terça-feira, 31 de agosto de 2010

Dando Vida aos Personagens


Um personagem não precisa de certidão de nascimento ou carteira de identidade para ter vida, basta nascer da imaginação de cada um que o cria. A relação dos criadores com alguns personagens chega a ser tão intensa fazendo com que eles tenham vida própria e sua história particular.
Esses “amigos imaginários” não passam de seres criados a imagem e semelhança de pessoas que gostariam ser como eles, de viver o papel desenhado para eles e vez por outra assumir o lugar desses supostos indivíduos.
Alguém pode estar pensando que fiquei maluco da noite para o dia ou entrei em definitivo estado de demência absoluta. Calma brother, não fumei nada além de um simples cigarro da Souza Cruz.
Fetichistas têm o hábito de criar personagens.
Convivem com eles algumas horas do dia e os deixam guardados em local seguro até que a próxima festa apareça e os faça reviver. Outros, porém, assumem uma dupla personalidade impressionante e caminham com ela, lado a lado, pela vida afora e se sentem felizes dessa maneira.
Há, também, os que às vezes renegam personagens criados e flertam com eles somente diante de um grupo de outras pessoas que compreendam a sua existência. Você esbarra com o sujeito na rua e tenta tocar no assunto do fetiche. O cara disfarça, olha em todas as direções possíveis e te diz: “tá maluco brother, aqui não dá pra falar, alguém pode ouvir e ferrou.”
Nem tanto ao mar e nem tanto a terra, o ideal é conviver com o personagem fetichista de forma relax, sem exigir muito, sem ter que dar satisfações e nenhum dos mundos.
Apesar de por a cara no perfil do blog não ando por aí com uma bandeira na mão defendendo o fetiche e seus praticantes como se fosse um revolucionário. Trabalho normalmente dez horas por dia, e após os compromissos escrevo os artigos aqui sem levar em conta essa questão. Meu personagem resume-se a sigla do meu próprio nome.
A intenção de escrever essa matéria visa desmistificar o universo fetichista e seus tabus.
Se um dia o famoso escritor Sérgio Porto usou o pseudônimo de Stanislaw Pontepreta e ninguém achou estranho, porque criticar alguém por criar seu próprio personagem fetichista?
Acho até que essa conversa de amigo oculto e imaginário andando do lado, invisível, é meio esquisita, e dá pinta de que o criador pode em determinado momento estar ligado a alguma coisas sem sentido, mas um personagem definido, com característica própria, principalmente quando visa à manutenção do anonimato, é perfeitamente aceitável, em todos os aspectos.
Cada um tem seus motivos. É a lógica.
E a receita só começa a desandar quando o fetichista cria mais de um personagem. O chamado fake do fake, aquele que inexiste e chega depois do que sequer existe. Porra, que doideira...
Mas é isso mesmo. Algumas vezes nascem personagens de alguns que foram criados anteriormente e, talvez por se sentirem sozinhos no planeta imaginário, arranjam espaço para um terceiro habitante da mesma mente criadora.
A essa altura todos podem pensar que estou bêbado escrevendo esse artigo dentro de um boteco em Copacabana. Explica-se: aqui no Rio, em toda a orla de Copa o sinal da internet é 0800.

É sério, conheço muita gente que embarcou nessa e atravessou o samba. Criou um dominador ou dominadora e na falta de um submisso ou submissa, deu luz a um novo ser com tais característica, pra não precisar de ninguém além dele mesmo e assim realizar suas práticas.
Politicamente correto brother, é o princípio de auto-sustentabilidade.
Quer saber, melhor deixar que meus amigos e minhas amigas postem nos comentários as suas impressões, afinal assim como eu, também criaram os seus próprios personagens.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Quando Dividir é Tudo


Outro dia alguém comentou que a vergonha é o abismo do fetiche.
A questão não é concordar ou discordar, mas descobrir onde a vergonha exerce esse poder diante do fetichista. Ter vergonha de seus atos ou vergonha de exibir seus dotes publicamente?
São caminhos opostos como paralelas que nem no infinito se acham.
Porque o sujeito pode ter vergonha de se expor, aos amigos, à família, ou por qualquer outra razão. Isso é compreensível, afinal cada um sabe como cuidar de si mesmo.
O que não é aceitável é dizer que as pessoas deveriam ter vergonha de ser fetichistas.
Aí o bicho pega e funciona como um pisão em unha encravada. Justamente porque cada um tem que tomar conta de sua própria vida, meter o nariz no que lhe diz respeito e aos seus atos, sem se importar se o vizinho almoça e janta ou lava as mãos depois de fazer as suas necessidades.
O fetiche tem um senso de coletividade, comunitário às vezes, porque engloba pessoas com o mesmo prazer por fantasiar seus atos sexuais, ainda que essas fantasias sejam diferentes.
Eu poderia levantar o dedo e dizer: meu fetiche é transar com roupa de marinheiro. Por mais ridículo que possa parecer para alguns há que haver respeito, embora ninguém esteja obrigado a ver essa minha suposta cena grotesca.
O que dizer dos infantilistas? Não confundir com pedofilia, porque trata-se de pessoas adultas que se vestem de bebês para se relacionar sexualmente. Normalmente, pessoas desavisadas a respeito desse fetiche achariam graça, teceriam comentários ridicularizando e coisas piores.
Nesse universo paralelo, nada é absurdo, porque habita o imaginário de cada um que gosta de criar uma fantasia para ter prazer.
Como os dominadores que expõem suas submissas em blogs ou nas páginas do Fetlife. Os rostos são preservados, por questões sociais e morais, mas o prazer pulsa em cada comentário que recebem elogiando tal atitude.
Eu sou um destes comentaristas. Elogio a coragem e, principalmente, o aspecto coletividade, porque dividem com os demais as imagens que colhem entre quatro paredes. Divulgam o fetiche aos que amam e ainda não tiveram a oportunidade de viver essa fantasia.
Dividem o que lhes satisfaz plenamente, sem remendos, sem retoques, inteiramente grátis, por puro amor a arte e ao fetiche.
Hoje, me entristeceu a notícia que recebi do próprio MrZ dono do blog Escravas Brasileiras de que havia chegado a hora de encerrar as atividades. Nem por curiosidade procurei saber a razão, porque ainda tenho esperança de que isso seja apenas passageiro e a sentença dada por ele mesmo seja reformada.
MrZ é um espadachim do fetiche. Mostra sua escrava Raiane (foto acima) das formas mais exóticas, sempre pronta a revelar um segredo do fetiche que faz desse cara um expert na arte de encantar platéias. Ao vivo num Motel de Brasília ou nos vídeos que ele posta em seu blog. Quer dar uma olhada? Acesse: http://tinyurl.com/2vprn55
Quem sabe ajudamos esse cara simpático a mudar de idéia?

Portanto, opções não faltam pela internet para admirar o que esses intrépidos fetichistas disponibilizam na rede para aguçar corações e mentes que dormem pensando nesse tipo de fantasia.
Basta escolher, vasculhar e é fácil encontrar centenas de canais onde a coisa acontece em tempo real, sem cortes e muito menos vergonha de exibir a quem estiver interessado a sua própria visão do fetiche.
A foto que encerra esse artigo vem de outro grande amigo: Master_Mistery, mostrando os encantos de sua escrava Slave Love.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

O Sabiá Fetichista


Talvez eu precise mesmo de umas férias. Quem sabe esse dia a dia de puro estresse esteja causando embaralho em meu raciocínio. Pra acabar com qualquer nóia, o melhor é sair por aí tentando fazer alguma coisa diferente, fora do padrão, pra simplesmente deixar de lado a mesmice.
Então resolvi tentar encontrar pelo em ovo. Como um autêntico arqueólogo, parti para uma pesquisa pessoal na tentativa de saber de onde vêm os leitores do blog, ainda que pareça ridículo ou sem sentido para alguns, afinal sendo os textos em português teoricamente brasileiros e portugueses seriam a grande maioria.
Mas é aí que levei um escorregão e rolei escada abaixo.
Depois de pouco mais de dois anos de existência, esse espaço é freqüentado por leitores de todos os lugares. Os brasileiros respondem por cinqüenta e sete por cento da freqüência, e os outros quarenta e três por cento concentram dignos representantes de uma autêntica torre de babel, onde norte americanos, ingleses e alemães dividem a maior fatia do bolo, na ordem.
A malta de além mar que nos ensinou a falar o idioma soma cerca de quatro por cento dos leitores.
Conclusão: na terra onde canta o sabiá esse pássaro não é tão fetichista como deveria ser.
Das duas uma: ou o tradutor do Google é mesmo muito eficiente ou essa galera anda louca pra aprender português. Claro que fotos às vezes traduzem longos textos, mas se nós morremos de curiosidade de ler o que se escreve mundo afora, a equação aqui nessas páginas não é diferente.
Claro que dou as boas vindas a todos aqueles que utilizando essa ferramenta que cada dia que passa fica mais eficiente ajudando a globalizar, fazem desse blog um lugar pra espiar todos os dias, mas não baixo a guarda brother, e sigo na esperança de um dia ver os brazucas e os portugas comandando a festa por aqui.
A realidade é cruel, mas faz sentido. Nós começamos tarde, tanto aqui como em Portugal, Argentina, Espanha, e eles, os saxônicos, há tempos enxergaram uma luz que só agora brilha no nosso horizonte.
Só de pensar que muitos antes de nós deixaram o fetiche adormecer por pura falta de incentivo, ou até pela pouca oportunidade de encontrar reciprocidade desse lado do planeta, provoca um sentimento de perda profundo.
Porém, o tempo é agora pra quem está vivo.
E com essa frase estampada no pára-choque da frente da carreta o negócio é descer a ladeira e ver até onde nossos sonhos nos levam.
Acho que valeu a pesquisa. Sempre é bom aprender.
O trabalho de bondage da foto é do meu amigo Tony Korleone.

