sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Otra Noche en La Viruta



Primeira Parte

Produzir filme de fetiche é legal quando quem participa mostra certo envolvimento com o que está sendo realizado.
Ontem foi diferente, porque não houve conotação sexual ou de aventura, foi fetiche na veia. E isso vai ao ar em breve pra todo mundo ver e quem sabe consiga reparar na diferença entendendo aquilo que eu quero dizer. Pensem nas marcas que ficam...
Mas o fetiche tem dessas coisas e de onde menos se espera vem algo sensacional, de tirar o fôlego, de babar na gravata.
Outro dia li no blog da Phoenix a respeito de coisas que “elas” não suportam ouvir quando são fetichistas e acabam se envolvendo com alguém de fora. Recomendo dar uma olhada através do link aqui na página. Os homens deveriam fazer uma lista também das coisas que detestam ouvir quando uma mulher chega de mansinho e diz: se você for legal eu deixo você me amarrar... Legal? Deixa? Espera aí, não deveria ser de comum acordo?
Deveria ser, mas nunca é. Melhor seguir tentando e talvez elas mudem o discurso.



Aviso Importante

Falando do site, dos filmes, quero deixar aqui um comunicado à galera que assina o Bound Brazil. Todos sabem que por 24 horas estivemos com problemas devido à troca de provedor e de administrador. O site estava hospedado num plano mixuruca que deu pau no terceiro vídeo por falta de espaço.
Contratou-se então uma hospedagem maior que alcança uns quinhentos vídeos e uma infinidade de fotos, portanto está tudo superado e aos poucos tudo segue seu rumo.
Mas o melhor da festa é que a todos que foram prejudicados por nossos ajustes será oferecido grátis um dia a mais como membro, ou seja, a senha vencerá em 31 dias a partir da data que foi adquirida. É o melhor que podíamos fazer e todos serão avisados por email que será enviado pela administração.
Cumprindo o protocolo, hoje o vídeo anunciado na semana passada está sendo lançado e dois novos sets de fotos com as lindíssimas Anna e Jackie.



Epílogo

De volta à noite passada, o cansaço me venceu pela segunda vez essa semana e cheguei em casa com um único objetivo: do banho pra cama.
Mas quando liguei a TV comecei com a dança frenética dos dedos em busca de um canal que não me fizesse prender à atenção e, por conseqüência, me levasse direto aos braços de Morfeu, o Deus do sono.
Mas no meio do caminho havia uma pedra, havia um filme no Canal Brasil no meio do caminho. Foi lá que resolvi embalar meu cansaço e deixar o controle remoto de lado, ajeitando a cabeça para cair no sono como um bebê.
Virando de lá pra cá me ajeitei e embora tenha achado o filme do meio para o final, notei uma boa fotografia e cenas picantes, com lindas mulheres e coisa e tal.
Mas a última cena me fez acender e recolocar os óculos pra ver direito. Achando melhor nem comentar, publico a foto aqui ao lado de parte da cena porque acho que nesses casos uma imagem vale mais que mil palavras. (Já li isso em algum lugar...)
Hoje me dei conta que se tratava do filme 3 Efes de 2007 do diretor Carlos Gerbase e procurei saber quando repete, afinal tenho que ver na íntegra uma obra que mandou meu sono pro espaço!
Good weekend for everybody!

