terça-feira, 30 de junho de 2009

Cenas de “Next” (O Vidente – 2007)


O filme é bom mesmo.
Doses de adrenalina na medida certa e um grande elenco.
Claro que o diretor Lee Tamahori apostou num manjado clipe americano onde sempre existem terroristas mercenários a fim de causar vitimas numa grande cidade.
Mas ele caprichou na concepção e no elenco.
Nicolas Cage é um mágico simplório que ganha a vida apresentando números conhecidos na cidade de Las Vegas, porém o cara tem um dom de prever os acontecimentos com alguns segundos de antecedência, o que faz uma agente federal interpretada por Julianne Moore requisitar seus préstimos para impedir que malfeitores detonem uma bomba e mandem a cidade de Los Angeles pelos ares.
Aparece então a belíssima Jéssica Biel por quem o protagonista se apaixona, aliás, qualquer um em plena consciência também o faria, e entra na história como a vitima de toda a trama, a garota em perigo a ser salva.
Não é difícil imaginar que a partir desse momento algo “interessante” estaria por pintar na tela, e Jéssica cai nas mãos dos terroristas para servir de isca e impedir que o vidente e a polícia atrapalhem seus planos diabólicos.
E a cena acontece.
Amarrada a uma cadeira de rodas e com mordaça tipo siver tape, Jéssica é retirada de uma Van e deixada em um estacionamento com bombas penduradas em sua jaqueta. Essas tomadas são previstas pelo vidente e passam muito rapidamente durante o filme, mas retratam com exatidão o fetiche de bondage e Damsels in Distress.
Ninguém quer que a mocinha sofra nenhum dano, todos os amantes desse tipo de fetiche a imaginam sã e salva, livre das garras de seus captores. Apenas gostaríamos de uma seqüência maior e o impiedoso diretor se mostra insensível aos nossos apelos, rodando pouquíssimos minutos de Jéssica Biel em perigo.
Contudo, devido à beleza da atriz e da boa qualidade da cena identificada com o enredo vale muito a pena acompanhar o pouco tempo de exibição e saborear uma linda mulher em apuros.
No final os mocinhos vencem a batalha e a cidade de Los Angeles fica livre do terrível pesadelo. O filme termina, mas fica a cena da donzela em perigo condensada num pequeno clipe que eu posto para quem quiser conferir.

BONDAGE

Muitas perguntas chegam por email pedindo uma definição completa de bondage através de uma fotografia, claro, em busca de um melhor entendimento do fetiche.
Para ilustrar a principiantes ou não, o ensaio fotográfico que faz parte da atualização de hoje do Bound Brazil é uma mostra perfeita de uma boa resolução de amarração com cordas de algodão e mordaça duct tape, aquela fita que cobre os lábios.
O set com sessenta fotos da bela Dani em hogtied apresenta uma seqüência para tirar dúvidas de quem pratica ou pretende praticar bondage.
Veja uma pequena amostra na foto ao lado.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Pillow Talk


Se bem me lembro, deveria ter uns dezessete ou dezoito, não sei bem ao certo.
Só sei que um belo dia após o banho me olhei no espelho e resolvi me enxergar.
Será que sou tão diferente assim? Como seria minha vida se não tivesse nascido fetichista?
Naquela idade as dúvidas são normais, mas fui dormir com um cachorro atrás da orelha.
E nas conversas com meu travesseiro deixei minhas teimosias adolescentes enfronhadas na cama. Me imaginar num mundo sem mulher amarrada seria a maior imbecilidade que eu poderia cometer comigo mesmo...
Só o fato de não sentir nada diante de uma mulher amarrada em hogtied, com os pés para o alto, seria me ver broxando na flor da idade, pelo menos em pensamento.
Ninguém consegue ver um mundo diferente do que seus olhos acham o ideal porque gera um conflito tão grande que chega a ser impossível de prever.
Numa hora dessas há duas opções: esconder ou renegar.
Sinceramente, eu até prefiro a primeira opção porque jamais renegaria meus sentimentos mesmo que sejam pervertidos e insanos às vistas de terceiros.
Achar a felicidade quando se toma decisões radicais, ainda mais em casos de fetiche onde “quase” não há práticas sem parceria é difícil, por isso a relação tem que ser negociada, estruturada, ou você morrerá se masturbando.
Nem sempre fui tão libertino e corajoso pra dar a cara a tapa ou colocar a bunda na janela. Tive um zilhão de incertezas como todo mundo. Venci a vergonha, o medo e o preconceito com muita dificuldade apoiado na oportunidade que a vida me concedeu.
Hoje é fácil olhar do andar de cima e ver a cacetada de degraus que um cara tem que percorrer pra chegar até aqui. Seria um hipócrita descarado não admitindo que também precisei de ajuda, de “colo”, de compreensão. O pior Zé, é que um fetichista muitas vezes resolve isso tudo sozinho, sem bengala, sem ninguém, e quando aparece alguém a concorrência é foda! É como festa fetichista: trezentos podólatras para dez pares de pés...
Mas a vida segue seu curso. E nesse caminho você tem que escolher com quem andar, por onde ir e entre cem pessoas de seu relacionamento mais próximo não há ninguém que tenha a mesma tara que a sua. Pior ainda quando você está numa roda e alguém toca num assunto do gênero e todo mundo solta que “isso é coisa de maluco nojento e pervertido”.
Se tiver um buraco bem próximo é lá mesmo que você gostaria de se enfiar, ou se atirar no primeiro abismo. Você não suportaria toda a zoação do mundo na tua conta, gente gargalhando te fazendo de babaca supremo, de bobo da corte, de palhaço do circo. Só de pensar na possibilidade o fetichista se sente tão espremido qual tomate em fim de feira.
Você segue em frente e um dia dá de cara com alguém assumido que literalmente caga para qualquer crítica, isso bem lá no começo. Esse sujeito passa a ser seu herói, um Nacional Kid em meio a um mar de Seres Abissais... (Essa é velha, heim?)
Segue os passos desse sujeito e encontra outros adeptos assumidos ou em fase transitória, em algum gueto, num lado tipo underground. Ali passa a ser seu ninho e todos que te cercavam passam a ser noticia de um jornal usado que ninguém se interessa em ler.
Pronto, você venceu Zé!
Nada, porque começa então a sua peregrinação por quorum participativo e o aguçado senso animal masculino te dá a força necessária para se achar o máximo e com muita coragem tentar convencer a sua “namoradinha inocente” de três anos a aderir ao movimento popular revolucionário fetichista.
É aí que o distinto amigo se engana e quebra a cara. Porque a garotinha vai te mandar à merda na primeira tentativa de levá-la a esse mundo indecente.
Os anos passam, você consegue viver uma “vida dupla” a tal ponto de não causar nenhuma desconfiança de seus amigos próximos. É o período em que você se sente como um tigre enjaulado.
Com grana no bolso recorre às mulheres de vida horizontal e ali se diverte sem culpas, embora vivendo uma grande mentira. Mas o que vale é o sonho e nessa onda o tempo passa e ninguém percebe.
Até que um dia a sorte bate a sua porta e no meio de uma festa lá do gueto alguém entra em sua vida com um fetiche “parecido”. Sim, porque a cara metade, aquela que quer exatamente o que você deseja já não é só a sorte grande, é o cumulo da coincidência.
Mas isso é parte de uma outra conversa, num outro dia...

