segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

O Selo


A brincadeira é simples: recebe e passa adiante.
Mas não pensem que é corrente pra santo casamenteiro ou que ao repassar adiante a fortuna vai bater na sua porta. As meninas bolaram uma forma de socialização no meio BDSM, uma maneira de entender um pouco sobre quem escreve sobre o assunto na rede.
Dizem que o selo vem do blog da minha amiga Ternura, mas aqui chegou por iniciativa da Aldrey (Lesada e Apimentada) e da Rebeca.
Porém se faz necessário um esclarecimento: o selo original partiu do blog Miss Tery, com o nome de Selo Dungeon Miss Tery (http://missteryds.blogspot.com/). E já que veio parar aqui vamos entrar na dança.
A jogada é interessante porque entre receber o presente e reenviar, rolam umas perguntinhas básicas sobre algumas particularidades de quem é agraciado. Sem sombra de dúvida fica o registro do agradecimento a ambas pela forma carinhosa de ser citado e pela lembrança, e ainda que possa parecer um exercício de curiosidade feminina, não vou fugir às perguntas que recebi junto com o selo e responderei às questões enviadas.
Vamos lá?

1. Quanto tempo de BDSM?
Pois é, será que preciso dizer? Acho que já nasci pervertido, mas meu contato com o meio de forma direta e objetiva foi a partir de 1990 em Amsterdam. O bondagista normalmente traz consigo desde a infância determinados aspectos. Vive a expectativa de encontrar uma garota em perigo na próxima esquina. Flerta com o fetiche desde a primeira namorada e nem se importa em quebrar a cara num primeiro momento. A grande diferença fica evidente quando existe a aproximação com as práticas, com o meio fetichista. De repente tudo se transforma e ficar diante de pessoas iguais no começo assusta. Depois tudo entra nos eixos.

2. Como foi seu primeiro ano no BDSM?
Foi um ano de aprendizado. Saber a técnica demanda paciência e vontade. Não foi fácil aprender num lugar onde só feras praticam. Você acha que fazer uma cena de bondage é apenas imobilizar, mas quando está num meio onde mestres exibem técnicas incríveis a primeira vontade é de fazer igual, daí é preciso observar e buscar o feeling pra depois tentar realizar o que os outros te ensinam, ainda que toda a escola seja apenas pelo simples olhar.

3. Você se lembra da primeira pessoa que você conheceu no BDSM?
Como quis o destino que meu primeiro contato com o BDSM acontecesse fora do Brasil, seria injusto não citar alguém que me levou a conhecer essa cultura. Numa noite de Segunda-Feira um amigo chamado Van Essen me ensinou um caminho do qual jamais me separei, mesmo tendo alguns períodos de ausência. Depois disso vieram muitas histórias que estão aqui entre as tantas páginas desse blog, e se alguém assim o desejar basta procurar com calma para saber um pouco mais.

Bom, acho que cumpri meu papel.
Não vou publicar uma lista de blogs os quais são merecedores do selo porque na minha concepção todos deveriam estar neste rol. A iniciativa é tudo em se tratando de um universo onde a minoria ainda impera.
A minha esperança reside no aparecimento de mais espaços, na chegada de novos sócios de um clube que já foi um símbolo de resistência pra mim e tantos outros que preferiram ir pra casa, mas sem antes deixar por aqui uma bela lição.
Não é fácil construir um mundo cercado de rejeição.


A toda esta gente que se foi, envio um selinho destes, igual ao que recebi de pessoas muito especiais.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Medo e Lucidez


Alguns assuntos sempre foram proibidos pra ela.
A religião representou e ainda representa uma barreira, um muro que a separa de dois mundos. A criação sempre foi clara e objetiva. Fugir de todos os perigos da vida mundana encarando o sexo como apenas um ato de reprodução natural. O pavor das pessoas a sua volta quando uma cena mais ousada aparecia na televisão sempre foi sentido de perto, na carne, e por mais que o desejo lhe cortasse as entranhas ela aceitava passiva, sem coragem pra entender um mundo que até em sonhos tinha um aspecto de repreensão.
Ao mesmo tempo, parentes próximos enchiam a cara de cerveja nas manhas de domingo e assistiam ao Faustão na TV. Ela ficava sem entender nada diante de um tio barrigudo encharcado de álcool marretando as dançarinas em trajes “obscenos”. Tudo isso, claro, sem tirar os olhos.
Diana tem medo de tudo. E muito medo do fetiche que carrega escondido sem que ninguém saiba.
Aos vinte e sete anos o único contato que tem com o que mais gosta, com o que lhe corrói de desejos é por meio da Internet, através de passadas rápidas nas poucas vezes que está sozinha em casa.
Seus romances foram sem graça. Viveu relacionamentos prolongados sem saber ao certo onde estava e recebeu criticas por ter terminado com eles. Ela não consegue se explicar, arranja desculpas e inventa motivos sem sentido para na solidão continuar sonhando que num piscar de olhos a vida mude.
Hoje, Diana sabe que sua vida se partiu em dois. A lucidez é o primeiro passo para que ela consiga enxergar a que mundo quer pertencer. Ninguém deve se intrometer em suas escolhas e ela precisa ter a certeza do que quer.
O assunto é delicado, muitas pessoas preferem ignorar este tipo de conflito. Acham que é uma questão de foro íntimo e acreditam que ter uma opinião formada é o bastante. Mas não é tão simples para alguns. Determinados dogmas religiosos quando são imperativos costumam interferir na conduta individual a ponto de anular qualquer tentativa de imaginar alguma coisa fora do padrão que é sugerido por sua crença.
Claro que é possível conviver com os dois lados desde que não exista fanatismo.
Ter uma religião é importante para muitas pessoas. A fé às vezes tem um significado maior para uns do que pra outros, e no caso da Diana há uma luta interna árdua entre o que ela sonha e deseja contra os ensinamentos que influenciaram sua vida.
Ter consciência de que existe esta diferença para lidar é o mais importante.
Sinceramente, não me atrevi a perguntar a Diana sobre sua veia fetichista. Acho que no meio dessa cesta de dúvidas e incertezas o que menos importa é saber o que ela quer e sonha praticar. É necessário que ela reflita a esse respeito, repense sua vida e se a decisão for a opção por praticas fetichistas ter plena consciência dos problemas que irá enfrentar.
Há ainda a chance de escapulir, praticar clandestinamente sem que ninguém próximo perceba. Isso é fato, o mundo BDSM está repleto de praticantes que criam personagens para viver uma segunda vida, como se fosse um teatro de pessoas reais.
Portanto, tudo é válido desde que exista a noção exata da coisa certa a fazer...

Tickle Revenge

As historinhas de revanche normalmente dão muito resultado quando o assunto é bondage e Damsels in Distress. Quando envolvem cócegas como castigo a audiência triplica, causa arrepios na turma do gargarejo que delira vendo uma linda garota amarrada em posição hogtie tenho os pés atormentados por impiedosas doses de cócegas.
Nesse estilo, o site Bound Brazil exibe aos seus assinantes na noite de hoje o vídeo Tickle Revenge, com Jade Silva e Daphne e um photoset repleto de imagens incríveis.

Um bom final de semana a todos!