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Vesti Azul


Às vezes me lembro de certas coisas que chega a causar espanto de onde fui buscar isso.
Estava em casa dando uma olhada na internet, lendo coisas interessantes e uma musica antiga, de muitos anos atrás, me levou aos meus nove anos, sei lá, mais ou menos nessa época, afinal, seria o fim da picada (ô coisa velha!) lembrar de determinados, digamos assim, detalhes.
Mas essa pequena frase de uma música cantada por Wilson Simonal que nos deixou há poucos anos atrás, falava de alguém que passou a vestir a cor azul pra trazer a sorte de volta. Como tenho um arsenal musical em meu HD tratei de colocar essa canção e fazer o tempo voar. Porém, ao prestar atenção à letra notei que a cor azul representava muito mais que ter a sorte outra vez à porta, mas uma mudança de astral e de comportamento, atitude, coisas que passavam longe quando eu escutava em tempo real na minha infância.
Mas a música tem essa grande vantagem de atravessar o tempo e indelével alcança várias gerações, ora escutando de pessoas mais velhas ou através de regravações dos cantores atuais.
Voltando ao assunto da mudança, por mais que se possa acompanhar a evolução da vida se não buscarmos o astral elevado nada de bom nos alcança.
Há bem pouco tempo fiz uma matéria aqui mesmo com queixas de falta de tempo, os inúmeros problemas que passaram a ser parte do meu dia-a-dia depois que o Bound Brazil entrou em atividades. Hoje, encaro de outra forma e parece que passei a vestir azul, não que tudo tenha se transformado num passe de mágica e os problemas tenham mudado de endereço, mas porque passei a encarar as coisas de outro modo, tomei atitudes diferentes e comecei a valorizar tudo que foi construído até o momento, sabendo que nunca se chega a mil sem passar pelo um.
Dessa forma, tudo passa mais depressa e a tranqüilidade é o antídoto para resolver qualquer problema, porque as decisões são tomadas pausadamente e nenhuma ação intempestiva tem lugar.
E assim as coisas foram caminhando de maneira suave e progressiva mesmo que o caroço do angu fique para ser resolvido no dia seguinte. Passou a existir compreensão e a corrida desenfreada pela perfeição deu um tempo seguindo de forma normal.
E o site está caminhando, embora ainda esteja em fase de aperfeiçoamento com alguns ajustes de provedor, sinalização interna mais eficiente e uma melhor resolução de fotos e vídeos. Mas tudo isso aos poucos será realidade e poderemos construir juntos o que sempre se pensou existir.
Por falar em construir juntos, a presença maciça da galera brasileira impressiona, cria uma energia positiva que comanda cada nova sessão de fotos ou vídeos. A participação é intensa e quando coloco alguma novidade dá vontade de correr e falar com cada membro para saber a opinião. A legião estrangeira aos poucos mostra interesse e traz gente de Portugal, Estados Unidos, Alemanha, Inglaterra, Itália e outros, e olha que somente me refiro aos assinantes, sem contar as visitas diárias que o Histats informa a cada cinco minutos.
Mas a galera que acreditou e veio logo de cara pertence à tropa de elite, de choque, e sinto cada dia que passa que está aí para o quer e vier torcendo junto para que tudo se encaixe, participando pelo email do site ou aqui no Blog, sempre com um único objetivo que é fazer essa comunidade mais forte.
Por essas e por outras que a canção do Simonal faz mais sentido e incorpora o espírito que quis passar. Bons ventos tragam todos aqueles que um dia como disse aqui mesmo nessas linhas, fariam parte de uma grande família.
(Na Foto: Capa do LP Alegria, Alegria de Wilson Simonal do ano de 1967)

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Noites de Terça no Bound Brazil


Inaugurando as atualizações de toda Terça-Feira, o site Bound Brazil apresenta hoje dois novos sets de fotos.
A gata Sarah Moon muito querida pelos fãs que mandam mensagens ao site, num belo trabalho estilo hogtied, e o primeiro set de duplas com Anita e Teka.
O vídeo de Sexta passada irá ao ar hoje, pela de troca de administrador do site e por ajustes no espaço cedido pelo provedor. Pedimos aos assinantes desculpas pela não publicação do vídeo na data marcada, mas esse procedimento se fazia necessário para uma melhor apresentação do site e de resolução de imagem nos vídeos.
Em breve, cada modelo do site terá seu próprio “Blog Post” e poderá interagir com os assinantes criando seu fã clube. Para enviar mensagens às preferidas, basta clicar nas imagens no link “Garotas” e mandar um elogio, uma crítica ou até perguntas mais quentes. Estamos trabalhando para disponibilizar desse serviço.

Miss Feet Brasil 2008

Este resumo não está disponível. Clique aqui para ver a postagem.

sábado, 22 de novembro de 2008

Fernanda Making Off

Fernanda fazia sua estréia no Bound Brazil. Como muitos amigos e amigas em seus comentários e emails perguntam a forma como é realizado esse trabalho em studio, resolvi postar um clipe do que rolou no ensaio fotográfico.
A camera de Lucia Sanny captou os detalhes desse trabalho que espero possa matar um pouco da curiosidade de cada um na construção de uma sessão de bondage. O vídeo mostra que é necessário entendimento dos traços a fazer com as cordas através de medidas pré-estabelecidas, mas o fator criatividade ainda é o ponto máximo para quem quer aperfeiçoar essa técnica.
A cena contou com a ajuda e colaboração da bela Scarlet e a edição de vídeo da Rainha Nefer.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

