Normalmente quando começo a idealizar o vídeo que vou produzir para o Bound Brazil, desenho algumas idéias, imagino as cenas e com esses ingredientes seleciono as meninas e está pronta a receita.
Parece simples, mas existem pequenos detalhes que funcionam como o tempero a ser apurado, sempre com a visão centrada no segmento que é apresentado.
Até aí não há mistério, mas sempre existe um “porém” quando acontece de uma das modelos escolhidas para a produção, uma participação direta na elaboração do roteiro e a vontade de realizar um trabalho onde ela se sinta engajada.
Só me restou então aparar as arestas e colocar sentido na obra, através de cenário, posição de câmera (sempre sob a batuta competente da Lucia Sanny), deixando a Lilith, autora do enredo e a Terps totalmente livres para evoluir e mostrar o que foi tramado por elas ao pé do ouvido.
E qual o resumo dessa ópera? Um filme onde as atrizes representaram seus próprios personagens levando para a tela aquilo que elas fariam dentro de sua própria concepção de vida. Estou careca de falar aqui, aliás, ontem mesmo toquei nesse assunto, que o fetiche não é fabricado e sequer produto de lavagem cerebral que se possa incutir na mente alheia, muito pelo contrário, porque tem o DNA de cada pessoa que gosta e pratica.
Pois então senhoras e senhores: dou-lhes a cara a tapa, porque o filme ficou do Cacete!
A história é mais ou menos assim: Lilith é a chefe de um departamento de uma empresa que contrata uma belíssima e jovem secretária (Terps). Com claras tendências bissexuais a patroa começa a aliciar a inocente menina tentando convencê-la a ter um “caso” em troca de uma possível promoção na firma.
Noves fora o típico caso de assédio sexual, nossa “boss” continua tentando até que resolve roubar o tão desejado beijo para selar a futura relação, através de um rapto muito sensual e com detalhes impossíveis de descrever.
Some-se a isso, bocas coladas, seios à mostra e muita saliência...
Claro que rolam cenas de bondage além do citado lesbianismo, com cordas, mordaças, tudo o que se tem direito, afinal é um site de bondage e “Damsels in Distress”, mas alguns críticos de plantão vão bater na tecla do desvio de conduta do site com tamanha força que esse roteiro vai parecer um Golpe de Estado.
Entretanto, esse filme não divide águas, conceitos ou opiniões, porque é somente uma expressão fetichista que pode e deve ser encaixada no modelo que apresentamos; a questão do rapto, da captura, da menina em apuros, só que com uma ousadia desenvolvida pelas próprias meninas que planejaram e curtiram cada cena como se fosse um néctar.
Não absolvo e sequer condeno quem critique, porque é apenas uma questão de gosto e ponto de vista, assim como gostar de mulher amarrada calçando havaianas, usando toalhas, e tantos outros caminhos que o fetiche de bondage pode percorrer.
Aprendi muitas coisas na vida e, a principal delas, é que quando se chega aos cinqüenta é fácil perceber que não existe duplo sentido, direita e esquerda ou certo e errado, porque tudo é uma questão de enxergar e entender da forma que se deseja.
O filme “Stolen Kisses”, beijos roubados em português, vai ao ar hoje no Bound Brazil não como uma ponte sobre o mar vermelho, mas apenas e tão somente uma como uma prova da interligação fetichista tão comum em diversos casos, e, por isso, merece ser destaque, principalmente pela atuação da Lilith e da Terps, que são dignas de todos os elogios cabíveis nesse breve release.
Posto abaixo um trailer do vídeo e algumas cenas em screenshot.
E vida longa ao fetiche e abaixo os dogmas e preconceitos.
Um bom fim de semana a todos!