quarta-feira, 30 de junho de 2010

O Metal e o Dente


Há quem duvide, mas é verdade. Tem mais ou menos uns doze anos.
Em plena crise dos quarenta (a gente sabe que houve crise quando chega aos cinqüenta), conheci a Myrta. Tinha tudo pra ser uma noite perfeita.
A Myrta encarnava o real espírito da submissão. De fala mansa, cultuava a obediência acima de todos os aspectos chegando à tamanha intensidade de sentidos que espantava alguns dominadores que preferiam uma dose de rebeldia.
Porém, o que nos aproximou foi o fetiche de bondage. Encantada com as cordas e seus desenhos, ela optou pelo castigo das cordas em lugar dos açoites com boas pinceladas de sexo no final.
Esfreguei as mãos e me senti o todo poderoso diante de um sonho de consumo.
O cenário estava montado, a mulher imobilizada em cima de um lençol macio com as mãos e os pés totalmente virados para o leste e o oeste respectivamente. O tipo exato do X Rated Bondage.
Pouca luz e muita sede, os ingredientes perfeitos para uma noite larga.
E tudo ia muito bem até que minha boca encontrou com alguma coisa metálica e o inevitável choque entre os dentes e as argolas doeu na hora e fez o tesão ir direto pro saco. A mulher tinha tanto piercing na boceta que parecia uma orelha de gótico.
Me disse que seu último dom a havia obrigado a colocar as argolas, muito mais pelo sofrimento do que pelo aspecto visual. Claro que ela obedeceu, afinal elas estavam ali bem diante dos meus olhos criando um bloqueio para o ponto G.
Tal e qual um centroavante raçudo, daqueles que não fogem das divididas eu encarei brother e tentei ultrapassar aquela muralha que parecia uma divisão de tanques de guerra Panzer.
Haja língua...
Lógico que a bateria de piercing não resistiria à passagem de um pênis, mas minha sede tinha de ser saciada a todo custo o que me fez insistir até que ela sucumbisse ao orgasmo.
Com os lábios cortados e o maxilar dolorido deixei a batalha com o sentimento de dever cumprido, pra mim e pra ela. Mas desse dia em diante declarei guerra a esses enfeites quando são colocados em pontos chaves. Ou eles ou eu!
Sei que posso virar vidraça e levar pedrada de muita gente, mas piercing pendurado no meu parquinho de diversão não combina. Existem vários lugares disponíveis para que esses penduricalhos sejam acomodados, menos na área de lazer, porque definitivamente não dá pedal.

Me lembro que depois daquela noite mandei o seguinte pra Myrta: ou retira essa parafernália ou ralo peito.
Menos mal que ela atendeu e deixou de alimentar aquele estranho sentimento que ainda nutria por um dono que já nem sabia que ela existia.
Nosso “caso” durou algum tempo, foi legal, gostoso de lembrar, e pelo menos durante esse tempo nunca mais tive que vencer a batalha contra aqueles pedacinhos de metal.
Fico pensando: talvez se fosse unzinho só, dava pra rolar um desvio estratégico, mas daquele jeito só mesmo chamando um ferreiro, e dos bons...

terça-feira, 29 de junho de 2010

E Rolou um Bondage…


Cá pra nós: alguém já viu encontro de bondagistas onde o cardápio é somente uma deliciosa feijoada?
Pois é, não fiquei com cara de paisagem. Meti a mão na massa, a pedidos, e rolou um bondage no final da tarde. Claro que estou me referindo ao último Sábado, quando aconteceu o lançamento e primeira exibição do filme “The Resort” na Serra de Petrópolis, pertinho da maravilhosa Itaipava.
Vale um registro. Como o filme foi gravado em cenas em que nem todas as meninas do elenco estavam presentes, a grande maioria não sabia o final da trama, o que gerou um misto de surpresa e aplausos quando as legendas começaram a aparecer na tela.
Foi compensador despertar bem cedinho e subir a Serra. Lá estavam as meninas que protagonizaram o filme, a galera que trabalhou detrás das câmeras e dezenas de convidados e convidadas que deram o brilho necessário ao evento.
Vou ficar devendo o vídeo com as entrevistas de algumas dessas pessoas que ajudaram a construir essa obra que está bombando na Internet, mas prometo pagar essa dívida ainda esta semana. Já são vários pedidos daqui do Brasil para o envio do DVD e do exterior, onde só é possível adquirir por meio de download.
E o dia foi passando tranqüilo e calmo como um som de Crosby, Stills & Nash.
As tribos se formaram e cada qual comentou sua participação no filme. Cenas foram revisitadas, ouviu-se autocrítica e, principalmente, muita vontade de fazer o próximo, mas essa história ainda nem passa pela minha cabeça.
Faltava pouco pra pegar o caminho de volta e a galera pediu uma cena de bondage.
Não havia cordas, nada, mas a veia fetichista tem tanta força que fuçando daqui e dali, apareceu um cordão e uma corda daquelas que ninguém coloca as mãos há cerca de um mês. Estava montado o circo.
A suspensão ficou a meia bomba, afinal o material deixava a desejar e pelo estado de conservação daquelas cordas o melhor era ter uma base que fosse funcional ao primeiro sinal de que a arapuca pudesse desmoronar. Ainda assim a Anandinha curtiu bastante e pode ser que em breve venha a fazer parte do elenco do Bound Brazil.
O fetiche é assim, apaixonante quando é praticado na hora certa, por quem está louco de vontade de experimentar novas emoções.
Fica também o registro de um agradecimento mais que especial a galera do Sexy Hot pela cobertura do lançamento do filme, e a toda aquela gente boa que faz parte do staff do Hotel Pousada da Represa.
É incrível como o tempo passa rápido.
Partimos com a mesma ansiedade de quando chegamos pra começar a gravar as primeiras cenas...

Deixo aqui uma amostra do bondage que rolou num dia de muita alegria e plena satisfação.
Dá pra guardar pra sempre brother!

segunda-feira, 28 de junho de 2010

A Arte de Nobuyoshi Araki


Poucos olharam o Shibari Japonês como o fotógrafo contemporâneo Nobuyoshi Araki.
A fotografia de Araki começou nos anos 60.
Livre de todos os tabus o artista se concentrou em temas de sexo, vida e morte em Tóquio. Numa altura em que a noção de feminilidade e da sexualidade passava por mudanças radicais na sociedade japonesa, Araki foi mostrando mulheres jovens em posições totalmente submissas.
Além da complexidade de arte de bondage, estas fotos são testemunho das convenções da sociedade, a complexidade da tradição erótica japonesa de Shibari e a referência biográfica que serviu como primeiro modelo para Nobuyoshi Araki, foi sua mulher Yoko, que morreu jovem.
A fotografia de Nobuyoshi Araki é exibida no mundo inteiro, incluindo exposições no LACMA em Los Angeles, Centre Georges Pompidou, em le Fotomuseum Winterthur e Moderna Museet, em Estocolmo.
Nascido em 1940, Nobuyoshi Araki completa este ano cinqüenta anos de carreira e para ilustrar seguem algumas amostras de um fotógrafo que com sua lente entendeu o fetiche nos mínimos detalhes.



