim como outras dominadoras argentinas, Dark Angel é a prova de que aqui no hemisfério sul e toda América Latina cada vez mais as práticas fetichistas são mais intensas, pessoas assumem sua postura sexual sem preconceito e mostram que essa tendência sexual não está restrita aos paises Europeus ou à América do Norte.
Há algum tempo atrás diversos brasileiros se viam sozinhos nesse universo, todavia no Chile e aqui na Argentina essas práticas também evoluem.
Sites como o Masmorra (http://www.mazmorra.com.ar/home) e clubes como o “La Casona del Sado” cada vez mais atraem adeptos e freqüentadores na região de Buenos Aires.
E a viagem prossegue...

HOJE NO BOUND BRAZIL


Atenção membros e amigos do Bound Brazil: devido ao feriado amanhã, a atualização que normalmente acontece às Sextas, vai ao ar hoje.
O vídeo da semana atende pelo nome de “That´s What I Want” (É isso que eu quero) com as belas Lilith, Karine e Frida.
Em mais um roteiro de Julia Mayo, Lilith e Karine ficam a mercê de Frida que as mantém amarradas e amordaçadas com a promessa de deixá-las livres quando lhe convenha.
Depois de inúteis tentativas de libertarem-se das cordas e mordaças, as duas lindas garotas buscam finalmente uma forma de escapar para se ver livre de sua raptora. Haverá espaço para uma doce vingança?
Confira essa história com um final eletrizante...
Nas fotos, a exuberante Nany (ao lado) em trajes de enfermeira atendendo a pedidos de nossos assinantes e, ainda, um set muito bem elaborado com Alexia.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Belas, Divinas, mas Amarradas


De Buenos Aires

Pois é, nem o misere da Gol com aquele sanduíche sem graça e um pãozinho de mel de lambuja faz perder o humor de estar chegando a esta cidade que há anos me encanta.
Clima agradável, pessoas que gosto demais e vejo pelo menos duas vezes por ano, tudo isso me deixa um pouco mais feliz.
Bom, deixando a viagem de lado, a novidade fetichista que se pode adiantar em primeiríssima mão: está fechado, sacramentado e posso garantir aos leitores do blog e assinantes do Bound Brazil que a partir do mês de Maio o site inventa moda e estréia lindas gatas argentinas, amarradinhas, amordaçadas e muito mais.
Sonho antigo, essa unificação via Mercosul será possível graças a meu grande amigo Facundo, verdadeiro espadachim e sempre combatente que aceitou o desafio de produzir fotos e vídeos para nosso delírio na terra de Gardel.
Bastou meia hora de conversa e convenci esse bondagista de primeira do cone sul a integrar o front do Bound Brazil. Não deu tempo ainda de conhecer as princesas, mas pelas fotos posso assegurar que é uma verdadeira tropa de elite a ser comandada pelo bravo Facu.
Outra novidade é que a partir da semana que vem o blog apresenta a garota da semana do site com um slide show especial através de um programinha que vai rodar do lado esquerdo de quem lê o blog. Tudo isso para deixar todo mundo ainda mais antenado no que está sendo produzido e postado no Bound Brazil.
E por enquanto é só. Nesse primeiro dia de viagem quando quase não se tem tempo pra nada, pouca coisa posso detalhar por aqui, fora o que já foi confirmado. Hoje à noite durante o jantar com o Facundo vamos desenvolver nas conversas a direção a ser seguida para levar adiante esse projeto fantástico.
Para amanhã, fica a promessa de uma entrevista com uma “Ama”, forma como se denomina as dominadoras aqui em Buenos Aires.
Desculpem a pressa.
Fiquem ligados!