sexta-feira, 26 de junho de 2009

O Castelo de Cartas


“Meu sonho era praticar com ela vestida de noiva...”.
Com essa frase lacônica, Aderaldo assumiu encerrar um longo capítulo de sua história.
Ele havia conhecido a esposa cinco anos antes de se casar e aos poucos foi conquistando espaço a seu lado.
Sadomasoquista convicto, ele jura que ao longo do tempo de namoro não faltaram noites em que foram praticando e conhecendo o fetiche de mãos dadas, juntos, em plena harmonia e consentimento.
E tudo caminhava para um gran finale tanto que resolveram juntar as escovas de dente debaixo do mesmo teto. Freqüentaram festas, participaram de grupos, fizeram amigos do meio, começando do zero mesmo.
Cada vez mais dependente sexual da companheira, ele nunca forçou nada e deixou que o tempo se encarregasse de criar um vinculo entre a relação e o fetiche, e conta que chegou a se imaginar como o ser humano mais feliz da face da terra.
Mas a vida é uma caixinha de surpresas (opa! Já li isso antes...) e com a proximidade do casamento às relações sexuais e fetichistas ficaram cada vez mais esparsas. Ele garante que nunca faltou diálogo e cerca de um mês antes da data marcada tentou argumentar sobre as razões de tanta indiferença e frigidez, fato raro nesse longo período de convívio.
As desculpas variavam desde a ansiedade por conta do passo importante até o cansaço pela montagem da nova casa, passando pela mudança de responsabilidade prestes a se tornar realidade.
Aderaldo aceitou a situação e apostou nos cinco anos de convivência para ser feliz.
Passaram-se os dias, o fato foi consumado e as desavenças tiveram inicio na Lua de Mel.
Irritado, aceitou o sexo baunilha como mera formalidade de núpcias e começou a travar uma luta inglória entre o casamento e o fetiche a partir daquele dia.
Tentou de todas as formas a retomada do que existia e ouviu as mais variadas desculpas, desde o sentimento de culpa por ser “obrigada” a viver uma vida fetichista pra sempre, até a desculpa de que um dia viriam os filhos que não poderiam ser educados debaixo de sombras de um passado pervertido.
Meu amigo minguou diante do abismo que se abriu a sua frente e aos poucos desistiu de argumentar, de lutar por seus “direitos” adquiridos naqueles anos. A mulher maravilhosa desaparecera um mês antes do casamento abrindo espaço para uma outra pessoa com idéias contrárias a tudo que fora construído. Sentiu-se enganado dentro de uma armadilha as portas de um castelo de cartas desmoronado e em ruínas.
Nem sempre uma relação deve ser medida somente pela questão sexual porque existem outros fatores responsáveis pela união de pessoas, apesar de acreditar, sempre, que não há estabilidade que resista a um casamento ou relacionamento sem o sexo como testemunha.
Pois fadada a um final infeliz a peça terminou. Aderaldo juntou suas coisas e desistiu do casamento. Antes de completar um ano partiu sem deixar rastros lamentando ver seus sonhos transformados num terrível pesadelo.
Hoje, divorciado, ainda busca seu par perfeito sempre com o passado na cabeça e louco para sonhar outra vez.
Que a sorte te acompanhe, brother!

STRUGGLING: A Fantasia Perfeita de Bondage.

Terps e Jackie são seqüestradas em seu local de trabalho por um terrível algoz.
Despidas, amarradas e amordaçadas, travam uma luta incessante contra as cordas até o final na esperança de escapar.
Afinal, haverá êxito nessa desesperada tentativa? O temível raptor reaparecerá?
As respostas a essas perguntas estão no vídeo de hoje do Bound Brazil.
Struggling apresenta belas garotas, sensuais lingeries, ótimas tomadas de bondage, mordaças cleaved gag e duct tape, além de realizar um desejo de vários assinantes do site: as legitimas havaianas...
Tudo isso retratado pela lente curiosa e indiscreta de Lucia Sanny e um roteiro quentíssimo de Julia Mayo.
Imperdível!
Ainda hoje, um excelente set fotográfico com as duas estrelas do filme num ensaio de bondage (back-to-back). Perfeito!

Um bom fim de semana a todos.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Burusera: O Fetiche por Calcinhas no Japão


Se forem usadas é muito melhor. Esse é o lema dos amantes de calcinhas na terra do Sol Nascente.
O nome Burusera tem o seguinte significado: "buru" que significa bloomers, um estilo de vestimenta, e "sera" que significa sailor, ou seja, o feminino de marinheiro.
E esse não é um simples fetiche trancado em casa a sete chaves, porque existem lojas especializadas nessas vestimentas espalhadas por todo o Japão, onde uma calcinha usada pode alcançar o valor entre 100 e 200 Reais.
Quanto mais velhas e, consequentemente, com o cheiro mais forte, mais valem, e são vendidas embaladas em sacos plásticos para não perderem seu odor facilmente, também é comum embalarem junto as fotos das antigas donas ou até anexar um DVD da garota tirando a calcinha. Esse comércio se tornou uma fonte de renda alternativa muito comum no oriente.
Se traçarmos um paralelo entre a paixão fetichista japonesa por uniformes escolares femininos e o Burusera, é fácil concluir que as calcinhas utilizadas por baixo dessas vestes são muito mais valorizadas que as retiradas debaixo de trajes comuns.
As lojas que comercializam essas roupas íntimas também são chamadas de Buruseras.
Muita gente desavisada e com pouco conhecimento confunde esse fetiche por calcinhas e uniformes colegiais com pedofilia, mas vale esclarecer que na grande maioria dos casos às mulheres que vendem as calcinhas e utilizam uniformes, são maiores de dezoito anos. Salvo alguns casos onde existam imbecis e degenerados.
Algumas lojas possuem sites na internet e promovem leilões dessas calcinhas com imagens inéditas de um strip-tease, e com isso, conseguem arrecadar valores acima da média de mercado por esses objetos.
Portais norte-americanos utilizam o nome Burusera para apresentar vídeos e fotos de mulheres retirando peças íntimas, assim como existem milhares de casos no ocidente onde esse fetiche é muito apreciado. A grande diferença, porém, é que no oriente essa prática recebe um tratamento especial e, por conseqüência reúne uma maior quantidade de adeptos, até pelo quesito visibilidade e divulgação.
Ainda sobre o fetiche japonês, existe também e é muito comum uma outra prática relacionada com essas roupas íntimas que leva o nome de Namasera. Explico: nessa modalidade a mulher vai pessoalmente ao posto de venda e, ato contínuo, retira a calcinha na frente do comprador, que experimenta, verifica as condições, o cheiro e a adquire imediatamente, claro, depois de tirar uma fotografia da cedente.
Alguns “Hentais” japoneses são também denominados de Burusera aqui pelo ocidente.
Portanto, se você gosta desse tipo de fetiche e tem uma queda por colecionar calcinhas de suas parceiras, siga o ritual do outro lado do mundo e guarde em saquinhos daqueles que embalam alimentos que são acondicionados na geladeira.
Segundo os “amarelos”, essa técnica é infalível para conservar o aroma por muito tempo.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

O Cyber Magazine


Está em fase final à implantação do Cyber Magazine do site Bound Brazil.
Inicialmente com uma série de contos eróticos fetichistas de Leonardo Vinhas, ilustrados pelas modelos do site, essa “fotonovela” cibernética é a novidade para o mês de Julho que estamos aprontando.
E como vai funcionar essa revista?
Será um canal de acesso exclusivo para os assinantes do site, totalmente baseada nas antigas e tradicionais revistas como a Love Bondage Treasures, Kidnapped, Fetish Life, Simone Devon, Bondage Parade, e outras, onde uma história picante é contada em detalhes e totalmente ilustrada.
O aspecto mais interessante a ser destacado é à volta no tempo, o resgate de um veiculo que alcançou êxitos impressionantes num passado recente.
Outro destaque importante é o conteúdo dos textos que esse novo canal vai apresentar. Com uma linguagem marcante e riqueza de caracteres, Léo Vinhas vai contar diversas historinhas ligadas a fatos urbanos e comuns, recheados de personagens apaixonantes sempre envolvidos com a prática de bondage, em português e inglês.
Um estímulo, um incentivo, um culto ao tesão absoluto...
O material fotográfico será produzido a partir dos contos para dar o sentido exato à leitura, da mesma maneira como os grandes magazines foram editados ao longo de duas décadas e meia.
Hoje em dia, diversos portais que apresentam temática fetichista envolvendo bondage, principalmente, concentram suas produções em vídeos relegando a história contada através de sets fotográficos. É uma questão de moda, de avanços tecnológicos que a cada dia deixam coisas importantes para trás. Porém, se um set de sessenta fotografias postado na ordem de uma historinha já faz um efeito incrível colocado nas páginas de um site fetichista na internet, imagine juntar fotos inanimadas a um conto tórrido e de efeito bombástico?
Pois é essa química que estamos buscando quando se tenta reeditar um grande sucesso da indústria fetichista.