sexta-feira, 25 de junho de 2010

Looking for Miss Goodbar


Chegou na boate e tratou de procurar quem veio ver.
Foi logo perguntando:
- Lembra de mim?
- Na verdade, não, aliás, isso aqui é um pouco escuro, você sabe né...
- Sou aquele cara que gastou uma saliva danada, mas consegui te amarrar.
- Ah! Claro, como não ia lembrar. Tudo bom? Gostou?
- Lógico. Voltei não?
Pensando bem, o sujeito estava atrás de uma pratica a vera. No primeiro encontro encharcado de álcool pouco produziu, e demorou tanto tempo tentando convencer aquela mulher de vida horizontal a sucumbir aos seus caprichos que a história foi curta.
- Pô! Fala sério cara! Me caguei de medo quando você veio com aquele papo, achei que você era um tarado...
- Era não, eu sou tarado...
- Não é bem isso. Uma vez um cara me pediu pra dar uns tapas nele, umas pisadas. Tem sempre gente estranha pintando por aqui.
- E hoje eu vim muito mais preparado. Trouxe minhas cordas...
- Tá maluco! Você acha que eu vou deixar você me amarrar de verdade?
- Mas eu te amarrei com meu cinto e minhas meias...
- Isso tudo bem, mas corda? Vai me machucar e não gosto disso. O que eu vou dizer ao meu namorado quando chegar em casa toda marcada?
- Que nada, até chegar em casa já sumiu tudo...
- Cara, prefiro ficar dura que correr riscos.
- Risco? Que risco? Já fizemos antes. Não dói e você sabe que meu negócio não é dar porrada!
- Quem me garante? Depois que eu estiver amarrada meu filho, você pode fazer o que quiser.
- Tá certo. Nenhuma chance?
- Não. Cai fora. Procura outra, aliás, é melhor desistir, porque ninguém aqui vai topar isso.
- Ok, sem cordas. Rola um drinque?
- Tá legal, mas esquece isso.
Passadas umas quatro horas os dois conversavam na cama do motel.
- Cara essas marcas saem mesmo?
- Lógico, daqui à uma hora não tem mais nada... Sumiu tudo.

LADIES IN RED

Alô galera fetichista que curte algemas e correntes.
Como prometido, o site Bound Brazil exibe hoje aos seus assinantes o filme Ladies in Red.
Duas belas garotas (Samyra e Brenda Lee) com sensuais trajes vermelhos lutam desesperadamente contra as algemas e correntes em cima da cama. As mordaças com lenços vermelhos dão o toque monocromático ao filme de 16 minutos que estará disponível aos assinantes esta noite.


Como sempre, um photoset com as melhores tomadas fazem parte da atualização.

Hoje, também, estará disponível o filme “The Resort”.
A jóia da coroa do site estará pronta para ser adquirida no link “Vault” e não precisa ser assinante do site para levar a versão em download ou em DVD.
Basta seguir as instruções e ver essa maravilha. Uma hora e dezesseis minutos de bondage, damsels in distress, suspense, ação e sensualidade.
Imperdível.
Segunda eu falo da festa de lançamento do filme “The Resort”.


Aos dois sortudos relacionados para o evento, já devidamente avisados, um recado: tem espaço na Van.
Bom fim de semana a todos.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

A Primeira Fração


Escrevi esta matéria há meses atrás, quase um ano.
Alguns amigos pediram para rever e por isso resolvi repostar na íntegra, inclusive com os links.
Taí.

Ontem foi mesmo o “lazyday”.
Preguiça por todo lado devido à falta de uma boa noite de sono desde Sexta passada.
Saí do 24/7 na companhia de três dominadoras perversas.
Qualquer submisso daria um cesto de ouro se pudesse para estar em meu lugar, mas dividir apartamento com essas feras soltas é complicado Zé, você dorme na sala de preferência fechando só um olho.
A bem da verdade elas são uns “amores”, mas por não terem praticado como esperavam senti que passaram a me olhar com ares demoníacos e água na boca, tipo cachorro em frente àquelas máquinas onde o franguinho roda nas padarias...
Mas pra minha alegria incontida tudo passou e não virei o personagem do filme “O Livro das Revelações”, aliás, tem até matéria dessa trama aqui no blog onde o cara passa o diabo na mão de três dominadoras, contra a vontade é claro.
Sobrevivi.
E ontem na reminiscência de meus últimos suspiros de uma Segunda-Feira preguiçosa, pestanejando, topei com um filme no Canal Brasil muito interessante para os adoradores de pés: Cinco Frações de uma Quase História (2008).
Num trabalho de seis diretores experientes em longas e curtas metragens, o filme é dividido em cinco histórias interligadas, como frações, sendo a primeira delas o motivo da matéria de hoje.
Carlos, personagem interpretado pelo ator Leonardo Medeiros é um fotógrafo obsessivo que entrou numa fase podólatra.
Sua tara pelos pés das moças é tão insana que o torna capaz de protagonizar cenas absurdas em plena luz do dia na Cidade de Belo Horizonte. Como uma raposa perdida no galinheiro, ele não sabe atrás de qual das presas vai primeiro. Cada pé que se depara ele fotografa em busca de uma obsessiva idéia de montar uma exposição sobre pés femininos.
Taxado de tarado e pervertido pelas mulheres de quem se aproxima, desde a namorada, transeuntes e garotas de programa, a louca corrida pelas fotos para compor a exposição dá lugar a uma verdadeira busca frenética que o transforma num podólatra desgovernado, a ponto de se atirar aos pés da própria analista para saciar sua sede.
Normalmente os amantes e adoradores de pés, carinhosamente chamados de podólatras, costumam andar pela rua com os olhos grudados na calçada ou em qualquer lugar onde um belo par de pés lhe chamem a atenção. Mas quando a coisa foge ao controle e transborda o balde, como no filme, é preciso refletir para que um fetiche não se torne obsessivo a ponto de criar um abismo profundo entre o sonho e sua realização.
Não pensem que é fácil para um podólatra conviver com esse desafio, porque se o sujeito for um “louco por bundas” nem na praia terá a possibilidade de ter uma inteira a suas vistas, enquanto o podólatra sofre, principalmente nos dias de verão com os muitos pés à mostra em sandálias cada vez mais atraentes.
Portanto, a primeira das cinco frações aborda um aspecto fetichista comum e interessante, deixando de lado alguns exageros como a namorada que lhe negava fotografar os pés e a prostituta que o agride por lavar, beijar e cheirar os seus. O filme, porém, é recheado de passagens interessantes para os podólatras e cenas ousadas e sensuais como a que eu posto aqui em vídeo.
De quebra, vai o link para baixar o filme na íntegra porque as outras partes também são muito legais.