terça-feira, 7 de abril de 2009

Mulher Solteira Procura (Single White Female) 1992


Nessa época vivendo fora do Brasil assisti um clássico e como esse filme tem ótimas tomadas de bondage, resolvi fazer uma matéria para os que assistiram na época e para os que não tiveram a oportunidade.
Com direção de Barbet Schiroeder essa excelente trama tem início quando através de um anúncio inocente abre as portas para um terror mortal neste suspense psicológico de primeira linha.
Depois que seu infiel namorado a deixa de repente, a jovem e solteira Allie Jones (Bridget Fonda) coloca um anúncio no jornal à procura de alguém para dividir seu espaçoso apartamento. Mas quando a tímida e estranha Hedra Carlson (Jennifer Jason Leigh) se muda pala lá, ela não assume apenas o quarto ao lado de Alie. Ela toma conta de suas roupas, de seu namorado, de sua identidade..., e tenta tomar também sua vida. Sob os olhos de Allie, Hedra sofre uma transformação assustadora e a perfeita companheira de apartamento torna-se o perfeito pesadelo.
Uma segunda versão de Single White Female foi lançada nos cinemas em 2005 com outro elenco e nova direção acompanhado de um orçamento na casa de um milhão de dólares na época, porém, sem alcançar o mesmo sucesso.
Para os apaixonados por mulheres amarradas com silver tape posto a seguir um resumo das cenas em que a bela Bridget Fonda aparece imobilizada por Jennifer Leigh.



Finalmente a Mulher Maravilha

O Bound Brazil procura atender aos inúmeros pedidos de seus assinantes e, sendo assim, vai hoje ao ar uma seqüência da linda Becky no papel da Mulher Maravilha totalmente imobilizada com cordas, correntes e algemas para o deleite de todos os aficionados por garotas amarradas em trajes de fantasia.
Em breve será lançado um vídeo com outras heroínas sempre procurando atingir os anseios de nossos membros.
Na mesma atualização, um set inédito com a modelo Beatriz com ótimas tomadas hogtie e uso de mordaça detective gag.

Aos amigos e parceiros desse espaço, deixo um recado: a partir de amanhã esse blog será atualizado direto de Buenos Aires para onde vou por conta de compromissos profissionais.
Entretanto, sempre haverá tempo para algumas matérias na belíssima cidade Portenha e entrevistas com expoentes fetichistas de lá.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

