sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Veja hoje, no Bound Brazil


O site Bound Brazil (www.boundbrazil.com) está no ar.
Seja bem vindo ao primeiro site totalmente brasileiro de love bondage.
Hoje, apresentando o vídeo A Vizinha (The Neighbor) em duas versões, português e inglês.
Além do vídeo, 1.200 fotos estão disponíveis com as lindas modelos exclusivas do Bound Brazil. Aguardem para a próxima semana mais dois lançamentos em vídeos e outras 1.200 fotos.
Para os amigos e amigas que perguntaram como adquirir a senha de entrada, através dos campos “Join” na versão em inglês, e “seja membro” na versão em português, o CCBill está a partir de hoje comercializando esse canal. Aos que preferirem adquirir a senha de entrada pelo UOL pago deverão aguardar até o final do dia de hoje que também será disponibilizado para todos.
Enfim, uma boa oportunidade para começar bem o fim de semana.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Fetiche Virtual


Até que ponto praticar fetiches de forma virtual engorda o apetite sexual?
Exemplos não faltam e cada vez mais milhares de pessoas pelo mundo inteiro aderem a esse tipo de fantasia através da tela de um computador. Os fabricantes de equipamentos eletrônicos inventam, criam e aperfeiçoam brinquedos que aproximam a fantasia da realidade a cada dia. Câmeras integradas ao sistema conseguem mostrar ao vivo uma pessoa praticando self-bondage recebendo ordens de seu mestre a cada laçada que completa uma sessão, é possível uma pessoa introduzir um pequeno vibrador e a velocidade ser controlada por quem dirige a cena, fazendo com que virtualmente o orgasmo seja conduzido. Basta um toque no mouse, mais rápido ou mais lento de acordo com a vontade de quem ministra e da aquiescência de quem se submete. Simples, prazer sem sair de casa.
E onde fica o calor carnal, o toque, o cheiro e a mistura?
Como explicar a um podólatra que aqueles lindos pés que aparecem na sua tela servem somente para ser admirados? Pode ser um pé europeu, asiático, africano, latino-americano, de qualquer lugar porque para a internet a distancia não existe.
Por mais voyeurismo que exista dentro de cada um, se o fetiche virtual for encarado como aprendizado acho que se encaixa totalmente dentro do contexto, porque funcionaria como um ponto de partida antes da ebulição, ou simplesmente, eu esteja ainda no tempo das diligencias.
Claro que nos dias de hoje qualquer envolvimento deve ser tratado com o cuidado que se faz necessário, ainda mais em se tratando de práticas pouco convencionais onde uma pessoa torna-se presa fácil de alguém mal-intencionado estando indefesa, mas há bem pouco tempo atrás esse conhecimento e futuros encontros aconteciam através de cartas em sessões de fóruns de revistas adultas e era bem mais complicado. O mundo evolui a cada segundo de uma maneira espantosa, mostrando que muitas coisas que hoje acontecem naturalmente jamais seriam imaginadas a alguns anos atrás.
Fico imaginando que a qualquer momento poderá ser inventado um sádico virtual. Com um teclado padronizado para a prática de SM alguém poderia apertar a tecla de chicotada e um brinquedo antes imóvel, ganharia movimentos castigando as costas do masoquista do outro lado do mundo. Seria suficiente essa brincadeira tornando-se capaz de satisfazer aos impulsos que quem as pratica? Para muita gente é a única saída e, por isso, esse mercado cresce de maneira avassaladora.
Muitos sites transmitem ao vivo sessões sadomasoquistas pela internet, alguns inclusive foram motivos de matérias nas páginas do blog, mas é algo perfeitamente aceitável porque funciona como um filme ou novela, com a diferença de estar sendo praticado em tempo real por pessoas adultas que exibem sua arte a quem interesse aprender e admirar.
Um amigo, bondagista por excelência, contou que conduz sua parceira a quem só conhece pela webcam a sessões de bondage e alcançam um prazer indescritível toda vez que praticam, e pasme, ele mora em São Paulo e ela em Portugal. Cada vez mais satisfeitos juram inclusive que são monogâmicos e que só praticam entre eles de forma virtual, claro que um dia esperam se encontrar e fazer em carne e osso, assim que se julguem prontos para tal.
Portanto, vários são os exemplos e diferentes são as situações, porque muita gente que faz uso da internet diariamente acaba envolvida por essa atmosfera que não para de crescer. Pode ser que num futuro bem próximo se possa reproduzir através de ondas eletromagnéticas o cheiro de uma fêmea numa relação a dois, mas garanto que se esse programa existir, serei o primeiro a entrar na fila para comprar, mesmo que seja vendido em duzentas vezes sem juros pelas Casas Bahia, mas até lá prefiro o corpo a corpo.
Bem, quanto ao site Bound Brazil, estamos quase lá e a qualquer momento todos poderão ver o que está guardadinho, pronto e embalado. Depende agora da boa vontade das empresas que comercializam as senhas e da dedicação dos webmasters. O fetiche ao vivo, à moda antiga, já está feito.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Uma Luz no Fim do Túnel


Já esperei tanto, já sonhei tanto que uns dias a mais são como tantos outros com a diferença de estar muito mais perto do que se imaginava.
O problema principal foi com o cadastramento no servidor que distribui a comercialização das senhas, o CCBill para o mercado internacional e o UOLPago para o mercado nacional. Hoje, esses problemas estarão resolvidos porque eles sempre solicitam 24 horas para o cadastramento e o mesmo só era aceito uma vez o site em funcionamento.
Portanto, aos amigos que se preocuparam e me mandaram mensagens e aos tantos outros que também esperam, assim que recebermos a liberação o site estará disponível, por essa razão tivemos que tirar do ar momentaneamente,
Peço desculpas pelo ocorrido e agradeço as mensagens de todos vocês.
A ansiedade é enorme, tinha até uma matéria para postar hoje, porém fica para amanhã.

Valeu mesmo!
(Crédito da foto: Photo Gutemberg)

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

A luz do Vaga-lume


A Associação BDSM nasceu há muito tempo atrás e acolheu gente que andava sem destino em meio a tanta informação que surgia depois de anos de escuridão. O fetiche finalmente era desmistificado, a internet era o melhor caminho e quando isso ocorreu muitos buscaram os grupos, as reuniões e um lugar onde as idéias eram livres e muitas, portanto necessitavam ser organizadas através de um banco de dados do que se pensava e fazia por aqui.
Grupos foram criados e desapareceram num piscar de olhos gerando órfãos que buscaram o aconchego fazendo crescer esse cadastro gigante de praticantes e curiosos que a grande onda trouxe. Nessa época, fui um desses peregrinos e tenho orgulho de dizer que através da ABDSM pude conhecer essa gente bacana e ter uma opinião formada sobre o assunto.
Muitos daqueles que se dedicaram a esse trabalho foram tragados pelas atividades da vida e foram embora, outros ganharam asas alçaram seus vôos e buscaram seu destino, por isso a ABDSM ficou a deriva, agonizou, quase caiu no esquecimento e, finalmente ressurgiu. Através de uma dessas tantas pessoas que se dedicaram a esse trabalho desde o começo, a Associação BDSM reaparece para retomar seu espaço e mostrar a essa gente que nunca para de chegar os caminhos que os mais antigos um dia usufruíram.
Conheci o Vagalume_RD por acidente de percurso, num momento próprio de desistência que os compromissos e a decepção me impuseram, e pude sentir um bravo coração pulsante cheio de idéias, força e, principalmente união. Era fácil ver seu caráter elevado e o altruísmo mais forte que qualquer ego idiota pudesse derrotar, sempre preocupado em atender aos anseios fetichistas mais próximos, percebi que muitos dos conceitos que pautaram a fundação da ABDSM nasceram de seu bom senso.
Hoje, ele assumiu os rumos da Associação e parte agora em busca do que muitos julgaram impossível, juntando os cacos daqui e dali reunindo gente que fala de fetiches de norte a sul sem uma gota de preconceito, mostrando a todo mundo o porquê da existência da ABDSM.