No Bar do Manel


Agente se esforça pra não querer escutar o que rola na mesa ao lado, mas os bares às vezes pecam pelo espaço, as cadeiras se esbarram, telefones celulares tocam quase ao mesmo tempo, enfim, tudo se escuta mesmo quando as vozes tornam-se uma musica fora de ritmo em descontrolados decibéis.
E o bar do Manel não foge à regra. Filho de imigrantes portugueses assim como o escriba aqui, Manel herdou uma pequena espelunca caída ponto habitual de meia dúzia de pinguços, achou um espaço na calçada que transformou em varanda, colocou umas caixinhas de som que só dá pra ouvir enquanto está vazio, arranjou uma dona que prepara bons petiscos e danou a vender cerveja. Os amigos foram chegando e trazendo cada vez mais um para o famoso balcão de porções que se escolhe ali mesmo, basta levantar o plástico que protege dos insaciáveis insetos e fazer o pratinho.
Nesse lugar agradável onde muita gente se sente em casa, semana passada estava eu com alguns amigos e amigas quando na mesa ao lado (sempre na mesa ao lado, mas isso é fato e corriqueiro), um cara pra lá de chapado às nove da noite ouviu da acompanhante que se não parasse de olhar pra uma mulher falante que chamava a atenção alguns metros à frente, iria tomar algumas providencias. O diálogo foi mais ou menos assim: - Tu para quieto aqui nessa mesa e chega de dar voltinhas perto dessa sirigaita, senão pego uma corda e te amarro nessa cadeira.
Pronto, foi a senha necessária pra o entreouvido. O papo da minha mesa passou a ser secundário e eu só queria tentar me virar e olhar ao lado pra ver quem era a bondagista que ora se apresentava. Mas o aperto no Bar do Manel é de praxe e mover o esqueleto na direção contrária fica muito complicado. Explico: As cadeiras se entrelaçam parecendo um jogo chinês daqueles onde as peças se encaixam. Você escuta alguém falar e tem que fazer um movimento de 360 graus para tentar unir o som da voz e os lábios que as precedem, e pior, na mesa além do chapadão ouvia-se uma voz masculina e pelo menos três femininas, sem contar às pessoas que por falta absoluta de lugar ficam o tempo todo de pé, ou seja, fazendo uma conta de chegar temos um cálculo de umas oito a dez pessoas amontoadas ao redor de uma mesa com quatro cadeiras.
Mas sou insistente e procurei em meio a todo o burburinho natural do boteco gravar a voz que falava em fetiche quando o assunto era completamente diferente. Aliás, nesse momento nem me lembrava mais do era debatido e se alguém me pedisse opinião iria balbuciar o famoso “quê”?
Virei de lá pra cá e consegui ver três mulheres na casa dos trinta, sorrindo, bebendo, falando e busquei uma delas que estivesse com os olhos em cima do cara que cambaleava sem destino participando de todas as conversas que ao longe escutava, sim porque bêbado em bar é mais chato de aturar que aquela ampulheta do windows quando um programa de computador fica lento para abrir. Todo cara em começo de porre é pegajoso e inconveniente, sorri pra tudo e pra todos e quando desata a falar quer passar a impressão que conhece todos os assuntos. Arranja espaço, senta, dá tapa nas costas dos outros, beija a mulher alheia, enfim, pior que aturar um bêbado num bar só pegar ônibus errado com o último trocado que sobrou da passagem. Como dizem sabiamente os argentinos, “tenia una tranca...”.
Mas a mulher tinha os olhos grudados em todos os movimentos do espaçoso “bebum” e eu já sabia de quem se tratava. Pensei: será que ela falou isso da boca pra fora ou vai chegar em casa e colocar o ébrio num castigo de cordas de dar inveja a qualquer mestre de bondage? Será que rola um castigo sadomaso além do jogo de cordas?
Fiquei ali por vários minutos esperando que surgisse naquela mesa ao lado outro comentário a respeito do assunto, afinal se ela falou de forma que até eu pude ouvir em meio aquela bagunça sonora, na certa seus amigos também haviam notado tanto quanto eu e haveriam comentários descambando a conversa para o lado fetichista. Seria uma razão e tanto para que eu pedisse licença, buscasse espaço e sem a menor timidez entrasse no assunto que pra mim era mais interessante.
Mas elas continuaram com as conversas mais variáveis possíveis e nem por um momento sequer consegui escutar uma palavra a mais sobre fetiches.
Desiludido, voltei às conversas com meus amigos e nem notei quando eles pediram a conta e foram embora.
Contei essa história toda e quase não falei de fetiche, mas fica desse papo animado sobre o Bar do Manel uma constatação: quando estamos muito ligados a um determinado assunto toda e qualquer conversa a nossa volta padece em detrimento aquilo que nos interessa. Você pode se desligar do fetiche, buscar outros entretenimentos na vida o que é normal compreensível e saudável, mas quando o vento trás algum gesto ou palavra, pode ter certeza que seus olhos e pensamentos estarão voltados para onde surgiu o que mais te agrada.
E o melhor disso tudo é que o Manel está pensando em ampliar o seu bar, finalmente.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Sexta de novidades no Bound Brazil


Duas modelos fazem à estréia no Bound Brazil.
Aisha e Oliska posam pela primeira vez para a lente de Lucia Sanny num trabalho de bondage meticuloso e visualmente muito bonito (modéstia a parte). Claudia e Milla apresentam seus novos sets elaborados com muito cuidado e mostraram um entrosamento incrível com o fetiche.
Um novo vídeo protagonizado por Anna e Brida, tem no roteiro a utilização de bondage dentro de uma relação de ciúmes quando Brida desconfia que sua melhor amiga esteja se insinuando para seu novo namorado.
Mesmo sem certeza absoluta das pretensões da colega de quarto, Brida imobiliza Anna e procura esconde-la quando seu namorado confirma por telefone que passaria para buscá-la e sair. Ótimas tomadas de bondage, vendas e mordaças fazem parte dessa trama de suspense com duração de quinze minutos, na versão em português e inglês.
Mais de duas mil fotos estão disponíveis no Bound Brazil com trinta e oito modelos de belezas distintas e com a marca do Brasil.
Uma nova promoção estará no site a partir dessa sexta para adquirir a condição de membro por seis meses, pagando cinco mensalidades com uma grátis. Tudo isso pelo PagSeguro através de pagamento online ou emissão de boleto bancário.
Para adquirir por cartão de credito segue a opção do CCBill.

