sexta-feira, 30 de julho de 2010

Depilação Forçada


O que é um sofrimento terrível para alguns, se transforma num imenso prazer para outros.
Não é difícil escutar seguidas reclamações das mulheres após passarem horas em salões de beleza arrancando pelos. Através de cera quente, pinça, Gillette, enfim, o martírio que tem como objetivo principal a beleza, também pode ser uma maneira de sentir tesão.
Relações sadomasoquistas utilizam-se de cera, fita adesiva ou outros meios para provocar dor em quem admite este tipo de fetiche.
E a coisa deve ser séria brother, porque só de pensar na idéia dá arrepio!
As dominadoras ou dominadores que praticam a depilação forçada querem mais que tudo vá para o inferno. Não tem essa de pegar leve, o buraco é literalmente bem abaixo.
Certa vez, uma dominadora me confidenciou que usava fita adesiva de sinalização para arrancar os pelos da barba do sujeito. Fico aqui pensando: esse tipo de fita quando gruda em parede ou no chão arranca até lasca de tinta assim que é retirado. Portanto, não é difícil imaginar como fica a face do cidadão ao ter seu bigode arrancado por ela.
Dá pra ir a Lua em segundos...
E nas pernas? Deve doer mais que abrir canal de dentre sem anestesia.
Mas essas malvadas não param por aí não.
Com toda crueldade possível, grudam pedaços desse tipo de fita na bolsa escrotal dos seus submissos e os fazem urrar de dor por minutos, e claro, arrastar a rebordosa por horas a fio após a sessão.
Muitas pessoas não compreendem como tudo isso se processa, mas na verdade, há que se levar em conta que a dor desperta prazer em muita gente e não importa se isso é certo ou errado numa visão do lado de fora, porque quem está no contexto sabe suas razões e motivos.
Segundo as dominadoras esse fetiche precede de um ritual. Normalmente pingos de vela produzem cera suficiente para arrancar os pelos aos poucos, induzindo uma cena final.
A depilação forçada, desde que consentida, desperta interesse em vários praticantes de BDSM, mas como toda e qualquer prática fetichista, merece total atenção aos mínimos detalhes, para com o conhecimento suficiente se tornar um prazer e não um problema que possa prejudicar seriamente a pessoa que se permite esse tipo de fantasia.
Aqui, todo o cuidado é pouco.
Caso contrário, o dermatologista vai faturar.

Os Efeitos do Back-to-Back

Quando o termo Back-to-Back aparece numa cena de bondage significa a definição da imagem de duas belas mulheres amarradas de costas, unidas e inseparáveis sem poder ajudar uma a outra.
E nesse embalo, o Bound Brazil exibe hoje aos seus assinantes uma cena cheia de fetiche e beleza com duas estréias de virar a cabeça.
Jamylle Ferrão e Janaina Freitas protagonizam um vídeo de treze minutos tentando de todas as formas se libertar das cordas que as atam a duas cadeiras.

O filme é a síntese do fetiche por “damsels in distress” que tanto agrada aos praticantes de bondage.
É só conferir.
Aliás, vale apreciar cada detalhe do photoset que faz parte da atualização de hoje.

Um ótimo final de semana a todos!

quinta-feira, 29 de julho de 2010

O Colecionador de William Wyler (1965)


A primeira vez que assisti a esse filme ainda era adolescente lá pelos anos setenta, e bateu direto na minha janela todos aqueles desejos carregados pela infância inteira, sem saber muito bem do que se tratava.
Quando vi a linda Samantha Eggar no papel de Miranda Grey ser seqüestrada e amarrada dentro de um furgão, me saltou nas veias que aquilo era a paixão que me queimava por dentro e que não sabia explicar sequer a mim mesmo.
Claro que ninguém pode aqui achar que seqüestrar uma mulher e ter com ela seja lá que tipo de relacionamento for, possa ser desejo de alguém que tenha sã consciência. Falo do aspecto fetiche, de ver uma mulher amarrada e querer loucamente, pelo menos naquele momento, estar no lugar do ator Terence Stamp.
Quem assiste a um filme sem se transportar pra dentro da história não consegue assimilar a mensagem deixada pelo autor da obra.
O Colecionador tenta passar a idéia de um funcionário público que tem sérios problemas de relacionamento com os colegas de repartição, que ao ganhar um prêmio de loteria resolve por em prática todo o seu desejo por uma mulher que ele admira a distancia e, que sua timidez impede que ele se aproxime para qualquer tipo de relação que possa haver.
Ao ter a sua disposição o dinheiro necessário para fazer o que bem entenda, ele resolve raptar sua amada e fonte de todos os seus desejos para tentar uma aproximação e fazê-la ter por ele todo o sentimento que lhe corresponda.
O nome dado ao filme é resultado de um link que o autor faz entre o protagonista ser um colecionador de borboletas e o fato do seqüestro de Miranda ser mais um objeto de sua obsessiva coleção. Mas as cenas que levam uma pessoa com fetiche por bondage delirar, são as que a mulher aprisionada mostra ao espectador estar em poder de seu algoz, negociando com ele até mesmo a mudança de posição dos braços amarrados e a utilização ou não da mordaça. Ressalte-se que nessa época o acesso a filmes de bondage era inexistente fazendo com que essa obra fosse o único laço entre o fetiche e o praticante.
Ninguém pode deixar de admitir que essa produção seja épica, porque ganhou diversos prêmios quando de seu lançamento pela força do roteiro e capacidade de direção e elenco..
A atuação de Samantha Eggar enche os olhos do admirador de bondage e, principalmente, quem curte “damsels in distress” (Garotas em perigo). O grande momento, em minha opinião, é quando ela está na banheira e um vizinho vem à porta. Samantha é amarrada por Terence debatendo-se todo o tempo, tentando com os pés acionar a torneira fazendo com que a água transborde para chamar a atenção.
Claro que o final é totalmente infeliz e uma história como essa, trazida para o lado real da vida jamais acabaria bem. Miranda Grey morre por ter sido deixada amarrada sozinha enquanto seu raptor buscava auxilio médico para curar-se de uma pancada desferida por ela na tentativa de fuga.
Esse fato induz o autor a deixar a mensagem na última cena que a coleção de Franklin (Terence Stamp) não pararia por ali, quando o mesmo sai em busca de uma próxima vitima de sua coleção. Porém, ficam as cenas de bondage gravadas na memória, fazendo com que esse filme seja marcante para quem viveu essa época e que tinha muita limitação para conseguir algo que mostrasse o fetiche da forma desejada.

Pra colecionador nenhum botar defeito, segue o link do filme inteiro com legendas em Português.

Filme: http://www.megaupload.com/?d=HNFX9OUT
Legenda: http://www.megaupload.com/?d=XJ4TZPVW

Este artigo é um re-link do original, publicado em Agosto de 2008.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

A Escravidão e suas Conseqüências


Por várias razões você admite a escravidão.
Ora por conta do trabalho ou por compromissos que sejam considerados imprescindíveis, não é difícil se achar escravo de alguma coisa na vida. Mas se esse assunto invade o campo das fantasias sexuais, do fetiche, a escravidão passa a ser por alguém ou até por algo em especial.
E já que é pra passar o rodo, nada melhor que cortar na própria pele.
Apesar de admitir que muitos são escravos de seu próprio fetiche, eu não me considero neste grupo. Embora apresente práticas fetichistas em um site comercial, costumo organizar as atividades de tal forma que elas não representem um ciclo vicioso, uma obrigação que se torne um pé no saco.
Gosto, muito, pratico sempre que posso, mas fico por aí.
Uma amiga me contou que deixou de ser apenas submissa para se tornar escrava de alguém. Pode isso? Não é a mesma coisa?
Não, o fato de ser submissa dentro de uma relação sexual fetichista não significa que necessariamente a entrega durante as práticas se transforme em escravidão. Se estiver errado o espaço é livre pra sentarem o sarrafo!
Bom, assim é meu ponto de vista.
E pra fazer valer a fantasia de ser escrava ou escravo sexual de alguém quando o assunto é fetiche, o conhecimento de causa é o aspecto mais importante. Os dois precisam estar afinados, conscientes e, acima de tudo, felizes com essa condição.
É preciso saber dar ordens, assim como obedecer.
Uma relação a esse nível requer uma escolha sábia de ambas as partes, sem importar o papel que está em jogo representar. Estude o parceiro ou a parceira pra mais tarde não se arrepender. Já escutei frases assim: fiz merda, me tornei escrava de um cara tão galinha que sua principal virtude era arranjar mulher na minha fuça, sem que eu tivesse o direito de reclamar.
Êpa! Assim eu também quero brother! Imagine, o negócio é ser um Sultão, ter um harém, coisas desse tipo. Certo?
E a outra metade, como é que fica?
Já li uma penca desses contratos pseudo litúrgicos BDSM de escravidão total e eterna, mas nunca observei esse tipo de, digamos, “artigo”.
E como tudo que sobe também desce é bom estar preparado para a reviravolta, porque deve ser levado em conta que uma fantasia sexual é um jogo, fetichista é verdade, mas é uma brincadeira de adultos conscientes do que estão praticando. O tempo da escravidão sem consentimento acabou faz tempo e todo mundo sabe disso.
Evitar as conseqüências desagradáveis provenientes de uma má escolha é a questão.
Toda relação a dois é assim, não importa se é fetichista ou não.
O cara diz assim: olha sou casado, mas minha mulher nem sabe das minhas peripécias e andanças pelo universo BDSM. Se souber estou fodido! Mas quero ser seu escravo, realizar todas as vontades e desejos da minha rainha.
É pegar ou largar. A escolha é sua...
E vice-versa.