Fui escolhido para fazer parte das coletâneas criadas pelo Vagalume_RD e com muito orgulho participo na formação e aperfeiçoamento dos praticantes que a Associação tem por objetivo ajudar. Dentre tantas pessoas que conhecem os fetiches na palma da mão espero poder contribuir com um pouco do que a vida me ajudou a conhecer, dividindo com os novatos e aprendendo a cada dia.
Como tudo na vida se renova, a ABDSM está de cara nova com uma página remodelada atendendo aos que chegam com um classificado eficiente e bem elaborado, divulgando os grupos, eventos e, cada vez mais, aproximando as pessoas, auxiliando no trato psicológico e satisfatório da sua sexualidade, enfim, cumprindo o seu papel.
A Associação BDSM é neutra e tem luz própria assim como um Vaga-lume que jamais permitiu que essa luz se apagasse e mesmo adormecida nunca perdeu a esperança de voltar a brilhar.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Bound Beauty Brazil

Essas jóias preciosas são as primeiras vinte modelos que a partir do próximo Sábado desfilam toda a beleza e elegância no site Bound Brazil.
Mil e duzentas fotos só na primeira semana e aqui, uma amostra do que cada uma vai apresentar em seu set de sessenta fotos. Enjoy it!




Beth
Carioca, tornou-se praticante de bondage assim que iniciou seu trabalho conosco. Começa agora a produção de vídeos. O resultado? Melhor nem imaginar...


Monique (AKA Scarlet)
Carioca, beleza e talento à toda prova. Como Scarlet, tem uma história de três anos no mundo fetichista e como Monique, está se tornando uma expert na arte dos nós. Fotos e vídeos.


Anna
Carioca, conhece bondage como poucos e pratica há bastante tempo. Participa das fotos e vídeos.


Lívia
Baiana, adora ficar vendada e viaja numa cena de bondage independente das luzes e da câmera fotográfica. Faz fotos e vídeos.


Hanna Vitória
Carioca, como leitora do blog encontrou o caminho das fotos e, principalmente dos vídeos. Acumula conhecimento através dos textos e discute o assunto com qualquer um.


Jackie
Carioca, tem identificação com bondage há muito tempo e participa ativamente na escolha do visual de seu set. Só fotografa.


Becky
Paranaense, trata o fetiche com elegância de fazer inveja. Participa na escolha de suas cenas. Fotos e vídeos.


Josie
Carioca, debutante em bondage é a mais nova contratada do Bound Brazil. Fotos.


Sarah Moon (AKA Brida)
Paulista, conheceu o fetiche no início dos trabalhos e apaixonou-se por completo. Participa das fotos e vídeos e da produção das modelos.


Talita
Carioca, excelente fotogenia e participação ativa nas cenas. Fotos e vídeos.


Thayani
Fluminense, desde o início das atividades conosco tem pleno entendimento do fetiche. Fotos e vídeos.




Vanessa
Carioca, interpretação perfeita nos vídeos que participou e nas sessões de fotos.


Suzy Page
Carioca, a “Pin-up” do site Bound Brazil. Vintage bondage de magnífica qualidade. Fotos e vídeos.




Natalia
Carioca, sensualidade e dinamismo tanto nas fotos como nos vídeos.




Patrícia
Carioca, tem intimidade com o fetiche e com a lente. Realizou há algum tempo atrás alguns ensaios de vídeos fetichistas e agora é exclusiva do Bound Brazil.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Aos amigos com carinho (Bound Brazil Video Preview)

Hoje é dia de mostrar a todos os amigos o que vem sendo preparado para o site Bound Brazil que estréia no próximo Sábado. O ¨Vídeo Preview¨ postado nessa matéria é apenas uma pequena amostra do que você pode ver no primeiro site totalmente brasileiro de bondage. A todos vocês, ofereço esse pequeno brinde com o mesmo carinho e atenção que me dispensam desde o dia 10 de Junho, quando comecei a escrever esse Blog.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Deu no New York Times


Esse assunto diz respeito a todos os podólatras que freqüentam esse blog.
É possível tirar dúvidas e ainda por cima ganhar uma “canja” de uma importante sexóloga nos Estados Unidos através do Blog do canal de TV Fox News. A Dra. Yvonne Kristin Fulbright uma educadora sexual respeitada e autora de livros famosos conversa com seus leitores semanalmente através da internet.
Numa consulta no dia nove de Outubro passado, um leitor diz-se podólatra assumido e, ao mesmo tempo, queixa-se de sua esposa que tem os pés com mau cheiro e repletos de calosidades, fazendo com que ele apesar de amá-la profundamente e não querer destruir o casamento, parta em busca de uma outra mulher que aceite ter sessões de podolatria e possua os pés nas condições as quais ele chama de ideais.
Claro que a competente educadora sexual orienta o leitor a ter um diálogo franco com a esposa a respeito do assunto e, em sua opinião a companheira irá em busca de um podólogo para evitar a crise no casamento.
Mas nem sempre o ponto de vista corresponde à realidade e na mesma matéria alguns leitores opinam com uma outra visão do assunto. Por exemplo, num dos comentários há uma evidente reclamação referindo-se a podolatria como um fetiche incompreendido pela maioria das mulheres, e ainda, queixa-se de que elas conseguem entender os homens que gostam dos seios, das nádegas, mas de uma forma geral têm certo desprezo pelos que gostam dos pés. No mesmo tópico, encontra-se queixas de que os pés lavados com sabonetes e cremes antes das relações não denotam o interesse de alguns podólatras, os quais apreciam os pés com a essência natural, sem o aditivo perfumado que esses cosméticos deixam.
Seguindo os comentários podemos encontrar os que apreciam que suas mulheres dirijam descalças para que os pés fiquem sujos ao chegar a casa, outros detestam a falta de higiene e afirmam que o mau cheiro é causado por fungos e falta de cuidados, porém, muita gente discorda e se diz apreciadora de pés com chulé.
Dentro dessa sopa de letrinhas, alguns opinam a respeito de esmalte nas unhas (há os que adoram e os que odeiam), outros falam da preferência por calçados (botas, sandálias, sapatilhas, tênis) enfim, essa conversa dá no que falar e mostra que os Americanos entendem demais do assunto chegando a insinuar que uma sexóloga não deveria tratar de podolatria ou qualquer fetiche.
Podemos assegurar que esse fetiche reúne um número de opiniões diferentes de fazer inveja a qualquer discussão sobre futebol. Se levarmos em conta que ainda existe a podolatria submissa e a dominadora o assunto desce a ladeira e não há santo que o faça parar. Portanto, chegamos a um provável impasse e um nó cego que o melhor bondagista levaria dias pra desatar.
O pé como instrumento de fetiche é totalmente compreendido e todo fetichista sabe que existe, porém dentro desse universo há tanta ramificação de preferências que fica difícil resumir numa só matéria. Se levarmos em conta de que essa dúvida é mundial a coisa multiplica por mil e, se houvesse um congresso entre podólatras de diversos cantos do planeta na certa seria uma verdadeira Torre de Babel.
Portanto, limpos, sujos, de unhas pintadas ou naturais os pés são uma fonte de inspiração para milhares de pessoas que têm o direito de opinar a respeito de suas preferências. Com a palavra eles e elas.
(Na Foto: Blog Louco por pés: http://www.loucoporpes.blogger.com.br)