O desafio é sempre excitante e necessário, por isso creio que esse projeto que nasce como um apêndice de uma empreitada que tantos suspeitaram ser um fracasso, será uma novidade sacada de publicações marcantes que se tornaram artigos de luxo e raridades insólitas e chegam a ser negociadas por altas somas num mercado paralelo em toda a rede.
Em meio a inúmeras conversas que travei com o Léo Vinhas nesses últimos dias, toda vez que vinha em pauta o assunto dos contos e do reaparecimento dessas revistas, mesmo com uma outra roupagem, senti uma onda muito positiva e se tomarmos como parâmetro que outras pessoas apaixonadas por bondage conhecem o grau de importância desses magazines para a história e desenvolvimento do fetiche, sem sombra de dúvidas essa santa loucura já estréia debaixo de muita expectativa.
É pagar pra ver...
O Bound Brazil Cyber Magazine terá uma edição mensal e tem lançamento previsto para a segunda quinzena do mês de Julho, e claro, haverá muitas pinceladas nas páginas desse blog assim que elas forem publicadas.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Cenas de Terror (Midnight 1982)


Até onde uma cena DiD (Damsels in Distress) pode interessar a um fetichista quando aparece num filme de terror?
Algumas dessas cenas são tão chocantes que chegam a impressionar o mais sádico dos sádicos, devido à quantidade de bestialidade e horror excessivo.
Na mesma trilha de clássicos do horror como o conhecido “The Texas Chainsaw Massacre” do diretor Tobe Hooper, exibido por aqui com o título de O Massacre da Serra Elétrica, esse filme de John Russo começa num roubo de uma mercearia praticado por três jovens, dois homens e uma mulher chamada Nancy que uma vez fugitivos escondem-se num local ermo e assustador onde uma série de assassinatos está sendo investigada.
O drama segue seu curso e encontra um grupo de jovens adolescentes que reúnem-se em rituais satânicos onde seqüestram jovens inocentes para beber seu sangue.
Nessa batida, a jovem Nancy é seqüestrada dando início a uma série de crimes bárbaros que parecem insolúveis até o final.
Com um orçamento reduzido em mãos, John Russo não consegue desenvolver seu filme da forma como deveria, e através da deficiência de equipamento e das pobres condições de trabalho, acaba conseguindo passar aos amantes dessas produções um realismo das cenas que chegam a impressionar, passando a nítida impressão de estarem ligadas a fatos reais.
Com uma ótima performance como donzela em apuros da novata Melaine Verliin, protagonizando excelente atuação quando capturada, Midnight apresenta ao público que aprecia esse tipo de cenas boas tomadas de mordaça cleaved gag, amarrações eficientes e, ainda, a utilização de algemas.
E pára por aí...
Os diálogos das adolescentes que comandam a seita são de péssima qualidade e repetitivas a ponto de irritar quem está assistindo, assim como a insistente gargalhada infinita do “guarda belo” do templo.
Consegui “pescar” algumas cenas de pouco sangue e alguma ação fetichista no vídeo que achei no site do Raffish e posto abaixo para a coleção da galera que curte esses clipes.


NANY: BEDTIME STORIES

A Nany estava saindo da cama após uma bela noite de sono, mas assim que desperta é impiedosamente capturada por Mestre Nauticus, gerando uma incrível sessão de sessenta fotos e um trabalho de bondage de tirar o chapéu. Beleza e sensualidade no mesmo pacote.
Pois essa historinha está hoje nas páginas do Bound Brazil, contada através de belas fotos e uma atuação digna de um prêmio do Bondage Awards.
Ainda no Bound Brazil, um novo visual na sessão de membros com a apresentação das mais de nove mil fotos, que hoje compõem o arquivo do site, em ordem alfabética, por nome das lindas modelos e seus trabalhos.
Uma maneira fácil e eficiente para encontrar o arquivo de fotos de preferência.
Good trip!

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Our Beds are Burning


Sexta passada a noite valeu por um mês inteiro. Ta lá no Twitter, é só conferir.
Noites maravilhosas geram sonos tranqüilos e daí rolou um sonho, e que sonho!
Sonhei que era o dia do fetiche.
Nesse dia não haveria vergonha, todos assumiriam suas culpas e seriam felizes pra sempre.
Sádicos afiariam suas chibatas, masoquistas tratariam de cair de joelhos perante suas rainhas. A humilhação seria aceitável e escravos assistiriam de dentro de uma lata de lixo castigos infinitos até chegar sua vez.
Uma multidão de podólatras formaria o maior tapete humano que se tem noticia, podólogos ganhariam uma fortuna preparando os pés das Deusas que seriam beijados, adorados e cheirados até que a luz do sol decretasse o day after.
Bondagistas e Shibaristas amarrariam submissas, namoradas e curiosas nas nossas camas ardentes. Cócegas e carícias, tudo no mesmo tom. Os canais de televisão e o cinema exibiriam as mais lindas atrizes amarradas e amordaçadas num perigo constante e interminável, devidamente retratadas nos desenhos dos cartunistas mais loucos sob a orientação de Franco Saudelli.
E não seria só isso, pois viriam os infantilistas, devotees, gessólatras, os amantes de chuvas e muitos outros que deixariam o “juízo” do lado de fora sem pensar na menor das conseqüências. Um exibicionista para cada voyeur na mais perfeita ordem natural das coisas.
E o primeiro arauto da boa conduta idiota que se insurgisse contra esse dia, seria imediatamente enquadrado na Lei de Segurança Nacional de cada cidade, cada país e de um planeta inteiro.
A liberdade não seria apenas uma força de expressão, e sim, uma forma de prazer.
Nesse dia perfeito todos viveriam em plena harmonia e ninguém seria chamado de “baunilha” simplesmente por não participar de nada, porque muitas vezes existe um preconceito escroto e absurdo de dentro pra fora, impedindo muita gente de entender e gostar do que rola do lado de cá dos trilhos.
E muita coisa gostosa iria acontecer. Os blogs e sites espalhariam a notícia, exibiriam sorrisos e rostos sem máscara traduzindo a felicidade de celebrar um dia de glória, em todas as partes do mundo numa batida perfeita.
Era um sonho completo, a cores, onde tudo que meus olhos enxergaram ganhava vida e conteúdo, trazendo a ficção para o mundo real dentro de um sonho sem limites.
Dizem por aí que tudo que se quer muito a mente registra e por isso os sonhos acontecem. Pensando bem deve ter sido assim, mas a grande diferença é que consegui guardar essas imagens e as conservarei por muito tempo, mesmo que esse sonho nunca se torne real como deveria ser.
Apesar de despertar numa linda manhã de Sábado ensolarada e ter o privilégio de uma vista maravilhosa, as sombras da noite eram ainda o melhor que poderia existir e o bom de tudo isso é a possibilidade de sonhar outra vez mesmo sem ter certeza de um final feliz.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

O Tesão no Olhar


Lembrei de um caso para ilustrar a matéria de hoje depois de ler o excelente relato do blog Íntimo e Pessoal da Natália e do Ricardo.
É a história do cara ou da mulher, tanto faz, que tem um tesão louco de assistir ao parceiro ou a parceira transando com alguém.
Faz algum tempo, uns cinco ou seis anos, não sei bem ao certo, que um amigo meu na época iniciante nas liturgias fetichistas, veio com a conversa que ficava doido quando a namorada no momento mais quente da transa começava a desenhar uma cena através de sussurros sobre um “adultério” consentido.
Até aí tudo bem, mas no meio da historinha que incendiava o bafafá rolava um lance de bondage, ou seja, em alguns capítulos o cara assistia a namorada sendo amarrada e amordaçada por um sujeito que a arrebatava e em outros ela contava que o amarrava na poltrona para imóvel assisti-la trepando com o “outro”.
Nunca me atrevi a ser conselheiro sentimental de ninguém, muito menos tenho know-how de psicanalista para fazer uma leitura perfeita do assunto, mas o cara insistia em me contar esses fatos com riqueza de detalhes sempre em busca da minha opinião.
E eu, humildemente, só conseguia imaginar qualquer participação que possibilitasse esclarecer detalhes fetichistas, de como imobilizar a namorada de forma que ele pudesse visualizar com clareza o “ataque consentido” do raptor, ou mesmo, a maneira como ele deveria ensiná-la a deixá-lo amarrado para assistir à cena.
Em certo momento cheguei a pensar que ele me contava aquilo tudo para me instigar a entrar no esquema, mas com o tempo e devido à forma pouco participativa que eu fazia questão de deixar claro, passei a duvidar se a aventura entre sussurros na cama iria às vias de fato.
Só sei que aqueles relatos chegavam por email pelo menos duas vezes por semana e já começavam a me fazer imaginar no lugar deles. Um dia pensei em contar para minha namorada na época e saber o que ela acharia daquilo tudo, mas acabei desistindo, afinal nunca havia tido aquele tipo de fantasia. Então por que aquilo mexia tanto comigo?
Não tenho a mínima idéia, só sei que cheguei a tirar alguns pontos positivos daquelas historinhas sempre imaginando a participação de uma mulher como coadjuvante, mas confesso que mesmo me considerando um “sem vergonha e libertino” nesse tipo de situação, jamais tomei coragem para simplesmente tentar colocar o assunto na mesa.
Até hoje não sei se os dois levaram aquele caso adiante ou ficou relegado aos sussurros para aumentar o tesão na hora H. Perdi o contato e achei melhor não me interessar demais por alguma coisa que pertencia a eles.
Fantasias sexuais são a melhor fonte de excitação do ser humano e quando realizadas geram uma sensação indescritível, mesmo presas ao campo imaginário, porque algumas vezes é um combustível interessante relatar desejos ocultos quando se faz sexo.
É a famosa excitação auditiva... Muitas vezes fiz um bom uso desse expediente.
Um dia, quem sabe, tento de forma visual.