FUJA SE FOR CAPAZ

O titulo do vídeo de hoje do site Bound Brazil parece obra de pela saco.
Mas a idéia era essa mesmo. Amarrar duas mulheres e vê-las tentando escapar de todas as formas. Coisa de sádico!
E embora o sadismo não seja meu fetiche, às vezes é legal flertar com esse segmento, essa face do BDSM, porque deu gosto fazer as amarrações e ver as meninas tentando, tentando, e nada.



Então, pra quem quiser assistir esse colírio, basta assinar o Bound Brazil e ficar ligado na atração de hoje: “Scape if you can!” Com Jade Silva e Luíza Castro.
Um belíssimo photoset recheado de imagens maravilhosas faz parte do pacote de Sexta.

Um excelente final de semana a todos. Sem estresse!

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

O Fetiche e o Sucesso


Como em qualquer lugar no mundo produzimos aqui, de tempos em tempos, as nossas musas perfeitas. Mulheres que da noite para o dia se transformam em símbolos sexuais, capazes de revolucionar cabeças adolescentes estampadas nuas na capa de revistas masculinas.
Estas divas pré-fabricadas sobrevivem por alguns anos até se tornarem juradas de algum programa de auditório ou aparecem diante das câmeras com uma bíblia na mão, disparando repúdio a qualquer tipo de manifestação as quais, via-de-regra, estiveram ligadas.
Assim, as Tiazinhas dos anos Noventa são hoje respeitáveis senhoras que em nome dos bons costumes ou convivência social ignoram seu próprio passado, que um dia as fez brilhar no estrelato.
Nada contra essas mulheres e suas escolhas que por conta própria ou guiadas por empresários visionários, conseguiram estar no topo de um segmento, e talvez essa última palavra seja a chave do sucesso: segmento.
Um segmento popular é o caminho mais curto para o sucesso. Dalí tudo pode se espalhar e ocupar um lugar de destaque que ultrapassa esse próprio setor, indo direto para a ponta da cadeia comercial que impulsiona o consumo. A briga é boa, mas compensa.
Não critico o sucesso dirigido. Se possuo um site fetichista na internet com finalidades comerciais, também busco espaço num segmento, e embora não seja pornográfico, apresenta imagens restritas a um publico consumidor. E mais: aqui fabricamos as nossas Feiticeiras e Tiazinhas também.
Se um dia alguma modelo for descoberta por um canal de comunicação que lhe permita vôos mais elevados e oportunidades além das que concedo, ficarei feliz, com o sabor de dever cumprido, mesmo que reste um pouco de dor de cotovelo.
E quando modelos ou atrizes reconhecidas pela mídia invadem as hostes fetichistas?
Neste caso, cria a sensação de que um craque de bola veio atuar no nosso time.
Portanto, daqui pra lá ou de lá pra cá, os sentimentos se confundem ou se condensam. O fetichista delira ao ver musas idolatradas exibindo em público aquilo que ele mais gosta.
Pergunte a um podólatra qual modelo ou atriz de sucesso ele gostaria de ver calçando uma sandália num comercial ou exibindo seus pés na revista Playboy?
A lista seria imensa, infinita, porque na imaginação de um fetichista existe espaço para qualquer delírio e tudo é encarado por uma ótica sonhadora capaz de virar o mundo de ponta à cabeça.
Pena que os nossos produtores não explorem mais esse segmento.
Em meio a tantas bundas bonitas poderiam aparecer mais pés. Em lugar de cangas ou toalhas deslizando pelos corpos dessas sereias poderiam estar cordas, ainda que fossem amarrações pouco fidedignas, mas que levassem com elas o nosso desejo de ver essas princesas mostrando o melhor do nosso pequeno universo.
Minha esperança reside no cansaço. Sim, porque não há imagem repetitiva que não canse os olhos, e nessa onda, novas idéias podem provocar um aumento significativo de temas fetichistas ligados ao prazer e ao sucesso.
Mas não há do que se queixar. Se há alguns anos atrás não tínhamos quase nada, hoje temos duas, três ou quatro mulheres famosas mostrando fetiche do jeito que queremos ver.
Porém alguém dirá: “tá reclamando de que ACM? Você tem mais de cento e vinte lindas mulheres amarradas e amordaçadas em seu site, ou não?”.

Claro que sim e divido com todos, afinal estão todas lá, prontas para serem devoradas pelos olhares mais detalhistas da face da terra, mas mesmo assim eu quero mais, quero tudo, quero o fetiche na mídia, porque se o que gostamos é sadio nada mais justo do que termos a Guilhermina Guinle pra guardar a sete chaves e olhar quando houver a necessidade de flertar com o que é maravilhoso.

(Fotos: Guilhermina Guinle e Fani, ex BBB)

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Doze Dias


Faltam doze dias para a Rio Fetish Night.
Já falei sobre as atrações da festa aqui.
E como não é bom dormir de touca, o negócio é colocar seu nome na lista amiga na comunidade Point BDSM no Orkut e gozar dos descontos para os que garantem presença na festa.
A Rio Fetish Night nasce com pedrigee, tem a marca do sucesso que dá pra prever faltando pouco mais de dez dias para o evento. Basta ver pelo tamanho da lista amiga da comunidade e da grande procura, através de mensagens aqui no blog e no Fetlife.
A galera do fetiche vai com força.
Para quem ainda não garantiu lugar no evento vou repetir as dicas:

RIO FETISH NIGHT
Segunda-Feira dia Seis de Setembro, véspera de feriado.
Local da Pajelança: Vibe Club (Foto)
Avenida Men de Sá, 331, no corredor cultural da Lapa, RJ
Início: 21 horas
Traje: Dress Code ou Preto

Dá uma olhada na relação de quem está se aprontando pra festa:

Mistress Bela
Sra. Loba Domme
Marco Feet
Mistress Vamp
Kimbaku
Eris de Troia
Sra das Flores
Tie
Narcisa Adrastea
Rainha Dourada
Gordinha Rj
Domme Naja
Sr. Wz E Princesa
Lord Animal X
Mestre Votan
Del Monica
Korva
La Femme
Tapete Gaucho
Sr. Policial Sádico
Lindinha
Nelson/Rj
Rainha Scarlet

E seu amigo escriba aqui com várias modelos do Bound Brazil a tiracolo.
Mais perto do evento eu confirmo a lista das princesas do site e mais fetichistas que estarão por lá.
Imperdível.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