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Les Fruits de la Passion (1981)


Pauline Réage escreveu a continuação da História de “O” que também foi retratado pelo cinema no ano de 1981. No Brasil, exibido com o título Frutos da Paixão baseado no original francês e também com o subtítulo de Retorno a Roissy, o filme remonta ao final dos anos vinte e os cenários dos grandes bordéis da época.
A trama se desenrola na cidade de Xangai onde uma jovem e linda mulher também chamada de “O” interpretada pela atriz Isabelle Illiers, nutre uma paixão fervorosa por um homem milionário e muito mais velho (Klaus Kinski no papel de Sir. Stephan), decide provar sua devoção e amor infinito entregando-se a outros homens para as mais tórridas relações sexuais.
Entretanto, o Senhor Stephan antes apreciador das atitudes de “O”, sente-se ameaçado com as suas escapadas imaginando que por trás da infidelidade pudesse surgir algo mais sério o que acaba acontecendo e “O” apaixona-se por um homem mais jovem em meio as suas aventuras sem limites. Porém, o aspecto fetiche fica bastante claro ao espectador quando as prostitutas companheiras de “O” relatam em flash-back seu passado tentando explicar sua presença naquele local e suas tendências fetichistas, como por exemplo, o caso de uma de suas amigas que explica o porquê comportar-se como cadela durante suas fantasias pelo fato de ser tratada assim durante a adolescência.
A partir de então, Sir. Stephan inicia um processo de provar a submissão de sua amante através de relações sadomasoquistas com os clientes do bordel e o cenário político conturbado da época contribui para tornar esses aspectos cada vez mais perigosos e, porque não dizer, atraentes para quem enxerga o filme pelo lado fetichista.
Com direção do japonês Shuji Terayama o filme passa longe do consagrado História de “O” da mesma autora, as cenas de sexo exploradas são de baixa qualidade e o fetiche que seria o pano de fundo do enredo é retratado de forma muito simples e pouco objetiva.
Não fosse o talento de Klaus Kinski (1926-1991) pai da atriz Nastassja Kinski ou Natasha Kinski o filme se perderia no esquecimento, fica somente o fator de relacionamento entre os personagens, a busca incessante do amor por parte de “O” e a eterna duvida de Sir. Stephan por estar se relacionado com uma mulher muito mais jovem. A direção do filme deixa muitos questionamentos que deverão ser levados em conta e respondidos pelo espectador, o que em minha opinião deixa a película bastante monótona.
Porém, Frutos da Paixão ou se preferirem Retorno a Roissy pode ser considerado mais um clássico do fetiche que o cinema levou às telas nos anos setenta e começo dos anos oitenta, principalmente aproveitando ótimas obras literárias que possibilitaram a confecção desses trabalhos. É de lastimar, entretanto, que alguns roteiros de boa qualidade não refletiram impacto maior quando foram para o cinema, e isso talvez tenha ocorrido pela falta de recursos ou pela incapacidade de traduzir o que foi desenvolvido pelos escritores para a realização cinematográfica.

Resposta à Carta de um Amigo


Boa noite, meu novo amigo.

Tive acesso ao seu fotolog, http://amarradinhas.nafoto.net, através do blog do VHCarioca.
Impossível não reconhecer que seu trabalho é, de longe, o melhor e mais cativante que já vi no Brasil. Era tão ilusório pensar em algo assim que parece que agora um sonho se realiza. Aliás, é tudo aquilo com que sonhava um fã brasileiro! As vezez que eu, particularmente, sonhei com este momento foram tantas quanto estrelas há na constelação Hydra, embora eu evitasse a tentação de imaginar que um trabalho caseiro sobre bondage que viesse a acontecer pudesse ser tão bom quanto o seu... É um presente que preenche com extrema competência o espaço necessário a este tipo de iniciativa. Espaço este cuja escuridão é agora irradiada pelo luzido esplendor de seu primoroso talento.
Receba, pois, na forma deste cumprimento, a profunda admiração do maior e mais ansioso fã - desde já - do seu futuro site.


Caro Eduardo R,

Cara, nem sei o que dizer com essas palavras.
Saiba que esse sonho foi árduo, longo, às vezes até deixado de lado pela possibilidade de parecer impossível.
Hoje vejo um horizonte aberto e passa um filme na cabeça que retrata essa angústia de saber que poderia simplesmente fazer.
O mais importante nessa história toda foi à coleção de amigos que consegui, gente como você que por um impulso senta diante de um computador, escreve palavras tão incentivadoras que faz agente acordar melhor e achar que valeu demais chegar até aqui.
Queria fazer isso, era uma vontade maior que um oceano, um verdadeiro décimo terceiro trabalho de Hércules. Juntei a vontade e, principalmente os amigos, porque sem eles ninguém dá um passo rumo ao desconhecido.
Muitas vezes, e você sabe o que estou dizendo, nem com gente muito próxima podemos falar sobre esse tipo de sonho, pra evitar o tom jocoso do desdenho, da ignorância com aquilo que nos consome por dentro desde que descobrimos que somos apenas seres humanos.
Fiz alguns trabalhos há anos atrás literalmente na escuridão e sequer pude me orgulhar de ter recebido elogios de lugares tão distantes o que me fazia pensar: que desgraça de lugar é esse onde vivo!
Mas um dia o vento muda de direção e esse é o dia da graça. Vieram os amigos, VH, Carlos, Você, Professor Bondage, Mr. Algemas, Mestre Ygor, Mariana, Herois, Náuticus, Kimberly, José Luis, e tantos outros que agora a memória me trai. Antigos incentivadores reapareceram e me fizeram acreditar ainda mais como a Maga, Nefer, Lucia, Bela, Bárbara, Klaus, Phoenix, o Quaquá a turma de Portugal, e hoje, gente do mundo inteiro espera pra ver o que virá depois de um toque no mouse assim que o site estréie nesse fim de semana.
Dezenas de mulheres bonitas de todo o Brasil querem fazer parte do projeto e nem sei mais onde arquivo tanta foto linda.
Que resultado terá? Respondo, já tive êxito, porque a constelação a que você meu grande amigo se refere é composta de gente como você, que cada dia que passa me dá um motivo a mais para acreditar que a felicidade consiste em repartir com os outros a alegria que está dentro de nós.
Não lhe conheço pessoalmente, mas é possível ver a alma das pessoas pelo que elas escrevem e pelos motivos que as fazem tomar esse tipo de atitude.
Se ainda restava alguma dúvida nesses dias nervosos que antecedem a realização de todo esse trabalho, saiba que com a sua mensagem coloquei a tempestade dentro de um copo d'água e caminho com a certeza de que a vida não poderia ter me dado um presente melhor.
Muito obrigado, meu amigo!
ACM