Na foto: Aisha no Bound Brazil

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Limites


Um amigo me confessou que seu maior desejo é amarrar uma mulher e cortar-lhe os cabelos.
Uma amiga a quem comentei o assunto disse: mato esse desgraçado assim que me soltar!
E assim são as coisas, o que é desejo de um não tem nada a ver com o que outros permitem e vice e versa. Também venhamos, existem vontades e desejos fantasmagóricos, dignos de deixar o diabo de cabelo em pé e todo arrepiado. A grande maioria das mulheres tem um ciúme doentio de seus cabelos, cuidam (lavam e passam literalmente) várias vezes ao dia e quando se preparam pra sair é na primeira coisa que pensam.
Colhemos vários exemplos de exageros ao longo da vida e no mundo fetichista então eles aparecem com uma freqüência muito maior. Certa vez, uma mulher me pediu para que a amarrasse no secador de roupas (aqueles que ficam presos por pequenos ganchos muitas vezes em tetos rebaixados com gesso). E esse secador estava preso ao gesso e ela não me dava escolha, tive que negar e nunca mais apareceu. Seria pura irresponsabilidade faze-la correr tal risco, mas nem assim a dita cuja entendeu. Me deu três sapatos...(um em cada pé e o outro na bunda) e sumiu.
Cada um deve ter uma historia pra contar de casos parecidos com estes e outros muito mais complicados de entender. A natureza humana revela surpresas algumas vezes inacreditáveis e é preciso ter total noção do que está prestes a acontecer para não virar uma tragédia sem volta.
Algumas pessoas gostam de ter seus limites testados, postos a prova, mostrar que são capazes diante de alguém com quem se relacionam, mas há que se construir um muro bem alto entre a vontade desenfreada de realizar certas loucuras e o mundo real. Não é uma simples questão de certo ou errado, é necessário olhar com responsabilidade para o que se faz e medir as conseqüências de atos impensados.
Adolescentes costumam buscar prazer em momentos de impensadas loucuras, mas entre adultos os caminhos obrigatoriamente passam pelo aspecto limite. Em relações fetichistas que conotam riscos maiores isso deve ser observado em dobro, discutido a miúdo e levado a sério.
Hoje, está em discussão a criação de um manifesto BDSM através de uma lista de discussão da Associação BDSM. Tenho acompanhado alguns tópicos sugeridos os quais reputo como importantes para que se criem regras e se debatam idéias. Se existem limites dentro de relações sadomasoquistas através de palavras de segurança (safe word), deve haver limite para as idéias do que deve ser realizado entre parceiros com a devida consciência de cada um.
Haverá de existir sempre um ponto onde a fantasia alcança a realidade, desde que se tenha juízo para saber o que é prazer conseqüente e o que é deliro inconseqüente.
Amarrar uma mulher para lhe cortar os cabelos não está distante de apertar uma corda em seu pescoço para que alcance o orgasmo ainda que perca os sentidos.
O perigo está muito mais presente numa inocente brincadeira a dois do que se imagina.
Resumo da ópera: como sempre é melhor prevenir do que remediar.
Pode parecer arcaico, mas ainda é o melhor a fazer, mesmo que signifique desistir de tudo e simplesmente dizer adeus.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

O Mundo das Revistas Fetichistas


Os registros mostram que as revistas fetichistas, os chamados “Detectives Magazines”, começaram a ser publicados nos anos 20. Algumas dessas edições do começo do século passado mostraram o fetiche de forma cômica com imagens de bondage sugeridas através de histórias hilárias onde mulheres eram amarradas, sem muita técnica ou critério, porém, sempre com destaque ao lado Damsels in Distress (Donzelas em Perigo).
Havia um número limitado desse tipo de revista, que ganharam uma conotação fetichista de mais peso alguns anos depois, entre 1946 e 1949, estampadas nas publicações bizarras de John Willie e nos anos cinqüenta pelas páginas da Eneg’s Exotique. Essas edições desapareceram no final de 1959, época considerada como a derrocada fetichista que só voltaria à moda algum tempo mais tarde.
Com a chegada dos anos setenta e a tão sonhada liberação social alcançada pela luta da geração anterior, algumas revistas especializadas em bondage começaram a florescer nos Estados Unidos. Nessa época surgiram as edições da Harmony Concepts, House of Milan e Lyndon Dsitribuitors Magazine, que anos depois adquiriu todos os direitos e publicações da House of Milan. Essas revistas não tinham uma distribuição através de grandes editoras, eram vendidas em separado nos Sex-Shops que começavam a aparecer ou em sistema de venda de correio.
Tipicamente, esses magazines traziam um layout muito comum, com estórias de rapto seguidas de fotos de mulheres amarradas como ilustração, uma foto ou no máximo duas para cada conto que preenchiam as cerca de vinte e cinco ou trinta páginas publicadas.
Algumas vezes as fotografias eram substituídas por trabalhos de artistas que desenhavam mulheres imobilizadas e começaram a fazer parte da história do fetiche.
Outro fato comum eram as entrevistas freqüentes com expoentes da indústria que não parava de crescer e tornavam-se famosos no mundo inteiro. Com exceção da Harmony Concepts, a Milan e a Lyndon passaram a preencher suas páginas com propagandas de seus vídeos que anunciavam em catálogo no final da edição.
Devido à pequena circulação, muitas dessas revistas apresentavam um material de pouca qualidade se comparadas à indústria pornográfica, e muitas vezes mais de oitenta por cento das páginas eram em preto e branco, contrastando com excelentes fotografias a cores. Nas décadas seguintes, com o sucesso alcançado e o conseqüente aperfeiçoamento começaram a surgir às revistas totalmente coloridas, sendo que algumas conservaram o projeto “color and black white”.
Esse crescimento levou algumas revistas a mudarem de linha fetichista e as publicações com conteúdo BDSM passaram a tomar conta do mercado. Cada vez mais picantes, deixaram de lado o gênero Damsels in Distress inocente e apostaram numa nova linha alcançando um público ainda maior.
Nos anos noventa com a chegada da internet algumas dessas revistas aos poucos foram perdendo espaço, conservavam, porém, o aspecto BDSM cada vez mais acentuado e muitas dominadoras tinham suas próprias revistas apresentando seus trabalhos e ainda conseguiam uma boa tiragem. Mesmo com o mundo cada vez mais globalizado, divas dominantes como Be Be LeBadd e Alexis Payne continuavam mostrando em revistas suas sessões de spanking e lançaram o estilo “Men in Bondage”.
Em 2003 todas essas revistas desapareceram pra sempre do cenário e são encontradas em saldos de pessoas que negociam como pérolas através da internet. A única edição remanescente de êxito é a famosa Taschen que conserva toda a tradição das antigas revistas criadas há anos atrás.