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Faca Amolada


O Eduardo tem um problema. Seu fetiche é atípico, porém, com um apelo visual capaz de causar inveja a qualquer fetichista quando apresentado numa prática, mas longe de constar na lista de preferências ou estar entre os mais pedidos.
Praticante consciente, ele treina regularmente cenas de “Knifeplay”, o fetiche por facas. Não admite falhas, e não deve, aliás, este fetiche é tão particular que uma falha significa uma sentença.
Fetichistas dominantes costumam utilizar facas em algumas cenas. Posso garantir que alguns bondagistas também fazem uso desse objeto com o intuito de causar realismo à cena e medo à parceira. Mas o “knifeplay” é diferente. Numa cena BDSM as facas são tipicamente usadas para cortar roupas, arranhar a pele, remover a cera após os pingos de velas, ou simplesmente oferecer estímulo sensual.
Para alguns o “knifeplay” pode ser altamente erótico, com reações físicas e psicológicas intensas. É também uma atividade que requer cuidados extremos, por isso, a necessidade de aprender corretamente. Como acontece com qualquer tipo de jogo com instrumentos pontiagudos pode, potencialmente, tirar sangue. Como conseqüência há o risco de transmitir doenças sexualmente transmissíveis ao longo da prática. Além disso, existe o risco de cortar o lugar errado e causar perda excessiva de sangue, ou acidentalmente um esfaqueamento ainda que involuntário.
Mas o Eduardo não desiste fácil do fetiche. Sabe que a concorrência é acirrada e a demanda é difícil. Na lei de oferta e da procura ele sempre está em desvantagem porque tem muito caçador para pouca caça.
“Não é fácil convencer uma submissa a aceitar ter parte do corpo marcado com desenhos feitos com ponta de faca. Há o risco da marca permanecer pra sempre tatuada no corpo caso aconteça um imprevisto. Treino muito pra não errar, aliás, só uma vez perdi a mão e deixei um traço que me custou um ótimo relacionamento”. – Ele diz.
É complicado brother...
Na verdade, muitos praticantes de BDSM têm em seu lado baunilha um compromisso sério, um casamento, que fica distante do que costumam fazer. Por escolha própria assumem um lado B na vida e se relacionam clandestinamente através de fantasias as quais jamais fizeram parte de seus relacionamentos dentro de casa.
Nestes casos, ter a pele arranhada normalmente com as iniciais de quem cria o desenho é um risco extremo, uma confissão de que existe uma segunda face até então desconhecida e jamais imaginada. Por isso, fica explicito o medo quanto a jogos que incluam facas, punhais ou simples canivetes.
Marcas de cordas, açoites ou pingos de vela desaparecem com facilidade. Basta um creme corporal e um pouco de tempo pra tudo “voltar ao normal”.
Me faz recordar o caso de uma amiga submissa que implorava por um soco de seu dominador.
Mas não era um sopapo simples, tinha que ser com força e com vontade. Casada, insistia em ter consigo alguma marca que a fizesse lembrar de uma relação fetichista em vias de terminar.
De tanto insistir foi atendida e ao chegar em casa com o olho roxo simulou um ataque de um bandido na rua em busca de seus pertences. Claro que alguns objetos se foram, como o relógio e o cordão. Não prestou queixa, convenceu o marido que de nada adiantaria e conseguiu ficar com a marca por um bom tempo...

O ideal para uma boa cena de “knifeplay” é que seja praticada de forma monogâmica, entre parceiros que cultivem uma relação fetichista sólida e possam praticar sem sustos ou riscos.
Resta ao Eduardo e a outros dominadores seguirem com a procura pela cena perfeita.
O bom fetichista não foge ao desafio o que faz com que a realização da prática seja o nirvana alcançado.
Então meu caro é hora de ir à luta...

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Introspecção Necessária


Existem dois conceitos que embora distintos, em algum momento se enquadram: amador e profissional. O significado das palavras faz parecer que o amadorismo flerta com a paixão e o profissional tende à responsabilidade.
Ainda que não seja essa a verdadeira diferença os termos soam como tal, mas na minha visão, a execução da obra pelas duas vias de acesso deve ser norteada pela paixão. Como imaginar um pintor que faz da arte a sua profissão realizando um trabalho tosco, sem brilho, feito de qualquer maneira?
A palavra que uniria estes dois conceitos seria simples: motivação.
Daí você reúne isso tudo, coloca num cesto e traz para o universo fetichista.
O fetiche amador com o único compromisso de agradar a quem o coloca em prática é a síntese da realização pessoal. Registrado por meio de imagens ou não, cabe a quem elabora a critica, o esmero, a sutileza dos mínimos detalhes. Aqui reside o lado bom da história, onde todos os contos são possíveis de ser transformados naquilo que gostamos de chamar de perfeição.
É a pura veia fetichista pulsando.
Não há hiatos ou pontos obscuros, vale o que é combinado e dá prazer. Quando duas pessoas resolvem realizar uma fantasia o objetivo a ser atingido é apenas transformar em real o que antes era abstrato, ou fruto da imaginação de ambos.
O amadorismo no fetiche é a parte boa da maçã.
O estado motivacional é natural e flui como um rio tranqüilo e calmo seguindo seu curso. Basta querer e tentar. Se der errado a correção é simples, faz-se na hora ou fica pra próxima, sem danos, sem preocupação, afinal a emoção é o que conta.
Uma laçada mais forte, um chicote que bate mais ríspido ou uma vela que pinga em demasia tem a censura de uma palavra previamente combinada, a qual costuma-se denominar “safeword”. Se houver uma restrição de voz por meio de uma mordaça firme a sentença vira um gesto, uma batida com os pés, um piscar de olhos, onde o importante é saber que existe o limite.
A mesma motivação que conduz o fetichista em suas cenas amadoras o transporta a ousar pelo universo profissional. O que muda é a regra. Sai o prazer sexual e entra a perfeição, retira-se a parceria consensual e coloca-se em seu lugar a praticidade da beleza inconteste. Parceiras modelos formam um batalhão de corpos perfeitos e rostos bonitos que irão mostrar ao mundo o fetiche a sombra de sua imagem e semelhança.
A saída do anonimato motiva. Você sente o salto, o solavanco, e passa a conviver com criticas e elogios na mesma proporção. Claro que a busca da perfeição será a mesma. Você sabe fazer, tem absoluta certeza dos passos a dar e se embrenha até descobrir que muitas de suas fantasias são agora, parte da imaginação de quem paga para ver o que você construiu.
A resistência é necessária pra que seu trem não saia dos trilhos. Manter seus conceitos e insistir em mostrar o que lhe fez chegar a dividir com todos o que só a seus sonhos pertencia.
O resultado deste conflito é a anulação total de sua capacidade de seguir com o fetiche de forma amadora. O lado profissional aniquila, exige, te arrasta de tal forma que a correnteza torna-se instransponível.
Méritos para sua capacidade de não sucumbir ao que jamais foi sua principal intenção.
O preço que se paga é maior do que a recompensa de um negócio que deu certo.

Hoje, em meio a problemas pessoais iminentes e precisando repensar entre o certo e o errado, entre a emoção e a razão, decidi tirar umas férias do site Bound Brazil. Ele segue impávido e eu fico. Talvez na vã tentativa de trazer o fetiche de volta aos meus dias, à minha vida, resolvi deixar as cordas com alguém muito competente que aprendeu comigo e me enche de orgulho por aceitar o desafio.
Um dia eu volto, consciente de que a semente plantada jamais será deixada de lado e sim regada por pessoas com plena capacidade de tocar um trabalho que viram de perto, o qual lhes motiva muito mais do que a mim mesmo neste momento.

O blog segue, afinal, escrever é um exercício anti-estresse do qual não abro mão.
Quem sabe descubro coisas enterradas por tanto tempo que quase sem querer deixei pra trás? É, quem sabe...

(Nas fotos dois momentos: Profissional em 2011 e Amador em 2006)

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Clothing Fetish


O fetiche por roupas ou peça de vestuário é também considerado um fetiche sexual que gira em torno de uma fixação sobre um determinado artigo ou ao tipo de vestuário, uma coleção de roupas que aparecem como parte de uma moda ou uniforme, ou uma pessoa vestida com um tipo específico de tecido ou corte.
A definição clínica de um fetiche sexual exigiria que uma pessoa pudesse se fixar em uma peça específica na medida em que ele existe como um estímulo (ou recorrentes) exclusivo para o prazer sexual.
Aquele que apresenta um fetiche por peças de vestuário pode ser despertado pela visão de uma pessoa vestindo uma roupa em especial, ou usando uma peça qualquer, daí a atração se dá por causa do olhar ou através do uso. Neste caso, o fetichista sente atração por quem utiliza determinada peça e pode também obter alguma excitação ao ver alguém nela, e ao mesmo tempo, imaginando como se sentiria no lugar de quem aparece em cena.
Outro caso comum de excitação visual por roupas acontece quando são utilizados objetos restritivos.
Um fato comum ao Clothing Fetish pode ser também o prazer de colecionar certas vestes.
Fetichismo por couro, por exemplo, é o nome popularmente usado para descrever uma atração sexual por pessoas vestindo roupas de couro. O próprio tecido desperta incríveis atrações, assim como o cheiro e o som do couro em contato com a pele, e é muitas vezes um estímulo erótico para pessoas com tendências a gostar do fetiche. Uniformes de couro também podem se tornar um fetiche. O couro é, ocasionalmente, produzido com uma superfície brilhante e em cores vivas, proporcionando estímulos visuais para alguns fetichistas em especial.
A sensação de roupas de couro apertadas ou com aspecto desgastado pode ser definida como uma forma de escravidão sexual. Alguns equipamentos fetichistas usados para dominação são produzidos através de tiras de couro. A "cultura do couro", um termo que foi aplicado a partir dos anos sessenta na subcultura sadomasoquista nos EUA, por muito tempo funcionou como estimulo a práticas sexuais.
O fetiche por pônei envolve o uso de artes eqüestres para uso em seres humanos e o couro alcança estes praticantes e os equipamentos de uma forma geral.
Outro tipo de vestimenta capaz de gerar prazer em determinadas pessoas é o látex. A atração fetichista por roupas de látex ou por algumas peças em particular é um fetiche popular. Este tipo de fetiche pode ser também chamado de fetichismo por borracha, uma vez que o látex é um tipo de borracha. Fetichistas de látex podem ser definidos como "Rubberists". Variedades de fetichismo por látex incluem a inflação do corpo ou a simples atração por borracha transparente.
Roupas feitas de látex ou observar sendo usadas por outros, ou ainda, praticar fantasias eróticas com roupas de látex, catsuits, capas, trajes de mergulhadores ou roupas de proteção industrial representam uma fantasia muito comum. Um ícone de fetiche de látex é a dominatrix vestindo um collant de látex preto brilhante ou macacão de PVC.