Agora me respondam com total sinceridade: é possível viver a tal relação 24/7 (vinte e quatro horas durante sete dias da semana) dessa forma? Impossível, um dos dois terá que voltar pra casa, esconder as possíveis marcas e esperar pela próxima “bobeada”.
Não sou moralista, muito menos hipócrita pra não admitir que já pulei tanto muro na vida que os tombos doeram. Mas quando o assunto foi sério, fetichista ou não, botei minhas barbas de molho.
Talvez por isso eu nunca tenha tido uma escrava.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Quem dá mais?


Senhores podólatras, façam seus lances.
O que vai a leilão talvez justifique a sua sagacidade.
Não é novidade por aqui, algumas meninas fazem esse tipo de oferta pela Internet e nos Estados Unidos as grandes musas da cena fetichista utilizam objetos pessoais para leiloar aos seus fãs.
Tal e qual o fetiche de Burusera no Japão, a Rainha Scarlet resolveu dar aos podólatras a chance única de conquistar o direito de adquirir suas meias usadas por três dias. Ela posta um vídeo mostrando aos interessados o objeto do desejo, ou da cobiça, e quem sabe do prazer.
Basta enviar um email para a Scarlet (o endereço eletrônico está no final do artigo de hoje) e fazer o lance.
Claro que essas meias dessa linda rainha atende aos anseios dos adoradores de pés com tesão por odores de pés femininos, afinal Scarlet tira o sapato e a meia como pode ser comprovado através do pequeno clipe que dá veracidade ao leilão.
Brother, a coisa estava feia mesmo... No bom sentido, é lógico!
Então façam suas ofertas aqui: domme.scarlet@gmail.com

Boa sorte!

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Pra sua Proteção


Aconteceu Sábado durante o 24/7 no Dominna em São Paulo.
Ao longo da semana vamos falando sobre o encontro desse ano, mas hoje vale escrever sobre esse gancho que é saudável e, digamos, diferente.
Nada mais estranho ao ninho que pessoas “baunilhas” em festa fetichista. E olha que esse termo, embora pareça pejorativo, soa agradável, já que um sorvete de baunilha é saboroso. Assim como é saboroso ver uma pessoa de fora do contexto querendo tomar todas as informações possíveis sobre o que está havendo.
Tudo é estranho nesse mundo novo, principalmente quando é visto olho no olho, ao vivo, porque de uma forma geral essas pessoas só tiveram ou têm acesso pela internet.
Bom, lá pras tantas ao ver o Marco Claro, amigão e fotógrafo fetichista dos melhores, gastando toda a saliva possível tentando ser o cicerone desse mundo novo a essas meninas deslocadas de seu rumo, os drinques fizeram efeito e soltei tanta bomba no ouvido delas que deu pra notar os olhos esbugalhados das moças.
Não que eu tenha perdido a paciência com tantas perguntas, pelo contrário, porque se existe uma coisa que me fascina é tentar passar as pessoas uma imagem positiva dos que gostam de fetiches e práticas BDSM. Aliás, o blog é a prova latente dessa vontade.
Mas como se sabe, o álcool e o desembaraço andam de mãos dadas e de repente me lembrei daquele cantor Wando, o obsceno, e disse às garotas: “Deus te proteja de mim...”
Claro que no mundo BDSM a regra é clara: não há prática sem consenso. E dentro desse princípio, as meninas podiam estar tranqüilas e calmas, pois ninguém de chibata em punho as levaria a um pelourinho sem que houvesse a devida permissão e, lógico, vontade.
Porém, se a regra proíbe por um lado também permite por outro, e minha intenção não era trazê-las para serem envolvidas por minhas cordas, a idéia era fazê-las compreender a coisa como um todo e explicar a razão pela qual todas aquelas pessoas estavam ali, vivendo um dia de festa, revendo amigos e celebrando a sua própria fantasia como se fosse o dia da Graça.
Se elas um dia vão incorporar alguns hábitos do que viram às suas vidas ou experimentar alguma das tantas novidades a que foram apresentadas, é uma incógnita, somente elas poderão dizer ou fazer.
O fato de estar ali em busca do conhecimento, desde que seja com respeito aos que em casa assumem sua faceta pessoal já é um passo enorme, afinal a curiosidade leva o gato a cometer as maiores loucuras em vida felina.
A descoberta do fetiche como mola propulsora sexual em determinada fase da vida, continua sendo o xis da questão. É incrível observar algumas pessoas que nunca possuíram um impulso natural por fetiches ao longo da vida, desembarcar nesse porto com tamanha desenvoltura a ponto de não desgrudar mais daquele cais.
Fica então a teoria do “vivendo e aprendendo”. Desafiando todas as regras e suposições fazendo valer aquela velha retórica que sempre digo: quando a vida sexual não anda bem, experimente levar um fetichista pra cima da sua cama. Garanto que as coisas nunca mais serão da mesma forma.

Pra finalizar, deixar o registro da minha alegria de ter mais uma vez participado desse evento maravilhoso, realizado com tamanho carinho por mãos competentes como a galera do Dominna.
A Bela, a Loba, e o staff mereceram receber toda aquela gente exibindo com um orgulho irretocável seus dotes e conceitos fetichistas sem medo ou vergonha de ser como são.
Durante a semana rola um papo com os amigos e deliciosas entrevistas com essa gente bronzeada do sul do Equador.
Ave Dominna!

sexta-feira, 23 de julho de 2010

A Cultura do Silêncio


Saem de cena os gemidos, gritos e sussurros sensuais.
Em seu lugar reina o silêncio. Absoluto.
Senhoras e senhores apresento-lhes mais uma fantasia sexual, um fetiche: o silêncio.
Pessoas têm verdadeiro fascínio por ter relações sexuais sem emitir sons. Alguns conseguem resultados incríveis com este fetiche, chegando ao ponto de não admitir o sexo de outra forma.
Não existe qualquer ligação com uma cena de bondage onde a parceira é amordaçada, porque neste caso a idéia é ouvir o famoso “muuuphmmm”.
Um amigo, praticante, me disse que passou a cultuar o silêncio por conta de uma relação dos tempos de adolescente, quando era obrigado a ficar mudo junto com uma namorada ao manter relações no quarto, assim as demais pessoas na casa não tinham idéia do que se passava lá dentro.
Outros, além do silêncio exigem que a parceira fique imóvel, como se estivesse dormindo. Dessa forma ele atinge o ápice. Bom, se pelo menos ele der conta de realizar os desejos da parceira antes, é até admissível que ela aceite praticar sua fantasia, caso contrário teria que ter os mesmos impulsos ou ficaria chupando o dedo...
Confesso que por necessidade extrema já passei por isso algumas vezes na vida, onde balbuciar um pequeno gemido representaria assinar uma confissão, ou caminhar para o cadafalso através de um casamento forçado. Velhos tempos...
Mas não fiquei viciado, pelo contrário, chegou a incomodar.
O fetiche é assim, singular. Capaz de despertar atração eterna em alguns e ser rejeitado por outros.
Agora, cá pra nós: já pensou experimentar a sensação de ter uma Deusa quietinha, sem dizer nada, sem reagir, imóvel e a seu inteiro dispor numa cama macia? Eu faria, pelo menos uma vez. Claro, com a devida concordância.
Já recebi emails de leitores do blog com as fantasias mais incríveis, testemunhas de que qualquer loucura deve ser perdoada.
Meninas loucas para experimentar o adormecimento por clorofórmio e só ficar sabendo do que se passou depois de despertar, o cidadão que implora por conhecer uma parceira que use um tênis All Star por uma semana, sem tirá-lo nem para o banho, e que ao final deixe que ele se delicie com o odor dos seus pés, e assim por diante...
Conclusão: nada é anormal desde que seja permitido e consentido.
Por isso, tentar uma transa numa madrugada dentro de um Hotel Fazenda no meio do nada é super normal. Claro, se houver tesão pra que isso seja possível.