(Foto: Capa da Revista Bondage Life/ Harmony Concepts publicada por Lyndon Distribuitors entre 1977 e 2001)

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Novidades de amanhã no Bound Brazil


Novas atrações amanhã no site boundbrazil.com.
O vídeo A Entrevista (The Interview – English Version) com duração de 15 minutos marca a estréia da charmosa Cláudia em seu primeiro trabalho de vídeo conosco.
Durante uma entrevista para a contratação de modelos para sua Agencia, Cláudia depara com duas amigas que buscam o trabalho, porém, ao perceberem que o pagamento oferecido não está de acordo com as suas pretensões, resolvem roubar todo o dinheiro da Agencia e seus equipamentos. Cláudia é amarrada e amordaçada e nada pode fazer para evitar o ocorrido.
Cenas eletrizantes com ótima dramaturgia e tomadas fetichistas marcam esse vídeo com uma atuação magnífica de Cláudia quando se vê em perigo. Com seu jeito Donzela em apuros, conquista o espectador da primeira a última participação.
Um segundo vídeo clipe preview vai ao ar também com excelente trabalho de edição da competentíssima Lucia Sanny, que idealizou esse vídeo com uma mescla de seu trabalho fotográfico o qual realiza para o site, e algumas cenas dos novos vídeos que ainda vão estrear. Lucia ousou bastante e com muita criatividade passeou entre o colorido e preto e branco realizando esse mix com qualidade inquestionável. O melhor é que pode ser assistido totalmente grátis e estará postado na página “home” do site.
Novas fotos e modelos também fazem parte dos lançamentos do Bound Brazil.
São quatro novas estréias com um eficiente trabalho de bondage e de rara beleza das brasileiras que cada vez mais fazem à diferença.
Portanto, uma ótima oportunidade para se associar ao Bound Brazil, lembrando que já está no ar à opção de pagamento através de boleto bancário do UOL Pago, muito questionada pelos amigos aqui do blog em diversos comentários.

Na Foto: Fernanda que faz sua estréia essa semana no Bound Brazil.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Mod Squad


Outro dia assisti ao recente “remake” de Mod Squad.
Criada como série de televisão foi ao ar de 1968 até 1973 (sendo que por aqui ficou um pouco mais tempo) quando obteve índices altíssimos de audiência através de diferentes episódios, o filme Mod Squad passou pelos cinemas e hoje é exibido em canais a cabo, porém, sem metade do sucesso alcançado como seriado.
Dito isso, vem a inevitável pergunta: qual bondagista de plantão que tenha vivido essa época não lembra da maravilhosa Peggy Lipton interpretando Julie Barnes sempre em perigo, invariavelmente amarrada e amordaçada nas cenas, sendo resgatada pelo esquadrão? Hoje aos 62 anos de idade, essa bela senhora nascida em New York já não tem mais aquele olhar de donzela em apuros das inúmeras cenas de bondage que os episódios Mod Squad traziam uma vez por semana na nossa TV em preto e branco, no entanto, conserva uma beleza única que reluz em todos aqueles que um dia foram seus fãs, e olha que ela começou a carreira como cantora chegando a figurar nas paradas da Billboard, mas felizmente a dramaturgia a levou ao caminho certo que fez muita gente sonhar com aquelas cenas por anos a fio.
Por ter passado muito tempo, não tenho registros de memória suficiente que me permitam traçar aqui nessa matéria um release de algum episódio de Mod Squad, visto que quando a série acabou eu era apenas um pré-adolescente. Seis anos após o final dos seriados, foi realizado um episódio de duas horas de duração com os mesmos atores nunca exibido no Brasil. É possível encontrar no youtube fragmentos do seriado, entretanto nenhum deles mostra uma atuação completa de Peggy Lipton em perigo.
Mas algumas cenas ainda percorrem meus labirintos cerebrais e embora não consiga elaborar um painel da série, posso lembrar que se tratava de um chefe de polícia que resgata três jovens envolvidos com drogas e pequenos delitos, oferecendo-lhes em troca da liberdade uma chance de trabalharem para a polícia, infiltrados como agentes disfarçados desvendando vários casos. Esse era o princípio básico do seriado. A série revelou outro grande talento do cinema que atuou em diversos filmes (Clarence Williams III), Michael Cole (o astro principal) e Tige Andrews que fazia o papel do chefe de polícia.
Depois de alguma pesquisa no próprio youtube e em sites americanos como do canal ABC que produziu o seriado, deixo um vídeo com a apresentação original de Mod Squad que pode ajudar a quem faz um esforço para lembrar da série, e um segundo com um tributo a Peggy Lipton, onde todos podem admirar essa maravilhosa atriz e todos os seus encantos.
Portanto, reparem bem nas imagens desse tributo e a imaginem indefesa: Delírio!