5 Frações de uma Quase História: http://www.megaupload.com/?d=DMJ2TTU7

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Extravagâncias


Alguma coisa já foi dita diante dos seus olhos e com certeza você achou extravagante, absurda ou até impossível.
Em se falando de fetiches a coisa fica preta.
Escutei, faz pouco tempo, de um “new” fetichista, recém chegado as maravilhas desse underground, que seu sonho de consumo é ser induzido por uma dominatrix a sentar numa garrafa pet de “Big Coke” até o talo, começando fininho até engrossar. Cravejado de agulhas nas costas ele disparou essa confissão, e pela quantidade de objetos pontiagudos cravados em seu corpo não sou louco de duvidar.
Da mesma forma outras pseudas aventuras que vivem no imaginário de fetichistas causam espanto a pessoas acostumadas a lidar com todo tipo de impulso. Aliás, haja imaginação...
Bondagistas costumam delirar com duas, três ou mais mulheres amarradas e amordaçadas na cama para ter com elas tudo que seu senso fetichista permitir. Será possível? Para eles sim, porque é parte de um sonho que ainda sendo taxado impossível sobreviverá enquanto a veia fetichista existir.
Se rolar, haja Viagra Brother!
Temos sonhos, claro, todos nós. Não precisa ser fetichista pra sonhar. É de graça e é bom.
De alguns sonhos que parecem impossíveis nascem idéias tão interessantes que se realizadas ninguém acredita que começou no fundo da imaginação.
Mas há um “porém”. Porque sonhar o absurdo é temerário e insano.
De repente o sujeito começa com certos delírios que terminam no consultório de um psiquiatra. Deve existir discernimento, as diferenças entre o que é sadio ou não.
Entretanto, o universo fetichista costuma ser habitado por pessoas que adoram viver no mundo da Lua.
Mulheres masoquistas que acham que a dor extrema e ainda desconhecida é o único elemento que prova a devoção total ao seu parceiro dominador, precisam entender que existe um limite entre o que é desejo e o que é são. Submissão e devoção não são medidas por capacidade de suportar a dor, mesmo que esta dor traga prazer.
O sentimento de humilhação quando leva o fetichista submisso a se submeter ao papel de vaso sanitário de um encontro fetichista é espantoso. A condição degradante pública é o clímax da humilhação. Estes fetichistas comem fezes e bebem urina sem o conhecimento necessário, ficando sujeitos a todo tipo de doença que esses excrementos humanos produzem num organismo.
Mais do que ter nojo de certas atividades as pessoas deveriam simplesmente orientar esta gente que deixa o desejo incomum sobrepor à razão.
Apesar de alguns destes exemplos serem somente um sonho para muitos fetichistas, outros os praticam ou tentam fazê-lo sem ter conhecimento ou doutrina necessário para tanto.

Enquanto delírio desperta ereções ou umedecimento em quem deseja, porém pode representar um perigo iminente a quem tenta fazer sem saber o próximo passo.
Os fetiches bizarros sempre serão extravagantes e arriscados.
Asfixia, cortes com lâminas, fogo e outras tendências devem ser estudadas a fundo antes de deixarem o mundo da imaginação para fazer parte do prazer.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Creme Hidratante


Se existe um inimigo público numero um para alguns fetichistas é o creme corporal.
Quer saber por quê?
Pergunte aos bondagistas e aos podólatras.
Eles definitivamente odeiam o creme hidratante.
Amarrar uma mulher besuntada de creme é como passar a corda ao redor de um pau de sebo e esperar que ela fique firme. Não dá brother!
Escorrega mais que pelo de macaco lambuzado de quiabo. A corda desliza, nega o alinhamento e no final vira um espiral totalmente fora de contexto. Você puxa e aperta em volta dos braços, mas não dá liga, sai do prumo e te leva vagarosamente ao desespero.
Já cansei de pedir que modelos do Bound Brazil retirem o excesso de creme dos braços e pernas antes de começar uma cena. O pior é que elas custam a entender, afinal toda mulher gosta de estar bonita e cheirosa, com o que eu concordo plenamente.
Porém, o assunto aqui é realizar o trabalho bem feito e nessas horas o creme recém inserido na pele atrapalha.
Além deste exemplo que eu sou testemunha, alguns amigos podólatras têm pelo creme hidratante a mesma impressão negativa.
Noutro dia presenciei um papo de dois caras loucos por pés sentando o sarrafo no excesso de creme que as meninas passam nos pés. Um deles chegou ao ponto de afirmar que não havia beijado pés na noite anterior e sim comido peras. Mas como assim?
Na boa, o cara contou que a parceira detonou um pote de creme hidratante de pêra nos pés e por conseqüência fez o cidadão ter uma ingestão da fruta por toda a noite. Acho que tão cedo ele não vai querer saber de comer pêra...
Claro que nem todo podólatra gosta de pés sujos ou com mau cheiro, mas criar um aroma específico também é demais. Lavar, limpar e deixar a natureza seguir seu curso acho que encaixa melhor.
O problema é o exagero...
Há muitos anos atrás saí com uma mulher que encheu a vagina de creme hidratante. Conclusão: espumei mais que se tivesse colocado uma pastilha de sonrisal na boca...

Algumas garotas confundem as coisas e tomam banho de creme, com isso afugentam parceiros e podem até estragar uma futura relação.
Nada de empunhar bandeiras contra o creme hidratante e nem fazer propaganda contra. Basta conversar, não ter medo de expor a questão que aos dois pertence de forma idêntica.
Resumindo, ficam alguns conselhos para as meninas que se relacionam com bondagistas e praticam o fetiche: façam uso do creme algumas horas antes, de outra forma vocês vão achar que os nós nunca pegam o aperto necessário.
O mesmo se aplica às namoradas dos podólatras, afinal deve ser complicado caminhar com os pés escorregando dentro dos sapatos.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Fotografia


Os fetichistas têm queda por vídeos, afinal mostram a cena em movimento e proporcionam vida ao conteúdo que se assiste, mas não consigo deixar de lado as fotografias.
Mesmo os vídeos gravados em alta definição deixam escapar certos detalhes que a câmera fotográfica não deixa passar. Tá certo, com a tecnologia de hoje é possível criar as famosas frames e fotografar a cena preferida de um vídeo exibido, mas ainda fico com as fotos e seus efeitos colaterais que nenhum avanço tecnológico é capaz de apagar.
Quando ainda era necessário revelar a foto existia um fator de risco, principalmente em se tratando de imagens fetichistas que normalmente têm um conteúdo íntimo, privado. A existência dos negativos freava impulsos, limitava a exposição. Acho legal dividir fotografias com pessoas que tenham o mesmo interesse.
Fosse ainda necessário revelar fotografias o Fetlife não existiria.
E uma rede social lotada de fetichistas vive de imagens, de cenas, de impulsos e de uma troca constante de tendências e gêneros.
Não é necessário copiar, o melhor é entender e conhecer. Se uma imagem atrai é sinal que aquela tendência é o caminho. Essa é melhor definição para visualizar uma cena fetichista e fazer dela uma luz que te leve a algum lugar.
Impossível negar que muitas dessas imagens ao longo dos anos foram à referência da minha caminhada fetichista, assim como de muitos outros praticantes.
Não sou um bom fotógrafo, admito que algumas vezes não encontro o ângulo que gostaria de exibir um trabalho, mas tenho a sorte de contar com uma fotógrafa competente ao lado quando o assunto é bondage. Construo a cena e outros olhos a enxergam. Olhos que aprenderam o fetiche, que conhecem a minha idéia e sabem onde quero chegar.
Gosto muito de observar meu trabalho pela lente da Lucia Sanny no dia seguinte. Muito.
Então eu volto meu olhar aos blogs e páginas de amigos em todas as partes do Globo.
Fico fascinado quando vejo a foto correta, captada da forma exata que eu gostaria de ver pessoalmente. Esse encanto é a cereja do bolo, o efeito necessário pra fazer o fetiche dar certo, atingir o objetivo.
A coisa é tão grande brother que sou capaz de lembrar das imagens que balançaram meu coqueiro e acabaram com meu sossego por décadas...
Um amigo fetichista de carteirinha e sócio do clube há anos, me disse outro dia que as fotos são legais, mas não emitem os sons que ele tanto gosta. Concordo, aliás, assino em baixo, mas se você olhar com carinho e ficar atento a cada detalhe posso garantir que uma expressão mesmo inanimada pode traduzir um milhão de palavras.
Dirá à oposição que é uma questão de gosto, de opinião. Claro, quem sou eu pra meter o bedelho na vontade do vizinho?
Porém, pra mim essa química funciona.

Basta admitir que o fetiche é uma grande viagem através do desconhecido, porque por mais que se saiba de cabeça o caminho tem sempre um desvio que pode nos levar a algum lugar cheio de novidades tentadoras impossíveis de serem ignoradas.
Essas tentações...
E pra terminar essa matéria, nada melhor que postar duas fotos de duas amigas devidamente autorizadas que dão brilho às páginas pessoais do Fetlife.