TIED TOGETHER

Por falar em silêncio, essas duas meninas lindas que aparecem aqui na foto ao lado foram silenciadas na marra. Um pedaço de fita silver tape deu conta disso.
Amarradas juntinhas pelos pés, Bruninha e Lívia dão um show de bondage no vídeo em HD que o Bound Brazil exibe aos seus assinantes nesta Sexta.
Tied Together. Do início ao fim, treze minutos de bondage e ação pra ninguém botar defeito.


Um photoset com as melhores cenas do filme estará disponível para os felizardos amantes de bondage.

Berrando aos quatro cantos ou em silêncio, desejo a todos um ótimo fim de semana!

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Look At


Já virou rotina.
De quinze em quinze dias um desfile de bondage e beleza pra galera ligada no blog e nas novidades do Bound Brazil.
Vale à pena conferir o que preparamos para os assinantes do site nos próximos dias.
Antes, deixe o juízo bem longe...

ALYNNE PIRES
Ptoho Clip


BRUNINHA & LIVIA
Video: Tied Together


BRUNINHA
Photo Clip


JAMYLLE FERRÃO & JANAINA FREITAS
Video: Back-to-Back

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Bossa Bondagista


Há muito se comenta que o bom resultado de uma cena de bondage tem ligação direta com uma imobilização perfeita, onde a chance de escapar esteja próxima de zero.
Com esse mapa diante dos olhos, os bondagistas trabalham imobilizações ousadas ou diretas em que se asseguram da funcionalidade do que é criado. Entretanto, existem adornos que enfeitam esse cenário, que podem ser classificados como uma “bossa”, um detalhe que o bondagista escolhe para diferenciar seu trabalho.
E esses detalhes podem ser de grandes ou pequenas proporções.
Desde uma mumificação com plástico e fitas adesivas a singelas amarrações de dedinhos dos pés.
Aí vale o apelo visual, deixando de lado a eficiência. Porque uma mumificação deve ser feita com material mais resistente em se tratando de plástico, enquanto as fitas adesivas devem envolver por completo esse material para justificar o resultado.
Já as cordinhas nos dedos dos pés têm a única serventia de finalizar a amarração. Jamais impedirão a parceira de andar dando ênfase aos pés, uma parte do corpo feminino carregado de fetiche.
Cá pra nós. Nada mais elegante que dois dedos dos pés com a unha bem feita atados por um cordão. É a cereja do bolo, para podólatras ou não. Assim me arrisco dizer.
Claro que além desses dois exemplos existem inúmeros detalhes que adornam uma cena de bondage. O fator principal, a criatividade do bondagista, resolve o xis da questão.
Quando a amarração é realizada no homem, algumas dominadoras costumam abusar deste tipo de expediente através da imobilização do membro, o chamado bondage genital. Com um cordão bem fino, são capazes de por em prática elementos muito criativos que chamam a atenção de quem aprecia o fetiche.
Uma tendência do fetiche de bondage cada vez mais em moda é o self-bondage, a imobilização realziada por conta própria. E nesta prática, algumas meninas colocam a criatividade a todo o vapor, reveladas em fotografias incríveis em vários blogs espalhados na internet. Um destes espaços é o blog Entrega e Submissão da Isis, com link aqui do lado direito da página.
Isis brinca com os próprios seios de maneira inteligente mostrando uma excelente noção de bondage. Vale conferir.
Uma dica pra quem mergulha nesse universo do self-bondage: capriche nas cordas. Prepare os cortes de acordo com seu tipo físico. Amarre os pés (os dedos), joelhos e seios. Antes de colocar as algemas nos pulsos, certifique-se de congelar a chave numa forma de cubinhos de gelo. Retire o cubo onde a chave está alojada e coloque num prato ao seu alcance. Daí é só se algemar e esperar até que o gelo derreta e você possa se libertar.
Brincadeira solitária melhor é impossível.

Fetiche e criatividade combinam, se encontram em algum ponto para satisfazer aos mais exigentes criando condições plenas para cenas ousadas que dependem apenas da criatividade de quem se atreve a praticar.
Cenas antigas, vividas algum dia e que não saem da lembrança podem ser revisitadas, refeitas de uma forma melhor elaborada. Isso já é um bom começo.

Musas das Fotos: Kobe Lee (Bondage Divas) & Andrea Costa (Bound Brazil).

terça-feira, 20 de julho de 2010

Encontro Internacional do BDSM - 24/7 (Clube Dominna)


No próximo final de semana as atenções estarão voltadas para a celebração do Dia Internacional do BDSM, ou o 24/7.
E como nos anos anteriores, o Clube Dominna da Bela abre as suas portas para receber os fetichistas de todo o Brasil, interessados em saber mais sobre a cultura BDSM e seus praticantes.
Meu lugar já está reservado, portanto, arranje espaço na agenda, na Van, no Avião, no Ônibus, como puder, porque é simplesmente imperdível.
Anote aí o que rola no 24/7 do Dominna.

Cronograma do Evento

Sala Audiovisual

Das 15h às 15:30h - Workshop de Gesso - Mestre Carlos
Das 15:30h às 16h - BDSM e a Literatura Brasileira - Escritor Antônio V. Serafim Pietroforte
Das 16h às 16:30h - Experiências Pessoais de BDSM e Podolatria - Escritor Glauco Mattoso
Das 16:30h às 17h - Segurança e Cuidados Fundamentais na Prática BDSM - Varinia_GS
Das 17h às 17:30h - Inversão e Feminização de Papéis - Sra Loba Domme
Das 17:30h às 18h - A Mulher Goreana - Andy
Das 18h às 18:30h - A História do Shibari - Lord Animal X
Das 18:30h às 19h - De Escrava à Switcher - La Femme
Das 19h às 19:30h - Tudo sobre Humilhação - Física e Psicológica - Klaus
Das 19:30h às 20h - SM e Carências Afetivas - Rainha Dourada
Das 20h às 20:30h - Pet Play - Como Conduzir o Treinamento do seu Cão? Domme Vera
Das 20:30h às 21h - História do Conceito de Sadomasoquismo - Jorge Leite Jr (Cabelo)
Das 21h às 21:30h - GLBT - Vantagens e Desvantagens da Visibilidade - Dra Regina Facchini
Das 21:30h às 22h - A Liturgia de Gor e a Liturgia SM - Master Christian Sword of Gor
Das 22h às 22:30h - SM Gay Masculino e SM HxH - Principais Diferenças - Quiron
Das 22:30h às 23h - Apresentando os 11 tipos de Sexo - Terapeuta Sexual Lidia Moita
Das 23h às 23:30h - Todas as Funções das Máscaras de Gás - GasMask
Das 23:30 às 00h - Filmagem de Fetiches Mostrando Cenas Reias - Bound Brazil - ACM/B. Brazil
Das 00h às 00:30h - Tudo sobre Poney Girl - Anja Lindda
Das 00:30 à 1h - A Confirmar
Sala disponível para Podolatria da 1h às 7h

Pista de Dança

Djs Leandro - Alessandro - Pherro - Gonçalo Vinha - Agitando a Noite Toda
Das 20h às 23h - Exposição de Escultura em Biscuit de {pekena}~DOM KADAR
23:00h - Mumificação - Gata Selvagem
00:00h - Show de Fire Play - Lord Vahmp e La Femme
1h - Show das Mutantes - Taty Oliveira e Déia
2h - Show de Alex Lorenzo

Dungeon de Shibari

19h às 21h - Tatuagem em Veronika de Lord Dragon
00:30h às 1h - Workshop de Agulhas com Gata Selvagem
Em todos os outros horários o Dungeon estará disponível para cenas de Bondage e Shibari

Dungeon de Pedras

19h às 20h - Experiências de um Cadeirante na Prática SM - Jalbe (subman)
20h às 21h - Workshop de Chicotes (Como Confeccionar) - Mestre dos Mestres
Em todos os outros horários o Dungeon estará disponível para cenas SM


Café da Manhã

O café da manhã será servido às 6h e está incluso no valor da entrada

Madrugada

Faremos diversos debates sobre temas polêmicos como:
BDSM e Midia
Irmãs de Coleira
O Futuro do BDSM no Brasil
O Papel do Clube Dominna a Comunidade BDSM Brasileira
Dois Donos de uma mesma escrava: Realidade ou Utopia
O Amor estraga a relação BDSM ou a intensifica?
Escravidão Consensual x Amor Próprio: Conhecendo esta Linha Tênue
O que fazer quando a vontade BDSM termina para um dos lados da relação?
Entrega Incondicional: Vantagens e Desvantagens
Entre outros...