THE WINNER (Part II)

Na sessão de cinema do site Bound Brazil de toda Sexta-Feira a segunda parte do vídeo The Winner com Scarlet e Clara vivendo uma revanche incrível de uma partida de bilhar.
Rodado no Heavy Metal Bar, aqui no Rio de Janeiro, vale ressaltar a eficiente atuação das duas belíssimas modelos e o excelente trabalho de finalização do vídeo das mãos da competentíssima Lucia Sanny.
Ainda hoje, na sessão de fotos, a estréia da modelo Jessy em sua primeira participação no Bound Brazil. Fetiche e sensualidade num ótimo set de sessenta fotos.
Não perca!

Um excelente fim de semana a todos!

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Clássicos: Toe-Tied Spy


Uma super-produção do final dos anos noventa, o clássico vídeo “Toe-Tied Spy” produzido e dirigido pelo competente diretor John Woods, aparece como relançamento da renovada livraria da Harmony Concepts em parceria com a Close-Up Entertainment.
Essas produtoras que foram ícones durante duas décadas, tentam uma revitalização sob uma nova direção e estão em busca de produtores iniciantes que queiram se aventurar e lançar seus trabalhos nesses portais.
Visando essa reaproximação com o mercado, apresentam excelentes remasterizações de grandes sucessos do antigo cine VHS com uma metragem entre 60 e 110 minutos.
Uma delas é o vídeo “Toe-Tied Spy” com um elenco de tirar do sério quem conheceu e acompanhou essa época de ouro: Alexis Taylor, Andréa Neal, C.J. Belle (AKA Casey James), Jackie Flowers, Lena Ramon (iniciando sua brilhante carreira de filmes fetichistas), Lillie White (AKA Lilith White), Nicole Sheridan e Tália Monet.
O filme conta a história da filha de um Senador (Andréa Neal) que é seqüestrada por terroristas, e essa conversa vai parar no ouvido de uma barman (Lena Ramon) através de uma Agente do Governo (Alexis Taylor) que tomou uns drinques a mais da conta.
E o pior ainda estaria por acontecer para a maravilhosa Andréa Neal, que simplesmente é seqüestrada de seus captores por um segundo grupo terrorista rival antes de ser resgatada. Embriagada e desiludida por não ter efetuado o resgate, Alex desperta nas mãos da bar tender Lena Ramon que se revela membro de uma seita secreta que rapta lindas jovens.

Além de contar com um elenco de altíssima qualidade, o vídeo mostra a eximia habilidade de seu diretor com um trabalho de cordas eficiente e de forte atração visual, além de cuidadosos detalhes em que todas as mulheres têm os dedos dos pés amarrados enquanto capturadas.
Seguindo uma nova meta de distribuição, a Harmony Concepts e a Close-Up além de comercializarem o DVD em venda direta, disponibilizam através de Streaming Vídeo com o preço de $30 dólares por filme, para qualquer das escolhas.
Trechos de algumas dessas fantásticas produções podem ser garimpadas pela internet, porém com certeza será muito difícil encontrar a versão completa.
Existem centenas desses clássicos a disposição de quem queira entrar nessa onda retrô e possa gastar uma grana para ter esse acervo em sua videoteca.
Recomendo que leiam atentamente a sinopse antes de comprar, assim como uma pré-visualização através das fotos disponíveis. Boa busca.
Anotem os links:

quarta-feira, 17 de junho de 2009

O Caso da Priscila do BBB9


Passados alguns meses do desfecho do reality show, é hora de desvendar o mistério e abrir a tampa do cofre sobre um assunto que mobilizou centenas de sites e blogs pela internet afora.
Em entrevista recente ao portal ego, da globo.com, quando questionada sobre o surgimento de fotos feitas para um site de “sadomasoquismo” (desculpem insistir nesse assunto, mas um repórter que se preze deveria saber certas diferenças entre os fetiches) enquanto esteve confinada na casa, Priscila foi taxativa ao dizer que o site Bound Brazil exalta bondage, a arte dos nós, segundo a jornalista e modelo, sendo assim assegura que estudou bem a proposta antes de posar por não achar qualquer inconveniente no trabalho. Frisa, ainda, que quem não conhece o fetiche tem preconceito e admira os amantes de bondage pelo conhecimento que possuem dessa arte, que carinhosamente chama de arte dos nós.
Para ler a entrevista por completo, aqui vai o link:
http://ego.globo.com/Entretenimento/Paparazzo/0,,ENN916-7192,00.html
Creio que essa entrevista, que já leva algum tempo, encerra esse capítulo, mas não termina com a história.
Porque sempre haverá outras Priscilas e outros programas que pela audiência transformam pessoas comuns em celebridades nacionais e, por conseqüência, pequenos segmentos sociais onde grupos restritos de pessoas se agrupam, será alvo de piadas, insinuações duvidosas e preconceito desmedido toda vez que for descoberta uma pequena participação da “escolhida” por essas bandas.
Aos deturpadores da vida alheia que espalharam mentiras aos quatro cantos de forma covarde e leviana em nome da própria sobrevivência como os fofoqueiros da hora, tecendo comentários contra uma pessoa que sequer podia se defender desses ataques, difamando um trabalho honesto e decente com invenções dignas de conspirações palacianas, essa matéria não visa esclarecer em nenhum aspecto, porém é uma satisfação aos leitores do blog e assinantes do site Bound Brazil por terem sido privados de apreciar as belas fotos da modelo “Mel” do nosso portal.
Sob minha inteira responsabilidade mandei retirar as fotos do site e aqui do blog para manter a integridade da Priscila e das demais modelos, vitimas de calunias baixas e mesquinhas de uma gente que espera doze meses para ter leitores de suas mazelas.
Essas “amebas” travestidas de pseudônimos ridículos criaram fatos inexistentes, imputaram um rosário de culpas pornográficas jamais comprovadas, criaram falsos leitores com emails diversos que teciam perguntas escrotas sobre “programas” com as modelos do site.
Inúmeras foram às tentativas de “invasão” de hackers ao site e seu conteúdo, e não pensem que esses babacas caminharam com suas cabeças, pois havia outras por trás que bancaram essa parada atrás do furo, da fofoca perfeita.
A Priscila não foi parar no BBB por ter sido modelo do Bound Brazil, ela aceitou o trabalho e fez as fotos porque acreditou na proposta e na honestidade com que sempre foi tratada desde o primeiro dia, sem pestanejar.
Hoje, ela deixa órfã uma centena de admiradores de sua beleza entre cordas e mordaças que aceitam sua despedida do site com votos que ela vença em sua nova carreira e alcance todos os seus objetivos que lhe são de direito.
As fotos da “Mel” tiradas em Outubro do ano passado são exclusivas para os assinantes do Bound Brazil que em nenhum momento duvidaram de sua capacidade, elegância e atitudes, e a têm como mais uma das dezenas de musas admiradas por todos nós.
Cold Case!