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Help Desk


A palavra de ordem é acolhimento.
Nunca me achei dono de toda verdade absoluta a respeito de qualquer fetiche, por muito posto aqui no blog a minha opinião sobre os mais variados assuntos relacionados a esse tema. Porém, alguns emails chegam e via de regra dúvidas são comuns e jamais me furtaria a tentar ajudar. Por isso, conhecendo muitos amigos e amigas que comigo dividem esse pequeno espaço fetichista, vou publicar algumas dessas questões sempre obedecendo à privacidade de quem as escreve através de pseudônimos, e quem sabe receber nos comentários o que pensa cada um.

NOVATO
(...) Venho encontrando dificuldades de me relacionar em clubes fetichistas porque acho sempre que mereço mais atenção do que me é dedicada. Sou submisso e descobri essa tendência recentemente, mas minha timidez carece de um empurrão e sinto-me deslocado porque nos clubes existe um círculo fechado onde todos se conhecem reduzindo o espaço de quem chega.


Só consigo ver uma saída que é seguir tentando. Às vezes a timidez fala mais alto e mostra sinais muito mais fortes na questão de relacionamento do que no impulso que o levou a buscar o lugar adequado para iniciar-se no fetiche. Meu conselho é procurar ir acompanhado de alguém mais chegado o que facilitaria a aproximação, porque o incentivo de alguém mais próximo costuma ser um bom começo ou, tentar buscar em meio aos freqüentadores alguém que tenha as mesmas características tímidas e juntos possam se auto ajudar.
Normalmente as pessoas que freqüentam clubes fetichistas o fazem com assiduidade e, por isso, estreitam-se em um circulo de amizade que aos olhos de quem chega parece complicado fazer parte desse grupo. Entretanto, uma vez feita à aproximação posso garantir que toda a timidez vai para o buraco.

GRETA
Minha natureza é totalmente submissa, em casa, no trabalho, sempre foi assim desde os tempos do colégio (...). Você acha que eu deveria conversar com meu marido a respeito de práticas sexuais de dominação e que isso poderia ser uma saída para melhorar a relação?


Existe uma diferença enorme entre a submissão social e a sexual. Não se pode confundir as duas coisas, porque a primeira é um assunto que deve ser tratado através de análise de comportamento com profissionais competentes que a ajudariam, porém em se tratando de submissão sexual de fato abrir o jogo e conversar a respeito do assunto com seu companheiro, sem preconceitos, ajudaria bastante. A relação somente terá alguma melhora se houver de parte de ambos o entendimento perfeito do que está posto em discussão, caso contrário se houver falta de confiança quanto à receptividade de seu marido, melhor ter cuidado ao tocar no assunto. Mas eu o faria assim mesmo, afinal porque guardar uma coisa desse vulto e deixar a relação acabar? Vale muito a pena perder tentando do que seguir sem arriscar.

Vale esclarecer que muitos comentários ou assuntos como esses postados hoje aqui chegam através de email que fica visível no blog. Muitas pessoas preferem à correspondência privada a publica e fica o incentivo a quem quiser mandar suas dúvidas utilizar o mesmo método. Muita gente com conhecimento em todos os fetiches ajuda na construção desse canal de comunicação e jamais deixará de acolher a quem chega, da mesma forma que todos um dia passaram pelo mesmo processo.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Literatura: O Fã Clube


The Fan Club (1974) de Irving Wallace nunca mereceu uma produção cinematográfica, apesar de tratar-se de uma história fictícia baseada na vida de Sharon Fields, uma estrela de cinema que torna-se razão de uma obsessão doentia de quatro amigos, sendo o mentor membro de seu fã clube.
Adam Malone é um fã incondicional de Sharon e em meio às inúmeras cartas que lhe enviava, cultivava um plano de um dia poder possuí-la pessoalmente, e resolve por a idéia em prática quando conhece três amigos que junto com ele levam o caso adiante. Em meio a um rígido código de ética e conduta, os quatro raptam Sharon para um local previamente combinado e transformam a fantasia de ter em mãos a musa maior de seus sonhos e desejos em realidade.
As cenas em que a atriz é imobilizada são descritas com requinte de detalhes, as cordas cortadas no tamanho exato para serem amarradas dos pulsos até as hastes da cama, enfim, bondage retratado exatamente como deve ser feito.
Porém, a ética e conduta começam a desmoronar no desenrolar da trama quando os amigos de Adam mostram-se pouco receptivos a idéia de manter a bela Sharon sob seus domínios até que ela resolva ceder aos caprichos de um deles, e como não cultivavam por ela a mesma idolatria, rompem o conceito de grupo passando a agir por conta própria. Começa então uma série de desentendimentos, muitos deles provocados pela própria Sharon, que percebendo o que estava havendo entre eles através das conversas individuais quando havia um revezamento entre seus raptores, interage com cada um criando uma verdadeira rede de intrigas, visando desarticular o grupo em prol de sua liberdade.
Cada vez mais manipulados pela prisioneira, pouco a pouco um círculo de ódio toma conta do grupo e mesmo Sharon em determinado momento passa a duvidar em quem confiar. O suspense passa a comandar a narrativa e o autor segue relatando as cenas de amarrações com os mesmo requintes, sem se importar com os rumos da história.
O Fã-Clube é uma obra apaixonante que leva o leitor a uma viagem do primeiro ao ultimo capítulo pela bem montada trama que mostra a instabilidade dos personagens e termina premiando justamente quem criou todo o enredo, sem se importar com o aspecto politicamente correto do assunto.
Irving Wallace retrata toda a sua capacidade de construir um roteiro bem próximo à realidade explorando o lado psicológico de cada personagem com um desfecho que poucos poderiam supor ao iniciar a leitura.
Se fosse levada ao cinema essa obra teria alcançado um êxito extraordinário pela força de conteúdo e o aspecto sexual descrito no livro.
Sharon Fields passa de estrela máxima inatingível a objeto de disputa pessoal entre pessoas que passaram a relacionar-se por uma razão em comum, porém com objetivos totalmente diferentes.
Por tratar-se de um livro de edição antiga, após o falecimento do autor em 1990 algumas disputas hereditárias impediram que fosse publicado outras vezes, razão pela qual mesmo através de grandes distribuidores somente pode ser conseguido em sebos e sites que comercializam livros usados.
Abaixo a pasta (zip) para quem tiver interesse no download do livro.
Irving Wallace eSnips Folder