Durante a Madrugada estaremos disponibilizando vários filmes como:
A História de Ó - Versão Francesa
A Secretária
O Clube do Fetiche
Entre Outros

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Cuide bem “dele”


Acho importante falar de fetiches.
Dicas, opiniões, pesquisa, tudo isso favorece na busca de um bom desempenho em se tratando de práticas.
Mas será que alguém já parou pra pensar que nada disso tem o menor sentido se não houver uma colaboração direta de seu companheiro fiel, de todas as horas?
Se liga brother, estou falando “dele”. É, aquele mesmo que fica a uns trinta centímetros abaixo do seu umbigo.
Portanto, chame-o do que quiser. Dê o nome que achar conveniente, a escolha é sua, mas pense que ele merece sua total atenção, sempre.

É preciso que entre ele e você não haja nunca uma zona de atrito.
Como é que eu vou falar?
Tem tanto apelido que eu me perco.
O que é que tá havendo? É a primeira vez...
Outras horas não estamos nem pensando e ele se faz presente, se quiserem podem trocar por faz-se notar.
Ele é um amigo, aquele amigo em que você vai confiar sempre, na esperança de que nunca vai falhar.
Nunca esqueça de que ele começou a se interessar pelas coisas muito tempo depois de você, uns treze anos talvez, e provavelmente vai morrer antes.
O que? Uma morte que você vai sentir muito, um luto sofrido amigo, porque morreu. Tá morto, adeus, esqueça, você não vai na loja e fala: me dá um, me dá dois... Não vende!
Então aproveite enquanto ele está vivo, incentive-o quando achar que ele merece nota dez. Quando gritarem é o maior, é o maior, agradeça, embora você reconheça que não é o maior, mais pelo menos está naquele rol do “chico, chico pero cumpridor”.
Então se esforce para que as pessoas do seu círculo de relações – relações aí é muito bem aplicado – e círculo também, inclusive. Para que essas pessoas tenham por ele o maior desvelo.
Aceite-o como ele é, e se você não está satisfeito com ele, faça um exame de consciência, veja como o tem tratado, a vida que lhe tem dado, os lugares que ele já freqüentou só para que você não ficasse mal, o que você prometeu e não cumpriu.
Sabe lá o que é sonhar com a Brigitte Bardot e encontrar a empregada da Clementina de Jesus? É mole? É mole? Tem que ser mole...
Quem sabe você não o está querendo passar pra trás.
Sabe se ele quer? Se ele gosta? Se é esse o caso dele?
Você não perguntou, é uma decisão sua, é unilateral, não faça isso, não...
Converse com ele, dialogue com ele, ele é um filho seu, e quem meu filho beija, minha boca adoça.
Você vive falando que ele é de direita, de centro, tá bom, mas quem está falando de política aqui?
Não lhe dê boa vida, ele quer passar apertado, que passe, problema dele, ele tá acostumado, ele é um carregador de saco no cais do porto. É isso é que ele é.

E não fique pensando que você se redime; que na juventude lhe deu boa vida. É mentira! Aquela vida idiota da juventude, de namoro no portão, sem o direito de entrar em casa, e você no seu egoísmo dizia que ficou na mão, e ele aonde é que ficava?
Numa dessa ele se irrita e se suicida, ele bebe veneno, dá um tiro na cabeça, sei lá...
Vai por mim, se um dia ele pular do viaduto, você é um adulto viado.

Chico Anysio

sexta-feira, 16 de julho de 2010

O Fetiche e o “Bizú”


Falar de fetiches excita?
Não pensem que esse papo é em meu próprio benefício, até porque aqui eu escrevo. A idéia é tentar saber se falar sobre seu fetiche preferido com alguém que pode ser seu alvo para a realização, ou não, causa frisson.
Vou ser mais direto: o sujeito desenrola uma conversa no pé do ouvido dela, abre o coração e desanda a falar sobre cada detalhe de sua fantasia sexual.
Claro que esse exemplo não se aplica aos tímidos, que diante do fato ficariam tão mudos como os telefones públicos. Mas quem consegue superar esse obstáculo, e encontra quorum, acaba se deliciando com cada minuto de conversa.
Não é preciso ser o boi da bunda branca, o papai sabe tudo. Falar do fetiche é ser espontâneo, direto, sem curvas que possam esconder seus próprios impulsos. Não é necessário liturgia ou pragmatismo excessivo, basta dar o bizú.
De repente o cara se apresenta pra conversa e aos poucos sente que existe algum tipo de reprovação de quem escuta, daí é importante fazer valer o seu desejo sem subterfúgios, porque se a fila andar não haverá chance de remendos lá adiante.
Será que é difícil encarar essa situação?
Nem tanto, basta pensar que só existem duas possibilidades de resposta: sim ou não.
Se vier um “sim” em forma de aceitação aos seus dotes é mar aberto com céu de Brigadeiro. Basta ter cuidado e respeito por quem te dá ouvidos. É importante não extrapolar, ultrapassar a linha que separa duas correntes de pensamento sem ofender a opinião de quem se dispõe a participar do papo.
Se o tempo fechar e um “não” cruzar seu caminho, não desanime. Mesmo diante de um quadro de deboche, imagine que você é dono da sua verdade e deve brigar por ela sempre, custe o que custar. Saia com a mesma elegância que chegou, de preferência antes que alguém te convide a se retirar.
Mas o “falar de fetiches” nem sempre precede uma cantada ou tentativa de realização de fantasias. Há pessoas, fetichistas, que têm tara por contar suas peripécias, andanças e preferências. Quase alcançam o orgasmo transformando em fantasia principal um bate-papo informal sobre fetiches.
Por mais estranho que possa parecer, cada vez mais fico com a certeza de que o fetiche é pessoal e intransferível.

SUSPENSÃO

Não é exagero dizer que em se tratando de bondage existe uma cena que é um sonho de consumo de bondagistas e bondagettes – as meninas que gostam de ser amarradas.
Estamos falando de suspensão.
Não há tabu ou bicho de sete cabeças. Devem ser evitados os riscos iminentes para esse tipo de imobilização.
O apelo é artístico.



Por mais trabalhosa que seja a cena, devo confessar que realizar um trabalho de suspensão é o prazer de fazer bem feito. Escolhi a Terps porque ela adora, delira quando está sem chão, com os olhos vendados sem saber a distancia entre seu rosto e o abismo.
Na parte onde está sendo construído nosso novo estúdio, entre materiais de construção e terra ao redor da churrasqueira a Terps balançou com segurança, tendo a companhia da Annalu em um hogtie feito com algemas e cordas. Foi um fim de tarde (quase noite) perfeito.
Estas cenas estão no filme que o Bound Brazil exibe hoje aos seus assinantes: Under Repair.
Um photoset com os detalhes desse trabalho de cordas faz parte do esquema.