terça-feira, 16 de junho de 2009

O Pé Direito


Conheço a Lizandra faz tempo e desde que ela partiu para tentar a sorte em terras estrangeiras eu perdi o caminho de contato.
Semana passada ela me ligou e disse: “voltei, aqui é o meu lugar”.
Na verdade Lizandra foi tentar uma carreira “solo” na terra dos Mariachis e assustada com a gripe suína pegou a trilha de casa. Mas isso já tem tempo e me lembro que na época cheguei a argumentar sobre essa aventura, porém ela insistia em ser internacional, na verdade poderia ser Grêmio, mas apostou em ser Internacional.
Engana-se quem pensa que Lizandra queria provar a tequila em sua terra natal, porque ela foi viver mesmo uma vida horizontal, já que atravessar a fronteira e ganhar a pão de cada dia num daqueles “dancings” americanos foi impossível.
E ela topou a parada e se virou como pôde por longos três anos e segundo suas próprias palavras deu até para fazer um pé de meia.
Então tratei de contar as novidades e ela veio parar aqui nas páginas do blog, que achou fantástico. Conversa vai, conversa vem, começou a relatar suas aventuras fetichistas colhidas nesses anos de exílio pela capital Mexicana.
Foram várias, mas achei uma interessantíssima que falava de um podólatra exigente e detalhista que de inicio não agradou nossa heroína, mas aos poucos despertou sua simpatia e confiança a ponto de ser um de seus melhores “amigos”.
Ela conta que aos poucos ele conseguiu convencê-la a produzir detalhes que a princípio achava não ter sequer cabimento, mas com o tempo se acostumou com a situação e passou a ser cúmplice criando um relacionamento estreito e duradouro.
E esses detalhes começavam no trato dos pés em salões com um custo altíssimo sustentado pelo sujeito, toda semana, sem refresco. Os sapatos e botas que eram presenteados deveriam calçar os pés pelo menos três horas antes do encontro para causar o efeito desejado, sempre acompanhado de meias de seda usadas, devidamente guardadas dentro dos sapatos para não perderem o aroma.
“Durante dois anos ele nunca transou comigo, porque ele só fazia sexo com os meus pés, e mais, preferia sempre o pé direito porque achava que o cheiro era mais gostoso”. Assim ela define essa relação.
Talvez agora, ciente e com algum conhecimento de podolatria, Lizandra tenha a exata compreensão da importância de realizar a fantasia do mexicano por cerca de dois anos, e entenda que o fato de não ter havido envolvimento vaginal-peniano jamais seria motivo de desagradar ao querido parceiro, afinal era ou não era uma relação comercial?
Muitos homens entregam seus segredos mais íntimos nas mãos de prostitutas e penso que essa cumplicidade parte do principio da confiança mútua, uma vez que a prostituição é também um grande segredo.
Se sua namorada for questionada a respeito de “fabricar” odores nos pés para seu deleite e aceitar, você acaba de tirar a sorte grande através de um bilhete premiado. E trate de não desperdiçar essa chance única de cumplicidade absoluta para não acabar no divã de um psicólogo para se livrar de seus “males”.
Como diria Nélson Rodrigues, “há coisas que o sujeito não confessa nem ao padre, nem ao psicanalista, nem ao médico depois de morto.”.
Porém, confesse a sua mulher!

NATÁLIA (BRA & PANTIES) NO BOUND BRAZIL

Hoje no Bound Brazil, um set sensual da bela Natália.
Um trabalho de bondage consciente e meticuloso de Mistress Korva. Confiram!

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Direito de Resposta?


Não, definitivamente ninguém quer expor a mulher a nenhuma situação degradante.
A matéria de hoje começa com essa frase e responde a uma leitora do blog que, infelizmente, não entendeu o conceito de bondage, aliás, love bondage.
Poderia escrever uma redação sobre o assunto ou fazer uma montagem de vários tópicos deste blog que explicam o que é o fetiche, mas preferi negar com veemência a afirmação de nossa amiga que compara mulheres amarradas com situação degradante e vexatória.
Há aqui dois fatores que precisam ser esclarecidos. Primeiro a realidade do fetiche praticado entre duas pessoas e, segundo, o trabalho mostrado pelos sites fetichistas.
Quanto à prática, vale lembrar que salvo raríssimos casos, bondage é praticado por duas pessoas, sendo assim partimos do princípio que existe anuência consensual de quem se deixa imobilizar para dar ou ter prazer dentro de uma relação.
E os sites? Bom, nos portais as modelos se exibem e apresentam o trabalho a um público que aprecia esse tipo de fantasia e entende o fetiche na sua totalidade. Para essas pessoas que freqüentam essas páginas na internet, é a chance de um aprendizado de técnicas e, acima de tudo, uma mostra de suas fantasias sexuais.
Portanto, em poucas palavras, esse é o conceito básico e a razão da existência desses canais onde quem procura e participa reconhece o terreno que está pisando.
Concordo que existem casos de pessoas que digitam algumas palavras num site de busca, como o Google ou o Yahoo e por acaso vêm parar aqui, como deve ter sido o seu caso. Algumas voltam por curiosidade ou nunca mais aparecem.
Assim é a vida e já aconteceu comigo quando busco outros assuntos.
Não existe direito de resposta a um assunto que não esteja diretamente vinculado conosco, mas se mesmo assim você desejar expressar a sua opinião contrária ao que é apresentado aqui nesse blog, os comentários estão disponíveis para que seja descrito todo seu desencanto com o fetiche de bondage, e detalhe: eu não modero comentários, por isso e por achar que a democracia é um conjunto de práticas públicas, o espaço está a seu inteiro dispor para escrever o que quiser, sem censura, na íntegra.
O fetiche é particular e não tenho procuração de nenhum praticante para defendê-los quanto à opinião de terceiros, porém, devo preservar o que escrevo diante de uma visão tão pobre que você demonstra em seu email.
Em resumo, te convido a entrar na nossa realidade através da leitura para que você possa ter pelo menos o entendimento do que se faz em nosso mundo, porque aqui ninguém morde ou arranca pedaços, e muito menos empurra velhinhas escada abaixo. Somos normais e pregamos o respeito mútuo a todas as práticas fetichistas que conhecemos, embora nos reservando ao direito de só praticar o que é do nosso interesse.
Posso te garantir que a beleza do fetiche está nos olhos de quem sabe enxergar.
Isso é tudo.

Obrigado por acessar esse blog!

quarta-feira, 10 de junho de 2009

A Vida Contada em Um Ano


A idéia nasceu dois dias antes do primeiro post que se tem notícia aqui nessas páginas.
Foi o meu presente de cinqüentenário, dividir com algumas pessoas as experiências de vida no mundo do fetiche e, falar de cada um deles sem nenhum preconceito ou subterfúgio.
Assim nasceu esse blog.
No começo, alguns “heróis e heroínas” apareceram por aqui, voltaram e trouxeram outros tantos que hoje, somados, ultrapassam os noventa mil. Revi amigos e me reencontrei comigo mesmo, com coisas que jamais poderia ter me afastado.
Me lembro que comecei falando de bondage e tentando “vender” a certeza de que em breve lançaria o primeiro site comercial desse tipo aqui por essas bandas. Mas escrever é um hábito, dos bons, e segui em frente amparado numa vontade sem limites e numa fome de elefante.
Se a intenção era a principio divulgar o site Bound Brazil que meses mais tarde finalmente tornou-se realidade, aos poucos percebi que o blog tomou corpo, se “assumiu” sozinho passando a ser um canal de comunicação com aqueles que liam as matérias e absorviam o conteúdo. Criou-se então uma identidade tão própria fazendo com que hoje os dois caminhem com suas pernas.
Pensando bem, editei um livro de duzentos e cinqüenta páginas se contarmos as matérias escritas aqui nesse um ano de existência, e poderiam ter sido mais se eu postasse nos finais de semana.
Por pior que fossem os dias, jamais usei esse espaço para destilar mal humor e houve vezes de contar até dez antes de sentar para escrever, porque ninguém tem que ler amarguras. Falei a verdade sem tentar ser o dono dela, procurei ser otimista, sempre, e tratei dos assuntos de forma objetiva, tentando levar o fetiche a uma condição normal de vida, sem estereótipos ou conjecturas.
O melhor que pode ocorrer para quem se atreve a escrever um blog é ler um comentário sobre o que você postou. É inexplicável, porque criar o debate é uma experiência muito agradável que mostra a relevância do assunto em questão. E foram dezenas, centenas, incontáveis amigos e amigas que são responsáveis diretos por todos esses assuntos que diariamente espalho por aqui, e que me deram à força necessária para seguir, seguir e seguir...
Mas agora é hora de cortar o bolo e soprar as velinhas.
Melhor seria se estivéssemos todos numa bela fazenda e pudéssemos formar uma roda ao redor de uma fogueira com boa música e muito papo fetichista, mas como não dá vamos em frente e quem sabe um dia o irreal possa ser suscetível.
E como o planeta gira agente acredita sempre que o melhor ainda está por vir, por isso vou entrar pelo segundo ano consecutivo enchendo a paciência de todos que perdem um pouquinho do seu tempo para ver as novidades por aqui, seguindo postando diversos tópicos sobre os mais variados fetiches, crônicas de filmes, dicas e, quando der, alguma canja do Bound Brazil ou algum outro site.
Queria agradecer a cada um que nesses 365 dias passou por aqui, mesmo para dar uma olhadinha, e aos amigos pelas incontáveis alegrias que vivemos juntos, blogando.
Muito obrigado!

terça-feira, 9 de junho de 2009

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Nós, por nós mesmos...