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

FetiXe Halloween


Dizem que o melhor das festas fetichistas é quando acontece as Private Parties.
Mistress Nefer está preparando uma festa cheia de magia dentro do ambiente adequado, no calor de um Dungeon repleto de surpresas que viajam de um cenário macabro a cenas dos mais diferentes fetiches.
A FetiXe Halloween Private Party (Trevas) rola no próximo Sábado dia 18 de Outubro a partir das 22 horas no Estúdio da FetiXe-Rio.
Nesse ambiente propício, dominadoras e escravos prometem performances de fazer tremer as paredes, que vão abrigar demonstrações de bondage ao vivo além de muita podolatria com espaço exclusivo para os amantes de belos pés.
Para colocar mais lenha na fogueira, o site Bound Brazil vai apresentar no evento quatro de suas modelos exclusivas que participarão das cenas. Vestidas a caráter, as bruxinhas Scarlet, Brida, Anna e Lívia estão afiando o chicotinho e esperando pelos submissos que podem se preparar para entrar em órbita. Aliás, nossa belíssima Domme Scarlet estará comemorando mais uma primavera e o bolo fica por nossa conta.
A trilha sonora está na ponta da agulha e o DJ Sub Engaiolado estará a cargo de esquentar as turbinas.
Portanto, muito se fala aqui no blog sobre play-parties e pra quem nunca esteve presente numa festa do gênero, ainda pode se inscrever e adquirir o ingresso antecipado porque é sempre bom lembrar que o número de participantes é limitado.
FetiXe Halloween Private, alguma idéia melhor para uma noite de Sábado?

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Encontro Marcado


- Você gosta de apanhar? Ela falou com um sorriso no canto da boca...
Na verdade, ele havia deixado um chicote pequeno daqueles do tipo flogger num canto do quarto e esperava que ela o encontrasse.
Léo era um cara tímido e nunca havia experimentado o sexo da maneira que mais lhe atraía, mesmo tendo freqüentado algumas festas BDSM. Quando conheceu Cláudia o que mais lhe chamou a atenção foi seu jeito mandona de ser, a forma como fazia valer a sua opinião em todas as rodas de amigos que haviam estado presente.
E ela era tinhosa, quebrava um copo se necessário numa mesa de bar pra fazer valer aquilo que achava certo, estava sempre à frente das conversas mostrando profundo conhecimento de tudo e, mesmo com aquele jeitão “papo cabeça e politicamente correto” sua inteligência sempre sobressaia e empolgava Léo dia após dia.
Certa vez discutiram e Léo me contou que foi muito mais pelo teor alcoólico extraído dentro de um bar de karaokê do que pelo calor da conversa.
- Ela me chamou de merdinha! – PQP, foi o melhor que podia acontecer...
Indaguei o quanto isso lhe fazia bem e ele me garantiu que o desprezo perante todos e a humilhação que passou havia sido demais.
Ficou maluco, passou a seguir seus passos em todas as Sextas quando o pessoal se encontrava para o tradicional chopinho nas ruas do Centro do Rio de Janeiro. Porém, seu jeito submisso não a atraía o bastante e resolveu dar em cima pra valer, usando de todo o charme e mudando radicalmente a tática.
- Tem que dar certo!
De tanto insistir descolou uma saída num Sábado à noite, quando tudo pode acontecer.
O programa “baunilha” incluía uma passada num shopping, um cinema e uma pizza, nada anormal pra quem está começando uma paquera. Mas ele queria mais, escolheu um filme (não me lembro qual foi) que passasse pelo menos perto de suas intenções, rolaram os beijinhos, mãos salientes e um planejado convite para uma esticada em seu apartamento.
Até então, tudo corria às mil maravilhas. Resolveram fazer um “aquecimento” na Praia Vermelha no bairro da Urca e quando as cosias ficaram mais quentes, sua timidez falou mais alto e o que havia pensado conversar não saiu da imaginação. Mas, a barraca já estava armada e correr àquela altura seria uma derrota por W.O., inaceitável para qualquer mortal diante da beleza de Cláudia.
Gelou da cabeça aos pés quando ela tocou no assunto ao ver o chicote em cima da cômoda. Viu no seu sorriso maroto que a noite tinha tudo para acabar três dias depois.
Ela aproximou-se, pendurou-se em seus ombros e disse:
- Vou te dar uma coça...
Ontem recebi um email e fiquei sabendo que se casam em Janeiro do ano que vem. A aventura BDSM entre ambos está apenas começando e ela jamais aceitou participar de nenhum evento ou festa, guardando o que juntos estão descobrindo entre quatro paredes, e mesmo usando de todos os meios e artifício Léo conseguiu o que queria e Cláudia talvez tenha agora, muito mais motivos pra ser feliz.

OWK: Supremacia Feminina

Este resumo não está disponível. Clique aqui para ver a postagem.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Espaço Aberto


Já que isso aqui é um espaço para apresentação de temas de interesse fetichista, gostaria de pedir aos muito amigos e comentaristas aqui do blog, uma ajuda para chegarmos a um ponto comum entre vários aspectos.
Resumindo, que cada um dentro da ótica do seu fetiche particular possa (se quiser é claro) contribuir para a elaboração de um painel sobre onde está à cartada final, a colocação do coringa, ou seja, a hora H.
Exemplo: ontem em conversas com meu grande amigo e parceiro de jornada Carlos Alberto, ouvi que o momento da colocação da mordaça entre os dentinhos da dita cuja valia mais que orgasmos múltiplos. Talvez, nove entre dez bondagistas de plantão possam ter a mesma sensação, ou pelo menos um momento parecido quando a onça bebe água.
Vale tudo e, principalmente qualquer fetiche. Pode comentar como anônimo e inventar pseudônimos, o que vier certamente estará dentro do espírito da coletividade.
Há tempos venho digitando a palavra comunidade, pois essa é a razão pela qual passo parte do meu dia agitado escrevendo e tentando levar uma mensagem a quem também dedica parte de seu precioso tempo lendo o que é atribuído.
Estou a quilômetros de distancia de Fortaleza, mas ontem me debrucei sobre a Festa Profania, porque mesmo que esse longo caminho me separe do evento, acho interessante passar aos amigos mais próximos o que acontece na vizinhança que por alguma razão ainda não seja de seu conhecimento. Esse é o sentido da palavra comunidade, pelo menos na minha visão.
Sábado passado durante um papo agradabilíssimo com o escritor e psicanalista Hugo Denizart, muitas idéias vieram à tona justamente quando falávamos sobre esses verdadeiros gatilhos fetichistas enquanto conversávamos sobre seu novo livro a respeito de BDSM. Muita gente de fora do circuito gosta de saber desse tipo de detalhe, imagino que alguns até por curiosidade mórbida, mas na grande maioria dos casos são pessoas que apenas precisam de um leve empurrão para se acercar da fogueira.
Portanto, vamos começar a brincadeira e a regra é a seguinte: vale tudo mesmo, desde um tapinha na bunda até uma chibatada. Cordas, algemas, correntes, vale até homem com homem e mulher com mulher, vale tudo!
Não vou postar aqui meus conceitos porque vou abrir o leque de comentários.
Entonces, arriba!