Um excelente final de semana a todos!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Montando o Quebra-Cabeça


Aqui estão duas fotos.
A modelo: Sophia C, com alguns ensaios no Bound Brazil.
Então, vale dar uma colher de chá pra marmanjada sempre atenta aos detalhes, para que me ajudem a confeccionar um pequeno painel com vistas a transformar a Sophia.
A pergunta é simples: o que você faria para montar uma cena de bondage com ela?
Vamos lá, alguém tem que começar esse furdúncio.
Primeiro esse chapéu vai direto para o armário mais próximo, no ato, sem pestanejar. Tá bom, a idéia do fotógrafo foi criar um clima sensual e atrativo, mas para um bom bondagista esse sombreiro só atrapalha.
Segundo passo: essas argolas nas orelhas. Fora! Porque na hora de colocar a mordaça normalmente esse tipo de adorno cria confusão, complica a fluidez do lenço passando em volta do pescoço. Ok, elas adoram, tá na moda, porém na minha transformação eles vão direto para a lixeira.
Livre dos assessórios conflitantes, a Sophia está pronta para receber os retoques necessários para aparecer bela e fagueira numa fotografia de bondage.
É hora de pegar as cordas e começar a festa.
Antes vale elaborar um bom visual. Já que a cena não vai ser realizada numa cama confortável vamos evitar o nudismo, sempre pautados pelo conceito que fetichista gosta de roupas, também.
Um bonito vestido e um par de elegantes sandálias darão a Sophia ares de executiva, afinal a fantasia se passa num escritório. Cabelo impecável, unhas bem feitas e uma boa dose de expressão de perigo. Está pronto o nosso cenário.
Para contrastar com a cor negra do vestido cordas brancas, de algodão. Mordaça de malha (seda escorrega demais, apesar de admirada por muitos) branca para combinar com as cordas e com os olhos claros da menina.
Ajeitando os ombros da Sophia e já com os braços para trás é só começar a brincadeira com generosas voltas de corda macia que vão dar a amostra de um belo desenho. Nós firmes, fora do alcance passando a nítida impressão que ela não conseguirá escapar nem por decreto.
Vamos colocá-la de bruços na mesa e gentilmente amarrar as pernas e os pés para que a imobilização esteja completa.
Fato consumado é o momento de imaginar alguma coisa que diferencie a amarração para que não passe a visão de lugar comum. Hogtie? Sim, mas de uma forma diferente, amarrando os pés cruzados e a mesma corda ligada as que lhe atam os joelhos.

Quer dar uma olhada como ficou?
Ok, está aqui ao lado.
E você como faria?
Vale viajar, construir o fetiche e até se imaginar ao lado desfrutando de cada instante...
Bom, foi assim que há mais ou menos uns dois anos criei essas cenas da Sophia C que até hoje arrancam comentários de assinantes do site.
É a prova de que o fetiche elaborado com cuidado e elegância tem um apelo visual excelente, principalmente para aqueles que compram o ticket para esse vagão do trem.



Um agradecimento especial a essa menina descolada que me cedeu uma fotografia para ilustrar o artigo.
Valeu Sophia!

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Fatos Fetichistas


Pode parecer simples, desconexo, mas existem pequenos impulsos que mesmo praticados vez por outra podem ser considerados como fetichistas.
Qual mulher não gosta de um puxão de cabelos ou um tapa na bunda durante a relação?
É um bom começo, porém nem tanto ao mar e nem tanto a terra, porque para significar um fetiche tem que haver uma seqüência.
Tipo assim: é impossível viver sem isso!
Há exemplos, concordam? Um amigo que nunca postulou ser fetichista acha que a excitação está numa bofetada no rosto da parceira na hora do “vamos ver”. Quando comentei sobre o possível fetiche ele apenas me respondeu: “gosto, pronto, e só isso.”
Poxa, mas nem um salto, meias sete oitavos, um espartilho, uma cordinha aqui e outra ali... Nada, o cara se diverte com uma bolacha bem dada, e garante que é infalível, que nunca houve mal estar.
São fatos, fatos fetichistas.
Faz um tempão obtive com uma antiga namorada uma constatação: toda vez que eu tentava começar uma conversa sobre bondage ela escorregava, mas na hora da transa ao tentar colocar uma pimentinha na história, tampava-lhe a boca e o orgasmo era quase imediato. Cheguei a tentar argumentar, mas não houve continuidade. A fila andou e depois disso fiquei com a impressão de que poderia ter sido melhor caso ela desse espaço para determinados assuntos, e com o tempo, cheguei a pensar que aquela garota podava algo que tentava aflorar por algum tipo de medo. Talvez ela tivesse tesão por asfixia, não sei muito bem, mas a sensação de ter a boca coberta libertava um desejo maior que a levava ao orgasmo mais rápido.
É meu caro, são coisas da vida.
Na verdade, o fetichista só se descobre quando tenta entender a existência do fato. Penetra dentro de seu íntimo e vislumbra alguma coisa que o faz sentir melhor, que atrai, que enfeitiça. Se perder o fio da meada na hora certa, vive sem admitir e foge a sua própria realidade. Por isso, eu costumo dizer que o fetiche está dentro de cada um, basta encontrar ou ficar sem ele pra sempre.
Se a fonte de prazer é através da dor basta assumir e procurar alguém que possa entender que isto é plenamente passível de acontecer. É difícil, o mundo é guiado por preconceito, foda-se, porque sempre haverá um chinelo velho para um pé cansado, afinal se existe quem se satisfaça com a dor haverá quem sinta prazer batendo.
Por falar em pé, o mesmo se aplica aos podólatras, aos voyeurs ou a qualquer outro fetichista.
Ninguém está obrigado a nada. Não há a intenção de fazer lavagem cerebral em ninguém.
Essa conversa é restrita aos que em determinado momento da vida sexual adulta e ativa foram atraídos por certos impulsos e, por qualquer razão, não sabem de onde isso vem.
Resumo da ópera: quase tudo na vida tem explicação e o que não tem a gente fuça por aí tentando encontrar uma razão.

É a chamada busca da lógica. Um bondagista descobre aos quatorze ou quinze anos a razão pela qual amarrava os braços das bonecas da irmã, das primas ou das vizinhas. O podólatra nesta mesma época é capaz de entender porque era atraído por sapatos de mulheres adultas na infância. E por aí vai...
Se um fato fetichista ou um simples impulso estranho te flecha em certa fase da vida, é o momento certo de pensar na possibilidade de sua existência, mesmo que seja na fase adulta, porque não há hora, local ou razão para que isso aconteça.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Beso Negro


¿Se animan?
Preferi colocar o título em espanhol, talvez uma justa homenagem à Espanha Campeã do Mundo, ou quem sabe soe melhor ler ou escutar esse fetiche desta forma.
Para quem ainda não ouviu falar vamos às devidas apresentações: “Beso Negro” ou beijo negro é o famoso beijinho no ânus da parceira, ou aos que preferem uma colocação, digamos, mais informal, é a famosa linguada no cú.
Claro que dentre muitos fetichistas há os que não toleram este tipo de prática, por nojo ou até por conveniência, porém existe um montão de gente que se diverte com isso e tira lascas de prazer intenso com esta atividade.
O beijo negro vicia?
Como toda prática fetichista pode causar dependência sim.
Mas se vale a minha opinião acredito que deva ser precedido de outra prática como bondage.
Há diversos tipos de imobilizações onde a bunda fique exposta e não existe complicação para elaborar a cena. Ate os pulsos aos tornozelos e coloque a parceira de bruços. Pronto, é só partir pro abraço.
Calma senhoras dominadoras, não precisa se irritar, porque esta posição tem grande utilidade para seus súditos.
A idéia de construir esse artigo baseado em bom humor tem por objetivo evitar que haja depreciação a essa prática fetichista. Alguns homens consideram o beijo negro como ato de homossexualismo e não admitem que suas parceiras o façam durante o ato sexual, enquanto algumas mulheres revestidas de pudor até as orelhas classificam o beijo negro como um ato bizarro e extravagante.
Lógico que ninguém precisa sair por aí com uma bandeira na mão e se plantar diante do Congresso Nacional encampando uma campanha a favor do beijo negro, basta admitir entre quatro paredes, nada mais. Ou simplesmente não praticar.
Se determinadas barreiras sociais começarem a interferir dentro do quarto é sinal que as coisas por lá não andam bem. Habitamos uma sociedade impregnada de preconceito por todos os lados, onde simples fantasias sexuais viram escândalo nacional quando alguma celebridade assume o desejo ou a prática, o que acaba influenciando comportamentos.
Um amigo, louco por beijo negro, admite que já passou por maus momentos ao tentar introduzir essa prática dentro de alguns relacionamentos. Foi obrigado a agir com muito tato e paciência para conseguir algum êxito. Confessa que em certos casos foi obrigado a retroceder por falta de “quorum”, o que é normal em toda atividade fetichista.
Nem sempre o vento sopra a favor...
Resumindo, praticar o beijo negro não é algo extraordinário que exija um esforço hercúleo. É apenas uma questão de gosto e desejo.