A Sub_gaby mostrando as marcas de uma noite perfeita, e da Chrissy Daniels me enchendo de razão quando falo da capacidade de uma imagem em traduzir um universo de sons e palavras.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

quinta-feira, 17 de junho de 2010

quarta-feira, 16 de junho de 2010

The Resort (2010) O Filme


Vá lá que eu não me sinta a vontade pra escrever sobre uma obra que realizei, mas como tudo na vida é evolução, acho que esse filme pode traduzir aprendizado e aperfeiçoamento.
Produzir fetiche não é fácil, requer talento de quem mostra a cena e total controle de quem está por trás das câmeras. Aí começa a valer o velho ditado de que uma andorinha não faz verão.
É preciso apoio, desde a concepção da idéia até o nascimento do produto. Mas nesse aspecto o cardápio aqui é farto, porque o time do Bound Brazil bate um bolão, é bom pra cacete!
Dois dias em dez, talvez quinze, parecia impossível, porém deu pé. Sem contar a finalização é claro, caso contrário, estaríamos no Guiness Book.
Encaramos o frio da Serra de Petrópolis com a bagagem cheia de coragem e vontade de dar certo. O elenco chegou junto, as meninas queriam fazer bem feito e correr pro abraço. A alquimia estava pronta, só faltava tirar a idéia da minha cabeça e retratar em uma hora e dezesseis minutos de filme.
Assim nasceu “The Resort”.
Um enredo simples, sem subterfúgios, que mostra o fetiche dividido em cenas de cada tendência, ou seja, cultua os detalhes sem fugir ao foco principal: damsels in distress.
No elenco uma constelação de talentos que leva o fetiche produzido no Brasil aos quatro cantos desse planeta.
Anota aí: Terps, Dominique Estrela, Daphne, Gaby Dessuan, Miuky, Scarlet, Lolita Brazil e Saulo Quaresma.
Há doze dias estamos trabalhando full time na finalização do filme, montando e editando, criando efeitos, trilha sonora, e outros aspectos que uma obra produzida em HD faz por merecer. E como acredito que toda ousadia será recompensada este investimento tem que valer a pena.
O Resort que dá título ao filme e é o cenário dessa aventura de suspense, bondage, fetiche e sexo. E se transforma no alvo, o ponto de cobiça de uma quadrilha que quer a todo custo encontrar entre quatro lindas garotas, a verdadeira proprietária do local, aquela que assina o documento de transferência dos direitos do hotel.
A crítica do filme caberá a expoentes fetichistas de várias partes do mundo. A mim, resta a missão de apresentar a obra e mostrar como foi concebida e construída até chegar ao espectador.
O filme “The Resort” será lançado simultaneamente nos Estados Unidos, no excelente blog Danger Theatre da Sasha Cohen, medalhista do Bondage awards 2010 como uma das melhores cronistas de bondage, no site Britsh Bound Damsels da Inglaterra e no Day13 da Alemanha no dia 25 de Junho.
Entretanto só poderá ser adquirido no site Bound Brazil, na sessão vault após a data de lançamento. A galera do Brasil pode optar por comprar o download ou a versão em DVD pelo Pagseguro.
O filme tem legendas em Inglês e inaugura o link “Films” no site Bound Brazil.
E como dizem que imagens falam melhor que mil palavras, aqui vai o trailer do filme “The Resort”.
Acho que vale o ingresso!


terça-feira, 15 de junho de 2010

Final de Junho no Bound Brazil


As atrações que o site Bound Brazil está preparando para o final de Junho merecem registro.
Nas três ultimas semanas do mês os destaques dão conta do recado e celebram o aumento de assinantes brasileiros no site.
Duas estréias e novos filmes de aventura e bondage, afinal isso é tudo que move nossa máquina.
Portanto, vale arranjar um lugar na poltrona e se preparar para o que vem por aí.
Como sempre, a gente mostra aqui no blog em primeira mão.
Enjoy it!

CAMILLE BRAGA
Photo Clip


SAMYRA & BRENDA LEE
Vídeo: Ladies in Red


MILENA LOPES
Photo Clip

segunda-feira, 14 de junho de 2010

500 Fetiches


Para uma ocasião especial uma roupa nova cai bem. Certo?
Pois é. Este mês foram várias as razões para trocar de roupa e receber os visitantes da melhor forma possível. Dois anos de blog e quinhentas matérias. Só faltou a taça de champanhe, mas ainda não inventaram um brinde virtual.
E nem por isso ficamos tristes porque o que vale é a presença e o tempo dedicado a leitura desses quinhentos artigos.
Existe um mapeamento do blog que passa todo tipo de informação e uma delas diz respeito às matérias mais lidas, mesmo que elas sejam ultrapassadas por novas atualizações. Com base nessa pesquisa procuro atender aos leitores e escrever algo similar que vá ao encontro das expectativas.
Pode até existir quinhentos fetiches, porque não? Uma amiga me questionou a esse respeito outro dia e fiz ver a ela que a adoração por determinadas peças de seu guarda-roupa eram um desses quinhentos fetiches.
A intenção não é construir um glossário diário com uma longa lista de todos os fetiches que se tem notícia. Acho que vale a matéria, o desenvolvimento e a crônica em si, através de análise, dicas e toques fundamentais, afinal, há pessoas que chegam por aqui, puxam uma cadeira e passam a fazer parte desta mini comunidade sem ter ainda identificação com práticas reais.
Portanto, fica aqui o convite para quem estiver interessado em determinadas matérias enviar por email o assunto de sua preferência a ser enfocado no blog. Basta mandar mensagem para: acm@bound-brazil.com
Por enquanto a gente segue a mesma trilha colocando lenha na fogueira.
Com a chegada do frio nada melhor para muitos fetichistas que ver as botas saindo do armário. Não precisa ser podólatra para gostar de botas. Normalmente recebo inúmeros pedidos no Bound Brazil para filmar mulheres amarradas de longas botas ou até coturnos.
Aliás, vale ressaltar que vestuário é o começo da história pra muitos fetichistas.
Então fica o alerta para as donzelas que desejam ser admiradas, e por que não dizer, adoradas pelos marmanjos à solta. Usem a abusem das botas no inverno. Dê preferência aquelas dotadas de longos saltos que realcem a postura da mulher. Negras, marrons, vermelhas, a cor é o que menos importa, porque na verdade o que interessa são as botas.
Desde que o que venha acima combine com as botas a festa está garantida.
Seja dominando ou se submetendo as botas tem lugar cativo nessa conversa. Como diz um amigo, a mulher que sabe o que quer já sai de casa pronta pra arrasar o primeiro olhar que cruza seu caminho.
Vale à pena investir uma grana e mostrar todas as suas intenções nessa época do ano.
Mas tenha sempre em mente que as botas são as últimas peças a serem retiradas. Valorize-as ao máximo e fique com elas antes, durante e talvez depois. Posso apostar que vai agradar em cheio qualquer coração genuinamente fetichista.

