Nada é mais fetichista que os pés.
A mulher quando quer e sabe, conquista com os pés.
Porque existem muitas formas de gostar dos pés femininos
no universo fetichista. Claro que nem todas agradam, mas aqui as cores e
sabores se misturam e criam essa atmosfera única e permissiva a quem se dispõe a
tentar.
Os pés atraem a submissão. O castigo imposto por eles.
Por outro lado, atraem olhares dominantes.
E uma das faces dominantes de gostar dos pés femininos
responde pelo nome de bastinado.
Bastinado é bater com um bastão, mas em BDSM se utiliza o
termo pra exemplificar castigos nas solas dos pés. Os pés são amarrados e nas
solas se aplica o castigo, a punição. Sim, um ato sadomasoquista, antes que alguém
observe. Deve existir total consentimento pra tanto.
Há quem goste, também há quem considere um ultraje castigar
algo que tanto se idolatra.
E dentro do grupo dos apaixonados por bastinado há os obcecados,
como em toda fantasia fetichista. Pessoas que assinam sites especializados
nesse tipo de prática e que garimpam pequenos vídeos pela internet, uma vez que
é um fetiche que muitas vezes omite rostos e passa tranquilamente diante dos
olhos de censura nos canais.
O também chamado “foot whipping” é cercado de histórias e
lendas.
Muitos observam o bastinado em castigos da idade antiga e
existem relatos que até hoje em alguns países do oriente se utiliza de tal
prática como forma de punição a infratores da lei. Uma tortura que deixa marcas
quase imperceptíveis que acabou migrando para o universo do BDSM e atrai muitos
praticantes.
Evidente que quando se fala de dor e prazer existe toda
uma conjuntura que rege esses elementos. Ninguém aceita um castigo desse porte
sem ter a certeza de que influenciará em suas reações corpóreas a ponto de
despertar interesse sexual. Portanto, as moças que gostam de ter seus pezinhos
adorados e acariciados não precisam olhar as solinhas bem cuidadas e imaginar vergões
de açoite. Isso é uma prática pra quem tem interesse.
E os interessados em bastinado têm um vasto acervo à disposição.
Uma das obras que mais me chamou a atenção foi com a belíssima
modelo Ariel Anderssen de quem sou fã de carteirinha. Como bom fetichista
costumo cultuar o que é bem bolado e possui conteúdo. E esse filme conta a
história de uma designer de sapatos, a
jovem inocente (Ariel Anderssen) que bate de frente com um chefe
inescrupuloso que insiste que ela
deve ser duramente castigada por uma série de reclamações de clientes sobre pés doloridos depois de terem usado seus projetos de calçados.
Belas moças encenando coisas bem reais. Isso é o fetiche!
Existem aficionados que curtem fetiches combinados e
cócegas e bastinado figuram em algumas produções. Não há qualquer relação entre
ambos no âmbito do BDSM, mas os produtores aproveitam a lei da procura e
realizam seus filmes em busca dos distintos perfis. As historinhas começam com
cócegas e terminam numa dolorosa sessão de bastões nas solas indefesas.
E como prudência e caldo de galinha nunca foram causadores
de males, vale ficar atento
aos efeitos nocivos de sessões de bastinado. As
solas dos pés possuem terminações nervosas ligadas a vários órgãos do corpo
humano, daí é preciso saber o limite de quem se dispõe a tal prática e conhecer
com consciência as zonas onde é possível aplicar o castigo pra não causar danos
maiores a saúde de quem consente a tortura.