A Primeira Vista


A pessoa pode estar encantada por imagens fetichistas, afinal se existe identificação passa a ser uma doce realidade, ainda que virtual. Tudo é mágico no reino da fantasia...
Mas chega o dia em que essas imagens são vistas a olho nu, e o primeiro contato pode ser sinônimo de apego ou abandono.
Por mais experiente que seja, o fetichista sofre um impacto quando se depara com sua própria semelhança, quando percebe que aquilo que está diante de seus olhos é real, carne e osso, como se alguém o tivesse removido do conforto de sua sala pra dentro de um dungeon.
Há que saber lidar com isso porque a primeira imagem ninguém esquece.
Qual bondagista nunca tremeu ao fazer os primeiros nós na primeira parceira receptiva?
Comigo não foi diferente.
Me lembro de um dia em que passeando pelas ruas de Amsterdam tomei coragem pra entrar num dungeon de aluguel. Já contei esse caso aqui, em detalhes, de quando enchi a paciência de uma dominadora com as minhas perguntas idiotas.
Não havia internet, nada era parecido com a realidade. E olha que eu já tinha firmeza de propósito, sabia exatamente o que queria e trazia na bagagem uma experiência, ainda que pequena, acumulada com namoradas antes de estar ali.
Juro que senti a dor do primeiro submisso maltratado pela loura. A mulher parecia imensa brother, porque além de seus um metro e oitenta, aquele salto de uns vinte centímetros a tornava gigante, em altura e atitudes. Enfiou um plug no rabo do cara, torceu-lhe as bolas e as amarrou torcidas, de forma impiedosa. O sujeito só gritava e jamais pedia arrego. Assisti a tudo na poltrona da mulher porque ele queria público. Estávamos eu, uma senhora com cara de cafetina e um baixinho que seria o próximo da fila.
Essa cena ficou gravada no meu subconsciente, tatuada na lembrança e até hoje recordo de cada detalhe como se estivesse naquele lugar cheirando a mofo e velas queimadas.
Nunca tive tendência sadomasoquista, mas queria ver como era, saber de tudo.
Uma vez, faz tempo, levei uma amiga na qual tinha interesse a uma festa fetichista. Era a chance de apresentá-la ao meu mundo underground, ao meu lado B. Temendo que ela passasse algum desconforto, tratei de explicar diferenças, consensualidade e critérios. Fui didático, litúrgico, usei toda minha experiência em prol de aproximá-la do fetiche para fazer minha proposta indecente.
Deu tudo errado. A mulher tomou horror por tudo que viu e nem me deu brecha pra tentar dialogar, explicar que meu fetiche começava e terminava com cordas. Nunca mais usei essa tática. Perdi, aceitei e fui em frente.
Por isso é muito complicado convencer pessoas sem qualquer identificação com esse tipo de práticas sexuais a aceitar uma aproximação. Como diria um amigo, é como chover no molhado, malhar em ferro frio.
Resumo da ópera: procure saber como tudo se processa antes de se aventurar.
Nos dias de hoje a literatura é farta e gratuita na internet, fotos e vídeos estão disponíveis para cuidar desse approach entre o fetichista e seu universo, basta ter vontade e saber escolher de que lado do campo é melhor jogar.

Evitar apostas em práticas que não lhe dizem nada e ter consciência de que ninguém, nem mesmo os mais experientes sabem tudo, porque nesse mundo “diferente” não existe os donos da verdade. Cada um, com o tempo, deve aprender a conviver com seus próprios impulsos sem se deixar atrair por coisas estranhas aos seus sentimentos apenas por sugestão.
É fácil conviver com o fetiche depois que se aprende tudo a seu respeito: basta nascer com ele nas veias.

(Fotos: Red Light Amsterdam)

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Foco


O mais legal do fetiche é que apesar de ser totalmente particular no que envolve gostos e tendências sempre há respeito pela preferência alheia.
Fetichistas não se esbarram e por mais que uma imagem não diga tanta coisa assim, ninguém tira o foco ou sai detonando sem motivo algum. É um mundo diferente, freqüentado por pessoas que conseguem enxergar a vida por ângulo distinto.
E já que vale a visão, a excitação pela imagem, vale observar essas duas belas cenas que serão destaques em breve no site Bound Brazil.
Jade, Yasmin e Luiza colocam fogo no circo quando o assunto é bondage.
Uma canja pra conferir aqui o que os assinantes do site ainda vão assistir.



sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Gotas de Sexta


Essa vem dos “States”.
A famosa modelo Jessica Alba aparece amarrada e amordaçada com fita adesiva numa campanha pessoal na qual clama pelo voto dos jovens nas eleições americanas.
Numa época eleitoral por essas bandas, acho que o pensamento dessa Deusa cabe sem tirar nem por.
Aspas pra ela:
"Eu acho que é importante para os jovens a plena consciência sobre a necessidade que temos neste país para serem mais ativos politicamente.
As pessoas reagem às coisas que são chocantes, por isso, a opção pela cena.
Se você não estiver apto para votar e não fizer a diferença, terá que esperar sentado para mudar as coisas ruins que estão acontecendo no nosso país, ficará mudo, amordaçado.
Você não pode silenciar. Faça-te ouvir. Vote agora".

Vale o conselho e, principalmente, a fotografia.

JUNTAS OUTRA VEZ

Protagonistas do longa “The Resort”, Terps e Daphne aparecem juntas (e amarradas) outra vez.
Num cenário totalmente “outdoor” essas meninas chutam o pau da barraca e mostram em doze minutos o que o efeito do fetiche de bondage é capaz de causar. Com o sugestivo nome de Bondage Garden, o vídeo é rodado de forma livre, com ênfase às cenas.
Em um lugar de tirar o chapéu e de total interatividade com a natureza, as meninas são amarradas e amordaçadas e tentam escapar da cena de perigo.
Damsels in Distress na veia.
Mas não é só a mensagem da “menina em apuros” que caracteriza o vídeo.
As cenas ao ar livre são muito pedidas por fetichistas, talvez porque as imagens “indoor” sejam a maioria apresentada nos diversos portais, e por serem concebidas com mais facilidade. Não é tão simples conseguir cenas externas de qualidade a não ser que sejam planejadas com a devida antecedência como estas que são a grife do vídeo Bondage Garden.
Eu, particularmente, gosto muito de cenas indoor. Não me importo com cenários repetidos, com mobiliário reutilizado, porque na minha concepção a forma como o fetiche é apresentado é mais importante, e, também, porque as roupas e acessórios ganham melhores contornos.
É impossível imaginar meninas amarradas em trajes elegantes em meio a um jardim, um gramado.
Porém, as cenas externas têm seus encantos. A começar pela qualidade de fotografia interagindo com o ambiente e a pouca exibição desses cenários. Já que estamos num país onde a natureza colabora cem por cento, por que não tentar?

Um aviso aos loucos por cenas de “biquíni bondage”: amanhã, Sábado, vamos gravar dezenas de cenas com as gatas do Bound Brazil em trajes de banho. Vai ser imperdível.

Na noite de hoje, além do vídeo Bondage Garden, um belíssimo photoset com todos os detalhes do filme estará à disposição dos assinantes. Vale conferir.

Um ótimo final de semana a todos!

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

O Lado Voyeur de Cada Um


Comecei a exercitar meu lado voyeur aos treze ou quatorze anos.
Na minha adolescência distante, trancado no banheiro, olhava as revistas com aquelas suecas peitudas e mandava ver. Seguidas bronhas me fizeram um voyeur de primeira classe nessa época.
Esse exemplo serve pra definir que dentro de nós existe um voyeur de plantão.
Afinal, quem nunca assistiu a um filme pornográfico? Ou fetichista?
Porque o voyeur não é apenas o sujeito escondido atrás de uma cortina, dentro de um armário ou em pé, ao lado da cama, assistindo tudo acontecer. O voyeurismo é muito mais, é observar o objeto de desejo de perto, de longe, flertando, até alcançar a realização do desejo.
O voyeur não precisa do exibicionista, embora os dois se completem na medida certa, porque um mostra o que o outro quer ver. Alguns amigos que tem preferência pelo voyeurismo não abrem mão da invisibilidade momentânea, deliram com cenas à espreita.
São verdadeiros observadores atentos que detestam ser descobertos.
Especialistas em pequenos orifícios em vidraças e em artimanhas impensáveis, na grande maioria chegaram ao divã de um analista por medo de suas atitudes, de serem flagrados em ação. Porque muitas vezes esses casos são planejados dentro do seio familiar, quando alguma amiga de algum parente faz uso do banheiro.
As histórias mais loucas chegaram aos meus ouvidos.
Desde a construção de arapucas perigosas que possibilitavam as famosas “espiadelas” até micro câmeras escondidas. Um glossário de loucuras.
Mas o voyeurismo não se resume a perigo. As melhores cenas desse fetiche são concebidas através de consentimento prévio, quando mulheres e casais exibicionistas admitem ser observados por praticantes de voyeurismo.
Essa prática se desenvolve com freqüência em clubes de swing.
É fato que a grande maioria dos homens delira quando assiste duas mulheres se pegando.
Se a cena for “montada” e exibida num filme, o cara aceita a imagem, mas persegue cada detalhe em busca da perfeição real, ou seja, ele quer na verdade ter a certeza de que as mulheres filmadas demonstrem que estão ali por puro desejo e afinidade. Claro que nem sempre é assim.
Por isso, os clubes de casais são o melhor caminho pra essa galera.
O voyeur espia o sexo. É importante deixar isso claro porque nem todo voyeur está atrás de assistir cenas de BDSM, podolatria ou outra prática parecida, muito embora existam os especialistas nesse segmento, dentre os quais eu também entro na fila pra comprar o ingresso.
Às vezes você mira no peixe e acerta o gato.
Um amigo, podólatra e voyeur, figurinha carimbada nas casas de swing do Rio de Janeiro, encontrou o nirvana numa de suas incursões. Acompanhado de sua parceira muito bem resolvida quanto a essas questões, conheceu um casal com a mesma tendência fetichista e conseguiu agregar os desejos. As mulheres exercitam a podolatria entre elas e ambos observam sem o menor problema.