Por favor: nada de usar meias soquetes por baixo das botas. Isso acaba com qualquer tesão e pode mandar tudo pro espaço em poucos segundos. Não se esqueça que a pose tem que durar do começo ao fim, por isso, experimente a bota e caminhe com ela antes dessa aventura. Reclamar que está apertado é dar bandeira...
E como a idéia é ter uma noite perfeita e irretocável, capriche no visual e coloque seu charme na ponta do salto.
Isto é fetiche. Também.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Algemaníacos


O nome pode parecer estranho e talvez ninguém entenda muito bem o real significado.
Pra dizer a verdade acabei de inventar essa palavra: algemaníacos.
Em se tratando de um blog genuinamente fetichista fica fácil de entender que estamos falando dos apaixonados por este objeto metálico, tão antigo quanto à paixão que desperta em seus admiradores.
A palavra algema vem do Árabe “Al-Jemme ou Al-Jemma” que significa pulseira, uma herança da ocupação Árabe na Península Ibérica. O termo tornou-se comum a partir do Século XVI, embora grilhões ou simplesmente ferros fossem também utilizados.
Ainda que algemas sejam utilizadas por policiais no intuito de prender delinqüentes, este objeto faz parte do cardápio fetichista quando utilizado em fantasias sexuais, seja pela facilidade de prender a parceira ou o parceiro, como também pelo simples fascínio que ocorre quando o instrumento enfeitiça.
De uma forma geral, vários adeptos de fotos e vídeos de garotas em perigo preferem vê-las algemadas. Não há desprezo pelas cordas, lenços ou outros meios de amarração, simplesmente é uma questão de gosto e tesão mesmo.
E há aqueles que gostam de imagens de mulheres algemadas em perigo ou não. Vale tudo. Garotas sorrindo, em poses sensuais, pouco importa, o que conta é a algema.
Levando-se em conta os pedidos dos diversos assinantes do site Bound Brazil a proporção fica em torno de setenta a trinta por cento para a preferência por mulheres algemadas. E se existe algo que eu gosto de fazer é atender aos pedidos dos assinantes do site. Não só pela reciprocidade com os membros como também pelo sentido comunitário que o assunto sugere.
Claro que muitas vezes fica difícil agradar a todos, mas vá lá que uma simples produção tenha o dom de acertar no alvo de quem está louco pra assistir, então a química fica perfeita, sem retoques.
E por falar em algemas e mulheres bonitas em perigo, o filme de hoje do Bound Brazil enfoca esse assunto sem vírgulas ou parênteses. Gagged, Cuffed and Bound reúne o desejo em dose certa sem contornos.
Duas belíssimas garotas, Milena Lopes e Natasha Warzack são aprisionadas e lutam para se livrar das algemas, mordaças e tiras de couro. Nada de algemas com trava de segurança, tudo acontece de forma real e direta.
Como minha intenção foi buscar uma imobilização em estilo hogtie que lhes tirasse qualquer possibilidade de movimento, não utilizei algemas nos pés. As tiras de couro me pareceram mais apropriadas, causando o efeito que eu imaginei.
Mas os apaixonados por algemas podem ficar tranqüilos porque o vídeo é recheado de closes nessas argolas metálicas que tanto encantam. Não limitei o movimento dos braços para que se possa perceber as algemas por inteiro, indo de um lado ao outro de acordo com o mover dos braços na inútil tentativa de serem removidas pelas heroínas.
Como todo vídeo de Sexta no Bound Brazil, Gagged, Cuffed and Bound apresenta um photoset completo com as melhores imagens para os colecionadores de plantão.

Algumas pérolas com algemas estão na fila para serem exibidas no Bound Brazil. Pulsos, tornozelos e até os dedos algemados estarão em breve na tela do site realizando a fantasia dos fanáticos por algemas.
Resumindo o fetiche por algemas: nossa tara é muito difícil de explicar, daí fica complicado fazer alguém entender. Sempre foi assim e ainda será. Não existe colocação lógica que possa exemplificar esse desejo por argolas metálicas que se fecham, aprisionando pulsos ou tornozelos num simples encaixe, mas o ruído do ferro correndo por dentro da base continuará causando frisson aos loucos por algemas.

Um excelente final de semana a todos!

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Dois Anos (Sem Tirar de Dentro…)


Pensando bem, eu apenas queria falar de fetiches.
Passar aos recém chegados uma idéia de como tudo funciona, e embora guardasse algum material que mais tarde seriam os primeiros ensaios do acervo do Bound Brazil, tudo me parecia muito distante há dois anos atrás.
Só que a coisa foi crescendo e encorpando de tal forma que escrever aqui foi ficando gostoso. Os primeiros visitantes ilustres me perguntavam quem eram aquelas mulheres boazudas, de onde vinham e porque posavam para aquelas fotos ainda sem destino. Mas não passaram batidos pelas matérias. Aceitaram o debate, concordaram, discordaram, tudo dentro da mais perfeita democracia.
E fui me animando. Escrever virou parada obrigatória e foram dois anos ali, sem tirar de dentro. Folga pros dedos só aos sábados, domingos e feriados. Até viajando eu bati o ponto, mesmo que fosse através de matérias programadas.
Daqui a dois dias este blog completa quinhentas postagens. Me dei conta semana passada desse número e confesso que nem acreditei no que vi. Vai ter assunto assim na casa do cacete!
Engraçado é olhar pra trás e perceber a própria metamorfose. Incrível!
A percepção do assunto, a intimidade com esse blog como se fosse uma extensão da minha própria casa. Já falei sério, já soltei palavrão e levei até esporro por causa disso, mas mesmo assim não me condeno ou reprovo, afinal um espaço público também pode ter uma atmosfera intimista.
Se pudesse filmar essa transformação iria fazer com o pit acelerado, mixando dias e noites até chegar onde estou. Acho legal celebrar datas e, principalmente, mudanças. Ter certeza que nesses dois anos não colei a bunda no sofá da sala enchendo a cara de cerveja cheio de vontade de fazer alguma coisa, mas sem tesão de ousar.
Meti a mão brother!
Nem por isso fiquei besta ao ponto de me sentir melhor do que ninguém por conta de uma medalha ou por estar rodeado de mulheres gostosas todo final de semana. (Como se fosse possível comer todas elas... “Teria que comprar um estoque de Viagra – nunca usei essa porra - e acabaria levando uma coça “dela” e dos namorados delas!”). Quem me conhece e convive comigo sabe o que eu penso. Tem muita gente boa nesse mundo que faz bonito e bem feito, muitas vezes melhor do que eu, e tenho caixa pra saber reconhecer.
Tá bom. Dois anos escrevendo resolvi me dar de presente o direito a um desabafo.
Hoje não sou apenas um bondagista nas horas de prazer. Carrego comigo um montão de gente que faz as contas pensando no que minha mente cinqüentenária e, ainda libertina, vai imaginar no próximo fim de semana.
Dá saudade da irresponsabilidade? Não, apenas uma doce lembrança gostosa...
Então vamos nessa. Mais um ano pela frente e a cabeça fervilhando de idéias pra dividir aqui com essa gente bacana e fiel que não me deixa na mão.

Existem tantos pecados ao sul do Equador que esse espaço ainda comporta.
Fetiche não é só pra quem gosta, cabe também em quem tenta, porque de repente dá um arrepio incontrolável que te leva ladeira acima de onde nunca mais se pode voltar.
Bom, chega de celebração ou promessa de comprometimento eterno. O negócio é tocar o barco pra frente e seguir na mesma batida, afinal, time que está ganhando não se mexe.
Amanhã é dia de ano novo por aqui e não quero estar de ressaca.
Tem muita coisa a ser dita.
Aguardem as cenas dos próximos 365 capítulos.
Thank you everyone!