Nem sempre é fácil falar de nós mesmos, mas garanto que fica bem melhor se alguém colocar num papel um monte de perguntas e você puder, a partir daí, desenvolver o conteúdo.
Quando esse alguém é um “craque” que tem a noção exata e plena capacidade do que escreve, a tarefa é facilitada um milhão de vezes e, por isso, achei legal publicar aqui no blog porque fala de uma grande parcela de vida dedicada ao fetiche, e da ansiedade de criar, manter e desenvolver um projeto do tamanho de um site com visibilidade mundial.
Sempre fui fã dos textos do jornalista Leonardo Vinhas e acompanhei um zilhão de crônicas musicais da época do Scream & Yell, até que um dia vasculhando a internet descobri que o cara gostava de bondage. Publiquei aqui no blog uma entrevista realizada por ele com o Isaac W. e nos conhecemos a partir de então.
Hoje, tenho orgulho de figurar num espaço muito interessante escrito por um sujeito que sabe o que faz, por isso aqui vai à entrevista que concedi na última Sexta-Feira para o Léo.

O titulo (Bondage is The Best) começa assim:

“Ah, como eu adoro essa internet!

Sem ela, como as pessoas poderiam expressar suas preferências mais obscuras? E mesmo que isso signifique uma cota preocupante de neonazistas, pedófilos e sei lá o que mais, também representa realização, potencial futuro e, mais que tudo, identificação.

Assim acontece com os fetichistas, gente que fica sexualmente virada no avesso por preferências que a moral vigente definiria como "desviantes" ou coisa pior. Sexo. Fetiche. Paixão que não é obsessão, vida sentida nos vasos capilares, músculos cardíacos e tecidos cavernosos.

Por conta disso, esse senhor, Antonio Carlos Monteiro - advogado carioca de 50 anos - pôde se lançar no mercado de vídeos de bondage e fazer história no imaginário do desejo de alguns poucos - mesmo que seja uma história muda, contada em cadeiras ébrias de bares insuspeitos e consultórios de psicanalistas.

Porque quase nenhum bondagista chega e fala: "é, eu sou" (como eu falo).

Esse ACM é, por muitos aspectos, mais confiável que aquele outro que faz a infâmia da sigla. Mas que posso dizer eu sobre o caráter do homem, se só conheço o trabalho dele? Nada. Por isso pedi a palavra a ele. Morando no Rio e tocando o site Bound Brazil e o blog relativo a ele, ACM é pioneiro (leia mais)...”

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Sempre não é todo dia...


Diz o sábio ditado popular que quando existe um problema à vista, melhor esperar que esses dias difíceis cheguem, sem se preocupar em demasia, caso contrário agente acaba passando duas vezes pelo mesmo problema.
E assim a vida segue.
Mas tem dias que é dose pra elefante e é necessário abrir as portas da esperança apostando que amanhã será melhor. E qual a cura pra isso? Bondage, claro, sempre foi e será o melhor remédio, bom, pelo menos pra mim.
Ontem não foi diferente. Dia agitado, problemas chegando de todo lado, telefone, emails, toda a sorte de “coisas a serem resolvidas”, mas assim que a noite caiu recebi um telefonema da Lucia Sanny, a melhor cinegrafista e fotógrafa fetichista do globo terrestre falando: “to chegando, na esquina, as garotas chegaram? Estão prontas?”.
Soltei o verbo pra mim mesmo me chamando de idiota, pascácio, e todos os nomes mais horrendos que existem no dicionário, porque havia marcado uma sessão de fotos e um vídeo inédito para a estréia da Sophia e nem me dei conta...
Sorte que era só atravessar a rua, sair daqui da empresa ir para o escritório do Bound Brazil e começar a pajelança bondagistica.
E as duas beldades (Sophia e Frida) estavam lá prontas para serem vitimas da minha fúria fetichista, não em relação às lindas gatas, mas a raiva era do incenso fedorento que a Monique (do atendimento, heim!), resolveu acender para espantar os demônios, aliás, que devem ser muitos pelo fedor daquele terrível palito que depois de apagado foi parar na lixeira.
Realizar uma sessão de bondage, seja ela profissional ou não, com uma mulher que não tem interesse pelo fetiche é um fato, mas realizar um trabalho em alguém que gosta da sacanagem é bem diferente. E a Sophia estava doida, maluquinha mesmo para ficar frente a frente com sua primeira aparição no Bound Brazil.
Não deu outra Zé, foi um “chocolate”, show de bola mesmo...
Energia, sensualidade, beleza, tudo isso misturado como um coquetel molotov que vai incendiar as páginas cibernéticas do site na noite de hoje.
Com o sugestivo título de ‘“Bondage Lesson”, o vídeo mostra uma verdadeira lição de bondage dada pelas meninas que realizaram um trabalho de dar água na boca, passando um entrosamento impressionante a quem assiste. Algo inacreditável para pessoas que se conheceram minutos antes de começarem as cenas.
Para colocar mais lenha na fogueira, de lambuja vai um set da Sophia (foto) com as melhores cenas do vídeo, para guardar essa fera dentro do seu HD.
Concluindo, as garotas seguiram seus rumos. A Frida foi para a Faculdade, a Lucia Sanny foi embora e levou a Sophia com ela, na bagagem o vídeo para a edição e as marcas das cordas que a Sophia vai lembrar por muito tempo, pode ter certeza.

Um bom fim de semana a todos!

Uma história, um Sonho e uma Parceria.


Leonardo Vinhas pensou que talvez, um dia, pudesse lançar um livro de contos de bondage. Ele ainda pensa, mas decidiu direcionar os contos que tinha agora para um lugar bem mais excitante - o Bound Brazil.
Pois é, novidades por aí no site. Mas enquanto elas não aparecem por lá, fica aqui a introdução para o tal livro cibernético, contando como ele descobriu que a combinação de uma imaginação atiçada com cordas & mordaças pode ser muito excitante.
Com a palavra, o Léo.