Mas isso seria como achar uma agulha num palheiro, chances que só acontecem tipo uma em um milhão. Concordo, claro, mas sem tentar não é possível saber se haverá um pote de ouro no final do arco-íris.

E como todo voyeur tem como principal característica a persistência, é válido tocar no assunto e dar dicas de como a realização pode estar a um palmo do nariz.
Basta observar.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Lost


Longa madrugada…
Um frio do cacete e uma mulher maluca do lado. Deu a marcha ré no carro e acertou o poste. O manobrista ficou com uma cara de paspalho e confesso que eu também fiquei.
Isso foi em Sampa, há muito tempo e hoje me lembrei dessa criatura desmiolada e suas intrépidas aventuras curiosas.
A curiosidade é o primeiro motivo de approach para o BDSM. Isso é fato comprovado.
E eu havia entrado de gaiato naquele navio, porque a garota estava na mira de um parceiro que desejava ter com ela as mais tórridas cenas sadomasoquistas, afinal esse era o fetiche dele.
Minha estada em São Paulo não conhecia o endereço dela e muito menos tinha, e até hoje não tenho, vocação para furar o olho de amigos, mas a pedido do cara encontrei com ela pra passar um pouco de conhecimento sobre o fetiche, seus prós e contras.
Só não contava com as atitudes da beldade.
Marcou num restaurante que só de sentar valia cem pratas. Quando me vi envolvido no imbróglio era impossível voltar atrás. A pinta de granfina desapareceu nos primeiros copos que tiveram incontáveis seguidores. A mulher amarrou um porre de doer.
Totalmente anestesiada e rindo até de fratura exposta, aquela altura dos acontecimentos não dava a mínima pra mim ou para o que eu tentava explicar sobre BDSM. Se é verdade que a orelha de quem se fala mal esquenta, posso assegurar que a do meu amigo naquela noite torrou, escafedeu-se, porque meus xingamentos pegaram a ponte aérea de volta e foram parar direto em seu ouvido.
O cara me fez embarcar numa autentica furada e eu que cheguei com pose de professor de fetiches estava literalmente fazendo um incrível papel de babaca.
Lá pras tantas resolvi terminar com o pesadelo. Pedi a conta, paguei chorando e conduzi a dita cuja até a porta para ir embora. Nesse momento difícil ela revelou que teria que fazer uma viagem de mais ou menos uma hora e meia até Valinhos, pois morava lá.
Olhei pra cima e falei: chega porra!
Aquela mulher não podia fazer nenhuma viagem de carro que durasse mais de cinco minutos, que, aliás, era o tempo até chegar ao meu hotel.
Daí surge o carro no poste, o manobrista com cara de otário, até terminar na portaria do meu flat, quando peguei a chave e levei a quase adormecida pra dentro do meu cafofo.
Embriagada, tirou a roupa assim que entrou pra começar a encher o saco e pedir para ser dominada. Não dava, por consideração ao meu amigo e a meus próprios princípios. Neguei fogo brother, de cara.
Levei à doida direto pro banheiro onde tratou de vomitar tudo que havia comido e bebido.
O pior foi constatar que depois de derramar litros de álcool privada abaixo, ela saiu lépida e fagueira querendo beber mais, se fazendo sensual e provocando mais que o capeta.
Pensei: “essa mulher vai dormir amarrada”. Porém, entre ser acusado de cárcere privado e excitar ainda mais aquela garota sem juízo, optei por uma terceira opção, que era fazê-la acreditar que eu queria somente tirar uma soneca pra ir embora no dia seguinte.
Depois de muita luta ela adormeceu. Ao colocar-lhe a coberta pude perceber que aquela garota de vinte e seis anos era um avião, mas ao mesmo tempo o comportamento fora tão insano que qualquer um teria desistido.

Assim que amanheceu ela juntou as coisas e foi embora de cara feia.
Fiquei vendido. Nem um muito obrigado por preservar a soberania feminina aquela transloucada bafejou. Fiquei com cara de tacho sentado na sala assistindo a tudo impávido imaginando quantas eu iria despejar pra cima do cara que me passou o fardo.
Quando encontrei com ele e ouvi a pergunta sobre o que eu achei dela e se tinha dado certo o papo sobre fetiches apenas respondi: “ela tem dois caminhos a seguir: um manicômio ou o A.A.”. Parei por aí. Foi melhor ocultar os detalhes.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

BDSM: Da Origem aos Tempos Modernos


As origens históricas do BDSM são obscuras. Durante o século Nove AC, rituais de flagelações eram realizados em Orthia Artemis, uma das áreas religiosas mais importantes da antiga Esparta, onde o Culto a Orthia foi praticado. Este ritual era chamado de “diamastigosis”.
Uma das mais antigas provas das atividades sadomasoquistas foi encontrada em um cemitério na Tarquinia. Dentro da Câmara “Della Fustigazione” (Surra), dois homens são retratados flagelando uma mulher com uma bengala e com as mãos durante uma situação erótica. Outra referência relacionada com a flagelação pode ser encontrada no livro Seis de Sátiras do poeta romano Juvenal, ou ainda, na obra Satyricon de Petrônio, quando um delinqüente é chicoteado por excitação sexual.
O Kama Sutra descreve quatro tipos diferentes de espancamento durante o ato sexual, as regiões permitidas do corpo humano para direcionar a palmada e vários tipos de gemidos ou "gritos de dor" na prática sexual. A coleção de textos históricos relacionados com experiências sensuais explicitamente enfatiza que o jogo de bater, morder e beliscar durante as atividades sexuais devem ser executadas apenas por consenso, uma vez que algumas mulheres não consideram tal comportamento prazeroso.
A partir desta perspectiva, o Kama Sutra pode ser considerado como um dos primeiros recursos escritos a lidar com atividades sadomasoquistas e regras de segurança. Outros textos com conotação sadomasoquista começaram a aparecer no mundo durante os séculos seguintes de forma regular.
Há relatos de pessoas sendo amarradas ou chicoteadas, como um prelúdio ou substituto para o sexo, durante o século XIV. O fenômeno do amor cortês medieval em toda a sua devoção retrata escravidão e ambivalência, e foi sugerido por alguns autores como sendo um precursor do BDSM. Algumas fontes afirmam que o BDSM como uma forma distinta de comportamento sexual é oriundo no início do século XVIII, quando a civilização ocidental começou a caracterizar legalmente e fisiologicamente o comportamento sexual.
Há relatos de bordéis especializados em flagelação por volta de 1769, ou fatos que foram divulgados antes, através do romance de John Cleland Fanny Hill, publicado em 1749, que menciona cenas de flagelação.
Outras fontes dão uma definição mais ampla, citando o comportamento BDSM, praticado em outros tempos e outras culturas, tais como os flagelos medievais e rituais de algumas tribos indígenas da América.
Embora os nomes do marquês de Sade e Leopold von Sacher-Masoch dão significado aos termos sadismo e masoquismo, respectivamente, a forma de vida de Sade não gera um paradigma, pois insistia em não cumprir as normas modernas de BDSM, principalmente quanto ao consentimento pré-estabelecido.
Idéias e imagens BDSM existiram na periferia da cultura ocidental ao longo do século XX. Robert Bienvenu atribui às origens do BDSM moderno a três fontes, que ele chama de "Fetiche Europeu" (de 1928), "Fetiche Americano" (de 1934), e "Couro Gay" (de 1950). Outra fonte são os jogos sexuais realizados em bordéis, que remontam ao século XIX, se não antes.
Na era contemporânea temos Irving Klaw, que durante os anos 1950 e 1960, produziu o primeiro filme comercial e fotografou o tema BDSM (principalmente com Bettie Page) e publicações gráficas desenhadas pelos artistas de bondage John Willie e Eric Stanton.
Stanton e sua modelo Bettie Page, tornaram-se os primeiros a fazer sucesso na área da fotografia fetichista, afinal, o fotógrafo conseguiu retratar uma das mais famosas pin-ups da cultura mainstream americana.