Em Tempo: As fotos denunciam duas fases do Bound Brazil. Hoje e Ontem. Andrea Costa em 2010 e Sophia C em 2008. Vem muito mais por aí.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

E por Falar em Saudade…


Houve um tempo em que as fotos fetichistas eram em preto e branco, traziam mulheres de cílios grandes pintados de negro, meias sete oitavos com ligas que abraçavam cacinhas de renda largas.
Vinham estampadas nas páginas de revistas em papel couchê, mostravam mulheres amarradas em desenhos nada simétricos e mordaças improvisadas, lenços brancos ou até estampados sem nenhum cuidado em guardar posição firme na face.
Engana-se quem pensa que estou me referindo a fatos e imagens dos anos sessenta ou setenta, porque em plena década de oitenta era tudo o que se tinha. O mundo girava a cem por hora lá fora e aqui as coisas aconteciam a trinta. A conta era simples e não dava pra fugir ou fingir que aqui era o País das Maravilhas. Era fácil proibir.
Noves fora todo esse atraso, é legal olhar pra trás e perceber um pouco do encanto que essas imagens ainda causam em quem conviveu com elas. Imaginem a evolução: pra quem era obrigado a curtir o fetiche inventando fotografias de mulheres em poses de bondage, desenhando cordas com caneta e mordaça com liquid paper em garotas seminuas nas páginas das revistas masculinas, ter a cena real em preto e branco, com cordas de verdade e situações reais de perigo era um verdadeiro paraíso.
Talvez daqui a trinta anos as imagens de hoje totalmente digitalizadas, apoiadas em bases tecnológicas capazes de transformar o feio em bonito sejam olhadas por um mesmo prisma, ou quem sabe não resistam ao avanço que virá. O papel cada dia que passa afunda em desuso e se torna vitima da reciclagem impiedosa, então os discos rígidos que hoje representam a febre do consumo serão tão obsoletos que não haverá lugar onde seja possível fazê-los reviver.
Lembram do VHS? Quem ainda possui um Vídeo Cassete?
Preparem-se senhores fetichistas para as novidades que o milênio tem pela frente e a principal delas será a punheta cibernética sem lógica, afinal o adolescente não terá uma folha de papel que possa olhar e derramar sua volúpia emergente, ou então levará um palm top ou um Iphone para dentro do banheiro.
Simples, num passo de mágica. Mas onde está a magia? Onde está o prazer de burlar o que é proibido? Afinal, desafiar o perigo é uma onda que todo adolescente gosta de ter.
Dizem que não se deve brincar com o futuro ou desafiar a tecnologia. Sabe que isso faz sentido? Eu, por exemplo, jamais imaginaria que no meu cinqüentenário estaria escrevendo essa matéria e num simples toque em algumas teclas ela apareceria numa tela de computador que pode ser compartilhada em todos os lugares do mundo. Aliás, faz tempo que eu não sei o que é escrever uma carta...
Porém, a idéia desse texto não é desafiar o futuro ou tentar estabelecer um elo entre o passado e o presente. É melhor ficar na linha da comparação e valorizar aquilo que um dia fez parte da minha vida e me ajudou a construir um caminho que me fez chegar até aqui.

Por isso, é hora de valorizar quem descobriu a pólvora quando tudo ainda era um grande vazio. Entrar na onda retrô e tentar entender os segredos de quem bancou tudo isso lá atrás, sem saber se seria possível construir uma roda capaz de transformar corações e mentes, levando ao conhecimento de muita gente tudo àquilo que era um simples desejo.
Detesto levar um rótulo de saudosista, acho que o melhor está sempre por vir e acredito piamente na eterna juventude da alma como ponto de partida para meu vôo diário, mas não posso deixar de falar de coisas que me fizeram tão feliz que chega a ser quase impossível descrever num simples artigo de um blog.
Tecnologia, cenários, paixões e desejos. Tudo isso pode mudar, para melhor ou pior, mas somente a essência há de prevalecer enquanto existir o fetiche e as razões que o façam sobreviver pra sempre.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Erotic Fantasy


Namorados ou os sem namorados e namoradas.
Sábado é dia de ficar perto de uma lareira e sentir o calor do fogo. Um dia especial, dedicado a todos que ao longo do ano se acharam ou se mantém firmes.
Porém, existem aqueles e aquelas que seguem em busca do par perfeito para que a lareira tenha algum sentido. Se seu objetivo é uma festa recheada de fetiches aqui vai uma dica: Erotic Fantasy.
Doze horas de festa e tudo liberado.
Quer mais? Um lugar paradisíaco à uma hora e meia de distância do Centro do Rio de Janeiro com condução gratuita a quem comprar o bilhete premiado. Uma chance de conhecer a Pousada da Represa, onde foi rodado o último longa metragem do site Bound Brazil, como disse ontem aqui.
Atrações não faltam, e vamos a elas: pra começar, “tudo” liberado. Tudo mesmo, bebida, comida, com pizza em forno a lenha e outras iguarias. Strippers (marmanjos e sereias) com performance fetichista e dança do ventre. Quatro sex rooms para os mais desinibidos que na certa vão procurar um cantinho para as cenas mais fortes...
E como em todo evento fetichista, haverá cenas de bondage, BDSM, podolatria e outros.
Dois DJ’s aquecendo a noite gelada da Serra e uma dezena de atrações que podem ser conferidas no flyer da foto.
O preço é justo, compadres pagam 120 pratas e as comadres 80, com direito a lugar no ônibus com saída prevista pelo Satisfaction Rock Bar Lapa, na Rua do Riachuelo 18 a partir das oito da noite.
E como todo evento que tem o fetiche na veia tem seu espaço reservado por aqui, estendo o convite a todo mundo que me envia emails perguntando sobre festas e encontros.
Portanto, é hora de arrumar as malas e subir a Serra em busca de uma noite fetichista perfeita.
Erotic Fantasy, uma produção da minha amiga Lótus.

DARKNESS FEET

Uma dica pra quem se derrete ao ver lindos pés.
Na próxima Quinta dia 10 no Satisfaction Rock Bar Lapa rola a festa Darkness Feet, sob a batuta da competente MRS. Vamp.
É uma boa dica para quem quiser conferir o que essas Deusas estão preparando para deixar os podólatras boquiabertos. Mas a festa Darkness não carrega somente a bandeira da adoração de pés. Diversas cenas de BDSM fazem parte do cardápio e contará com a presença de toda a galera que freqüenta as famosas chopadas da Vamp.
A festa está programada para começar às oito da noite e não tem hora para terminar.
Os preços: valetes pagam vinte e as damas dez, com um bônus de bar.
Maiores informações poderão ser obtidas no site da festa: http://www.festadarkness.hd1.com.br ou pelos telefones (21) 41040949 ou (21) 82786887.

Resumindo, a festança como solta essa semana aqui no Rio de Janeiro e é só escolher o roteiro para cair na gandaia de cabeça.
O cenário está montado e vale lembrar que dress-code ou roupa negra é obrigatório nos dois eventos.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Diário de Bordo (Os Bastidores do Novo Longa Metragem do Bound Brazil)