MOD SQUAD - APRESENTAÇÃO



PEGGY LIPTON TRIBUTE

terça-feira, 11 de novembro de 2008

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

FetiXe Pirate Party II


Imagine uma festa BDSM dentro de um barco. Em volta, todo o glamour da Baía de Guanabara, a Enseada de Botafogo as praias da Urca e Flamengo e o Pão de Açúcar.
A imaginação começa a ficar mais agitada quando se percebe que dentro desse barco com decoração temática especialmente desenvolvida para o evento, existem coisas interessantíssimas além do belo passeio noturno.
Estamos falando da FetiXe Pirate Party II que acontece dia 6 de Dezembro com saída pela Marina da Glória na cidade do Rio de Janeiro. Os convites já estão disponíveis para serem adquiridos e quem o fizer até o dia 15 de Novembro tem um ótimo desconto, o mesmo é válido para quem comprar até 05 de Dezembro. Depois dessas datas, somente no dia do evento e sem o desconto anunciado. Vale lembrar que o ingresso dá o direito a comer e beber a vontade durante a festa, e que a Marina da Glória conta com um vasto estacionamento para quem for de carro.
Diversos fetiches podem ser desenvolvidos em inúmeros lugares, sendo os mais adequados para a prática de BDSM espaços como Masmorras ou Calabouços que geralmente fazem parte dos clubes ou estúdios, mas viver uma fantasia fetichista dentro de um barco Pirata em movimento é realmente uma experiência inesquecível. Baseada no sucesso da primeira Pirate Party, a Rainha Nefer e sua equipe estão preparando dezenas de surpresas para quem confirmar a presença na festa. O dress code é a caracterização de roupa de pirata ou preto. Lembramos que a presença num evento fetichista requer uma vestimenta de acordo com os padrões estabelecidos pela direção, portanto mesmo aqueles que adquirirem ingressos antecipados deverão comparecer respeitando as regras da festa.
Dois detalhes importantes: é preciso ser maior de 18 anos e comprovar a maioridade para ter acesso ao evento e, também lembrar que algumas das modelos do site Bound Brazil já confirmaram presença na festa.
Então, o que você esta esperando?
FetiXe Pirate Party II, dia 6 de Dezembro às 23 horas com saída da Marina da Glória no Rio de Janeiro. Informações pelo telefone: (0--) 21.41026615.
Touché!