A Hora do Silencio


Meu caro amigo Nauticus mandou um post sobre mordaças que publiquei por inteiro, aliás, bem elaborado e com várias explicações a respeito do assunto.
Mas muitas mensagens chegaram e, claro, as opiniões convergem e divergem sem a menor cerimônia, afinal gosto é uma coisa muito pessoal e cada um tem o seu.
Independente do gosto há que frisar a utilização da mordaça.
Qualquer lenço ou fita colocado na boca para abafar gritos e gemidos se não for acompanhado daquele pedaçinho de pano chamado de stuff gag, não funciona. Entretanto, no mundo do fetiche isso atua como uma bomba para quem gosta. Lenços brancos, pretos, vermelhos ou estampados é o sonho de consumo de nove entre dez bondagistas e pode ser comprovado pelos pedidos que o Bound Brazil recebe, diariamente, tanto daqui como lá de fora. Sem importar se o lenço vai funcionar tipo detective gag (aquela em que cobre toda a boca) ou a cleave gag (onde o lenço fica entre os dentes), o gemido é condição básica para superar os limites numa relação de bondage.
As fitas incomodam a maioria das mulheres, porém existe um público fanático pela utilização na boca, nas mãos, pés ou até no corpo inteiro, tipo mumificação. Esses na certa preferem os gemidos mais abafados, contidos mesmo, e outros até cultuam o silencio absoluto, quase imperceptível ao colocarem um pequenino trapo de pano dentro da boca antes de passar a fita.
Outra preferência é o uso da ball gag, aquela bolinha tipo ping-pong presa com tiras de couro com fivela ou não, sempre atado atrás do pescoço. Esse tipo de mordaça é muito utilizada em relações de sadomasoquismo, embora exista em sessões de bondage, porém nem todas as mulheres gostam de usar pelo fato de provocar muita salivação.
O importante é saber diferenciar a mordaça com o efeito de reduzir ou anular qualquer possibilidade de falar ou gritar, como nos filmes de ação, da mordaça em relações de fetiche, porque são situações completamente distintas. Como foi citado aqui, o amordaçamento em uma relação sexual com prática de bondage serve para estimular e apimentar, por isso a contenção da fala depende da vontade de quem pratica esse tipo de fetiche, sem importar o nível de decibéis que se quer alcançar.
Conheço praticantes de bondage que adoram amordaçar com a própria corda, outros com a calcinha da parceira que está imobilizada ou até com as meias de seda, excelentes ataduras e mordaças.
E esse assunto deve obrigatoriamente ser estendido aos que apreciam a “hand gag”, ou seja, o ato de tapar a boca com as próprias mãos, principalmente quando a mulher está prestes a atingir o orgasmo. É simplesmente uma experiência espetacular para ambos.
Conheço mulheres que garantem que esse ato de amordaçar com as mãos na hora H, acelera o momento do orgasmo de forma impressionante. É testar para ver.
Dependendo do gosto de cada praticante a mordaça é um componente importante numa experiência de bondage e faz parte do sonho de cada um, da forma que povoa a imaginação antes, durante ou até depois de uma relação. Sempre lembrando que certas vezes o que se planeja pode acontecer sem aviso prévio, nesse caso é bom saber improvisar e para isso deixo aqui algumas dicas: tiras de roupão muito comum nos motéis e hotéis, gravatas, e que mais houver ao alcance.
Fica valendo a participação de todos para essas “dicas”.
(Foto: Mary utilizando Detective Gag no Bound Brazil)

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Gessólatras (Cast Fetish)


Poucos imaginam a atração de um gessólatra por uma perna ou um pé engessado, mas isso é um fetiche cultuado por muita gente, aqui no Brasil e pelo mundo afora.
Olavo, grande amigo e médico, me explica que sua maior atração é por uma menina que tenha o pé engessado até a altura do joelho com as unhas pintadas de vermelho, totalmente em contraste com a brancura do gesso.
E essa atração começa lá atrás, na infância quando é muito comum meninos e meninas terem pernas engessadas pelas inúmeras e perigosas brincadeiras infantis. A coisa rola com o passar dos anos e muita gente carrega essa atração para a idade adulta.
Na Internet, diversos sites disponibilizam vasto material sobre Cast Fetish, e basta digitar essas duas palavrinhas que muita coisa vai aparecer no Google.
Os gessólatras gostam, principalmente de braços, mãos, pernas e pés engessados, na forma total ou parcial. Alguns gostam de engessar a parceira, e eu imagino que a pessoa tenha obrigatoriamente noção de medicina para se atrever a essa prática, como o caso do Olavo que é médico. Outros apreciam a pessoa engessada e têm verdadeira loucura para ter relações sexuais com pessoas nessas condições.
Um outro grande amigo afirma que a prática de bondage só o atrai quando consegue imobilizar sua parceira amarrando um membro coberto por gesso.
Pode parecer estranho, mas um dos fetiches que mais atrai as mulheres é o Cast Fetish, porque centenas de mulheres adoram ver seus parceiros com partes do corpo engessadas, pelo menos é o que garante um site americano dos mais conceituados.
Esse espaço fica aberto a todos aqueles que gostam do fetiche por gesso para colaborar com mais subsídios dessa matéria, visto que apenas comentamos o assunto aqui de uma forma generalizada, e na medida do possível esse blog conta sempre com a ajuda dos nossos especialistas de plantão. Please, help!