Havia nas histórias de detetive de antigamente um grande conteúdo sexual. Claro que quase nenhuma dessas histórias chegava ao Brasil (eram anos de proibições), mas eu me lembro de ter visto algumas delas em alguns lugares imprecisos. Lembro-me também de haver ficado muito excitado com a capa de um livro que mostrava uma garota de roupas rasgadas sentada ao chão repleto de grama e atada a uma árvore. Mesmo a imagem (era uma foto, não um desenho) não mostrando sequer um mínimo de “underwear” que fosse, eu tinha ficado muito excitado. Claro que eu não sabia o que era excitação – tinha uns sete ou oito anos. Também não sabia, e não sei até hoje, o que tal livro estava fazendo na livraria do Mosteiro de São Bento, em São Paulo. Só sei que aquela foi uma das visitas à igreja mais agradáveis da minha infância.
Os anos iam passando, minha adolescência ia chegando e eu não encontrava mais nenhuma daquelas revistas ou livros. Vez ou outra topava com alguma capa de uma história de mistério com cenas mais ousadas em uns sebos da cidade do interior paulista onde residia, mas nada que me animasse muito – faltavam mordaças, o que era fundamental para minha excitação. Porém, aquilo ainda me deixava suando frio por causa do calor interno, e agora eu sabia o que esse calor era. Viria, a saber, depois que aquilo que me excitava tinha um nome: bondage. Mas isso só uns anos depois, graças à internet.
Na verdade, não foi bem assim. Antes disso, eu havia conseguido uma revista “Animal” na qual havia uma história da Bionda, personagem de Franco Saudelli, cujas histórias eram meras desculpas para Saudelli colocar uma seqüência de mulheres muito realisticamente desenhadas (havia gordinhas, magricelas, pin ups, peitudas sem bunda, bundudas sem peito e todos os demais possíveis biótipos femininos)... e bem amarradas. O legal das histórias da Bionda é que elas mantinham aquele clima policialesco de mistério que me excitava desde minha tenra e pouca inocente infância.
Saudelli escancarava, sem vulgaridade, o lado sensual das histórias detetivescas e, melhor ainda, tirava delas qualquer perigo real, de modo que não nos sentíamos (nós, leitores bondagistas insipientes) pervertidos dementes que gozavam com o sofrimento alheio. Tinha mais a ver com a fantasia da “donzela em perigo” que é resgatada na última hora por seu cavaleiro errante ou salva por sua própria astúcia.
Ninguém se machucava de verdade, ninguém corria perigo de verdade. Só o tesão era real.
Essa história da Bionda – e a matéria que a acompanhava, assinada por Daniel Benevides, sobre fetiches – foram minha introdução formal, ainda que breve, ao mundo do bondage que eu tanto apreciara e sigo apreciando até o momento em que digito essas linhas. Daí para a internet passaram-se alguns anos, mas a rede internacional abriu uma possibilidade de fotos e vídeos de bondage que, a meu ver, está longe de ser plenamente explorada ou de ter correspondido a todas as expectativas e fantasias bondagistas das pessoas desse mundo. Até porque há muitos que se excitam com bondage sem sequer se dar conta disso. Mas basta pensar numa pessoa do sexo oposto (ou do mesmo, por que não?) sendo bem restrita por cordas e semi-silenciada por uma mordaça que essa pessoa se excita...
A internet também me fez descobrir que há diversas variações e preferências do bondage, das mais infantis (superheroínas amarradas) às mais extremas (prefiro não listar). Natural, já que a libido não conhece um limite de formas e expressões. Porém, as histórias que você vai ler no Bound Brazil tentam captar o espírito descrito nos três primeiros parágrafos que você leu aqui, uma certa ingenuidade e até mesmo tolice devem estar presentes. Nem todas são inocentes e isentas de perigo assim, já que as crianças crescem e sonham com algumas coisinhas um pouco mais ousadas que somente imobilizar uma pessoa atraente. Mas gosto de pensar que o espírito é o mesmo que o daquelas capas das revistas de detetive, das histórias do Saudelli, das minhas primeiras manifestações de uma libido inebriante. Quem sabe seja essa a sua excitação também?
Por isso convido-o a exercer suas habilidades detetivescas para encontrar, nas pistas dadas nessas páginas, uma nova e mais interessante possibilidade de excitação. Prepare o sobretudo e o bloco de anotações... Mas não se esqueça das cordas, dos panos e da fita adesiva! (Leonardo Vinhas – Junho 2009)

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Os “Furries”


Fetiche ou perversão?
Banidos e indesejados, os “Furries” são um grupo de pessoas que apostam numa prática nova e aparecem como recentes vitimas do preconceito nas partes do globo em que se reúnem.
É isso mesmo que você acaba de ler, porque até os gays os detestam.
E o que vem a ser um Furry?
Os auto-intulados furries, são pessoas que participam com frequencia de uma cultura focada na natureza e são amantes de personagens imaginários dos autores de desenhos animados onde seres das mais variadas raças, mitológicas ou não, tomam vida e agem em uma sociedade paralela à humana, porém nem todos os Furries batem 100% com essa descrição.
Existem vários tipos de Furries, tal como aqueles que cultuam valores que remetem ao druidismo e reverência ao espírito da natureza, cartoon Furries que são amantes de desenhos animados, até aos antropomorfos e theriantropos cuja sociedade é semelhante à sociedade humana nos vários períodos da história, lembrando muitas vezes, a era vitoriana: só com a diferença de que os avatares ou Fursonas são humanos com características animais, como patas, caudas, cabeça (semelhante aos seres mitológicos de todas as sociedades como o Anubis na cultura egípcia, as Kitsunes na cultura japonesa, a sereia, capelobo ou ipupiara).
A sociedade Furry também participa e organiza convenções, em algumas vezes, com a participação de editoras de desenhos em quadrinhos. A cultura Furry está presente também em jogos de video game e computador como o Inherit The earth, Star Fox, Final Fantasy, entre outros. Personagens assim existem desde que a humanidade imaginou deuses que são humanos e criaturas da natureza ao mesmo tempo, hoje sendo usados principalmente em tiras cômicas nos jornais e desenhos animados. Um dos fatores que facilitaram a expansão desta comunidade foram programas de conversa eletrônica como Chats, Mucks e grupos de discussão na Usenet tal como o Alt.Fan.Furry e o FurryMUCK.

Levando para ao lado fetichista, os Furries se travestem (literalmente) de animais, os conhecidos “ursinhos de pelúcia”, e com essas vestes praticam atos sexuais beirando a bizarria, pois através de aberturas nesses trajes trocam relações sexuais como bichos, até mesmo sem ter a certeza se estão ou não copulando com o sexo oposto, ou ainda, mantendo relações com inocentes bichinhos que se compra nas lojas.
Taxados de pervertidos com tendencias para a prática de atos de zoofilia, pedofilia e bestialidade, essa gente se reúne em grandes eventos nos Estados Unidos e criam grupos pela internet para divulgação de sua cultura.
No Brasil ainda há muito pouca divulgação dessa cultura e quase nenhuma prática.
Fica aberto o debate e o espaço disponível para quem deseje falar um pouco mais do assunto.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

O Incrível Teatro (BDSM) de Marionetes


Muita gente que me conhece pessoalmente já escutou essa história e mesmo que ninguém acredite garanto que é real, aconteceu mesmo.
Já falei aqui que por três anos da minha vida morei na capital mundial do fetiche (Amsterdam), e creio que foi por lá que passei a ser mais civilizado e entender que ser fetichista é tão normal quanto ver uma novela onde na Índia se fala português, e pior, com algumas pinceladas de idioma local.
Portanto, para ser verdade basta acreditar que é real e pronto.
Mas fora a brincadeira, vamos aos fatos.
Há pouco tempo perambulando por Amsterdam e fascinado pelas vitrines, nem me passava pela cabeça observar o que existia além daquele pedaço de cidade nos arredores do burburinho do Red Light.
Eu, como bom tupiniquim embasbacado só via e revia o que meus olhos de pouca profundidade alcançavam, e jamais desprendia a atenção das revistas e capas de VHS transbordando dos sex shops. Até que um dia conheci uma pessoa que me mostrou um mundo novo, e como um Cristóvão Colombo adentrei ao desconhecido sem pisar em cascas de ovos, na mais profunda vontade de sucumbir aos pecados.
Essa amiga me convidou para ir ao teatro.
“Mas que merda, pensei...” Tudo que eu queria naquele momento era uma masmorra recheada de sádicos, masoquistas, bondagistas, podólatras, obscenos, devotos, tudo, sem censura e sem cortes, mas ir ao teatro era o que tinha de melhor numa noite de Terça quando havia minha folga do batente. Fui.
Uma construção bem antiga, nos moldes dos teatros europeus sempre bem conservados e uma fila pequena na porta, assim era o local. Sem saber qual seria a peça a ser encenada, sem entender nada daquela língua nativa (os Holandeses falam bem o Inglês devido a pouca difusão de seu idioma natal, mas entre eles utilizam à língua mãe), avistei um cartaz do espetáculo e comecei a me interessar.
Perguntei a minha amiga qual o tema da peça e ela insistia em manter o suspense, sem pistas, nada mesmo. Mas o cartaz denunciava um tema picante pelas fotos ilustrativas e contrastava com as pessoas na nossa frente, tipo família completa, daquelas que lotam as pizzarias nas noites de Domingo. “Essa peça deve ser em outro dia”, imaginei.
Mesmo sem compreender nenhuma palavra escrita naquele cartaz, segui até que as luzes se apagaram confiando naquela mulher.
Do alto do palco com pouquíssima luz desceram cordas, quatro, e nelas aos poucos foram aparecendo personagens que eram amarrados a elas, um a um, por duas loiras daquelas tipo secretárias do capeta, de espartilho vermelho e tudo.
Pareciam marionetes suspensas na seguinte ordem: um cara magrelo, mas bem magro mesmo, com ares de cross dresser, trajando uma bota, meia arrastão e calcinha. Um branquelo de cabelo curto com jeito tão submisso que mantinha o olhar fixo no chão do palco e duas garotas desajeitadas, em lingerie, mas nada bonitas.
Esses atores eram suspensos e desciam para serem açoitados impiedosamente pelas demoníacas loiras, que os faziam girar e apanhar sem parar. Era cacetada de todo lado com largos cintos de couro adornados por enfeites prateados.
Após o espancamento as luzes se apagaram e ficou apenas o da meia arrastão, que foi amordaçado pelas loiras malvadas com uma ball gag. Os outros desapareceram na escuridão.
Do nada surge um negão com cara de Rei de tribo africana trajando apenas uma micro sunga e sob as ordens das loiras, sodomiza (enraba, para os mais íntimos!) num só golpe o pobre diabo amarrado que só consegue soltar pequenos gemidos e expressões de dores intensas...
E a peça segue. O magrelo submisso ainda pendurado como marionete sem rumo é obrigado a comer toda e qualquer coisa pisoteada que as loiras lhe obrigam debaixo de uma saraivada de chibatadas e grampos que lhe esfolavam os mamilos. Ato contínuo, as duas meninas feias são retiradas do suplício da suspensão passando a ser impiedosamente castigadas num aparelho tipo Cavalo de Berkley (*) pelas duas competentes dominadoras.
No final todos se apresentam na frente do palco para os devidos aplausos de um público entusiasmado e louco para sair dali e começar novas experiências após uma aula perfeita, e outros, como eu, levando da primeira a última cena tudo gravado como um filme para guardar pra sempre acreditando que existia um mundo bem diferente além da minha janela...