O autor e desenhista italiano Guido Crepax foi profundamente influenciado por ele, inventando o estilo e desenvolvimento de histórias em quadrinhos de adultos na Europa na segunda metade do século 20. Os artistas Helmut Newton e Robert Mapplethorpe são os exemplos mais proeminentes da crescente utilização dos motivos BDSM relacionadas com fotografia moderna e os debates públicos daí resultantes.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Os Pés da Yanne


Toda história tem seu herói ou heroína e com o fetiche não podia ser diferente.
No fetiche por pés, a podolatria, várias musas têm lugar cativo na idolatria dos fetichistas que babam por pés que com a sua magia encantam esses seguidores.
Diversas musas espalham fotografia dos pés pela rede, isso já foi dito aqui dezenas de vezes, mas existem as campeãs de audiência, aquelas que criaram um mural pra deixar claro que seus pés são motivo de adoração para um segmento que a cada dia que passa cresce mais e mais.
Uma dessas Deusas, a Yanne, (Miss Feet Brasil 2008), não deixa por menos e seja no site ou em seu blog, faz jus ao titulo e posta gratuitamente belíssimas fotografias de suas armas poderosas.
Com a palavra essa menina e suas descobertas:

Tudo começou em agosto de 2007, quando eu fui com minha família e uma amiga passear na chácara do meu tio. Era um lindo e ensolarado dia, muito divertido! Eu e minha amiga resolvemos subir nas ameixeiras para comer ameixas recém tiradas da árvore (hum, estava uma delicia... rs). Foi quando eu disse para a minha amiga tirar uma foto minha sentada na árvore e outra só dos meus pés, para destacar a tatuagem.
Ela tirou as fotos e me mostrou. Eu peguei a câmera digital e guardei, ficando nela apenas uma foto dos meus pés! A intenção era colocar no meu orkut pessoal apenas para mostrar a tatuagem. Até aquele momento eu não sabia sobre fetiche por pés e sequer tinha a noção que iriam reparar em meu álbum e fazer tantos comentários, fazendo uma verdadeira revolução na minha vida.
Coloquei a foto no meu orkut pessoal, com a seguinte legenda: “Eu amo minha Tatoo” .
Então comecei a receber recados de pessoas que eu nem conhecia. Eu não entendia porque as pessoas entravam ali para elogiar meus pés. Alguns iam além, pedindo para eu colocar mais fotos, pedi
ndo msn e tal...Confesso que tudo aquilo era muito estranho para mim, mas ao mesmo tempo que era engraçado era interessante.
Não sei ao certo como as pessoas me encontravam. Acredito que seja pelo fato de fazer parte de uma comunidade, de quem tem tatuagem no pé. Foi então que comecei a me interagir no assunto, pesquisando e lendo artigos em sites e comunidades, e ao mesmo tempo descobrindo que tudo aquilo fazia parte do meu mundo, que naquele momento nascia um despertar para esse fetiche o qual então eu ainda não havia nem ouvido falar, mas de certa forma me despertava!
Posso garantir que sempre cuidei dos meus pés, fazendo as unhas toda semana, pois tenho comigo o seguinte lema: pés, mãos e cabelos são os cartões de visita de uma pessoa.
Com tudo isso, fiz diversas amizades virtuais, com meninas que também tinham fotos dos pés e elas, além disso, já tinham a sua página no Orkut voltada para a Podolatria. E eu até então tinha apenas uma foto dos meus pés no meu perfil pessoal! Foi aí que decidi também criar o meu espaço e dar vida a “Yanne”. Criei o perfil no dia 11 de outubro de 2007, com um espaço voltado somente ao fetiche.

Fui evoluindo o orkut, fazendo amizades novas e ganhando vários fãs, colocando fotos e mais fotos, até que nasceu a idéia de criar o site e ultrapassar as fronteiras do Orkut, para que todos possam conhecer meus pezinhos e interagir comigo. Certamente muitas pessoas irão se identificar com o conteúdo desse site e poderão descobrir o quanto a podolatria é normal e prazerosa. Afirmo com todas as letras que “Yanne” não é um personagem, e sim algo que dentro de mim ainda estava quieto, guardado, esperando despertar e despertou na melhor hora e fase da minha vida!
Acredito que tudo tem seu tempo...


Para fazer perguntas a Yanne e visitar sua página acesse: http://www.yannefeet.com

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Sexta-Feira 13 (Fetichista)


Para muitos um dia de azar.
Há pessoas que não saem de casa, não atravessam a rua, não suportariam nessa data cruzar com um gato preto. Apesar de respeitar quem pensa dessa forma, gostaria de informar que o dia 13 é meu dia de sorte.
É, pode parecer brincadeira, mas é verdade mesmo, e se a data coincidir com o dia internacional da chinelada, massageia meu ego, alivia meu estresse e melhora meu astral.
Embora seja um dia como outro qualquer, essa data carrega uma magia, porque basta ter boas vibrações que o jogo muda, fazendo com que coisas legais aconteçam ao seu redor.
Imagine se uma mulher daquelas de parar o transito me chama para uma brincadeira de bondage numa sexta 13 e eu digo: “desculpe querida, mas hoje eu acordei indisposto e não vai dar não.” Broxante, não?
Então fica valendo a dica para tentar a sorte grande na noite de hoje. Num país continental como o nosso, onde o clima sofre variações incríveis de norte a sul, o leque de opções é imenso, desde as noites calorosas do Nordeste, a seca do Centro Oeste, o veranico do sudeste e o frio do sul. Vale tudo, tudo mesmo!
É só correr pro abraço no seu dia de sorte.
Precisa de mais algum motivo?

SERRA ACIMA

Por falar em dia de sorte, no fim de semana passada juntei as tralhas e a galera do Bound Brazil pra subir a serra, aproveitando o friozinho de Petrópolis, invadimos o sitio de uma grande amiga e gravamos cenas espetaculares que os assinantes do site começaram a ver nessa semana.
Apesar da corrida contra o tempo e do cansaço que tomou conta na volta, o dia foi produtivo.
Doze cenas, seis modelos daquelas de babar. Haja corda, haja imaginação, mas haja prazer também!
O primeiro vídeo dessa série é uma amostra desse trabalho.
“A Sunny Bondage Day”, que traduzido seria bondage num dia ensolarado, reúne duas feras que tiram nota máxima em todos os quesitos. Luana Fuster e Jamylle Ferrão. Basta olhar na foto abaixo e conferir.
As belas imagens que o local proporcionou e foram captadas com cuidado pela “mamãe” Lucia Sanny, aliás, vale aqui o registro da gravidez na nossa fotógrafa medalhista, são de fechar o comércio.
Duas gatas tentando de todas as formas se libertar de uma amarração perfeita. Braços e pernas, hogtie e muita ação, fazem desse vídeo um dos meus preferidos, daqueles de ver e rever até cansar.

E, claro, dezenas de fotografias para mostrar os detalhes. É de enlouquecer. Acreditem.
Antes de fechar o artigo, umas palavras especiais:
Um beijão pra todo mundo que postou comentário no Facebook na minha foto com a Bela.
Demais.
E um abraço especial aos “papais” Saulo Quaresma e Evandro Ynno. Brother, os caras parecem que combinaram, mandaram ver quase ao mesmo tempo e acertaram no alvo...



É... Os filmes do Bound Brazil andam mesmo despertando emoções fortes!
Karina, mamy, beijaço!

Good Weekend!