INESCAPABLE (Part One)


Inescapável, é esse o nome do vídeo que o Bound Brazil apresenta aos seus membros na noite de hoje. Já no ar, o filme de dezessete minutos mostra um tipo de imobilização muito solicitado aqui no blog e pelos próprios membros através de mensagens: o “back-to-back”.
Duas belas mulheres, Monique (AKA Scarlet) e Patrícia, amarradas de costas transpassando os braços entre os dois corpos totalmente indefesos de forma “inescapável”, tipo assim: tente se for capaz.
Essa é a idéia quando da realização desse vídeo que foge um pouco ao estilo do site de disponibilizar sempre roteiros interessantes e, às vezes, imprevisíveis.
Uma forma que atrai muitos bondagistas que gostam de ver lindas garotas na vã tentativa de livrar-se das cordas.
Nas fotos, Juliana faz sua estréia numa bela e sensual seqüência de Lucia Sanny, e Sarah Moon fotografada embaixo do chuveiro, totalmente amarrada e melhor, com a camiseta molhadinha. É ou não é de tirar o fôlego?
Imperdível!
Um ótimo fim de semana a todos...

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Devotees


Hoje vamos falar dos Devotees, pessoas que se sentem sexualmente atraídos por mulheres amputadas ou homens amputados.
Existem sites contendo fotos e vídeos de mulheres com deficiência, como se fossem uma espécie de Playboy virtual, especificamente destinada a esses homens e seus desejos, como o http://www.amphouse.com/.
Porém, esses casos não são manifestações isoladas, sem interesse. Esse universo paralelo, regido por leis desconhecidas, é parte de um evento muito mais sofisticado do que se imagina.
Existem os devotees que são pessoas (homens ou mulheres, hetero ou homossexuais) que se sentem sexualmente atraídas por pessoas com deficiência. Há também os pretenders que são pessoas que, além de serem devotees, sentem-se sexualmente estimuladas quando fingem ser deficientes, utilizando, em público ou privadamente, equipamentos como cadeira de rodas, muletas, bengalas, aparelhos ortopédicos como fantasia sexual (fetiche). Além disso, existem os wannabes, que são devotees que desejam tornarem-se, de fato, deficientes.
Embora tenha ganhado visibilidade a partir do advento da Internet, a literatura médica relata casos de devotees desde 1800 e casos de wannabes são documentados a partir de 1882, "sem que, no entanto, suas causas tenham sido devidamente esclarecidas".
Em outros países como, por exemplo, Estados Unidos e Inglaterra, esse assunto tem sido objeto de estudo e discussão, não apenas entre os profissionais da área médica, mas também entre as pessoas com deficiência e suas organizações representativas.
Não existem estudos sobre o devoteísmo no Brasil.
Algumas pessoas com deficiência que (em virtude das limitações físicas e sociais impostas pela própria deficiência) não tiveram muitas oportunidades de ter experiências sexuais e/ou afetivas, ao tomarem conhecimento da existência dos devotees, imaginam que estes podem ser a resposta às suas preces. Outras, por outro lado, crêem que envolver-se com devotees significa necessariamente expor-se ao abuso.
O objetivo desta matéria - mais do que difundir a informação - é suscitar a discussão, que pode colaborar para o estabelecimento de contatos positivos entre as partes. Creio que é possível amenizar a angústia do isolamento e o medo do desconhecido através da nomeação deste lugar ainda oculto pelas sombras da ignorância.
Portanto, conhecer os sentimentos, tanto dos devotees quanto das pessoas com deficiência, a partir de uma discussão desarmada sobre o assunto, é a melhor (e talvez a única) estratégia de que dispomos para compreender o devoteísmo e o que ele representa, ou pode representar, tanto para os devotees quanto para as pessoas objeto de seu desejo.
Dessa forma, cada vez mais pessoas deficientes podem desfrutar de certas emoções que dantes pareciam relegadas às pessoas que não possuem deficiência alguma.

Fonte de informação da matéria: Lia Crespo
Sites de pesquisa: http://www.amputee-devotee.com/, http://www.ampworld.de/