(*) Theresa Berkley foi dona de um bordel em Londres no século dezenove e o aparelho que ficou conhecido como o Cavalo de Berkley era uma espécie de pau-de-arara móvel que podia ser girado tanto na vertical como na horizontal. Assim, sem muito esforço, a Madame, ou as moças e os rapazes que trabalhavam para ela, infligiam a dor exatamente no ponto desejado pelo cliente (Fonte: http://recantodasletras.uol.com.br )

terça-feira, 2 de junho de 2009

Numa Banheira de Espuma...


Mulher saindo do banho é um fetiche e tanto.
Imagine quando junto com uma toalha embrulhando uma bela garota pedaços de cordas impeçam seus movimentos e, a façam por instantes, ou através de sonhos, ficar totalmente à nossa disposição?
Fantasia é muito bom, um algo a mais e vale tudo mesmo.
Vale encher uma banheira, seja em casa ou num motel, água morna na temperatura exata, colocar uns sais de banho, velas acesas em volta, uma boa taça de vinho na beirada para que ela alcance e saboreie tudo isso à meia luz, claro, deixando a Deusa de seus delírios aproveitar esses suaves momentos para depois...
Boa música completando o ambiente, espaço para que ela desfrute daqueles instantes, sozinha, para se livrar do estresse diário e estar pronta para viver uma aventura e lembrar por toda a vida...
Deixe que ela lentamente saia da banheira e busque uma toalha macia que toque seu corpo e nela se enrosque embalada pela musica imaginando o que vai acontecer dali por diante.
Fique diante dela, mostre a corda e faça com que ela lhe ofereça as mãos da forma que queira ser imobilizada. Valorize cada volta de corda em seus pulsos em pequenos movimentos que a faça sentir sua brasa, o seu tesão e daí passe a pulsar mais forte.
Beije-a, toque-a, mostre sua presença firme e decidida a fazer daquela noite algo bem diferente. Faça com que ela deseje estar ali naquele momento e que ele seja único, como se fosse à última vez.
Leve-a para a cama, mas demore a deixar a toalha cair de seu corpo e comande a cena.
Valorize os detalhes e a cubra de beijos dos pés à cabeça, sem deixar escapar nada.
Puxe-a pelos cabelos devagar para que ela sinta o sabor da entrega.
Deixe rolar a fantasia e não tenha pressa, porque ela precisa atingir o clímax, afinal foi tudo planejado ao extremo.
Tire a toalha e desvende-a, deixando que ela fique exposta, indefesa, desejando, e o sexo seja intenso com um final de rachar as paredes...

Nesse compasso e ilustrando esse “pecado” o Bound Brazil trás Becky num lindo set de toalhas amarrada e amordaçada para dar asas à sua imaginação.
Sessenta fotos de um raríssimo prazer...
Acesse (http://www.boundbrazil.com/) e descubra.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Coincidências...


Vinha do almoço, corrido como sempre nos restaurantes à kilo onde um punhado de salada e alguma proteína animal são suficientes para sustentar uma pessoa com mais umas oito horas de trabalho pela frente.
Mas vinha, caminhava na calçada estreita e mal conservada esbarrando num monte de gente apressada nos dois sentidos, espremido entre os camelôs e os entregadores de folhetinhos que oferecem desde videntes que prometem recuperar marido em sete dias até propaganda de agiota, quando me deparo com uma linda mulher já chegando ao fim do ciclo balzaquiano; elegantemente vestida, salto, meia de seda, um comportado vestido colado e uma bolsa preta de onde caiu um chaveiro.
Prontamente abaixei, peguei o objeto e apertando os passos toquei em seu ombro esquerdo para lhe entregar o chaveiro perdido. Para minha surpresa, a moça empurrou minha mão que lhe acabara de tocar levemente soltando um “tá maluco”!
Espantado e sem tempo para entender o que se passava, assisti aquela mulher antes linda e naquele instante vulgar, vociferar palavrões sem nexo aos berros diante de minha reação atônita e idiota com um chaveiro na mão.
Morrendo de vergonha, tentei explicar que aquilo lhe pertencia e quando se deu conta, sem graça, pegou-o de volta insistindo em me insultar por conta do susto. Porém, em determinado instante sem encontrar uma solução para terminar o assunto soltei: “quer saber, foda-se!”.
Pois foi a conta Zé, porque a mulher parou de gritar e ficou me olhando em silencio.
Pensei: se ela estiver olhando pra minha cara e me tirando como “tiozão” deve estar maluca, porque se meus olhos não me enganam ela está na casa dos trinta e altos e com meus doze anos sequer pensaria em ser pai, ou vai mandar enfiar o chaveiro no rabo...
Me preparei para virar e seguir meu rumo quando escutei a segunda parte das ofensas através de um sonoro “grosso” e outros desaforos. Nem me preocupei porque sabia que se desse ouvido ela iria continuar com a ladainha, por isso fui embora. Em parte lamentando uma mulher tão bonita e elegante com hábitos de “Chica Malvada da Boca do Mangue”, mas por outro lado com alma aliviada por ter soltado aquele “foda-se”.
E como ninguém sobe ladeira de costas, dias depois num encontro fetichista em um bar aqui pertinho, no centro, topei com a dita cuja de aparência elegante e faca entre os dentes num ninho pra lá de conhecido, cheio de amigos amigas de longa data que prontamente me reapresentaram a senhorita estressada.
Imediatamente após o famoso “te conheço de algum lugar”, mantive a distância prudente e necessária da moça por vias das dúvidas, mas ao mesmo tempo passei a observar seu comportamento para tentar entender se ela estava ali para acalmar a fúria ou por outra razão. Porque se fosse para curar o mal humor e se apresentar como domme, avisaria ao primeiro submisso presente do perigo que estaria correndo afinal poderia até levar um pontapé ao tentar lhe beijar os pés.
Aí, entre cervejas e batatas fritas, acabei descobrindo que a jovem senhora com ares de transloucada resolvera partir em busca para descobrir suas próprias tendências e, no frigir dos ovos, obtive uma informação de porta de cocheira que a danada estava prestes a tornar-se submissa de um dominador amigo meu, e pior, ou melhor, o cara é mais sádico que o Marques.
Talvez ele possa lhe por umas rédeas, quem sabe...
É Zé, o fetiche tem dessas coisas.