O fetichismo por PVC é freqüentemente associado com o fetichismo por látex, embora os dois materiais sejam muito diferentes. Fetichismo por PVC envolve uma atração erótica para roupas de plástico brilhantes feitos de policloreto de vinila (PVC), ou através de um poliuretano similar. O PVC pode ser confundido com verniz brilhante. O fetichismo por PVC inclui também uma atração erótica para o vestuário, como capas de chuva de plástico transparente, slipcovers, roupas personalizadas feitas de PVC transparente ou artigos infláveis.


O fetichismo por Nylon inclui o uso de capas de chuva brilhantes, jaquetas, calças e meias.
Outras roupas e acessórios completam o Clothing Fetish, basta fazer a imaginação trabalhar a favor.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Alvíssaras


Aspas pra ele: “deve ser da maluca do 206. Toda vez que ela chega de porre esquece alguma coisa na garagem”.
A frase é do Luis, o porteiro do meu prédio. Morar sozinho tem um monte de desvantagens, mas algumas vantagens. Uma delas é que se todo porteiro sabe da vida de todo mundo é sinal que ele também toma conta da sua, e por morar sozinho só os vizinhos ficam sabendo, como foi o caso dos sapatos perdidos.
Um par de sandálias novas, pretas, bonitas, que despertaria o instinto de larápio em qualquer pordólatra de plantão, mas como este fetiche ainda não alcança meus anseios e desejos pervertidos, resolvi entregar a legitima dona.
Abandonadas entre meu carro e o outro, denunciavam uma noite intensa responsável por lapsos de memória, visto o lugar onde as sandálias foram encontradas.
Entretanto, como estou neste prédio há dois meses, fiquei encucado tentando imaginar quem era a Cinderela. Daí num exercício de imaginação plena e consciente, procurei lembrar das moças as quais tenham cruzado comigo nos corredores ou elevadores neste curto espaço de tempo. E nada, nada...
Só me restou tentar pensar no percurso. A escolha da sandália, a festa, o porre e, finalmente, a chegada em casa. Casada? Comprometida? O que leva uma mulher a esquecer as sandálias no piso da garagem? Se ainda fosse dentro do carro vá lá, mas ter o trabalho de colocá-las ao lado no intuito de calçá-las ao sair do veiculo e esquecer? Muitas perguntas, poucas respostas...
E se ela fosse fetichista?
Bem, o buraco seria mias embaixo. Talvez a pedido do parceiro se apresentasse em casa com os pés sujos, afinal, ele teria fetiches por pés imundos e ela estaria satisfazendo os seus desejos. Caso contrário levaria uma bronca, e daria também, pois de porre tudo é possível.
Poderia ser submissa, por que não? Seria uma forma de receber um castigo.
Mas era muito pensamento pervertido para uma manhã de domingo, por isso achei melhor esperar pelo próximo plantão do Luis e perguntar a quem pertenciam às sandálias para pelo menos saber quem se beneficiou da minha boa ação.


sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Flagra!


Você é capaz de imaginar que existem pessoas obcecadas por correr riscos enquanto transam?
A possibilidade de serem flagrados no ato torna-se o combustível para que tudo aconteça da forma prevista. Daí vale qualquer lugar que a imaginação puder admitir.
Desde o último assento do ônibus ao elevador do prédio.
Porém, o ideal é que ninguém dê as caras e que a agonia de ser pego no ato fique somente numa doce suposição. Mas nem sempre a banda toca certinha e o inesperado resolve atrapalhar os planos de quem brinca com o fogo.
Uma doida que eu conheço afirma que sua tara é praticar sexo oral com o namorado quando viajam de ônibus. Ela explica: “deito no colo dele e todos pensam que estou dormindo, mas ao contrário minha boca está fincada lá. Me divirto com a cara que ele faz até...”
O resto todo mundo sabe.
E essa febre fetichista é a preferência de um batalhão de pessoas sempre prontas a imaginar cenas de perigo imediato. Qualquer lugar impensável para uma boa trepada torna-se seu alvo predileto. Daí vale: escada de prédio, elevador, banheiro de avião, o carro em via pública, enfim, onde houver perigo.
É um tipo de exibicionismo às avessas. Quer saber? Um amigão colocou umas três películas das mais escuras no vidro do carro. Perguntei por que e sabe o que ele disse? “A onda é ficar eu e ela transando durante o dia numa rua movimentada. A coisa esquenta quando o carro começa a balançar e as pessoas passam olhando sem entender nada. Nós estamos vendo eles e nem que eles grudem os olhos no vidro do carro conseguem nos ver.”
Chego à seguinte conclusão: meu amigo nunca viu sua namorada peladona. Porque segundo suas próprias palavras, em seis meses de relacionamento eles nunca tentaram uma segunda alternativa. Palavras dele...
Normalmente alguns destes prováveis flagrantes ocorrem na fase adolescente, quando a grana é curta e as possibilidades são poucas. Alguns carregam pra vida toda como um fetiche e não largam nunca mais. Acabam tornando-se presas de suas próprias aventuras juvenis. Outros desenvolvem o fetiche mais tarde e apostam em situações de risco absoluto em busca de excitação.
E como o bom do fetiche é a realização a dois há que encontrar parceria.
Dentre os vários lugares preferidos para este tipo de aventura um em especial é ponto comum entre os praticantes: o cinema.
Comentários a parte todo mundo já viveu dias de amasso numa sessão de cinema. Não importa se foi só um beijo na boca prolongado ou mão naquilo e aquilo na mão. O escurinho do cinema em algum ponto da vida de cada cidadão ou cidadã traz uma lembrança especial.
Claro que havia riscos, mas como foi uma vez aqui e outra ali ninguém precisa se achar um fetichista por riscos em potencial. Porém, é inegável que foi tão bom que vale muito a pena lembrar, ou fazer outra vez.

HARD SATURDAY

Pra mim não foi um sábado difícil. Pra elas sim.
Samyra e Melissa protagonizam uma aventura daquelas capazes de despertar os bondagistas mais sossegados. Samyra tinha um plano: participar de um seqüestro de uma amiga com um comparsa. As coisas deram certo até a página dois, quando ela com pena decide libertar a amiga. Só não contava com a chegada do parceiro e termina vivendo uma tarde de sábado muito complicada.


Para os assinantes do Bound Brazil o vídeo será exibido hoje junto com um photoset com as melhores cenas.

Pra galera que reclamou da falta de postagem ontem: foi feriado aqui no Rio.
Bom final de semana a todos!