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

O SPA BDSM


A idéia até que não é má.
Mas como seria um SPA BDSM?
Um lugar onde pessoas buscariam dias de relaxamento? Ou quem sabe visualizassem a boa forma?
Bom, se valer a segunda opção pode ser que a idéia de um SPA totalmente voltado para práticas BDSM faça mesmo sentido. Imaginem um sujeito submisso, de preferência com tendências masoquistas claras, que deseje perder uns quilinhos?
Então, conseguiu seguir meu raciocínio?
Umas três dominadoras cruéis cuidando da dieta do pobre rapaz...
Sei lá, às vezes eu me vejo com traços de Maquiavel.
Vamos lá, de volta ao começo da conversa. O sujeito está com um pneu encravado na cintura (assim como o amigo aqui, mas espera lá: jamais me candidataria a passar uns dias neste local, porque é uma questão – digamos – de foro íntimo), e de forma alguma consegue seguir à risca uma dieta de emagrecimento. Recorre ao método terapêutico revolucionário do SPA BDSM.
Imediatamente as dominadoras malvadas o trancam numa cela onde o mundo a sua volta se resume a quatro paredes negras. Durante os primeiros dias de “estada”, o cidadão recebe generosos copos d’água e um prato de comida no almoço, constituído de uma colher de ervilhas, meia cenoura cozida e uma salsicha. Mas atenção, a salsicha é daquelas pequenas, retiradas de uma lata.
Duas horas após a “refeição”, ele é levado à piscina onde é obrigado pelas perversas dominadoras a dar diversas voltas dentro d’água, tendo uma corrente presa ao tornozelo com uma bola de ferro ligada à outra extremidade.
Exaurido, o “cliente do SPA” é levado a uma câmara de torturas onde é submetido a uma saraivada de chibatadas para perder calorias. E depois desse “exercício”, água fresca lhe é servida em fartura e abundancia.
Após uma semana de tratamento intensivo no SPA BDSM, nosso bravo espadachim sobe na balança e sorridente comemora uma consistente perda de peso.
Para este paciente o SPA atendeu a todos os seus apelos, reunindo o prazer e a redução de gordura da maneira mais eficiente. Com toda a certeza do mundo esse sujeito irá retornar para seguir seu “tratamento” em breve.
Diria uma grande amiga que ele com certeza absoluta irá comer de tudo assim que saia do SPA, para ter vários motivos para voltar o mais rápido possível.
Claro que isso tudo é um tremendo produto da minha imaginação fértil, mas quem sabe em algum lugar deste planeta onde práticas de BDSM são mais comuns, exista um lugar como este, com uma bela paisagem ao redor e um tenebroso ambiente dark por dentro.
Fica aqui essa sugestão a um agressivo empresário que queira faturar com uma clientela de peso que anseie participar de um verdadeiro programa de dieta forçada: o SPA BDSM.

E como sou adepto da mais ampla e geral democracia, esta postagem fica aberta aos amigos e amigas que queiram participar com as suas sugestões, no intuito de incrementar essa idéia do SPA BDSM.
Pode ser que isso seja mais um delírio, ou um conto de um blog na rede, mas posso garantir que muitos leitores vão achar a idéia altamente interessante, seja de que lado for, como instrutoras dominadoras ou como um possível cliente desse pedaço de paraíso.
Pra mim um cargo de gerência está de bom tamanho.
Sinceridade? Não almejo mais do que isso brother!

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Heroes


Quer saber? Pirei com o “day after” ao lançamento da festa Rio Fetish Night.
Não bastassem as presenças confirmadas e a adesão da rapaziada que povoa o underground na cidade de São Sebastião, chegam notícias de Sampa que uma caravana partirá de lá para fazer desse evento um Shangri-La.
A Bela, deusa absoluta do Clube Dominna, vem com a turma toda, em trajes de gala, prontos pra fazer da sua noite de seis de Setembro um acontecimento a ser lembrado por um ano, até a próxima é claro, porque do jeito que as coisas vão essa festa só termina em 2011.
Exagero? Talvez, mas se for possível traçar um paralelo entre a ficção e a realidade, todos os heróis da resistência estarão próximos, imbatíveis como sempre deveria ser. É a liga do Fetiche brother, abalando as estruturas.
Portanto, senhores bondagistas separem suas cordas, os dominadores e dominadoras afiem suas chibatas e os submissos que preparem os seus lombos porque a noite será longa.
E por falar em bondage, lembrei outro dia de postar alguma coisa tipo naftalina, cenas que há muito tempo atrás mostraram pela primeira vez que era possível arrancar suspiros de seres apaixonados por fotografias de mulheres amarradas.
A partir de então, essas pessoas depositaram nesse poderoso material todas as suas fantasias e os desejos mais ocultos muito restritos nessa época distante. Hoje, tudo que se produz e aparece na tela de um computador com um simples toque numa tecla, deve-se a esses intrépidos pioneiros e suas mentes docemente pervertidas.
Pois é, assim como tudo que acontece no planeta o fetiche também tem a sua história.
Alguns termos muito utilizados nas produções até os anos oitenta quase desapareceram do glossário bondagista. Buxom Girls, que poderia ser traduzido como mulheres roliças, e alcançava aquelas peitudas com deliciosas curvas foi substituído por BBW (Big Beautiful Woman), e outros termos como “bondagettes” quase não se vê por aí.
Claro que os mais antigos que há tempos freqüentam as páginas fetichistas sabem a que estou me referindo.
Mas o antigo vira “Cult” e a novidade sempre busca desenterrar no passado algo diferente num segmento que agora se dá o nome de “remake”, ou seja, o que é bom sempre volta de roupa nova. É a preservação, a garantia da sobrevivência das produções fetichistas.
No meu ponto de vista, acho que a graça está em buscar a inspiração lá atrás e adaptar aos dias atuais, a fórmula que serviu de base para a produção do filme “The Resort”, que mostrou cenários e figurinos atuais com tecnologia de ponta reproduzindo uma receita que arrastou adeptos por décadas. E tem dado certo.
Porém, jamais descartaria um olhar 43 direcionado para uma imagem de quatro décadas atrás.

A magia está em observar os pequenos detalhes que não davam a mínima para alinhamento de nós ou tipos específicos de cordas, nomenclatura de mordaças ou até fitas antiaderentes a pele.
Os caras faziam da forma possível, à sua maneira e tinham coragem pra tanto. Eram nossos heróis.
As mordaças hoje chamadas de OTM (Over the Mouth) imitavam os velhos filmes da TV, e as musas (bondagettes) se inspiravam em atrizes de Hollywood para ser a próxima vitima.
Assim era o bondage.
Assim, ainda é o bondage!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Rio Fetish Night (2010)


Bom, vamos acabar com a monotonia.
Chega de espiar pelo buraco da fechadura. É hora de ousar, aliás, faz dois anos que não faço outra coisa, certo?
Então anota mais uma: Rio Fetish Night, dia 6 de Setembro, véspera de feriado. Pra abalar as estruturas e fazer o Rio de Janeiro mostrar que faz fetiche também. Por que não?
E se a conversa aqui é pra colocar a cara na vitrine, está aceito o desafio.
A festança tem o patrocínio exclusivo do site Bound Brazil. O tema é simples: cordas e BDSM. Tudo a ver. Como diz a Lucia Sanny, fotógrafa e cinegrafista com medalha no peito, o negócio é amarrar todo mundo, portanto a mulherada que se prepare porque vai ter tanta corda capaz de transformar o ambiente numa imensa macarronada.
Além do amigo escriba aqui, gente de peso que vem da terra da garoa já confirmou presença: Sr. WZ e Mestre Animal X vão mostrar as delícias do shibari. E têm também as princesas do Bound Brazil, amarradas ao vivo e a cores. Não dá pra perder.
Mas a Rio Fetish Night não fica só no bondage.
O BDSM será muito bem representado por praticantes de renome e respeito. Podolatria , trample, wax, fire play, knife play, spanking, dominação, e um número especialíssimo de agulhas sob a batuta de uma pessoa especial, a qual eu devo todas as honras por mérito e amizade.
Sim, porque a Rio Fetish Night terá o retorno de um parceiro. Um amigo de longa data que por opção se afastou da cena fetichista e volta a meu pedido, pra mostrar como se brinca com agulhas. Mestre Votan.
Talvez os mais jovens não saibam de quem se trata, mas é bom que esclareça que o BDSM dessa terra deve muito a esse cara e sua iniciativa pioneira, quando tudo ainda era apenas uma idéia. Recolhido em Sampa dentro de seu universo, Votan resolveu deixar de ser uma lenda e atender ao meu apelo para estar outra vez entre nós.
O mais importante, porém, não é somente a presença dessa gente que carrega o BDSM morro acima. Fetichistas e simpatizantes estão convidados a adentrar o recinto, participar e passar a fazer parte dessa corrente.
Vale anotar os detalhes do evento.
Rio Fetish Night. Dia 6 de Setembro, segunda-feira, véspera de feriado.
No Vibe Clube. Avenida Men de Sá número 331, Lapa, Rio de Janeiro, a partir de 21 horas.
Ingressos com desconto na lista amiga da comunidade Point BDSM no Orkut. Grava o link:
http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=103505198

O convite está feito.
Pra quem procura por eventos que reúnam diversos tipos de práticas fetichistas, pra quem quer conhecer, se interar e até aprender como se faz e o que se faz, uma chance única, imperdível.
A festa Fetish Night é um evento fetichista mundial e com a devida autorização dos donos do pedaço criamos esse evento na cidade do Rio de Janeiro, que a partir de agora fará parte do calendário mundial.
Não existe razão melhor para que você também venha ser parte dessa pajelança.
Até a data do evento, vou postando aqui no blog a lista de presenças confirmadas de expoentes fetichistas que estarão na festa.
Atenção: preto ou dress code. Afinal, uma festa desse porte merece um traje à altura.
Faça já a sua reserva.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Pernas pro Ar