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

No fim do arco-íris


Pode até soar como desabafo, mas desde que coloquei o site no ar o tempo anda curto mesmo que seja para atualizar as matérias aqui do blog.
Dizem por aí que quem muito persegue os sonhos termina prisioneiro deles, esquecendo o mundo lá fora. Pode ser, e quem sabe exista um masoquista dentro de mim que me arraste a esse cárcere e me deixe preso aos meus próprios nós. Mas se existe uma razão pela qual se resolve começar uma luta, há de haver também um milhão de razões para jamais abandonar o que se imagina, o que se sonha. Enfrentar dificuldades pra mim sempre foi muito mais que um desafio, e nada tem de questão de honra ou algo parecido. Não me considero teimoso a esse ponto, mas a entrega às vezes dá medo.
Publicar um trabalho de bondage e construir um site de nível internacional sempre foi sonho de muita gente que se liga nesse tipo de fetiche, porque estamos cansados de ver nossos vizinhos do hemisfério norte gozar com a cara de quem baba na tela aqui no cone sul, apresentando em seus sites de anos de existência sempre as mesmas modelos que são figurinhas carimbadas e desfilam por todos eles. E têm mais, hoje em dia elas próprias produzem o material e sequer precisam dos webmasters para nada, mandam o trabalho de bondage feito por qualquer um que tenha habilidade pelo “you send it” recebem a grana e tchau. Os grandes produtores americanos de bondage há muito tempo não se dedicam a criar sets de fotos ou trabalhos específicos, apenas administram seus sites (às vezes mais de quatro ou cinco) com o material que as modelos lhes enviam. Falo isso com conhecimento de causa porque conheço alguns e pelo oferecimento de trabalho que muita modelo me envia por email.
Apesar de tudo resolvi arriscar e coloquei toda a minha vontade multiplicada por anos de luta nesse projeto. Não me arrependo de nada e me envolvo cada vez mais. O resultado disso, são noites sem dormir, muito que administrar, programador a quem encho o saco 24 horas por dia, e muito mais. Cheguei a pensar em ser menos intenso, mas já estava envolvido até o pescoço e a palavra retroceder não consta do meu dicionário.
Até minha namorada não suporta mais isso, faz cara feia (qual mulher não ficaria uma fera com esse monte de mulher bonita do lado?) e eu nem sei mais por onde me explico.
O que ajuda é a presença dos amigos, aqueles que fazem desse sonho seu sonho e junto comigo, sem nenhum interesse pessoal caíram dentro da roda e me ajudam a agüentar essa barra. É foto na Terça, vídeo na Quinta, edição de vídeo no Sábado, reunião na Segunda, e quase não sobra nada. E todos esses assuntos só podem ser tratados após o horário comercial, porque tenho uma empresa pra tocar e mil coisas que resolver. Mas e daí, eu queria isso! Lutei por isso anos da minha vida e agora estou reclamando?
Qual o que, agente sabe que um dia tudo se encaixa e o tempo passa a ser administrável.
Simples, claro como água para chocolate, mas o pior é chegar até lá, pulando casinha por casinha como num jogo de banco imobiliário (lembram disso?).
A vida costuma premiar o que é feito com amor e é nisso que penso cada dia que passa e que lembro o quanto seria bom se o dia tivesse mais de vinte e quatro horas. A vitória pertence aos audazes, já li isso tantas vezes em várias situações e acredito até hoje.
Sei que esse é um espaço para discutir e falar de fetiches e que ninguém que vem até aqui quer ler sobre meus problemas, por isso peço desculpas pelo desabafo, mas como é regra que os amigos estão aí pra dividir os problemas, resolvi então participar a todos vocês a quem considero hoje as pessoas com quem me relaciono diariamente.
Não estou preocupado com o sucesso do site porque sei que um dia ele virá assim como o reconhecimento por todo esse trabalho. Sei que é difícil empreender, principalmente quando se depende dos outros, de gente que não sabe fazer o que você faz, mas que conhece o que você tem dificuldade de compreender. É um mundo novo, onde cada passo é dado sob a mais terrível escuridão, onde o terreno que se pisa ainda é muito pantanoso e nunca se sabe quando a parte sólida chegará. Costumo dizer que de duas coisas não morro: de medo e de parto. Portanto, vou em frente, apoiado em vocês que todos os dias aparecem por aqui e me dão uma razão a mais para achar que esse sonho por mais difícil que pareça, sempre estará perto de se tornar realidade.
Por causa disso eu acredito, sempre, que há um pote de ouro no fim do arco-íris.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Amanhã no Bound Brazil

Vídeo
Duas amigas praticantes de bondage recebem uma prima que vive na Europa com quem trocam impressões sobre a vida em geral. Ao saírem da sala para preparar um lanche, a deixam esperando e ao escutar ruídos que vêm de um dos quartos, resolve investigar encontrando a empregada da casa amarrada e amordaçada pela patroa. Enquanto tenta atender ao pedido da empregada para que a liberte, Hanna é capturada pelas duas amigas e passa a ser submetida também a longas sessões de bondage.
Com duração de 15 minutos, o vídeo Special Guest (Convidada Ilustre) apresenta no elenco Scarlet, Brida, Vanessa e Hanna Vitória, com muitas cenas de bondage, aventura e ação. Esse vídeo gerou uma segunda parte que será apresentada no site Bound Brazil ao longo do mês de Novembro.

Fotos
Dez novas modelos fazem a sua estréia amanhã no Bound Brazil, com destaque para a bela seqüência individual produzida pela fotógrafa Lucia Sanny.
Portanto, para quem ainda não se associou ao site fica uma ótima oportunidade de apreciar um total de 1.800 fotos através de um trabalho meticuloso de vários segmentos de bondage.
Posto aqui algumas das belas modelos que brindam o assinante em sets eletrizantes.