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Falha Nossa


Fala alto, não olha pra câmera e imagina que tudo isso é real...
Assim começa uma sessão de fotos ou um vídeo do site Bound Brazil. A idéia é repassada antes, quadro a quadro, e por mais que haja um ensaio aqui e outro ali, tudo rola ao vivo sem direito a replay.
Por mais experiente que seja a modelo sempre tem um escorregão e nessas horas só voltando à fita. Uma corda que cai, um lenço que afrouxa na boca e algumas vezes um branco, daqueles do tipo “esqueci tudo” são fatos comuns. Atrapalham a trama é verdade, esfriam a veia de quem está metida na história até o talo e se bobear tem que pegar no tranco quando recomeça. Há quase três anos estas cenas se repetem. Até em filmes de longa duração existem falhas.
Na minha concepção os vídeos fetichistas têm que rolar ao vivo, nada de repor voz sobre voz.
Sem o feeling da imagem o espectador desiste.
Oitenta por cento dos assinantes do site não percebem erros de português. Eles vêm de fora e acham bonito assistir bondage com meninas tagarelando num idioma diferente do que estão acostumados a ouvir. Nos filmes curtos não aparecem legendas, seria desperdício de tempo e elevação de custos. Nos longas, apesar das legendas, a leitura não consegue alcançar se o que é dito realmente corresponde ao que é escrito. Achou confuso? Tem mais...
Os erros ficam arquivados e em alguns casos, como no filme Conspiracy formaram as cenas finais, as conhecidas “falhas nossas”. Dá vontade de um dia editar uns vídeos só com os erros de gravação. A coisa é hilária e diverte qualquer um que assiste. Em “off” é claro...
Mas os editores do site por mais conhecimento e habilidade que possuam não são mágicos, e por isso, algumas “pérolas” terminam por aparecer no produto final e me causam arrepios. Ora o Evandro Ynno ou a Lucia Sanny me dizem: “chefe, essa não dá pra tirar!”
Daí surge coisas indecifráveis como “unsufluir”. Alguém poderia traduzir o que significa esta palavra? Bom, se a grafia está correta eu não posso afirmar, afinal, ainda que percorra o Aurélio de ponta a ponta não vai ser fácil encontrar tal definição. Claro que com a palavra solta à frase fica sem sentido, mas olhando a obra por um todo chego à triste conclusão que a musa quis dizer usufruir.
O pior é saber que essa foi daquelas impossíveis de serem cortadas...
Como estas existem outras, mas além do vernáculo indecifrável acidentes fetichistas de percurso também chamam a atenção. Refazer uma amarração, por exemplo, é um nó. (Sem trocadilho). Me irrita profundamente por minha própria desatenção e causa desconforto na modelo. Se a corda causar marcas na primeira laçada fica mais complicado ainda. Há que esperar desaparecer os traços da tentativa anterior e refazer em seguida.
Barulhos intrusos, tosses indevidas, carros com propaganda que passam na rua, enfim, uma gama de ruídos atrapalha e por vezes causa a repetição do trabalho. Por mais tecnologia que se empregue os chamados “efeitos sonoros indesejados” algumas vezes vencem pelo cansaço.
Tirando as cenas realizadas em estúdio fechado e com proteção sonora externa, bondage se produz em locais comuns, como a sala de casa, o quarto de dormir e até no banheiro. Imagens externas servem pra tirar o sono brother...

Portanto, os exemplos são fartos, mas um em particular é capaz de tirar do sério qualquer pessoa que se atreva a produzir uma bela cena fetichista de bondage: a falha técnica.
Imaginem rodar uma cena inteira, dez minutos de vídeo e achar que ficou bom pra cacete. Ao terminar o trabalho, com a modelo desamarrada e feliz por ter realizado com perfeição aquilo que lhe foi determinado, descobrir que por uma falha no cartão de memória da câmera nada foi registrado...
Nessas horas eu não queria ser um sádico com uma masoquista por perto...
Só resta dizer: vamos começar tudo outra vez!

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Dúvidas Fetichistas


Existem fetiches que despertam dúvidas. Há casos de tamanha duplicidade de uso e gosto que chega a causar espanto. Então peço aos amigos e amigas que me ajudem a resolver certas questões ditando as suas preferências.
Havaianas, as sandálias. Atende aos apelos dos podólatras e ao mesmo tempo atrai masoquistas que deliram ao levar chineladas com as legítimas. Tenho um amigo que admite a dor como seu único remédio. Agüenta até chinelada na cara. Passa horas a fio lambendo as sandálias usadas da parceira até sair à mancha. Outros, amantes dos pés por excelência e vocação, se derretem ao ver pés bem cuidados dentro de uma dessas maravilhas de borracha que tanto encanto produz.
Aliás, vale uma observação: podolatria é um fetiche tão extenso que fica difícil compor um painel que possa abranger as preferências de seus praticantes, tamanha a capacidade dos caras em produzir gostos raros e exóticos.
Bondage, indoor ou outdoor. Estes dois tipos de cenário numa trama bondagista dormem e acordam na cabeça dessa galera bronzeada que baba ao ver uma mulher amarrada. Os que gostam de cenas ao ar livre entre árvores, jardins ou até trilhos de trem preferem imagens outdoor. Gostam de assistir a vídeos de seqüestros imaginários e consentidos com garotas em apuros na mala do carro ou algo do gênero.
Trazem dentro da lembrança imagens de seriados policiais e de aventura que acabam traduzidos em suas práticas. Uma praia deserta desperta mil e uma idéias fáceis de decifrar.
Por outro lado, a turma que incorpora mobília, trajes fetichistas de couro e lindos lençóis de seda, não abre mão das imagens produzidas do lado de dentro. Ainda que as meninas usem biquínis estes bondagistas preferem ver suas musas envolvidas em tramas com um cenário interno. Deliram por mulheres amarradas envoltas em toalha de banho, lingerie ou prontas pra uma grande festa. Mas como diz um grande amigo, nada melhor que vê-la amarrada nua e de salto alto...
Ou ainda, como o vosso amigo escriba aqui, aqueles que ficam em cima do muro. Ora admiram cenas externas e outras vezes realizam-se com o bondage feito dentro de casa. Dúvida cruel...
Até o sadomasoquismo é passível de apresentar diferenças.
Parece simples e fácil, ou seja, aos olhos de quem assiste a conta fecha: um sádico e uma masoquista, ou vive e versa, seriam como a fome e a vontade de comer. Tudo se encaixa.
Mas existem as dúvidas. Sim e elas estão justamente nas preferências.
Conheço sádicos e sádicas que não suportam a submissão excessiva. Explico. Calma.
Os caras ou as moças descem a lenha e o masoquista fica inerte, nada sente e nada fala. Tenho uma amiga que diz: submisso que não sente a força da minha mão não serve. Decreta!
Só que isso não ocorre por vontade própria. É uma questão de ponto de saturação da dor. Alguns masoquistas têm orgulho disso. Como para todo chinelo velho existe um pé cansado, alguns sádicos ou sádicas preferem este tipo de masoquista. Exploram esta resistência e sentem prazer ao conseguir alcançar o limite de seus parceiros. Realizam-se ao chegar a este ponto.
Que fique claro, porém, que todos estes fenômenos ocorrem num universo fetichista, onde tudo deve seguir o principio consensual.

Quando um não quer dois não brigam e ponto.
Nenhum fetichista sai por aí com uma chibata na mão, ou uma corda, pronto pra saciar suas taras com quem assim não o deseja, ou não admite. Determinadas situações acontecem depois de muito diálogo e prévio consentimento.
É bom que fique claro, afinal, já basta o rótulo!
E se faltou alguma coisa, conto com a ajuda dos leitores e leitoras para buscarem mais dúvidas e ajudarem na construção deste espaço, no qual todo dia tenho orgulho de dar uma pequena contribuição.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Esmagando Insetos


A Elen é prostituta. Conhece como poucas a arte de encantar platéias. Faz disso a sua vida, e monta o seu cenário de acordo com o espectador. E muito pouco importa se existe apenas um solitário cidadão para assistir ao seu número, o que ela quer é fazer bem feito.
Em meio a uma carreira de altos e baixos, encontros e desencontros que já leva quase dez anos, ela acumulou experiências suficientes para editar um livro se esse fosse o desejo, mas a Elen quer na verdade é pular etapas e buscar outro caminho.
Enquanto esse dia não chega, ela sonha com o príncipe encantado ou quem sabe viver uma história romântica tipo “Pretty Woman”, entretanto a realidade é dura e no dia seguinte tem conta pra pagar.
Perdi a conta de quantos emails lhe mandei por curiosidade mórbida, afinal queria saber sobre experiências fetichistas colhidas em tanto tempo de aventuras. Podem mesmo achar estranho, mas essa troca é benéfica porque amplia horizontes e ajuda na compreensão de fatos.
E de tanto insistir ela atendeu aos meus apelos e abriu o verbo.
Contou de tudo. Foi tanta história que quase alcançou o glossário fetichista de A a Z.
Porém, o que mais me chamou a atenção foi o caso do sujeito que gostava de insetos esmagados. Bizarro? É pouco, porque os detalhes são de arrepiar os cabelos.
Ela conta que chegou num belo apartamento da Zona Sul do Rio de Janeiro e lá um elegante e comportado senhor a esperava. O cachê era alto e segundo ela mesma descreve, nestes casos tidos como especiais a expectativa é sempre sobre a realização de alguma fantasia exótica.
O sujeito a recebeu bem, convidou-a para sentar e foi taxativo ao ordenar que ela não retirasse nenhuma peça do que trajava.
“Eu já imaginava alguma coisa bizarra pelo modo com que ele procurava me deixar a vontade.”
Essa frase tem uma explicação. Segundo a Elen os que gostam de partir pra cima logo de cara não ficam de rodeios. Querem logo ver tudo que seus olhos alcançam e não esperam cinco minutos para atacar.
Mas o fino cidadão tinha outros planos em mente.
Depois de muita conversa e um drinque, mostrou uma caixa de fósforos daquelas grandes e mandou que a Elen abrisse com cuidado. A moça percebeu que dentro da caixa pequenas baratas andavam de um lado ao outro na inútil tentativa de escapar. Ela fechou a caixa imediatamente e teve vontade jogá-la na cara do cidadão. Esbravejou, chamou-o de louco e prontamente juntou as coisas para ir embora.
O ponderado senhor pacientemente tratou de esfriar a revoltada Elen. Talvez acostumado a este tipo de atitude, aos poucos conseguiu convencê-la a pelo menos ficar e escutar o que ele queria dizer. Gastou saliva, foi profundo nas razões de seu fetiche. Falou em solidão, em coisas que fizeram com que a moça resolvesse voltar atrás.
“Eu fui clara: esmagar as baratas tudo bem, mas a caixa eu não abro.”
Acho que o final da história eu nem preciso contar. Até onde eu saiba a Elen voltou lá outras vezes, a grana era boa e o sujeito a tratava com carinho. O fetiche tinha um aspecto nojento e ela até hoje não sabe explicar como aquele cara conseguia se masturbar vendo-a esmagar baratinhas com um salto alto.
Pois é Elen, alguns fetiches são inexplicáveis...