Pois é brother, elas vão fazer de tudo pra virar a sua cabeça.
Às vezes não basta caprichar nos nós, é preciso mais uma dose, um pouquinho a mais para que você veja o mundo de cabeça pra baixo.
E elas sabem como te levar pra roda e te fazer girar, sem parar, até o infinito.
Isso é bondage brother!
Um lugar lindo, o cenário de cair o queixo que só essa terra ao sul de Equador pode proporcionar. Uma, duas, três, várias gatas e uma missão: fazer bem feito!
Terps, Daphne, Jamylle, Luana, Jade e Cia e muitas mais.
Confere aí o que o Bound Brazil tem pra mostrar nesse mês de Agosto.





sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Uma Visão “Não Fetichista”


De uma maneira geral, as produções com temática exclusivamente fetichista visam agradar a um segmento que respira esse assunto.
Esse é o procedimento padrão.
Mas há controvérsias.
Quando a Lilian me enviou a sinopse do filme “The Resort”, procurei adaptar o roteiro para agradar aos olhares fetichistas, os consumidores alvos. Com uma resposta excelente após um mês de comercialização, o filme recebeu resenhas de pessoas daqui do Brasil e do exterior, aliás, todas estão postadas no link “Vault” do site Bound Brazil, e de uma forma geral me passaram uma mensagem super positiva do trabalho.
Semana passada, uma pessoa chamada Renata comprou um DVD para um amigo. Segundo suas palavras, a primeira intenção foi ajudar alguém que naquele momento precisava de um cartão de crédito, ou alguma coisa nesse sentido.
Só que, atraída pela curiosidade feminina aguçada, a Renata assistiu o filme antes de entregar a quem de direito. Gostou tanto da história e das cenas que mandou o seguinte comentário:
“No começo as cenas me deram arrepio. Me peguei assistindo a um filme de suspense, em total contraste com as belas imagens da abertura. Meninas capturadas por mascarados e uma seqüência de cenas que faziam questão de me fazer ficar ligada na próxima. Os interrogatórios, quase reais, e o final totalmente surpreendente me deixaram atônita, porque eu não sabia àquela altura quem eram os vilões ou quem eram as vitimas. Parabéns, porque eu jamais imaginei que um filme fetichista pudesse ter um enredo tão parecido com os filmes de aventura e suspense.”
Suprimi alguns detalhes resenhados pela Renata para não estragar o final da trama.
Pena que ela não assistiu “The Resort” devidamente amarrada!
O que fica desse comentário é a capacidade de uma obra fetichista alcançar olhares que nunca estiveram voltados para esse universo. E ela não é a primeira pessoa de fora do circuito que assiste e gosta do que vê.
Minha idéia era essa? Não, claro que não.
Errei o alvo? Também não. Prefiro dizer que mirei no que vi e acertei o que não vi.
Outro dia um fetichista me disse: as cenas são longas. É verdade, mas “The Resort” enfoca as cenas em primeiro plano, enquadra o fetiche sem prestar atenção a detalhes que o fizessem sair dos trilhos.
Mas mesmo assim agradou a quem não persegue as cenas fetichistas em particular.
Acontece, não dava pra prever.
Hoje, o Rabbit Reviews, um portal americano especializado em fetiches e sexo, classificou o filme como saboroso, eficaz e excitante. Preciso dizer mais alguma coisa?
Deu certo. E vem mais por aí.

HOGTIED

O Bound Brazil atende aos apelos bondagistas e mostra o vídeo Hogtied.
Acho que quem freqüenta o blog já imagina do que se trata, mas não custa lembrar. Hogtied é uma posição de bondage em que a mulher tem as mãos e os pés amarrados, e os mesmos são ligados por uma corda.
E no vídeo de hoje, duas belas garotas protagonizam essa cena que tanto frisson causa aos bondagistas.



Daphne e Indianara tentam de todas as formas possíveis escapar de um tipo de imobilização onde até os movimentos ficam restritos.
Um photoset cheio de detalhes das meninas faz parte do cardápio.
A conferir.

Um ótimo final de semana a todos!

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Não Tem Volta


Ontem recebi um email da Chrissy Daniels (foto bem aqui ao lado).
Modelo de bondage das mais respeitadas e solicitadas pelos lados da terra do Tio Sam, Chrissy me perguntou se eu estaria na Fetsh Con neste final de semana, em Tampa, na Flórida.
Na verdade, fazia parte dos meus planos estar agora desfazendo as malas pra passar bons momentos na maior feira de bondage do planeta, encontrando pessoas que quase todos os dias trocam mensagens comigo por email ou através do Fetlife.
Pior do que não poder ir a Fetish Con foi ler a seguinte frase da Chrissy: “não vai me amarrar não?
Isso dói brother, principalmente quando você tem a plena consciência de que compromissos profissionais te impediram de estar onde você queria estar, fazendo o que tinha vontade de fazer. Não tem volta – C'est fini la contredanse.
Mas pensando bem, essa não será a última e haverá sempre planos para a próxima, os quais espero cumprir. Pena que seja preciso atravessar a linha do Equador enfrentando horas de avião para estar perto dessa festa recheada de glamour.
Pode ser que um dia o vento mude e as coisas aconteçam de forma contrária, e talvez uma geração futura possa saborear o que os que aqui estão não tiveram a chance, afinal, ninguém pode prever o futuro. Mas por enquanto a pajelança dos bondagistas ocorre no lugar onde as cordas têm tratamento diferenciado e os praticantes são considerados artistas, por seu trabalho e iniciativa.
Vamos ser justos; os caras descobriram a pólvora, amarraram a Betty Page e outras tantas Pin-ups há sessenta anos. Descobriram que dava liga fotografar e filmar essas garotas intrépidas, por isso, merecem ser os donos da bola e dar todas as cartas porque reúnem gente de leste a oeste embarcados no mesmo sonho de consumo numa paradisíaca cidade praiana da Flórida.
Semana passada o David (David Knight Bondage) disse que eu estava maluco por não ir.
Além da premiação no awards 2010, outra razão para eu estar na Fetish Con seria entrar no Hotel Hyatt Regency com um banner gigantesco do filme “The Resort” debaixo do braço a fim de divulgar a produção que ousou resgatar os filmes de longa duração típicos dos anos oitenta e noventa – aliás, diga-se de passagem que está vendendo muito, acima do previsto – celebrando a ousadia, desafiando padrões que os figurões da indústria estabeleceram como regra.
Pois é David, desta vez não deu!

Mas chega de lamentos, não vou estar lá e pronto. Ponto final.
Só me resta desejar que mais uma vez a feira divulgue o fetiche de bondage aos amantes e também aos simpatizantes, não apenas aos que estarão por perto, como também, aqueles que mesmo estando a quilômetros de distancia torcem para que o fetiche viva sempre seus dias de glórias.
Embora com tristeza tenha visto alguns sites que há anos faziam parte da cena desaparecerem sem rastros, a presença de novos portais e algumas mudanças de rumo surgem como elementos capazes de perpetuar o que nos faz tão bem.
Então, vida longa a Fetish Con e a todos aqueles que puderam estar por perto.
A feira começa hoje e vai até domingo.
Qualquer novidade e os melhores momentos do evento prometo mostrar em diversos artigos.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

A Lente e os Pés


Eles são anônimos.
Para muitos podólatras a identidade da dona dos pés é um mero detalhe.
Além dos inúmeros sites, blogs ou rede sociais que apresentam esse conteúdo, os pés são os mais procurados em qualquer clube ou festa fetichista.
Diria até que num universo fetichista os pés femininos seriam a preferência.
Presentes nas coleções dos admiradores, as fotografias dos pés tornam-se objeto de desejo de aficionados pelo mundo afora. Mas não é tão simples captar os detalhes que impulsionam essa magia, é preciso ter “feeling” para retratar o que os podólatras gostam de ver.
O melhor dentre todos os fotógrafos do planeta não teria sensibilidade suficiente para captar com sua lente o que esses artistas da podolatria costumam exibir.
Duvidam? Então vamos começar a falar desses caras ousados e sua doce demência.
Em Lisboa, Jota Ene sabe o que faz e traduz tudo sobre pés e fotografia em seu excelente blog. Basta conferir: http://pesysapatos.blogspot.com/
Nesse caso, melhor do que nunca, as imagens falam mais que um milhão de palavras.
O cara é simplesmente fantástico com as combinações de cores, pés e cenários. Um desfile prá lá de interessante, capaz de encantar olhares de quem nunca teve tendência a gostar de pés.
Mas deixa eu apontar a minha bussola para São Paulo e falar de um cidadão que tem a competência necessária para ilustrar em fotos esse nosso texto.
Marco Claro, esse é nome da fera.
Fotógrafo oficial, e também oficioso, do Feet Brasil do Clube Dominna, reúne em seu acervo mais de oito mil fotografias dos pés mais anônimos e mais famosos de norte a sul. Sua galeria é tão extensa e badalada que centenas de garotas ocupam sua agenda em busca de seu flash.
Porém, o Marco é um sujeito simples e nada lhe tira do pleno estado de consciência.
Considerando-se um viciado em fotografar os pés das moças, Marco é capaz de pegar um avião e partir numa viagem atrás de imagens para sua coleção. Uma obsessão que nada tem de doentia porque simplesmente o faz ser feliz.
Faz tempo que insisto com ele que esse acervo deve ser postado num blog ou fotoblog qualquer. Ele reluta, porque segundo suas próprias palavras há muito que fazer ainda para atingir o que ele considera ser a coleção perfeita.
Depois dessa dissertação sobre o trabalho do Marco, só me resta passar o contato dele para as meninas que queiram ter seus belos pés fotografados por sua lente. Mande um email direto que ele responde na hora: macmarco01@hotmail.com