O nome ainda é segredo. Precisa ser tratado como assunto de Estado.
Algumas imagens das atrizes são possíveis de divulgar já, fora do set de filmagens.
E como funcionam os bastidores de gravação de um filme fetichista?
O filme foi criado a partir de uma idéia de roteiro que uma amiga me enviou. Foi elaborada uma adaptação do enredo para a metragem final, a escolha das atrizes e personagens que se enquadrassem dentro do plano.
Nas reuniões preliminares que antecederam as filmagens atores e atrizes receberam seu script, estudaram as cenas e coube a mim como diretor escolher o perfil que cada personagem exigia.
Claro que o desempenho nos trabalhos do site ajudou nesta escolha e, fora alguns imprevistos de última hora, o resultado mostra que minha intuição acertou o alvo, na mosca. Se eu pretendia colher o máximo de cada modelo em cenas variadas elas fizeram o papel perfeito, realizaram com uma desenvoltura incrível e, até certo ponto, além das minhas próprias expectativas.
O local perfeito. À uma hora e meia de distância do Centro do Rio de Janeiro um Resort foi o cenário escolhido para essa aventura.
Partimos de Van às seis e meia numa manhã de feriado cinzenta. Não faltaram alegria e disposição da galera, uma ou duas paradas “técnicas” até chegarmos ao Resort. Pude notar olhares atentos ao belíssimo cenário da Pousada da Represa, e depois de um reforçado café da manhã começaram os preparativos.
Vale aqui uma colocação: um filme desse porte, com a parafernália tecnológica que consumiu a bagagem de um segundo veículo, não se faz em um único dia, por isso a Sexta “enforcada” era o dia perfeito para a continuação de nossa aventura. Estávamos naquele pedaço de paraíso para deixar nosso suor e produzir em quarenta e oito horas o que às vezes leva dias.
Some-se a isso a difícil missão de comandar mais de vinte pessoas, entre modelos e equipe técnica, mas nada de reclamar, afinal eu estava no meio de uma confusão que foi criada dentro da minha própria cabeça e, por isso, era respirar fundo e ter serenidade total.
Quando o sino tocou para as primeiras tomadas dentro do Resort muita coisa passou no meu pensamento, e fui buscar lá atrás, quando apenas um site mostrando o fetiche de bondage era um sonho e nada mais.
O tempo era curto e não dava pra pensar muito.
Filmei um roteiro em minha opinião eficiente, com o fetiche de bondage e damsels in distress como foco principal. Uma tentativa de uma quadrilha de falsários que deseja se apossar de um belo hotel através de um golpe ousado, obrigando a proprietária a assinar a transferência do estabelecimento.
Imagens cem por cento “Full HD”, ampla diversificação de cenários, captação de som em estéreo e outros efeitos, são a marca registrada desse filme com legendas em Inglês que em breve será lançado simultaneamente no Brasil, Estados Unidos, Inglaterra e Alemanha.

O trabalho agora é de edição e finalização do filme.
Fica aqui a promessa de divulgar o trailer aqui no blog assim que estiver pronto.
Resumindo, foram dias de tensão recompensados pela alegria ao ver as imagens ainda brutas, sem qualquer tratamento, mas que me dão a absoluta certeza de ter feito o melhor.
Queria agradecer a todos que de alguma forma contribuíram para que eu pudesse voltar de Petrópolis com essas cenas maravilhosas debaixo do braço. Cozinheiras, cabeleireira, maquiadora, iluminadores, operadores de áudio, assistentes de produção e direção, enfim, a toda essa gente bronzeada que subiu a Serra para escrever mais um capítulo do fetiche desse lado debaixo do Equador.
Valeu!

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Opinião que Vale


É normal quando se abraça os amigos, é perfeitamente lógico que haja reciprocidade e porque não dizer, convergência de opinião, afinal a amizade aproxima, congrega.
Mas quando um cara se destaca por ter uma opinião cartesiana pelo que escreve, pela visão geral sobre tudo que aborda, algumas vezes parecendo radical, esse cara merece respeito. Porque não bajula, fala o que acha certo e o que acha errado, sem parênteses ou vírgulas do tipo “doa a quem doer”. Só que é preciso ter bagagem e culhões pra tanto...
Léo, quando eu escrevi sobre sua visão a respeito de premiações virtuais me referi ao reconhecimento, da mesma forma que você deixou claro nas verdades absolutas que eu fiz questão de plagiar aqui.
Lógico que saber o que você pensa é importante, pelo conhecimento de causa.
Então, te passo a palavra. Com a cara larga de orgulho e louco de vontade de seguir teu conselho. Era tudo que eu precisava ler, porque pra mim é o que realmente importa.

O único troféu digno que o Brasil ganha este ano
(por Leonardo Vinhas)

Já falei do meu amigo Tony, ou ACM, antes. Entrevistei a figura, pra ser mais exato.

Tony é um daqueles amigos que ficam me lembrando que a vida só vale na hora que a gente deixa de apoiar a alma na bunda. Eles não me trazem essa lembrança discursando, mas sim, fazendo o que eles fazem melhor.

Tony sabe dar gás na ideia fetichista. Levou uma série de pontapés da vida e de pessoas próximas, e decidiu peitar tudo e começar uma produtora de fetiches no Rio de Janeiro. Deu no site Bound Brazil, produtora que lança putaria de prima duas vezes por semana (ou seja, já tem um acervo lindo), tem um longa lançado e outro em vias de ganhar o mundo. Tudo isso em menos de um ano.

E Tony foi indicado ao Bondage Awards 2010, premiação-mor da indústria fetichista. Não levou ouro, prata ou bronze, mas emplacou uma posição no Top 10 de 10 categorias da premiação - inclusive a de oitavo lugar como melhor site.

Acho que ele não entendeu bem minha ideia quando eu quis dizer que prêmio na internet significa quase nada - tanto que ele abre este texto citando uma conversa nossa. Mas isso não é problema entre amigos. Ele sabe que eu rendo homenagens físicas (é isso mesmo que você entendeu) ao material que ele produz. Mas acho legal esclarecer o que eu quis dizer: foi só que um trampo bom como ele tem um reconhecimento que prescinde de reconhecimento "oficial".

Mas reconhecimento sempre é bom, projeção melhor ainda, e acho que, com um primeiro ano destes, o Bound Brazil vai ser uma potência no ramo. Do tipo que vai poder fazer o Tony parar de se dividir entre duas atividades que consomem tempo e energia pra cacete. E que, espero, encha os bolsos dele de dinheiro - até porque, quanto mais ele ganhar, mais pirações tesudas ele vai criar.

Mas estas coisas são bônus. O que importa é ver que, contrário a todos os prognósticos ("ninguém paga para ver putaria na web", "pra que fazer um site de bondage no Brasil?" e outras merdas que ele ouviu, e ouve, de gordos desocupados que só sabem reclamar), Tony foi e fez. Se recusou a ser figurante no seu desejo, na sua realização, na sua vontade, e na sua maneira de ganhar a vida. A indústria reconheceu, os amantes da pornografia (viva nós!) reconheceram.

E ele tá feliz da vida, comemorando a presença entre os grandes.

Eu sou um parceiro bem modesto, e bastante irregular, no trampo dele. Então não é que eu esteja "puxando a brasa para a sardinha do chefe". Só é um jeito de dizer: brother, mandou bem pra caralho. Seu trampo vai ficar cada vez mais foda, que eu sei.

Só isso. Abração!

Sobrou pouco espaço para falar do filme da semana do Bound Brazil, mas fica o registro:
O site hoje exibe aos seus assinantes o vídeo Seduction, com Terps e Sarah Moon mostrando a sedução através de cenas de Love Bondage.
Um Photoset com as melhores cenas faz parte do pacote.

Segunda tem novidades. Aguardem!
Um excelente final de Semana.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Na Tela do Bound Brazil


Não faltam mulheres bonitas e cenas de bondage de encher os olhos.
Fotos, clipes e vídeos que mostram o cuidado com as produções e o aperfeiçoamento de uma forma geral.
As estréias da Luana Fuster e Andrea Costa em ensaios beirando a perfeição. Os vídeos “Gagged, Cuffed and Bound” com Milena Lopes e Natasha Warzack e “Ladies in Jeopardy” com Lolita Brazil, Nina e Terps, que aparece pela primeira vez aos assinantes do Bound Brazil após receber o prêmio de oitava melhor modelo fetichista fazem parte desse pacote a ser exibido na próxima quinzena.
Bom, são essas as últimas do nosso “front”.
E como olhar não é pecado, aproveite a canja.