Happy Brithday


Cris, nesses dois últimos anos você me proporcionou os melhores dias de vida. De presente, te dedico esse video e a canção. Parabéns, mesmo!

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Profania


Costuma-se dizer que poeira e mulher bonita não faltam por aqui e parece que fetiche também entra nessa questão. Fortaleza é uma cidade linda, com um grande apelo turístico e um dos pólos do Nordeste, e nesse balneário cada vez mais desenvolvido acontece a festa Profania que os próprios organizadores fazem questão de considerar como a primeira festa temática fetichista da cidade.
A balada com pitadas de rock gótico e tipo festa Ploc anos oitenta é comandada pelo DJ Sade e rola na boate Babilônia dentro de um motel chamado Tropical. Além do Dress Code obrigatório o clima esquenta ao som da banda Plastique Noir, numa performance pra lá de interessante do transformista Tatiana Hilux e, claro, muitas cenas de BDSM.
A última Profania com o tema Pátio de Colégio aconteceu em Setembro passado e é comandada pela Rainha Frágil, uma paulista que juntou a experiência acumulada na vivencia fetichista com a inspiração que tirou de algumas festas conhecidas no cenário nacional, como a FetiXe do Rio de Janeiro e o Projeto Luxuria de São Paulo.
Esse espaço que democraticamente dividimos diariamente tem como característica falar sobre fetiches, praticantes e expoentes, além de divulgar o que é de interesse da comunidade, como livros, vídeos, sites e festas no Brasil e até mesmo além das fronteiras.
Em algumas dessas festas já tive o prazer de comparecer, outras, no entanto ainda não tive a oportunidade de estar, porém a divulgação é fundamental porque muitas vezes estamos ao lado e não tomamos conhecimento do que está à nossa volta.
Então, para quem está em Fortaleza ou nos arredores fique atento às novidades e não deixe de comparecer a próxima Profania.
Você pode estar antenado pelo site: www.profania.com.br e saber como foi o último evento pelas fotos que estão disponíveis no link (galeria).

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Darla Crane: A Diva


Darla Crane debutou como modelo em 1990, aparecendo em cenas de soft-bondage, fazendo filmes de fetiche por cócegas e fetiche por pés, a maior parte através das produtoras Harmony Concepts e FM Concepts. Suas performances abrangeram também vídeos de Catfight (luta corporal entre mulheres) e participou de vários eventos relacionados com seios enormes e, também, realizando trabalhos sensuais para a Napali Vídeos.
Crane apresentou-se em várias revistas periódicas como a Leg Show, Bondage Life, Skin Two, e DDI.
Em 1996, Crane apareceu em ensaios de modelos para a artista Olivia De Berardinis que a introduziu na cena fetichista de vez como a pin-up dos tempos modernos, através de um trabalho onde Darla aparece numa pintura original adornada em um traje de sereia. Vários cartões comerciais ou de festas de fim de ano daquela época retrataram as pinturas de Olivia realizadas a partir das poses eróticas de Crane.
Darla Crane permaneceu ativa tanto na frente como atrás da câmera. Em 1997, aceitou o cargo de produtora da Close-Up Entertainment, Inc, como a responsável direta pela direção e edição de vídeos de bondage e disciplina. Ela conseqüentemente ficou encarregada da maior parte publicitária da companhia e elementos de relações públicas.
Durante esse período acumulou os cargos a que foi designada e atuou em uma linha de vídeos retratando super heroínas em perigo. Foi pioneira em lançar vídeos para a Close-up com essas aventuras e, ao mesmo tempo, presenteou o cenário fetichista com Stacy Burke, Shay Sights e Tanya Danielle, que ficaram famosas como as heroínas dessas produções.
Em Dezembro de 2007, Darla retirou-se da Close-up Entertainment .
Através do website www.darlacrane.net até bonecas podem ser encomendadas com as medidas exatas da eterna diva bondagista.
(Na Foto: Darla Crane em cena num video produzido por John Woods para a Harmony Concepts)

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Trinta Segundos


A campainha da porta tocou alto.
Corre daqui, corre de lá, e agora?
- Por que eu usei essas meias de seda, o nó não desata!
Ela olhava assustada com as pupilas saltando a face, a mordaça de fita adesiva apertava-lhe os lábios e um pedaço de pano lhe segurava a língua. Mexia a cabeça de um lado pra outro, tentava balbuciar uma simples palavra, apontava com a cabeça entre os braços atados acima da cama para tentar mostrar que havia uma tesoura na gaveta à esquerda, e nada.
A campainha insistia, era estridente e o nervoso aumentava e nada daqueles malditos nós darem uma pequena ajuda e soltassem por conta própria.
Otávio tentava, puxava com a unha (era curta demais) e cada vez que o dedo lá fora seguia apertando aquele estúpido botão, o suor lhe escorria e as mãos ficavam cada vez mais tremulas.
- Quem será? Pensou alto, imaginou a irmã da Soninha... O que eu digo? Como explico isso?
Soninha escutava e só emitia um som parecido com um gemido de vaca.
Inconformado Otávio largou Soninha com os braços abertos sem uma peça de roupa que pudesse esconder a sua intimidade e partiu em direção à cozinha para buscar uma faca.
Ela movia-se, literalmente estrebuchava saltando como podia, tomando impulso com a região glútea, mas a força da gravidade a empurrava de volta.
No meio do caminho a dúvida: alguns segundos para decidir se atendia a porta ou procurava pela faca e deixava esperando quem insistentemente não parava de chamar.
Tomou a decisão, fechou a porta do quarto ante o espanto de Soninha e resolveu atender à campainha.
Dentro do quarto a pobre coitada nem mais gemia, conformada com a decisão de seu namorado resolveu entregar-se ao destino, assumir perante quem entrasse sua “perversão” sexual, porque pelo menos assim alguém iria livrá-la das amarras e da desconfortável mordaça que a impedia de decidir junto com Otávio seu próprio futuro.
Pensou no embaraço da situação, na explicação vazia que teria que dar a respeito daquela inusitada cena na qual estava envolvida, visualizou num canto qualquer a cara de espanto que alguém faria ao vê-la totalmente indefesa em cima de uma cama que sequer lhe pertencia.
Imaginou todas as pessoas possíveis que pudessem chegar naquele horário. A irmã, mais velha e extremamente conservadora que jamais entenderia tal “brincadeira” entre os jovens namorados, ainda mais em cima da própria cama, que maçada! Se ela viesse acompanhada do namorado então, móveis e objetos iriam pelos ares com o sopro dos gritos horrorizados com a patética e incrédula visão. Conformou-se mais uma vez e suspirou, afinal quem quer que estivesse detrás da porta do quarto e aparecesse de estalo seria o anjo da bondade ou o do juízo final.
O silencio era ensurdecedor.
Alguns segundos mais e a maçaneta girou, o que esperar?
Otávio calmamente entra com uma faca na mão, corta-lhe as finas e retorcidas meias de seda que a prendiam, retira a mordaça e após dar-lhe um beijo soletra:
- Era o porteiro, afinal esqueci os faróis do carro aceso e ele veio me avisar...
Soninha cuspiu pedacinhos do pano que lhe estufava a boca e só conseguiu dizer uma palavra:
- Quase!