Nesse contexto existem as fotos amadoras. Aquelas que são tiradas pelas próprias meninas que afagam o ego exibindo seus pés ao mundo cibernético, e outros lugares onde é possível fazer uma viagem por esse circuito fetichista.
Pés descalços, calçados, livres ou amarrados, todos são parte de uma cultura que a cada dia que passa se solidifica mais e mais, abocanhando apaixonados admiradores que fazem dessa fantasia um fetiche quase imune a críticas e preconceitos.

Fotos que ilustram o texto by Marco Claro.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

A Última Academia BDSM


O clube Rapture ficava em New York.
Uma autentica academia onde se aprendia a praticar todo tipo de cena dentro do BDSM.
A palavra "Masmorra" não fazia justiça ao lugar. Rapture era uma casa de teto alto em Manhattan, ocupando um andar inteiro de um estúdio / sótão.
Quatorze senhoras preparadas para receber num ambiente de quatro quartos, cada um especialmente equipado para atender aos caprichos perversos de sua clientela.
Duas salas eram um “standard dungeon”, outra era uma sala equipada para bondage e Shibari, e uma sala médica. Embora não tivesse em sua atmosfera a ostentação de outras casas de dominação da cidade, tais como o “Pandora’s Box”, era limpo, seguro e estéril, o que não pode ser dito sobre todas as casas de BDSM em Nova York.
O Rapture também tinha definida a "política sem sexo". Era uma escola, ou, pelo menos deveria ser.
A caixa de ferramenta sórdida continha uma lista quase infinita de implementos de disciplina; bengalas, floggers, bullwhips e instrumentos de tortura, tais como velas, piercing, equipamentos, aparelhos de eletrocussão, e os brinquedos de humilhação como móveis de tortura medieval e as câmaras, incluindo vários cavaletes, camas de servidão e diferentes e atrativos jogos de cordas cortados em tamanho padrão.
Bastaria colocar as mãos em todos eles, participando do que seria o melhor curso de dominatrix do mundo; treinamento intensivo que fazia com que as meninas do Rapture fossem consideradas as melhores no negócio.
Quem pensa que ser uma dominatrix é um caminho rápido para o dinheiro fácil está redondamente enganada. Este curso intensivo abrangia todos os aspectos da profissão, desde psicologia e segurança, as habilidades técnicas necessárias para utilizar as ferramentas, e como preencher as horas assim que o escravo fosse prostrado aos seus pés.
As sessões poderiam durar até seis horas.
Qualquer um podia escolher cursos avançados em temas tais como bondage e shibari que envolviam instrutores convidados, e intimidação não conflituosa. A mente se encantava.
Os instrutores, Ardenne e Mitsu ensinavam os truques da dominação.
Eles fizeram um relato de uma versão compactada de um curso que normalmente demoraria sete dias, uma semana que se iniciava com o atendimento por telefone e terminava com a formação em jogos sexuais avançados.
E tudo isso se resumia num mundo de dominação que só de imaginar dá vontade de aprender.
Ardenne foi para uma escola católica aos 12 anos. Ela descobriu o BDSM aos 22, ano em que perdeu sua virgindade. Um ano mais tarde começou a trabalhar no Rapture. Inicialmente uma sub, afirmava que começou no Rapture para voltar para um ex.
Mitsu declarou na época: “existem os que insistem em realizar fantasias que fogem do objetivo do curso, que está totalmente fora de nossa própria capacidade técnica.”
Como um cara que perguntou: "Você pode me castrar?”
Eu apenas respondi: “Você precisa ir a um cirurgião para isso.”

Tudo isso foi um sonho que durou exatos cinco anos, porque há algum tempo atrás o proprietário do Rapture, Collin Reeve, foi preso juntamente com todas as dommes do local acusado de prostituição e outros delitos.
O Rapture fechou suas portas e hoje restam fotos e recordações do lugar.
Ninguém sabe ao certo se realmente existia esse tipo de atividade no local, ou por desavenças com a vizinhança o clube tenha vivido em 2008 seus últimos dias.



A idéia era ótima, o clube foi famoso e teve seu tempo de glória que terminou com o pagamento de uma fiança de 30.000 dólares e o desaparecimento de seu proprietário, dominadoras, móveis e utensílios.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Bondage Sem Cordas


Existem várias formas de mostrar o fetiche de bondage através de imobilizações.
Todas, sem exceção, já foram expostas aqui.
Cordas, algemas, correntes, lenços ou cintos fazem parte do cardápio de quem gosta de imobilizar e realizar a fantasia.
Algumas vezes apresentei no site Bound Brazil imobilizações com abraçadeiras plásticas, para alguns, algemas da policia americana ou simplesmente fitilho. Só que desta vez exerci o direito de ir mais além e bati meu próprio recorde, porque nada mais nada menos que treze tiras desse material foram utilizados para prender a bela Jackie.
Claro que é necessária a colaboração da modelo. Este tipo de material exerce o dobro da pressão do que qualquer outro tipo de tira ou metal. As marcas deixadas após a cena não deixam dúvidas a esse respeito, o que, aliás, é um excelente combustível para quem gosta.
Buscar a simetria com as abraçadeiras é complicado. Requer paciência.
Porém não me canso de dizer que praticar o fetiche de bondage é um exercício de paciência, em todos os sentidos, desde a escolha da parceira até a montagem da cena.
E quando a proposta é mostrar este fetiche num site comercial o produto tem que ter qualidade, porque cada detalhe é observado atentamente por quem compra. Mas essa equação que define beleza, eficiência e qualidade pode ser também o objetivo da cena que cada um pode levar para sua sessão particular. Por que não?
Ser criativo não significa ser chato.
No começo as coisas custam um pouco a dar resultado, existem falhas a serem corrigidas, mas se apresentado antes a quem se propõe a praticar em conjunto, nada é um absurdo.
Se é possível conversar com uma modelo sobre a cena da qual participará, por que não ter a mesma postura com relação a própria parceira? Tudo é belo quando os dois resolvem pintar na mesma tela.
Um amigo, bondagista, não tolera o uso de abraçadeiras em suas cenas privadas. Além de dizer que o material machuca demasiado ele alega que este tipo de imobilização apaga a magia de ver seus nós impossibilitando uma possível fuga da parceira quando amarrada.
Respeito, assim como também respeito os que gostam de prender com metal, porque o fazem por amor à arte, aos objetos, afinal estamos falando de fetiche, um desejo que tem por excelência o fascínio por algo em especial.
Se o couro, o látex, o vinil, os metais provocam furor por não admitir que esses utensílios criados para outros fins não exercem o mesmo encanto? Ora, se estamos falando de um material que as próprias autoridades utilizam para imobilizar pessoas, não seria uma razão suficiente para levá-los para sua fantasia?
Os fitilhos são práticos e eficientes. Resolvem em segundos a questão da amarração.
Mas podem também ter seus desenhos apimentados, criando posições como as cordas e algemas metálicas combinadas.

Com pedaços de aproximadamente meio metro foi possível elaborar a imobilização que ilustra essa matéria e é destaque no site Bound Brazil amanhã.
Treze tiras de abraçadeira, um afiado alicate de corte e muita colaboração da Jackie.
Motivos suficientes para criar uma cena que me deu muito prazer ao ver o resultado.
Ainda não existe um fã clube por amarrações com abraçadeiras.
Não há pedidos em profusão dos assinantes do site por produções com esse material.
E por que não ousar?