Como diria uma pessoa de quem eu tenho muita saudade: “beijo negro é tão normal como ir da Central até a Saúde”.
Explico: aqui no Rio de Janeiro existe a Estação Ferroviária da Central do Brasil que fica a poucos metros do bairro da Saúde. Portanto, meu amigo quis dizer que a distância entre a vagina e o ânus é tão pequena como ir da Central até a Saúde.
Só não preciso lembrar que os cuidados com a higiene são fundamentais.
Boa pratica!

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Flávia, a Freira Muçulmana


Não foi apenas com Lucio Fulci que a atriz cearense Florinda Bolkan colaborou dentro do cinema Italiano. No clássico italiano: Flavia - A Freira Muçulmana (Flavia – The Heretic), dirigido em 1974 por Gianfranco Mingozzi, surge como representação extrema do gênero feminino com crescentes níveis dramáticos de libertação dogmática iniciada, da figura sacralizada e hermética da Monja em seu claustro até a libertação do corpo e a descoberta do erotismo e do poder através do amante mouro.
Filmado em locações na região da Puglia, Itália, próximas ao mar Mediterrâneo, castelos e mosteiros originais da Idade Média serviram como cenários. A jornada de Flavia percorre diversas estações da sua via-crúcis. Quando adolescente vivia um amor proibido por um cavaleiro mouro que, numa alusão à castração, é decapitado pelo seu pai, sendo posteriormente encaminhada a um convento, onde se torna uma monja.
Enquanto monja, testemunha torturas inquisitórias e a sexualidade ligada à escatologia, quando testemunha o estupro de uma jovem dentro de uma pocilga e também a castração de um cavalo.
Ao se libertar pela primeira vez, redescobre o amor por outro cavaleiro mouro resgatando uma sexualidade e um prazer transgressores e interditos para as mulheres daquela época e sociedade.
Ao negar sua condição de monja, cria uma espécie de tribunal próprio na qual julga os homens em outro espaço interdito para as mulheres, a justiça. Como vingança do estuprador da jovem na pocilga, condena o agressor a ser violentado por jovens camponeses. Sua libertação do corpo hermético da freira/monja através da livre expressão da sexualidade faz com que incentive as outras monjas a praticarem o sexo como forma de libertação em seqüências oníricas de orgias com direito a uma inusitada cena onde Flavia entra na carcaça de um cavalo que está pendurada em um dos espaços do convento.
Em outra seqüência ela desafia o sistema se vestindo como um homem e lutando ao lado do amante com uma armadura que acentua sua figura andrógina de cabelos curtos. Mas sua última transgressão acaba selando seu destino ao negar a condição de esposa do cavaleiro mouro e desejar uma liberdade plena como mulher em uma época onde não existia liberdade para as mulheres. Abandonada, sofre a fúria dos inquisidores e é executada brutalmente como uma espécie de “mártir-pagã”. Ela é amarrada em pé, de costas e sua pele é arrancada pelos executores.
A atriz Florinda Bolkan considera este o seu primeiro papel de uma feminista, acentuado pelo pioneirismo e pela coragem de Flavia. Ao contrário de Fulci, com quem teve um relacionamento bastante problemático nos bastidores das filmagens, com Mingozzi a relação foi mais tranqüila e, em várias entrevistas, lembra da figura carinhosa e gentil do diretor no set de filmagens de Flavia - A Freira Muçulmana.

Outra referência dentro do Sadismo Cinematográfico Italiano que apresenta figuras das monjas é a de um dos últimos filmes de Lucio Fulci, Demonia. Com locações na Sicília, o filme mostra a vingança sobrenatural de monjas condenadas na Idade Média a serem crucificadas por heresias como a prática de orgias seguidas de assassinatos e vampirismo.
O surgimento em cena dessas monjas como mortas-vivas acentua características de um discurso anticlerical em Fulci, que nunca aceitou sua excomunhão pela Igreja Católica no início dos anos 70.

Para os sadomasoquistas uma obra rara. Vale à pena baixar.

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sexta-feira, 9 de julho de 2010

Friday Night


Pra esquentar a Sexta um clipe pra se render.
A musica: Master and Servant.
Na releitura do Nouvelle Vague da obra do Depeche Mode um pouco de fetiche, na letra e no vídeo.
É só caprichar na beca que a noite é longa.
Por enquanto, vale o ensaio.






ENQUANTO ISSO…

O Bound Brazil coloca na tela de seus assinantes uma obra prima.
Luana Fuster & Andrea Costa dão um show quando o assunto é bondage.
Encaram o desafio de mostrar o estilo “Damsels in Distress” lutando contra cordas e mordaças da maneira mais sensual possível.
Bondage Action. O titulo retrata essa delicia de vídeo em HD (Alta Resolução) com quatorze minutos de tortura para olhos bondagistas.
Para saborear os detalhes um photoset com as melhores cenas faz parte do pacote.
Resumindo, uma excelente dica para colocar lenha na fogueira antes da noitada ou um irremediável consolo para sua noite solitária.

Basta escolher.

Um bom fim de semana a todos!

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Vida Bandida?


Se existe algo em voga nos dias de hoje é saber da vida alheia.
Não bastasse a jaula apelidada de BBB onde é possível saber até a marca do sabonete de quem se submete a um confinamento voluntário – claro que além do milhão e tal existe o desejo incontrolável de ficar famoso – cada vez mais é chique saber sobre a vida dos outros.
Pode parecer um começo de matéria ranzinza, contestador, mas não é nada disso.
A idéia é saciar um desejo que pode parecer estranho ou até diferente. Um fetiche que muitas mulheres têm de saber detalhes da vida das prostitutas.
Algumas confessam, outras não ligam e a minoria vira as costas. Porém, isso é fato. Já conheci mulheres que tinham vontade de ser prostitutas por um dia e dizem por aí que há empresas especializadas nos Estados Unidos, tipo “fantasy makers”, que elaboram planos mirabolantes para satisfazer as meninas.
Ora como dançarinas, subindo e descendo nos postes em cima de passarelas com uma liga bordada na coxa onde homens babam e colocam as propinas, ora passeando por uma calçada deserta numa rua de baixo meretrício.
Aqui não existe subterfúgio. Pra falar sobre fetiches o papo tem que ser reto.
Que me perdoem as conservadoras, mas mulher que não vive o papel de puta na cama acaba contando os galhos na cabeça. E isso vale também para os valetes, porque pode tirar o cavalo da chuva aquele que se acha acima do bem e do mal, que só enxerga putaria longe de casa.
Mas pera aí: pra ser puta na cama é preciso viver a fantasia de prostituta?
Claro que não, longe de mim dizer isso.
Viver a fantasia de ser prostituta por uma noite é um fetiche, nada a ver com via a dois, a três, a quantos quiserem.
Numa recente pesquisa realizada na Inglaterra, chegou-se a conclusão que os livros mais vendidos contam casos e histórias de ex-prostitutas em orgias lá pelas bandas da terra da Rainha. Sinal de que tem gente demais querendo saber de detalhes, e quem sabe, experimentar algumas coisinhas extras debaixo dos lençóis.
Por maior que possa parecer à rodagem fetichista, conversar com uma prostituta com boa bagagem a respeito de fetiches é um prato cheio. Eu adoro entrevistar essas meninas, aliás, tem uma boa matéria aqui.
Elas contam causos de arrepiar os cabelos. Simplificam fetiches complicados e de difícil aceitação publica e até privada, com a naturalidade de quem está acostumada a viver esses momentos com bastante freqüência. Deitam em caixões, evacuam em xícaras, urinam em rostos com a tamanha facilidade que assusta.
Suas vidas são como um grande teatro de comédia humana. Viajam através de contos de fadas e cenas de horror dignas de um Vincent Price e não se abalam, faz parte do clichê.
Talvez se não fosse preciso ter com este estilo de vida uma relação de sustento a vida para elas seria um mar de rosas, mas nem sempre é tão fácil viver esse lado “B” com a cara limpa, deixando em casa filhos e responsabilidade, totalmente diferente de uma simples fantasia sexual.
Neste caso a vida imita a arte.
Mas nosso caso aqui é fazer o contrário. Fazer a arte imitar a vida.
Portanto, escolha o visual adequado e aventure-se por aí em busca de novas aventuras que possam ser inesquecíveis.