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Incondicional


Eles são casados há mais de dez anos, levam a sério o BDSM, sabem separar o fetiche da relação afetiva e profissional tornando-se uma lição de vida para qualquer um que conheça a sua história.
Slave K chegou primeiro, pois vinha de uma outra relação que não havia dado muito certo, batalhou alguns anos pela atual companheira e fez disparar o gatilho que vivia adormecido dentro de sua esposa, a Rainha Suprema. Ela flertava com a dominação em sua forma de vida, arriscava uns passos, mas sem direção e conhecimento na certa não lhe passava pela cabeça que brincar com os namorados era uma forma de dominação, pois quando os deixava adorava vê-los humilhados ante sua supremacia.
Saber conviver com o antes, o durante e o depois são uma dentre as muitas qualidades que aprecio em ambos. Preparam uma cena com o cuidado de um artesão, escolhem o material a ser usado e não combinam nenhum detalhe do que vai acontecer porque por serem monogâmicos, sabem exatamente seus limites e consideram a surpresa, o inesperado um alimento a mais para seus fetiches.
Slave K confessa-se um apaixonado por sapatos, presenteia sua esposa sempre que possível e os utiliza quando se prepara para ser dominado. Chegou a ensaiar a dominação em tempo integral algumas vezes, porém a vida de casado e os compromissos de trabalho sempre foram os maiores empecilhos. Assume ser um “viciado” em BDSM, tem um conhecimento de doutrina de dar inveja em muita gente e afirma que gosta de andar beirando os limites de sua própria superação durante uma sessão bem realizada.
Já a Rainha Suprema é única, autentica e controla cada instante da cena com maestria e segurança conduzindo seu escravo pelos caminhos que cria de acordo com a sua vontade. Sempre estudiosa das normas seguras e consensuais que requer essa atividade, Suprema começa num jogo de velas, comanda o “spanking” na medida certa e sadia e atinge o ápice da cena através de uma inversão impiedosa a base de muita técnica.
Os conheci durante uma gravação do site da Fetixe-Rio e ficamos amigos.
Apesar de sermos fetichistas de linhas completamente diferentes, sabemos que o BDSM engloba muito mais que o desejo e vontade de cada um, ou seja, todos estamos dentro da mesma sigla e quando descobrimos respeito às normas de cada atividade, não há como não merecer uma admiração sincera e respeitosa por parte de quem é praticante.
Conviver com o fetiche para os mais jovens é muito mais fácil do que para outros que viajaram através de um vôo cego que muitas vezes terminou num divã de um analista. Muitos se acharam anormais e pervertidos porque a distancia era imensa entre adeptos que pelos quatro cantos do mundo velejavam pela mesma vontade. Hoje, a internet é um caminho onde todos se encontram e nada pode parecer estranho quando existe gente do outro lado da linha.
Suprema e Slave K ultrapassaram essas barreiras e chegaram a um ponto em que a cumplicidade é muito maior do que se possa imaginar e isso os tornou pessoas bem resolvidas de corpo e mente, falando e praticando o fetiche com a simplicidade de uma brincadeira infantil.
Nesses meses de convivência aprendi com eles a lição do amor incondicional, onde ninguém precisa ceder para agradar, para ter, porque basta um olhar para saber exatamente o que existe dentro de cada coração. Eles são a prova de que o fetiche pode começar e permanecer dentro de casa.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Hipnose


Hipnose é um estado diferenciado de consciência, alterado em comparação com os estados ordinários de vigília e de sono, com elevada receptividade à sugestão por parte da pessoa que nele ingressa, por si mesma ou com intervenção de outra pessoa ou equipamento.
O termo "hipnose" (grego hipnos = sono + latim osis = ação ou processo) deve o seu nome ao médico e pesquisador britânico James Braid (1795-1860), que o introduziu pois acreditou tratar-se de uma espécie de sono induzido. (Hipnos era também o nome do deus grego do sono). Quando tal equívoco foi reconhecido, o termo já estava consagrado, e permaneceu nos usos científico e popular.
Contudo, deve ficar claro que hipnose não é uma espécie ou forma de sono. Os dois estados de consciência são claramente distintos e a tecnologia moderna pode comprová-lo de inúmeras formas, inclusive pelos achados eletroencefalógráficos de ambos, que mostram ondas cerebrais de formas, freqüências e padrões distintos para cada caso. O estado hipnótico é também chamado transe hipnótico.
Quem é suscetível de ser hipnotizado? Nem toda as pessoas são hipnotizáveis. Hilgard fez experiências com estudantes universitários e só 25% foram hipnotizáveis; e desses só ¼ entrou em transe profundo.
Os fatores que interferem são:
Idade. A suscetibilidade à hipnose aumenta até mais ou menos aos dez anos, depois diminui à medida que os indivíduos se tornam menos conformistas.
Personalidade
• São mais suscetíveis as pessoas que tendem a envolver-se com as suas fantasias.
• São menos suscetíveis as pessoas que:
o Se distraem facilmente
o Têm medo do novo e diferente
o Revelam falta de vontade de obedecer ao hipnotizador
o Revelam falta de vontade de ser submissas.
Muitas pessoas acreditam em hipnose como um fetiche, por isso fiz questão de postar todo o conceito científico do assunto e deixar que haja uma reflexão de cada um que possa contribuir.
Como parte da prática fetichista é técnica e a outra imaginação, deixo aqui uma sugestão aos dominadores(as) e submissas(os) para um profundo estudo da hipnose e, quem sabe, incluí-lo nas próximas atividades.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Nua de salto alto, mas amarrada.