A escolha da garota de programa para realizar a fantasia bizarra já é um indício da dificuldade que o praticante tem em encontrar parceira para suas estripulias. Ainda que as razões apresentadas pelo sujeito fossem vazias e a solidão apenas representasse aquela noite, o apelo financeiro fez com a Elen aceitasse participar do jogo e aos poucos repetir.
Muitas vezes mais vale esmagar insetos a passar uma noite longa em meio a drogas e farras sem fim.

Outro dia conto mais casos.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

A Hora da Vingança


Se você minha amiga já foi vitima de parceiros brincalhões, daqueles que deitados ao seu lado soltam peidos fedorentos e te obrigam a sentir o odor, chegou a hora da vingança.
Ou quase...
Basta você se montar num belo traje de Dominatrix e arranjar o submisso perfeito, daqueles que deliram quando uma mulher lhe desfere gases no nariz. Estão pensando que é brincadeira?
O Fart Fetish é muito popular nos Estados Unidos e em outras partes do mundo reunindo muitos praticantes. Alguns por essas bandas também praticam e lutam contra o preconceito de quem tem nojo desse tipo de fantasia. Um adepto do Fart Fetish é capaz de se submeter a uma relação fetichista como submisso e sair dela sem confessar o seu real desejo, tamanho o medo da rejeição que o acompanha.
Embora não seja muito comum, é possível ver mulheres envolvidas nestas práticas também, ainda que os homens sejam a maioria. Diversos sites especializados exploram esse segmento através de fotos e vídeos, que na verdade passam longe de serem reais, uma vez que ainda não inventaram um programa que possa transmitir odores através da Internet.
Mas não pensem que é fácil praticar o Fart Fetish. Produzir gases (flatulência) não é uma tarefa simples. Cientificamente a produção de flatos depende de diversos fatores, como a ansiedade de certas pessoas que falam ao comer. As dominadoras precisam escolher alimentos conhecidos capazes de aumentar a produção dos gases para satisfazer o parceiro.
Um dos portais mais populares que atua no fetiche é o “I Love Girl Farts” (http://www.ilovegirlfarts.com/). Mulheres exibindo belos rostos, corpos perfeitos e bundas desenhadas à mão, peidam com fartura no rosto de comportados submissos, os quais se esbaldam ao receber as descargas. Mesmo que você não seja adepto do Fart Fetish vale à pena dar uma olhada e observar esse fetiche, que apesar de inusitado está no almanaque.
Me lembro de um caso há uns dois anos atrás quando uma amiga dominadora iria praticar Fart Fetish com seu submisso e me pediu um conselho. Como era mais ou menos a hora do almoço, sugeri que ela tomasse um bom prato de sopa de ervilha e bebesse Coca-Cola. Alguns dias depois ela ligou agradecendo a sugestão e me disse que tinha dado certo.
“Foi tira e queda ACM, tanto que ele chegou a dizer que não precisava exagerar tanto...”
Portanto Senhoras Dominadoras, fica aqui a dica.
Boas sessões de Fart Fetish pra quem gosta é um sucesso. Só não sei se como punição ou castigo a submissos e submissas desobedientes seria uma boa pedida, afinal, conheço tanta gente bacana que gosta de se submeter aos caprichos durante o fetiche e não quero que sofram tanto...

ÚLTIMO EPISÓDIO

Hoje o site Bound Brazil exibe aos seus assinantes o terceiro e último capítulo da série “Erotic Bondage Game”. No terceiro vídeo, Jordana apronta uma vingança terrível e super erótica para Terps e Débora. Porém, algum fato diferente pode mudar o final da trama.
Se as cenas sensuais dos dois primeiros vídeos foram suficientes para gerar inúmeros comentários positivos de assinantes daqui e do exterior, posso garantir e assinar em baixo que o vídeo de hoje além de encerrar com chave de

ouro essa mini-série, traz uma cena em especial que gostei muito de fazer.
E como surpresa a gente não conta pra ninguém, melhor assistir este vídeo de nove minutos e ficar atento a todos os detalhes que essas gatas aprontam.
Imperdível? É pouco...

Um ótimo final de semana a todos, com muita solidariedade e esperança!
Valeu.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Hoje


Hoje eu peço desculpas por não escrever sobre fetiches.
Hoje não tem fotos de mulheres amarradas, de dominadores ou submissos, e sequer os pés mais belos do mundo vão caminhar por aqui. Porque há dois dias choveu muito e um lugar em especial, tão citado aqui no blog, palco onde vivi o momento mais feliz em 2010, hoje está coberto de lama e tristeza.
Poderia deixar de tocar nesse assunto, assistir apenas a imprensa se ocupando do tema, mas ao rodar o filme “The Resort” hoje, aqui na empresa, abriu uma lacuna junto com as imagens iniciais do filme que mostram toda a exuberância daquele lugar.
O Resort está inteiro, mas tudo em volta é sinônimo de caos.
Pessoas que perderam o rumo levarão dias ou meses pra achar o caminho outra vez. Ver a vida dar uma volta é complicado, como acordar de manha e perceber que tudo ao redor não é mais a mesma coisa. Falar em recomeço, em luta ou coragem é como enxugar gelo. A gente sabe que é preciso, mas não tem idéia da dor porque a distancia não permite.
Hoje ao ver mais copias do filme sendo vendidas para o exterior fico pensando aqui com meus botões: será que estas pessoas de tão longe imaginam o que se passa por aqui? E se sabem, têm alguma idéia de que o paraíso que as imagens mostram não existe mais?
A vida é assim e tudo pode mudar em segundos, em minutos ou em apenas algumas horas.
Eu tenho alguma coisa por dentro que sempre me fez amar aquele lugar. O clima, o ambiente e as pessoas, por toda a vida me levaram a subir a serra pra olhar a cidade de cima, chegar quase ao Dedo de Deus. Hoje, prefiro nem pensar em tantas pessoas que conheço e vivem por lá, porque a melhor imagem que me vem à lembrança remonta tanta felicidade que fica difícil supor que a realidade possa ser tão cruel.
E se o que resta é apenas a esperança na reconstrução de tudo eu boto fé nesta gente boa e simpática da serra e aposto que vão dar a volta por cima, como já fizeram há algum tempo atrás. E podem ter certeza que assim que o Sol voltar a brilhar, eu serei o primeiro a estar lá outra vez e, quem sabe, filmar outra história para que as câmeras registrem a beleza de um lugar que em breve irá renascer.
Sem essa de postar fotos de uma tragédia que todo mundo já viu.
Melhor mostrar como tudo era lindo na certeza que daqui a pouco tudo estará em seu devido lugar, ou ainda mais lindo.
Para os amigos e amigas que não assistiram ao filme, posto um trecho da abertura da jóia do site Bound Brazil com as imagens maravilhosas que a natureza vai se ocupar de nos trazer de volta.
Força gente!