Quer uma dica: o blog do meu amigão MrZ. Basta clicar e ver pedaços dessa matéria retratados em fotos reais, sem medo ou preconceito.
Se ainda assim houver a necessidade de impor um limite a sua fantasia, não custa elaborar um plano menos ousado, mas que funcione e se transforme na noite perfeita.

O fetiche é como uma roupa que não pode ser deixada a vida inteira no armário. Deve ser usado, pelo menos em ocasiões especiais.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Sempre Bondage


Se existe uma coisa que me agrada é pagar promessa.
Pois como disse ontem, aqui vai uma prévia do que o Bound Brazil vai apresentar na primeira quinzena de Julho.
Na ordem: Gaby Dessuam, Luana Fuster & Andrea Costa, Dominique Estrela e Terps.
Em cada clipe ou vídeo uma história diferente, desde pulsos algemados, hogtie (olha o hogtie!) a uma suspensão daquelas de perder o fôlego.
Confira na íntegra as nossas próximas atrações.
Dá pra perder o juízo!

GABY DESSUAN
Photo Clip

LUANA FUSTER & ANDREA COSTA
Vídeo: Bondage Action

DOMINIQUE ESTRELA
Photo Clip

TERPS & ANNALU
Bondage Under Repair

terça-feira, 6 de julho de 2010

Os Meus Botões


Autocrítica.
Faz bem pro corpo e pra mente.
Às vezes me pego pensando, talvez porque tenha escutado daqui e dali alguma opinião, ou quem sabe uma crítica, o certo é dizer que nunca é demais dar ouvidos a quem entende ou gosta, ou ainda, pratica.
O assunto aqui é bondage.
Parece até praga de urubu, mas depois dessa medalhinha que o Awards me concedeu tem gente reparando até na curva que a corda faz quando amarra dois pulsos. Pois é brother, ninguém incomoda até você passar de pedra a vidraça!
Mas vamos lá. Andam dizendo que tenho produzido poucas cenas de hogtie, aquela posição já debatida aqui em que a mulher de bruços tem as mãos amarradas aos pés, a famosa pose do porquinho indefeso. Pode até soar estranho, mas é isso mesmo.
Apesar de ter a certeza absoluta que o site Bound Brazil tem em seus arquivos cerca de sessenta por cento de cenas nesta posição, é melhor admitir que existam tendências. De tempos em tempos é preciso rever conceitos e até mudar o cardápio, ou não?
Pode ser, mas levando-se em consideração que abandonar as cenas em hogtie, seria mais ou menos como desafiar a lei da gravidade do fetiche universal, o assunto merece pelo menos ser revisto.
Tudo acontece quando olho para a modelo e a cena me vem à cabeça. Naquele instante imagino a imobilização por completo, traço o desenho e vou em frente. Daí surge o acasalamento natural entre a minha idéia e a inescapável imobilização, sim, porque não há bondagista que ature corda frouxa. O fetiche é singelo, mas não admite falhas, linhas fora de padrão. Padrão que você mesmo construiu ao longo de sua própria prática.
Então penso em cada olhar buscando uma variação que apesar de diferente, deve conter a essência resumida num misto de sensualidade e aprisionamento.
Ninguém quer assistir um vídeo com manequins de vitrines amarradas e amordaçadas. É preciso dar vida e movimento a cena para que ela não vire noticia de um comentário negativo.
Porém, a imaginação dos movimentos algumas vezes não passa por uma imagem onde os pés e mãos estejam obrigatoriamente unidos e inseparáveis. É necessário dar margem para que a mulher possa exercer o vai e vem que tanto fascina de outra maneira.
Junte-se a tudo isso a minha própria necessidade de realizar uma cena em hogtie que abasteça meu ego, meu tesão e, principalmente, minhas convicções.
É natural que haja essa reviravolta toda, afinal pra quem imagina que a vida de um bondagista é fácil melhor colocar as barbas de molho...
Tudo isso é fato, entretanto há que se levar em conta os pedidos:
“Quero cenas em hogtie”. Um segundo assinante manda essa: “poderia mostrar cordas em espiral nos seios?”... E por aí vai.
Bom, se ela estiver deitada de bruços fica meio complicado mostrar cordas em espiral ao redor dos seios, certo? Errado, os caras querem tudo, e alguma coisa a mais.

Mas a missão é essa, agradar Gregos e Troianos. Ou então jogar a toalha... Como isso não faz parte dos meus planos, melhor tocar o barco em frente e descobrir onde isso vai dar.
Amanhã vou postar uma prévia do que o Bound Brazil vai mostrar nos próximo quinze dias. Tem hogtie? Tem sim senhor. Tem suspensão, espiral em volta dos seios, cardápio completo.
Será que vai agradar a todos?
Quem sabe, até lá pode ser que apareçam novos pedidos e minha vidraça comece a estalar outra vez. Ossos do oficio. Ou seria ócios do oficio? Tanto faz. Chega de polemica...


Ah! Esqueci: tem pés, muitos deles. Não precisa reclamar...

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Visão Fetichista


Tudo começa como uma simples idéia.
Segue adiante e vira um drama, fotografado e filmado onde os personagens são tão reais quanto à força da nossa imaginação.
Mas é preciso acertar na mosca, cutucar a onça com vara curta e fazer o circo pegar fogo.
O fetiche parece simples, mas é um segmento, onde poucos observam muito.
Existem opiniões técnicas e abrangentes. As técnicas ficam atentas aos detalhes e as amplas preferem uma visão geral. Apesar de ter meu lado técnico e ser obrigado a exibir um padrão quando produzo tenho uma tendência a gostar de um aspecto generalizado. Por isso, dentre várias resenhas que estão chegando do filme “The Resort” essa aqui tem mais a ver comigo, com meu estilo. Talvez meus olhos enxergassem tal e qual o Léo Vinhas.
Tá bom senta o sarrafo: o cara é meu amigo e sou fã dele! Primeira pedrada...
Meu direito de defesa: o cara viu o que eu queria que fosse notado, a busca pelo retrô, o óbvio nas entrelinhas, o presente fazendo uma releitura do passado.
Vá lá, quem tem que dizer isso aqui é o Léo, então vamos a ele:

The Resort (Por Leonardo Vinhas)

Ser convidado para fazer uma resenha pode implicar em uma situação desagradável. Às vezes, a pessoa que te chama gosta do seu meio de organizar as palavras, e quer ver isso sendo usado de forma elogiosa a respeito de algo que ela fez. Em outras ocasiões, acontece o contrário: você entrega algo elogioso quando o receptor esperava uma visão mais pesada. É uma saia justa, da qual poucos conseguem se sair bem.

Bom é que, quando é o caso do ACM, dá para ficar tranqüilo. O Tony sabe o vespeiro em que ele cutuca quando me faz um convite desses: resenhar The Resort, segundo longa da Bound Brazil. Digo que ele sabia o que fazia porque, antes de conhecer meu texto, ele conhece o produto dele. E sabe do que eu gosto. Fatality, como diria a molecada.
The Resort assusta até os mais preparados. Assusta porque não tem medo de assumir a paudurescência bondagista que não fica em cordas e nós. Os dois principais elementos do bondage estão aqui: belas mulheres, e uma boa justificativa para toda a ação.
Bem, sejamos justos em ambos os casos: uma das garotas não me agradou muito, mas não vou ser indelicado de nomear qual –
ainda mais que as outras seis são espetaculares. E se faltou alguma coisa para a história ser 100% convincente, foi ter um “bad guy" realmente “bad” (Saulo Quaresma parece muito gentil e receoso para meter a panca de um Isaac W.). Mas essas observações são meticulosidades de resenhista mala, acostumado a ter uma visão mais crítica que a necessária – porque a verdade é que nada disso afeta a paudurescência supracitada.
Ou eu estaria sendo equivocado em insistir nessa coisa fálica de “pau”? Provavelmente sim, porque – eis aqui a maior evolução deste filme sobre seu antecessor, Conspiracy – The Resort é também para mulheres. Ok, querido punheteiro obcecado e solitário, desculpe alimentar sua frustração, mas o fato é que existem, sim, muitas mulheres nada caricatas que se interessam, e muito, por bondage. E especialmente para elas Tony parece ter feito algumas cenas. Não é uma típica “pegação-de-mulher-pra-homem-ver”, e sim algo muito mais excitante e... versátil, na falta de palavra melhor.