Algumas mulheres reclamam, falam pelos cotovelos, chegam a dizer que gostariam de gozar pelo menos uma vez com os pés descalços, que os sapatos incomodam e atrapalham o desempenho, blá, blá, blá, mas será que já tentaram pensar que o sapato pode ser o viagra do dito cujo?
Umas dizem que é mais bonito, sentem-se mais femininas, cascata, reclamam sim e está acabado! - Prefiro uma porrada bem dada na bunda que um sapato me apertando na hora H...(Como já li e escutei isso!)
Pensando bem tudo tem lógica e existe razão dos dois lados, ou será que fetiche não é pra ser levado a sério?
Dorotéia (sei lá de onde tirei esse nome, mas me veio na cabeça) me falou que o marido comprava-lhe o sapato de acordo com a ocasião, se o tesão era intenso preto, vermelho para incentivar e branco quando a coisa era mais light, assim suavezinha...
E quando além do sapato apertando os dedinhos aparece uma cordinha para apimentar o bundalelê? Já vi mulher correr mais do que de barata (aliás, andei pensando em gravar um vídeo colocando os pés das modelos descalças dentro de uma caixa [transparente é claro!] cheia de baratas. Quanta idéia sádica... acho que é a convivência...). Mas voltando a conversa das cordas, creio que um scarf (*) pra começar estaria de bom tamanho, afinal lenços de seda assustam menos e o “desconforto” é menor.
Nesse país das maravilhas até as submissas reclamam de sapatos durante o ato (será que submissa pode reclamar disso?).
1. Sapato é feito pra andar na rua.
2. Não gosto de sujeira em cima da cama.
3. Meu equilíbrio fica comprometido (que equilíbrio? Pra que se equilibrar quando o brinquedo delas é de abrir e o nosso é de armar?).
Tirando uma coisa pela outra o bom do sapato alto é quando se tira no final, seria como um gozo dobrado, a sensação de alívio dos dedinhos livres e o after-sex trazendo os batimentos cardíacos ao seu devido lugar. Quem não gostaria disso? Seus dedinhos antes comprimidos e amassadinhos sendo beijados um a um depois da batalha.
Salto alto foi inventado para deixar a mulher mais elegante e por que não levá-lo para cima da cama? A idéia não é ser atraente e fatal no click da máquina?
Já existe a bosta da camisinha (mal necessário) pra atrapalhar e sem salto não há cristão que agüente! Um amigo me disse: já chupo bala sem tirar o papel, sem problemas, mas sem o salto alto nem pensar...
Pelo visto, trata-se de uma preferência nacional e vocês mulheres não me decepcionem quando forem solicitadas a utilizar o salto alto na hora do “vamos ver”.
Já pararam para imaginar uma dominadora em pleno dungeon de sandálias havaianas as legítimas? Que pobreza...
Algumas fêmeas já me confessaram que gozar amarrada dá a sensação em dobro e ser for mesmo verdade por que não deixar seu companheiro de jornada ter também a sensação em dobro?
Face ao exposto, vou lançar aqui, hoje, uma campanha: SALTO ALTO NA CAMA JÁ!
(*)Scarf Bondage: amarração feita com lenços de seda.
(Na Foto: Harmony Concepts Vault)

O Shibari de Atilla Eitzel


Esse blog sempre procura estar antenado no que acontece relacionado aos mais variados fetiches, mas quando o assunto tem relação com bondage à coisa esquenta.
Hoje às 21 horas rola no Clube Dominna de Mistress Bela um workshop de shibari ministrado por Atilla Eitzel, a quem considero um mestre de altíssimo gabarito no assunto.
O melhor é que esse workshop é totalmente grátis, com direito a aulas práticas com doses exatas de ensinamento e doutrina dessa arte milenar de amarração oriental.
Uma atração muito bem escolhida e elaborada pelo Dominna explicando porque é referencia para todos os fetichistas.
Vale a pena conferir e participar.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

God Save The Queen


Se eu tenho um ídolo na vida, se em algum momento me espelhei em alguém nessa trajetória pela vida fetichista, se pudesse expressar em palavras o respeito e admiração por uma pessoa, me restaria na ponta dos dedos escrever o nome de Bárbara Reine.
Postura e elegância são requisitos básicos para ocupar o trono de Rainha e Bárbara é um exemplo a ser seguido por qualquer mortal que deseje um dia alcançar seu degrau.
Se vasculharem os arquivos desse blog, haverá uma matéria na qual me refiro ao dia que a conheci e tive que mostrar toda minha habilidade como bondagista para ser aceito em seu reino, não que isso se prenda a dogmas ou práticas ultrapassadas, mas porque ela sempre pautou por levar à sério todos os passos da doutrina ao introduzir uma pessoa em suas hostes, e olha que eu chegava de uma escola Européia, trazia na bagagem trabalhos reconhecidos por produtoras de caráter internacional, e mesmo assim, minhas mãos tremeram ao mostrar minha arte diante de seus olhos de profundo conhecimento.
Desde esse dia a segui com a astúcia de um cão perdigueiro colhendo cada minuto de fina sabedoria que havia em seus gestos, sua dinâmica e entendimento perfeito criando uma harmonia em todos os encontros, palestras, workshops e play-parties onde tive o orgulho de sentar ao seu lado.
Bárbara Reine é simples não ostenta nenhuma soberba pelo posto que lhe é de direito ocupar, reorganizou o Grupo SoMos e retoma agora a cena fetichista após quatro anos de afastamento. Deu à cara a tapa numa época de pouco entendimento social a respeito de BDSM, colocou-se na vitrine, escolheu ser açoitada por tudo e por todos que achavam (e alguns ainda acham) existir um bando de pervertidos sem moral e bons costumes infiltrados nesse mundo, provou que era possível reunir pessoas em torno de algo comum, uniu, articulou, enfrentou preconceitos de cabeça erguida e serviu de base para o que hoje se constrói nesse país.
Como todo e qualquer expoente fez crescer à sua volta opiniões favoráveis e contrárias por nunca ter faltado com a sinceridade, sonhou e ousou alto e mesmo em momentos extremamente adversos nunca perdeu a serenidade, o controle e a galhardia.
E o que representa a volta de Mistress Bárbara Reine ao mundo BDSM? A reorganização do Grupo SoMos e o crescimento que sua liderança trás nos eventos que agora acontecem no Libens Fetish Club em São Paulo, reflete não só de forma local como repercute em outros lugares, principalmente na cena carioca. A maneira como idealiza as atividades, como conduz os assuntos e sempre incentivando gente jovem e que recém ingressa no fetiche é a bandeira que empunha.
Bárbara jamais criou ou criará polemica em torno de um assunto que como ela define é um vírus que está em seu sangue e viverá com ela para sempre, sabe da responsabilidade que seu nome acumulou por todo esse tempo, mesmo distante durante seu recolhimento o qual julgou extremamente necessário.
Dos anos em que convivemos ficou o ensinamento adquirido nas incontáveis play-parties que participei sob sua batuta, sempre regida com sabedoria e pulso forte, permaneceu a lembrança de dias inesquecíveis que num piscar de olhos são como um filme que vivemos e nunca esquecemos.
Bárbara afirma que o SoMos apenas dormiu quando da existência do Valhala e concorda que era impossível conciliar as duas coisas ao mesmo tempo, mas do alto de seu trono eterno sentencia que o SoMos hoje pulsa com mais força do que nunca, e está pronta para assumir seu lugar que pela existência e força do seu nome, nunca ficou vazio.
Explodindo de felicidade, esse blog rende hoje uma homenagem justa e merecida a uma pessoa a quem aprendi a amar incondicionalmente sob todas as formas, que num momento de imensa inquietude me trouxe de volta a um lugar o qual eu jamais deveria ter saído.