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Submissão Ampla, Geral e Irrestrita


“Toda mulher gosta de apanhar. Só as neuróticas reagem”
Começar o texto de hoje citando Nelson Rodrigues tem uma razão. Pois que me perdoem as feministas, ativistas e outras “istas”, mas o assunto aqui é fetiche, para pessoas que gostam de fazer coisas diferentes enquanto praticam sexo.
E a matéria de hoje é dedicada às amigas submissas, todas, sem distinção. E gostar de apanhar não é apenas uma característica comum a todas as submissas, cada uma tem uma tendência particular, um algo mais que marca o prazer de servir e de pertencer de corpo e alma a alguém numa prática fetichista.
Meigas e atenciosas as submissas sempre encontram um jeitinho pra arrancar de seus donos o que mais lhes interessa, e não poupam esforços pra alcançar o seu ponto G dentro da relação.
Conheço muitas, já perdi a conta de tantas dessas mulheres maravilhosas que cruzaram e ainda cruzam meu caminho nessa estrada fetichista, por isso, aprendi a observar suas virtudes, até porque brother, pra mim é difícil achar defeito em mulher, embora possam existir.
A submissa cuida. Venera o dono através de textos cheios de metáforas ou poemas. Aceita dividir, assumir as chamadas “irmãs de coleira” e leva tudo numa boa, desde que seja assistida pelo dono sempre e quando tem necessidade. E essa necessidade acontece quase todo dia!
Por isso, existem donos de cabelo em pé, com uma, duas ou mais submissas sem tempo de cuidar do rebanho.
O que fazer nessas horas? Melhor pensar bem a esse respeito antes de enfiar os pés pelas mãos.
Portanto, o conceito de submissão é amplo e quem se arrisca nesse caminho deve saber onde ele começa e até onde pode levar.
Conversava hoje com uma pessoa a quem admiro e respeito demais. A “Lenka Somente” é daquelas submissas que carregam consigo todos os aspectos que compõem o significado da palavra submissão. Pra ela não há meio termo. É calça de veludo ou bunda de fora.
A metade do caminho pra Lenka não existe. A entrega pra ela é como uma necessidade básica, algo que ela pratica vinte quatro horas ao dia, mas todo dia, e atravessa um oceano em busca do que ela mesma chama de perfeição.
Ainda que os desejos sejam similares o comportamento das submissas é diferente. Talvez isso explique porque algumas trocam tanto de dono antes de formar a parceria correta, que atenda ao que se procura. A combinação D/S parece ser o resultado mais fácil da equação no universo fetichista, como café com leite, mas nem sempre as metades se casam de forma exata.
Dominar uma mulher numa cena de BDSM não é só deixá-la com a bunda roxa. É preciso preencher suas ânsias e antes de tentar moldá-la ao que o dominador planeja, saber do que é necessário para que seu desejo seja plenamente atendido. Assim ela poderá alcançar a tão desejada entrega que dela se espera neste tipo de relação.
A Lenka foi apenas um exemplo de submissão feminina total, assim como poderia citar outras amigas as quais consigo entendê-las pelo que escrevem. Elas têm o dom da conquista lenta, mais sórdida que uma severa atitude de um sádico, assim fazem por merecer o castigo.

Resumindo, a submissão é uma arte, como uma eficiente amarração de bondage. É preciso conceber antes de se arriscar a dar a primeira laçada. E todo cuidado é pouco porque elas conhecem o canto da sereia na ponta da língua e estão sempre ligadas no que gira em torno do BDSM.
Depois de devidamente enquadradas valem ouro, são como pedras preciosas a serem lapidadas e quando se entregam costumam aquecer até corações de gelo. A essas moças que habitam nosso underground toda a minha reverência e, de quebra, um belo tapa na bunda...

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Um Mero Acaso


Essa vem dos meus arquivos.
A Marcinha é minha amiga de longa data. Normalmente as mulheres (nem todas) têm problemas com esse negócio de idade cronológica, mas já que ninguém sabe de quem se trata fico a vontade pra falar.
A gente não se vê tem um tempão e não fosse por uma pesquisa via Internet na tentativa de encontrar velhos amigos ela jamais teria me achado. Mas como boa caçadora, fuçou daqui e dali até dar de cara com a minha foto e descobrir o que eu ando aprontando. De Novembro pra cá alguns emails e telefonemas foram trocados e no meio dessas conversas ela me confessou que um dia entre as tantas aventuras que teve o prazer de viver, cruzou com um fetichista.
Detalhe, ela só se deu conta do tamanho da encrenca depois de ler um monte de artigos aqui no blog.
O legal de ser um fiel da balança é perceber de que forma chegam os casos. Homens e mulheres descrevem as fantasias de maneira diferente, principalmente quando elas acontecem devido ao acaso.
Pois a Marcinha me falou de um caso antigo com um sujeito que resolveu inovar lá pela terceira noite juntos. No meio da transa o cidadão apareceu do nada com dois lenços e atou os pulsos da moça na cabeceira da cama. Ela disse que na hora nem se deu conta, já estava no clima e o que viesse seria de bom grado. “O cara era bom no que fazia”.
Só que o sujeito criou uma seqüência. Tentou inserir o fetiche na relação sem trocar uma palavra a respeito. Ela foi aceitando, afinal como ela disse, a coisa estava interessante e não via mal nenhum em se ver presa durante o ato sexual. Mas o trampo foi esquentando e os lenços já amarravam seus braços para trás seguidos de tapas na bunda que cada dia ficavam mais fortes.
Incomodada com o rumo da prosa ela resolveu dar uma “dura” no cara. Na base da conversa a Marcinha quis saber das intenções dele além do que já apresentara até então. O fetichista pulou daqui e dali e saiu pela tangente. Disse que era uma fantasia sexual inocente e que nada tinha de mal. Ressabiada resolveu seguir em frente pra ver até onde iria à ousadia do rapaz.
Segundo ela relata, o cara era escorregadio, tipo galanteador. Levou-a no bico sem muito esforço até conseguir vendar-lhe os olhos além de amarrar suas mãos como sempre fazia. Esperou que ela estivesse em ponto de bala, quase no centro do furacão, pra apresentar suas armas. Com a mulher nas nuvens desferiu-lhe bofetadas e beliscou seus seios até que ela gritasse de dor. Aumentou as estocadas e já nem se importava com o que ela sentia, se era prazer ou não, até jorrar esperma em seu rosto.
Ela disse que se estivesse com as mãos soltas teria acertado o olho do cara. (Eu não duvido!).
Quando ele a soltou juntou suas coisas e saiu da casa dele e de sua vida sem nunca mais saber do sujeito. Esqueceu tudo, apagou da lembrança até começar a ler este blog.
Se surpreendeu ao saber que muitas pessoas gostam disso como um fetiche, que dariam tudo pra viver o que ela experimentou com o tal sujeito. A diferença principal, entretanto, está na forma como o fetiche foi praticado, sem o consentimento de quem estava dividindo a mesma cama. O certo seria uma conversa antes do ocorrido para evitar este tipo de atitude que resultou no final de um caso que poderia ser benéfico a ambos.

O fetichista começou com uma fantasia inocente e aumentou o volume até onde ele achou que podia. Deveria ter consultado a parceira para saber onde era o limite. Mas nem todos pensam da mesma forma e preferem arriscar tudo num mesmo lance, seja por timidez ao se expressar ou até mesmo por vergonha de admitir a própria fantasia.
Talvez o assunto de hoje sirva de explicação à Marcinha e a tantas outras pessoas que cruzaram com o fetiche algum dia sem querer e acabaram chamuscadas. Com consentimento o fetiche é muito prazeroso, mas sem perguntar antes calha de virar um trauma irreversível.


E ele teve a chance de dizer a que veio.
Perdeu brother!