Aliás, essa versatilidade está em todo o filme: cenas de soft bondage com quatro (!) mulheres amarradas e amordaçadas, cena sadomasô quase hardcore, cena bem hardcore de sexo lésbico e até um momento final surpreendemente violento.
Com tantas palavras fortes, não dá para fazer de conta que o lado quase love bondage do primeiro filme tirou umas férias. Mas o fato de o filme assumir esse lado, e tratá-lo com aquele clima de pornozão setentista pós-Garganta Profunda (quando eles tentavam ser arte, tá
ligado? Se não tá, assista Boogie Nights e aprenda), só deixa a coisa mais saborosa, com zero mau gosto.
Se o Tony variar o tom de cada filme (tranqüilo em um, tenso no outro, e assim por diante), aí é que eu vou ficar mais pirado esperando pelo próximo. Por não saber o que ele vai aprontar, mas ter certeza que, seja o quer for, vai ser excitante pacas. Para ser visto sozinho, a dois, a três ou a quatro. Ou de quatro. Afinal, este The Resort excita de tudo quanto é jeito.





Leonardo Vinhas é jornalista, louco por bondage. Sabe muito e há muito tempo sobre tudo isso.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Beijo no Pé


Esse não é mais um artigo sobre podolatria.
A idéia é falar sobre um simples beijo no pé.
Pode começar por lá, parar por ali ou ir adiante. Isso depende da vontade de cada um.
Pra mim as coisas podem começar por um beijo no pé, pra muitos, porém, pode ser o fim da linha, pode ser o ponto limítrofe onde tudo acontece e nada mais.
Quem nunca quis dar um beijo num pé? Quem jamais ganhou um beijo no pé?
Beija-se os pés por devoção, por submissão, por dominação ou apenas por tesão.
O encanto começa (ou termina) nos pés. Nada mais arcaico que repetir que a beleza de uma mulher começa pelos pés. Muita gente afirma, debate, poucos rebatem e alguns se calam.
Já ouvi cosias assim: “porra, vai beijar meus pés e depois me beijar a boca? Que nojo!”.
Cacete, será possível ter nojo dos próprios pés? É, vá lá que eu não esteja pensando em alguém que tem conhecimento total da falta de conservação de partes do próprio corpo...
Vai saber!
Tem fetichista que é categórico: “todo podólatra é chato!”. Pronto, dada a sentença, todo podólatra é pegajoso, inconseqüente, e coisa e tal. Mas será que este mesmo fetichista não parou pra pensar que um podólatra pode também dizer que todo dominador é um saco, que todo submisso é insuportável? Embora eu não ache nem isso ou aquilo, está no direito dele, é o tesão dele, a opinião dele.
Portanto, é hora de saber conviver com os pés e quem paga pau pra eles.
Conheço um monte de podo dominadores. O Fetlife está lotado de artistas que não abrem mão de amarrar dedões, de combinar sapatos, sandálias, ter opinião sobre a posição em que os pés devem estar amarrados numa cena de bondage em hogtie.
Eu me rendo, sou um deles.
Então, se eu posso amarrar uma mulher e colocar os pés da dita cuja na posição que eu quero, porque o podólatra não tem o direito de gostar deles sem cordas ou algemas?
Vou mais além: acho uma loucura ver uma mulher beijando os pés de outra. Duvida? Bom, devem existir uns vinte vídeos deste tipo entre os oitenta e sete que figuram nos arquivos do Bound Brazil.
E hoje tem mais um pra galeria.
Só que esse tem uma diferença: vai um pouco além do conceito de podolatria. Tem a minha marca registrada. Criação e realização. Apenas não filmei, esse papo é com a Lucia Sanny, mas sou o pai da criança.
Esse vídeo, com o nome de “Bondage & Romance”, tem no enredo aquilo que eu considero a cena perfeita em se tratando de podo. O beijo no pé que marca o inicio da trama termina da maneira que eu imagino como deve ser.

Modéstia a parte, as meninas (Daphne e Anna) fizeram como manda o figurino, entenderam a mensagem e tiveram a leitura exata.
Resumo da ópera: o beijo no pé é a armadilha perfeita que conduz a insanidade do desejo ardente. Soa bem. Concordo.
Então meninas é hora de caprichar, cuidar de cada detalhe com a plena consciência de que você está pisando numa arma poderosa, capaz de mover montanhas de gelo em corações ansiosos.



Um conselho final: deixe que ele tire o seu sapato.
O resto com certeza será uma festa, inesquecível.

Um bom fim de semana a todos!

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Lingam Massagem


Quem disse que massagem erótica não é um fetiche?
Pois é, basta rolar uns pedacinhos de corda, deitar o parceiro imobilizado e aplicar todos os segredos que vou postar a seguir de uma verdadeira massagem lingam.
Esse método de massagem no lingam (pênis) desenvolvido por Deva Nishok proporciona uma qualidade excepcional de prazer muito além da experiência sexual que os homens em geral possuem através das manipulações usuais penianas.
Com a palavra as especialistas do “Metamorfose”.
Nossa sessão de Lingam Massagem se inicia com toques profundos para liberar as tensões da pélvis, das coxas e do abdômen, recuperando seu pulso muscular. Você aprenderá a utilizar as três chaves para a circulação energética de cura e integração: Respiração, Movimento e Som.
Assim que ativamos a circulação energética e o pulso muscular, iniciamos a Lingam Massagem com toques suaves e muito específicos e elaborados, que são realizados alternadamente no Lingam, nos testículos e na região do períneo. Estes estímulos potencializam a energia e, cada vez mais, distribuem-na através dos meridianos de força em direção ascendente ao 7º Chakra (Saashara ou Coronário), localizado no topo da cabeça. Quando a energia sobe, produz uma série de reflexos neuro- musculares, produzindo excitações nos lugares mais sensíveis, espalhando os estímulos também pelos pontos mais adormecidos.
Seguindo canais específicos (chamados Nadis), estes fluxos de energias causam pequenos 'espasmos' orgásticos que vão se intensificando pouco a pouco chegando a níveis de incrível transcendência, uma grande Onda Orgástica.
O terapeuta o orientará, então, como permitir a expansão dessas ondas orgásticas. Estes influxos permitem a liberação de tensões antigas, memórias de contração, liberação de situações traumáticas, equilibrando os Chakras (Centros de Energia), produzindo novas conexões neurológicas, trazendo aceitação das sensações, excitações e percepções não conhecidas, não aceitas ou não suportadas.
Por não ser uma massagem sexual, o objetivo da sessão não é chegar à ejaculação, que é diferente e independente do orgasmo. O objetivo da sessão é propiciar ao homem novas possibilidades de prazer sob uma nova perspectiva, proposta da Visão Tântrica do Caminho do Amor: oferecer um novo caminho de crescimento, expansão e consciência.
Entretanto, por força dos condicionamentos dominantes, é possível que ejaculações aconteçam. Neste período de uma hora e meia de trabalho, é possível ao homem comum ejacular duas ou três vezes, mas o ideal é que a ejaculação não aconteça para que o homem experimente a potencialização dos orgasmos secos (não-ejaculatórios).
Este trabalho é parte integrante do processo desenvolvido para aumentar o tempo de ereção masculina, a experiência de múltiplos orgasmos, de orgasmos secos, com a sustentação de níveis de prazer cada vez mais intensos no homem.
Serão utilizadas as técnicas de sensibilização que ativam determinadas características na glande, que, assim como o clitóris na mulher, também possui inervações específicas que a associa aos mamilos e também à glândula Pineal no cérebro.

A estimulação realizada neste nível, através destas inervações, faz com que o Sistema Endócrino produza um aumento significativo nos hormônios e químicas orgânicas associadas ao prazer como a Ocitocina, a Serotonina e a Endorfina.
Isto é o Tantra Original.

Então, vale ou não vale levar a massagem no lingam para sua sessão de fetiches?




Fonte: Metamorfose Centro de Desenvolvimento Integral