LUANA FUSTER
Photo Clip

MILENA LOPES & NATASHA WARZACK
Vídeo: Gagged, Cuffed and Bound


ANDREA COSTA
Photo Clip


TERPS, NINA & LOLITA BRAZIL
Vídeo: Ladies in Jeopardy

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Bondage e Arte


Simplificar é sempre muito bom.
Principalmente quando simplificar significa uma aproximação com o desejo.
Houve um tempo na minha vida fetichista que desejei ter as habilidades de um cara chamado Franco Saudelli. Um Italiano sessentão que na minha modesta opinião dá as cartas quando o assunto é desenhar mulheres em poses de bondage. E querer ser o Saudelli soava mais ou menos como se fosse possível ter o que se quer.
Pra isso, bastava olhar a vizinha e traçar um belo desenho com ela amarrada e amordaçada pra depois descabelar o palhaço até o sol nascer...
Mas infelizmente não tive e não tenho esse dom. O cartoon é uma arte que poucos dominam e no caso do Saudelli e de outros mestres em desenhos de bondage, o que eles rabiscam tem o poder de enfeitiçar mentes como a minha.
O que faz mais efeito num desenho fetichista é quando a idéia é inédita, vem diretamente da cabeça de quem cria a arte, porém em alguns casos uma imagem retratada tipo quadrinhos produz uma química bacana.
Alguns artistas amadores vez por outra me enviam desenhos de algumas fotos do site Bound Brazil. Utilizam a modelo de sua preferência e eternizam como se fosse um quadro a ser guardado pra sempre. Claro que isso afaga um pouco o ego por ter idealizado a cena ou de alguma forma por ser o patrono de tudo isso.
Semana passada o Nauticus, meu grande amigo e parceiro bondagista, me enviou um cartoon da Becky, modelo do Bound Brazil, retratada através de uma cena criada por ele e reproduzida por um cara apaixonado por suas fotos e poses, que começa a dar os primeiros passos nessa direção.
Achei legal dividir essa imagem aqui que me chamou a atenção pela maneira como foi concebida, e também pela idolatria entre o fetichista, a modelo e a cena.
Os quarinhos representam um tipo de fetiche, sejam eles sensuais ou não. Existem no mundo milhares de colecionadores e algumas revistas antigas de super-heróis chegam a custar uma fortuna quando são raras.
Quando esses quarinhos reproduzem imagens fetichistas a chapa esquenta, porque reúne duas correntes num só pensamento. Cá pra nós, existem desenhos tão bem feitos que chegam a ser impossíveis de serem reproduzidos de maneira real.
Falo isso com conhecimento de causa porque algumas vezes tentei trazer para a vida real algumas poses de bondage desenhadas pelo Franco Saudelli.
É a vida tentando imitar a arte...
Nesse um ano e meio de Bound Brazil cheguei a pensar em exibir o trabalho de alguns desses intrépidos artistas nas páginas do site, mas desisti na metade do caminho até por certo receio de misturar as estações. Claro que ter um vídeo reproduzido em cartoon acalmaria todas as minhas pouquíssimas vaidades, mas existe sempre a balança e daí sobressai o velho ditado de que em time que está ganhando não se deve mexer.

Quem sabe um dia eu volte a pensar no assunto e crie um portal paralelo para abrigar a arte desses caras e com isso voltar aos meus dias adolescentes. Seria como reconhecer as próprias origens ou fazer um caminho de volta. Sei lá, afinal um pouco de nostalgia não faz mal a ninguém, ainda mais quando as lembranças são as melhores possíveis.

Um recado a quem me enviou mensagem de congratulações pelo Bondage Awards 2010: Infelizmente não pude responder a todos os emails, por razões de compromissos profissionais e, também, fetichistas. Por isso, em meu nome e de toda a galera retribuo aqui, publicamente, todo o carinho que recebi, não só por mensagens diretas como através de comentários aqui no blog. Valeu, demais!

terça-feira, 1 de junho de 2010

Inspiração


Não, eu ainda não estava bêbado.
Uma garrafa de um excelente Vinho do Porto ao meu lado, mas que não me animava a ousar uns goles a mais, porque porre de Vindo do Porto é difícil de aturar.
Ouvindo “La Ley” cantando “Fuera de Mi” era fácil chegar à conclusão de que o Sábado a noite passaria dentro da minha sala até o sono ser inevitável. Aprendi com o tempo que às vezes é legal uma atmosfera solitária para se ter inspiração.
E o Sábado passado tinha essa cara e feição.
Olhar para a parede mais próxima e imaginar nela um imenso telão onde o que você tem em mente será exibido é uma boa opção. Aqui vale um conselho: nada de ver o passado porque o futuro é bem melhor. Mas se os pensamentos possuírem uma conotação libidinosa por que não entrar de cabeça para arquitetar os planos mais sórdidos?
Foi o que eu fiz.
Retoquei o storyboard do novo longa metragem que vou começar a produzir na próxima Quinta-Feira, feriado. Oito mulheres lindas e um enredo de aventura, recheado de cenas de bondage que abre uma nova janela nas produções do Bound Brazil.
Será a estréia de filmagens em Full HD, um avanço tecnológico que ainda não é possível exibir nas produções semanais do site por conta de ajustes técnicos junto ao provedor, mas que em breve serão solucionados para apresentar aos assinantes uma melhor qualidade de imagem.
Não dá pra adiantar o roteiro por inúmeras razões, inclusive devido ao lançamento simultâneo que será a marca registrada dessa produção. Imaginem que esse longa metragem totalmente fetichista será lançado aqui no blog, no site Bound Brazil e em sites dos Estados Unidos, Inglaterra e Alemanha. A responsabilidade é imensa brother e não tem como escorregar na hora do pênalti.
Alguns devem estar pensando que eu vivo no mundo da lua ou viajando na maionese, que penso e pratico fetiche vinte e quatro horas por dia, mas é aí que o distinto amigo se engana porque o trampo aqui é violento, o que torna reduzidas as horas em que posso me desligar para escrever nesse blog que, diga-se de passagem, é algo que adoro e não troco por nada.
Se foi possível conciliar os batentes até hoje então pode mandar que mato no peito.
De volta ao Vinho e ao Sábado passado acho legal dividir alguns conceitos que utilizei para finalizar o roteiro. Como por exemplo, dar mais destaque as cenas do que ao próprio enredo.
Claro que toda narrativa deve ter um sentido, uma simples razão de existir, mas cá pra nós, fetichistas gostam de ver cenas de ação e sensualidade, e se bondage e damsels in distress é o foco do filme as imagens devem preencher a lacuna na totalidade.
Portanto, só falta tirar as idéias do computador e colocar em prática.

Confiar na atuação das meninas que estão totalmente ambientadas ao significado do fetiche perante o espectador, acreditar na competência de quem já ralou no meio do mato para produzir um filme de cinqüenta minutos, que teve êxito, embora pecasse pela inocência do roteiro e de quem ainda dava o primeiro passo detrás da câmeras.
Os acontecimentos recentes trazem a inspiração necessária e a eterna vontade de fazer funciona como combustível que vai mover essa máquina para provar que estamos na briga, que queremos fincar bandeira aonde conseguimos chegar.
Mulheres bonitas, cordas, mordaças e cenas de sensualidade e perigo reais.
Acho que com esses ingredientes é possível realizar uma bela receita que vá agradar Gregos, Troianos, Americanos e até Marcianos...
Na minha imaginação cabe tudo, por que não?
Afinal, uma bela fêmea amarrada e amordaçada numa nave espacial dá um roteiro e tanto!
Quem não se lembra da belíssima Marta Kristen amarrada na série Perdidos no Espaço? Embora muito guri eu já dava meus primeiros passos bondagistas...