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Estranhos Desejos


O LW mandou essa numa roda de amigos e amigas: “toda mulher gostaria de ser puta por um dia”. E não pensem vocês que era uma reunião fetichista onde todo mundo está acostumado a ouvir e discutir desejos estranhos. Em meio aquelas doze pessoas o único pervertido era eu.
De repente uma das moças entra na conversa e concorda. Claro que o tem era de brincadeira, afinal ela falava às gargalhadas, mas quem sabe, bem no fundo o discurso carregava verdades?
A certa altura cheguei a supor que o LW tinha razão, tamanha era a empolgação das meninas quanto ao assunto.
As mulheres viajaram entre botas de couro, mini-saia, blusa decotada e chegaram ao ponto de imaginar como seria ficar parada na rua levando cantada de todo mundo, até que seu parceiro chegasse para colocá-la no carro e juntos partissem para a noite perfeita.
Pensei: espera aí, esse negócio é fantasia, e se é fantasia essa gente está falando de fetiches.
Foi quando virei para uma delas e perguntei: você teria mesmo coragem?
Depois de um silêncio coletivo, todos os olhares apontaram para a direção da mulher em pleno exercício público de excitação, quando arrancava espanto e desejo de todos. Ela pensou, me olhou (a gente se conhecia muito pouco) e disse: “tai, acho que eu faria sim, mas não sairia com qualquer um não, tinha que ser uma fantasia entre eu e meu parceiro.”
Com raras exceções, normalmente o fetiche é praticado entre parceiros que elaboram as fantasias, combinam detalhes e as põem em prática – comentei meio arrependido, porque talvez não fosse esse o foco das conversas.
Mas não adiantou muito, porque todo mundo começou a dar palpite e cada um tinha uma história pra contar.
Foi de arrepiar. Nem pareciam as mesmas pessoas comportadas que falavam de moda, de música, de bares e lugares. Aquele povo mandou ver, soltou a voz e acabei escutando tanta fantasia que jamais imaginei surgir de cabeças de pessoas sem nenhum acento fetichista.
Pois essa diferença é fundamental. Quando um desejo de realizar uma fantasia se torna imprescindível, factível de repetições intensas, automaticamente vira um fetiche.
Nem sempre a coisa fica tão séria. Algumas pessoas vez por outra têm desejos diferentes, escutam falar de algumas fantasias sexuais e ficam com vontade de praticar. Uns até chegam a criar coragem e partem para realizá-las, outras, porém, desistem no meio do caminho já que não existe a comichão fetichista atentando.
Não é raro saber de mulheres adeptas a jogos sexuais com problemas no casamento.
Alguns caras não gostam de inserir fantasias em suas relações conjugais e, nesse caso, até simples lingeries incomodam, perturbam, assim elas acabam desistindo.
Nas minhas andanças, topei com mulheres casadas loucas por praticar dupla penetração e outras fantasias. Mas como é um assunto delicado, que envolve a participação direta de terceiros, tudo não passou de espasmos que adormeceram num mundo imaginário. Algumas confessaram que durante o ato chegaram a imaginar tais fantasias e alcançaram orgasmos incríveis em silêncio, sem jamais revelar em que estavam pensando.

Então, algumas frases feitas que sugerem fetiches, como as mulheres vestidas de prostitutas numa rua pouco iluminada ou como a velha retórica de que toda mulher fica linda nua e de salto alto, fazem parte do cotidiano e algumas vezes chegam a ser modelo para práticas dentro do casamento. Entretanto, para a grande maioria cai no esquecimento.
Me fez lembrar um amigo submisso e podólatra louco para confessar seus desejos à esposa. Como dizer a ela depois de anos casados que adoraria estar sendo pisoteado numa intensa cena de trampling?
Sempre existe uma chance...

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Nós, por Nós


A idéia não é tentar uma introspecção coletiva fazendo com que todos se auto-analisem e exponham características. Queria falar de nós, mas os nós que encerram uma amarração, que prendem e aprisionam.
Se todos soubessem como é bom chegar ao final de uma cena de bondage com alguns centímetros de corda suficiente para dar um simples nó, saberiam o que estou tentando dizer. É a sensação de dever cumprido, o prazer de terminar de forma bem feita.
“Pô ACM, mas amarrar uma mulher é um ato de violência...”
Pra quem nunca experimentou maçã é difícil saber o gosto, concordam?
Noves fora a vida pessoal (vixe!), nos tempos de Bound Brazil por quatro vezes tive problemas com mulheres e nós. Duas belas moças não suportaram o aprisionamento e outras duas (uma muito famosa), sentiram-se perturbadas pela mordaça. Isto num universo que já chega a quase cento e cinqüenta garotas, sendo que a grande maioria nunca havia escutado falar que nesse planeta existiam pessoas cheias de tesão ao ver uma mulher aprisionada.
Entretanto, meus nós foram testemunhas de incríveis surpresas agradáveis. Quer um exemplo? Amarrar uma dominatrix. Deixá-la indefesa, embrulhada pra presente, é uma sensação das mais gostosas desse universo. Podem até pensar que estou pra lá de Bagdá ou sonhando com duendes, mas sem essa de esconde-esconde: amarrar a Lady Vulgata foi como carimbar meu currículo brother! Foi como enjaular uma fera... (Sorry Lady!)
E nessas andanças pós site muitas foram às vezes em que o ato de amarrar despertou interesse além da conta em quem nunca tinha imaginado a existência do fetiche. Vi meninas curiosas querendo aprender como se faz, outras atrevidas jurando que levariam o fetiche pra cima de sua própria cama, e uma em especial que chegou a um orgasmo intenso ao ser amarrada. Duvidam? Basta ver a entrevista da Terps ao Penetra do canal Playboy.
Ela jura que foi verdade e eu acredito!
Mudando um pouco o foco do fetiche a nível comercial, chegamos às praticas, aos dominadores que gostam de bondage e inserem cenas de amarração em suas sessões. Por vezes topam com submissas fóbicas que morrem de medo assim que a corda lhes aperta. Aceitam ser espancadas, flageladas e até humilhadas, mas visualizar um simples pedaço de corda é como ver uma cobra rastejando na relva. As moças pulam como pererecas.
Mas um bondagista jamais foge ao combate e insiste até que a máquina funcione.
Amigos praticantes de love bondage preferem realizar suas fantasias com mulheres baunilhas. Dizem que funciona meio a meio, que a realização plena acontece quando conseguem convencer suas parceiras a entrar na dança. Por não terem traços dominantes fica mais fácil. As fantasias variam entre falsos seqüestros, abordagem relâmpago ou amarração consentida por meio de jogos ou outras brincadeiras.
Em todo esse universo onde os nós prevalecem do começo ao fim a essência está apenas em gostar de ver alguém aprisionado, sob domínio ou em meio a gostosas gargalhadas. Para um fetichista o desejo por uma determinada fantasia tem o significado de um todo, e quando duas pessoas se atrevem a viver a mesma aventura é como um nó bem feito, delicioso de fazer e quando desfeito apenas representa a vontade louca de começar tudo outra vez.

Erotic Bondage Game II

Pra quem baba vendo duas mulheres entre carícias e sussurros, a segunda parte do vídeo “Erotic Bondage Game” que o site Bouns Brazil exibe hoje aos seus assinantes é a cereja do bolo. Porque tem a participação de três lindas gatas entre beijos, cordas e desejo.
Terps, Débora e Jordana mostram como se faz uma gostosa brincadeira a três.
Vale conferir.
Um bom fim de semana a todos!

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

A Saga Fetichista do Tristão


Mal se passaram seis dias do ano novo e já começam a chegar emails com casos fetichistas.
Escolhi este aqui pra falar primeiro.
A saga do Tristão. Isso mesmo, ele escolheu esse apelido porque define sua condição.
Não bastasse ter que realizar seu fetiche às escondidas, na clandestinidade, nosso convidado de hoje achou espaço para suas aventuras submissas onde jamais imaginou um dia encontrar.
Por um desses acasos da vida, Tristão vive seu fetiche nas mãos de uma dominadora cruel que é nada mais nada menos a sua sogra. Acreditem, é sério, e há testemunhas.
Mas não pensem que essa relação fetichista começou em família, dentro da própria casa.
O destino resolveu ser implacável e tratou de cruzar as linhas.
Bem casado e com filhos, netos de sua dona, Tristão guardava a sete chaves o segredo de ser dominado por uma mulher com a experiência necessária para lhe conduzir ao nirvana. Freqüentador assíduo de salas de bate papo, num dia qualquer alguém resolveu responder aos seus anseios. A mulher se mostrou firme, decidida, do jeito que ele almejava. Declarou-se mais velha, exibiu capacidade e conhecimento que lhe ajudou na caminhada pelo universo fetichista, ainda que de maneira totalmente virtual.
Cumpridor das tarefas que lhe eram passadas por sua propensa dominatrix, Tristão foi agraciado com a possibilidade de vir a ter com ela um contato fora da tela do computador. Seria a primeira experiência fetichista real de um homem que já havia ultrapassado a casa dos trinta.
Tristão conta que seu fetiche ficou guardado por muito tempo antes dessa aventura. Nunca ousou praticar, por timidez e por medo. Ao mesmo tempo sabia que já havia passado da hora de tentar realizar seu sonho fetichista ainda que isso fosse acontecer numa relação extraconjugal. Não admitia pagar uma dominadora profissional com o intuito de preservar sua integridade familiar. Queria que a entrega fosse de forma viva e definitiva, por isso, estava decidido a exorcizar todos os fantasmas possíveis assumindo todos os riscos provenientes de tal atitude.
Quando da aproximação do encontro resolveram se revelar. Precisavam desvendar seus rostos, tinham um encontro marcado. Decidiram que os emails deveriam ser trocados ao mesmo tempo, assim um saberia do outro de forma instantânea para que não houvesse surpresas. Ao abrirem a caixa de correios eletrônicos emudeceram por dias, semanas.
Um dia sua mulher resolveu convidá-lo para almoçar na casa da sua mãe. Tristão inventou todas as desculpas e nada colou. Com medo de que sua mulher desconfiasse (é incrível, mas é fato, porque toda vez que escondemos alguma coisa fica a impressão que todos ao redor suspeitam de algo), acabou por aceitar.
Ressabiado ante a presença da sogra ao lado do marido, Tristão foi chamado por ela para uma conversa a sós. Todos sorriram imaginando que se tratava de uma conversa sobre o casamento ou um segredinho banal qualquer, mas para sua surpresa, imediatamente ao chegar ao quarto da mãe de sua esposa, recebeu a primeira ordem fora do campo virtual: “ajoelhe e beije meus pés, capacho imundo!”.