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terça-feira, 4 de novembro de 2008

Rejeição


Todo mundo já passou por isso alguma vez na vida.
Dizem os especialistas que a rejeição se manifesta de forma diferente, homem e mulher são prisioneiros de seus sentidos. Uma mulher com problemas jamais terá libido sexual e não buscará no sexo uma válvula de escape para o que ocorre a sua volta, enquanto o homem procura o sexo nas horas mais conturbadas e se vê aliviado e longe do que lhe importuna durante e depois do ato sexual.
É preciso entendimento entre parceiros para solucionar esse assunto e não deixar o balde transbordar, um deve entender o momento do outro e suas inevitáveis reações, ou seja, o cara tem que saber que ela prefere um passeio com as amigas e se afogar em tonéis de chocolate ao encarar uma noite na cama e, por sua vez, terá que buscar uma forma de não rejeitar seu homem porque ele pode achar um milhão de coisas e destruir a união monogâmica num piscar de olhos. Ao primeiro sinal de rejeição o homem começa a imaginar que existe outro ou que ele não dá mais conta do recado.
E quando existe o fetiche? Aí o caldo entorna.
As mulheres costumam encarar melhor uma relação fetichista quando parte do homem do que de forma contrária, é muito mais fácil um cara declarar-se bondagista, podólatra, sadomaso, enfim, fetiches não bizarros do que aceitar quando isso é colocado na mesa de discussão por parte da mulher. O homem, machista, produto do meio onde vive e seguidor dos conceitos que povoam a sua casta, manifesta-se de forma muito estranha se uma mulher se declara dominadora, submissa, fetichista de uma maneira geral. Conheço casos de amigas que me contaram o quanto foi difícil ter uma conversa dessa com seu parceiro, algumas perderam seu assento no trem e a relação foi para o espaço num curtíssimo lapso de tempo. Claro que o ideal seria que toda relação fetichista fosse estrelada por duas pessoas com essa tendência, mas nem sempre isso acontece, ou melhor, ainda, na maioria dos casos isso não acontece.
Mas supondo que haja essa interação entre um casal relacionado com o fetiche e problemas cotidianos perturbem a mulher, como o homem encararia a rejeição momentânea? Creio que deveria procurar compreender da mesma forma que existe numa relação fora do circuito fetichista, porque se esse impulso feminino acontece quanto às práticas sexuais, com fetiche ou não ela viveria os mesmos dilemas e as mesmas emoções. Detalhe, o chocolate venceria a libido sexual e o fetiche.
Fetichistas têm reações totalmente diferentes dos não fetichistas (prefiro esse termo à palavra baunilha), por terem atração exacerbada por algum objeto de desejo ou práticas sexuais diferenciadas, tendem a engolir a rejeição de forma mais intensa que os não fetichistas. Deprimem-se com mais facilidade e uma vez achando-se rejeitados encaram como o fim do mundo, pensam que estão sendo intensos demais, que a parceira já não agüenta suas manias, que jamais haverá outra pessoa igual, etc. e etc. Outros fora do mundo fetichista recorreriam a um chopinho com os amigos e relevariam com mais facilidade mesmo que não tivessem todo o entendimento de que esse comportamento de rejeição feminino muitas vezes é chamado de TPM. Certo ou errado ele existe e casais devem aprender a viver com ele.
Entretanto, a palavra chave para encarar esse tipo de problema é compreensão, e isso só ocorre quando há diálogo tornando-se uma relação de discussão aberta e sem nenhum preconceito. Jogos de esconde-esconde são venenosos para qualquer relação que se preze e queira ser duradoura. O fetiche e as reações pertinentes a cada ser humano são comuns e precisam ser encaradas sem medo, só assim existirá a cumplicidade necessária para que um pequeno detalhe comum não atrapalhe uma convivência plena.

Dedico essa matéria a um casal de amigos a quem eu prezo bastante, leitores desse blog.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Bondage, Arte e Talento


Ele tem vinte e sete anos, jornalista e fotógrafo profissional Cris Oliveira está inovando e promovendo uma exposição de fotos na cidade de Volta Redonda no Sul Fluminense a cerca de duas horas do Rio de Janeiro.
Com início em Janeiro de 2009, a expo Ata-me é um trabalho apaixonante de um fotógrafo publicitário amante de bondage que pretende divulgar o fetiche no Brasil através do envolvimento entre as formas humanas e os desenhos das cordas. Cris conta que resolveu fazer esse trabalho depois que teve contato com a obra de Nobuyoshi Araki, porém, tem um estilo próprio trabalhando sempre com formas, detalhes e luz.
O principal objetivo de Cris Oliveira é desmistificar o fetiche, tratá-lo de uma forma normal e, principalmente, mostrar o lado artístico e a beleza que existe em um trabalho de bondage.
A expo Ata-me 2009 reunirá uma série de sessenta fotografias entre preto e branco e colorido e o desenvolvimento fetichista é todo realizado por Cris e algumas amigas que o ajudam diariamente em sua empreitada.
Cris está produzindo sua obra em estúdio e trabalha com luz natural e, eventualmente com fachos de lanterna o que permite detalhes impressionantes em suas fotos.
A Galeria Zélia Arbex deve ser o destino da exposição Ata-me em Volta Redonda e assim que houver as confirmações das datas do evento vamos ter o prazer de divulgar aqui no blog.
O importante é ressaltar que cada dia mais um passo é dado na direção de tratar bondage como uma coisa normal, dentro dos padrões racionais que a sociedade impõe. Diariamente alcançamos novos rumos e conquistamos espaços preciosos nesse sentido, com peças de teatro, exposições, um site totalmente brasileiro, enfim, gente de todos os cantos do país se congrega e abraça essa causa.
(Crédito da foto: Cris Oliveira - Expo Ata-me 2009)