“The Resort” na Mídia

Um presente aos amigos e amigas.
O trecho do programa Penetra do Canal Sexy Hot com a entrevista que tive o prazer de conceder a bela Rossana, apresentadora, com a não menos bela Terps ao meu lado, quando do lançamento do filme “The Resort”, em Julho do ano passado.
Prestem atenção na Terps. Ela é verdadeira demais!
Um novo longa metragem, como foi prometido, está saindo do papel com novidades pra lá de interessantes. Qualquer dia eu conto tudo, mas por enquanto, fica o registro do filme que é sucesso de vendas e crítica.


quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

O Dilema


Somos imperfeitos.
Esta constatação, embora possa parecer leviana, mostra que como seres humanos alternamos entre defeitos e virtudes o tempo todo. São as dualidades da vida.
Fetichistas, pessoas com prazeres e desejos diferentes, vivem alguns dilemas em certos casos. Começando pelo próprio conceito de ser fetichista. Basta ter tendência a gostar de determinadas situações (fantasias) na hora do sexo. Seria simples se alguns fetichistas não nutrissem desejos por duas fantasias ao mesmo tempo. Os chamados “switchers”, que costumam caminhar por uma estrada de duas vias, vivem incertezas quando começam a explorar essa gama de sentimentos.
Não significa dizer que ser switcher não é bom. Milhares de pessoas conseguem tirar proveito dessa pluralidade alcançando objetivos no sexo que muitos não logram enxergar. Uma pessoa com tendências sádicas apenas, jamais se sentiria realizado sexualmente no papel de masoquista, e assim sucessivamente. O problema fica evidente nos primeiros passos, quando alguns chegam a viver crises de identidade até desenvolver essas emoções e atingir a plenitude com o avanço das práticas.
Conheci muita dominadora que em sua trajetória transitou sob o domínio de alguém.
É possível? Claro, muitos fetichistas viveram esse cenário. O que não caracteriza o fetichista como switcher, porque pode existir uma experiência de um lado que com o passar do tempo perde em expectativa e cai em desuso, fazendo com que esta pessoa inicie uma trajetória por um caminho inverso.
Compliquei?
Ainda não, porque esse conceito serve pra distinguir um switcher de um fetichista que mudou de rumo.
Para ser considerado um switcher é preciso que o fetichista tenha ao mesmo tempo, e todo o tempo, prazer por duas coisas diferentes. Um switcher não é alguém que começou dominando, sentindo prazer no papel de top da relação e depois se arrisca do lado contrário de onde nunca mais retorna.
Só que até alcançar essa plenitude e ter sabedoria para lidar com o médico e o monstro dentro dele, este mesmo fetichista vive dilemas intensos, uma verdadeira crise de identidade até se encontrar no universo ao qual pertence.
Exemplos? Gosto de amarrar, mas também adoro ser amarrado por ela. Gosto de pingar velas, mas não renego o desejo de ser vitima dos pingos. E por aí vai...
Nada anormal se considerarmos que temos direito às nossas escolhas, e que experimentar não faz mal algum. O problema está em atingir este discernimento. E pra quem está iniciando vale buscar conhecimento, saber sobre experiências de alguns e, se possível, perguntar. Ninguém nasce sabendo de tudo, portanto não há vergonha nenhuma em tirar dúvidas com pessoas que possam contribuir para o aprimoramento de quem chega.

A base de tudo está dentro de cada um. Gostar de fetiches é o suficiente. Depois escolher um lado ou os dois, sempre partindo do princípio de que o desejo está em primeiro lugar. Até para curiosos há um cantinho reservado no planeta fetiche.
A grande sacada do “mondo fetiche” é o senso total de igualdade. Aqui ninguém é melhor que ninguém. Um dominador jamais é superior intelectualmente a uma submissa porque ele a humilha. Neste caso, o prazer dela em ser humilhada durante uma prática fetichista é o que conta. Quando tudo termina os dois dividem os mesmos deveres e virtudes.
Por conta disso é que cada vez mais me curvo ao que me disse ontem uma amiga do fetilife: “ainda prefiro uma relação que misture as emoções fetichistas com o comportamento baunilha”.

Vivendo e aprendendo. Mais uma prova de que sem conhecimento e troca de idéias não chegamos a lugar algum.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Belas Imagens de Bondage


Pra começar o ano de bem com o fetiche.
Aos loucos por bondage, algumas pérolas de amigos que assim como eu batalham todas as semanas para levar o melhor do fetiche na rede.
Enjoy it!

Na ordem:
Angelique by JB Roper
Alia by Seether
Jessica Adams by Divas



segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Fortes Emoções


A primeira década do novo milênio é página virada.
Tem gente que não dá a mínima pra esse negócio de ciclo, calendário, mas se um cara genial há anos atrás estabeleceu dividir os dias, meses e anos, por conta de fixar as estações do ano e preservar a colheita, então vamos seguir com as nossas divisões também. Por que não?
É hora de mudar, rever critérios e buscar novos rumos, ou repetir as mesmas doses, principalmente o que vem dando certo.
Quais são seus planos?
Já que o papo aqui é sobre fetiches, então vamos a ele. Começando pelos meus planos.
No ano passado, nessa mesma época, fiz uma aposta e deu resultado. Mudei a paginação do site Bound Brazil apostando em mais horas filmadas. Se a idéia é mexer com emoção alheia o melhor é fazer isso com maestria, beirando a perfeição. A forma de apresentação mudou: ficaram as fotografias estáticas, mas com a companhia de imagens vivas.
Agora, novos ventos me mostram um novo caminho. O filme “The Resort” foi uma compilação de cenas BDSM com uma apresentação erótica de “love bondage”, onde duas lindas garotas interpretaram o real significado do fetiche: sexo e cordas.
Devido ao incrível resultado desse trabalho, o site inicia 2011 focado nesse segmento: bondage, erotismo e sensualidade. Mulheres bonitas interpretando fantasias onde o aprisionamento, seja por um simples jogo ou por força das circunstancias, gera toneladas de cenas ousadas, sempre pautadas por erotismo, deixando de lado a pornografia explícita.
Aqui vale um parêntese: há que separar o aspecto “pornografia”. Nada contra cenas pornográficas, ainda mais quando se fala em sexo. A grande diferença está na concepção das imagens, que embora venham a ter um mesmo conteúdo podem ser criadas e exibidas de forma distinta.
Mas o site em nenhum momento abandona seus princípios. Mantém sua ótica fetichista baseada no aspecto “Damsels in Distress” e segue lançando novas musas. Os clipes das Terças seguirão esse rumo.
Ainda do mesmo lado do muro, um novo longa metragem é o desejo, e por que não dizer, sonho de consumo. E não faltam idéias. Já são quatro roteiros enviados por amigos e amigas com grandes chances de servirem de enredo para essa produção de verão.
Já estou criando estrutura pra tirar a idéia do papel.
Resumindo, minhas metas fetichistas por enquanto ficam restritas ao lado comercial, ao que penso em produzir durante esse novo ano que está apenas começando a dar o ar de sua graça. Quanto ao fetiche na minha vida pessoal... Sei não, mas está mais pra deixar as coisas acontecerem.
Seguir escrevendo todos os dias, exceto fins de semana e feriados, e tentar passar um pouco das experiências acumuladas nessa longa estrada fetichista, além de manter este espaço vivo, atualizado, dividindo conceitos e somando sempre. Trazer convidados, realizar mais entrevistas com expoentes da cena fetichista daqui e lá de fora.
Acho que é importante que tenhamos metas a cumprir. Se tudo vai sair certinho como manda o figurino é impossível prever, porém, nada impede que se tente fazer o melhor.

As fotografias que ilustram essa matéria pertencem a uma seqüência do vídeo que vai ser exibido na próxima Sexta pelo Bound Brazil: “Erotic Bondage Game – Parte II”. Traduz de forma fiel a minha expectativa do que será o trabalho do site em 2011. Coloca em xeque alguns conceitos, aumenta o tamanho da vidraça, mas ao mesmo tempo representa determinados valores necessários para a continuidade do trabalho a frente da página.
O caminho está traçado e os desafios começam agora.


E vocês? Já escolheram o rumo?