quinta-feira, 30 de setembro de 2010

24/7: The Passion of Life (2006)


Se você está procurando algo em especial para entreter seu próximo final de semana aqui vai uma boa dica: 24/7, The Passion of Life de 2006.
Não imagine que essa é apenas mais uma produção recheada de cenas BDSM. O aspecto é mais amplo e esse filme lançado há quatro anos vai um pouco além. O prato preferido é a sexualidade.
A sexualidade ainda é um tema muito sensível no cinema. Existe um monte de filmes falando sobre a ganância, a inveja, a família, sucesso e amor, mas ainda há poucos exemplos de temas religiosos ou sexuais - e menos ainda em que se combinam estes dois. Há uma razão para isso. A sexualidade é considerada suja, a religião é considerada muito privada. É preciso alguma inteligência para ignorar e ir mais fundo no buraco do coelho para encontrar algumas respostas.
"24/7, The Passion of Life" é uma produção independente que tenta esclarecer a sofisticação deste tema. E ao contrário de muitos outros, eles conseguem fazê-lo sem usar a sexualidade como foco apenas, mas como a verdadeira chave para o tema principal.
De fato, esse filme não é somente sobre BDSM, não foi sucesso de público, e também não quis ter essa pretensão.
É um filme com uma forte ligação ao teatro e à filosofia.
Quem estiver à procura de um filme de SM kinky, pode procurar em outro lugar. Se você já se perguntou se existe uma razão mais profunda sobre fetiches, muito além do sexo comportado debaixo das cobertas, assista a esse filme.
Para mim, a parte mais interessante deste filme foram às discussões intensas sobre a luxúria e pecado, que estiveram longe de ter o típico estereótipo preto no branco. E todos os atores foram bastante eficazes em sua luta para preencher sua vida com algum sentido - como todos nós estamos tentando fazer. Especialmente Marina Anna Eich como "Eva", me convenceu como a mulher jovem, bonita e bem sucedida, que está experimentando sua nova vida como uma surpresa, tal qual Alice no País das Maravilhas.
O roteiro é simples.
Fala sobre uma mulher que quer saber mais sobre sexualidade, especialmente sobre Femdom, Feminização, Exibicionismo, o caminho para encontrar a sua verdadeira identidade fetichista.
Conhece fortuitamente outra jovem e, ao visitar sua casa, descobre que ela leva uma vida dupla como Dominadora. A garota fica fascinada pela cultura BDSM e parte em busca de encontrar a porta de entrada desse mundo novo.
Não espere um enredo de fácil entendimento em The Passion of Life.
Tudo que engloba sexo, religião e sociologia têm uma atmosfera complicada, e, normalmente, existem opiniões formadas a respeito do assunto o que nem sempre agrada a todos.
Prepare-se para o enfoque correto e interprete o filme pelas cenas, pela excelente fotografia e pela mensagem que o diretor (Roland Reber) procura apresentar.
Realizado em 2006 na Região da Bavária na Alemanha é uma excelente possibilidade para novos e antigos praticantes de BDSM entenderem seus caminhos e conflitos.
Não é sempre que se tem um olhar tão profundo sobre sexualidade no cinema.
Aproveite a chance.
Abaixo o trailer oficial do filme em seu lançamento e link (torrent) para baixar o filme na íntegra.

http://tinyurl.com/2c3eaow



quarta-feira, 29 de setembro de 2010

BDSM na Visão de um Switcher


O que é um switcher?
Segundo o glossário do BDSM é a pessoa que tem prazer dominando ou se submetendo.
Vale dar uma olhada no texto abaixo, uma contribuição do Mr. Logan que cultua no universo fetichista as duas faces da maçã.
Abre aspas pro cara.

“Dominação X Submissão”

Eu domino as palavras, eu domino a arte, eu domino a musica, eu domino o medo, eu domino a hipocrisia... Eu domino a VIDA! Eu me submeto ao prazer, eu me submeto à
fé, eu me submeto ao que quero, eu me submeto ao respeito ao próximo, me submeto a consensualidade.

Me submeto a VIDA como ela é... Não permita que sua dominação supere sua submissão. Todos, em nosso intimo, carregamos essas duas características, às vezes uma sobressai à outra, mas as duas estão lá, latentes e vivas em nossos corpos.
Equacione de forma natural esses sentimentos, e pode ter certeza, terá um resultado fantástico em sua qualidade de vida. Não se prenda a rótulos, simplesmente viva!
Explico:

Tenho uma teoria doida sobre sá
dicos e masoquistas no jogo BDSM.

Para muitos pode ser um estilo de vida, e uma fantasia. Tudo é uma grande RPG Erótica.

Cada um tem o seu papel específico na cena. O que castiga ou o que é castigado.
E encaro como fantasia, pois o verdadeiro sádico é um psicopata, não precisa do consentimento de ninguém. E o verdadeiro masoquista, se faz de vítima em qualquer situação, nem precisa ser erótica.

O masoquista manipula seu algoz jogando no ar o que odiaria amar, o Dominador finge não perceber e faz uso (ou não) das dicas dentro do seu momento.
Tudo pela fantasia do poder e controle. Controle da situação e prepotência em acreditar que é o único capaz de levar (ou negar) o outro ao orgasmo com este estranho prazer. No fim das contas, o masoquista se submete, o dominador manda e todos ficam felizes com a cena.

Sendo assim, mel
hor deixar quietos os que canalizam todo esse “estranho desejo sexual” (sadismo, masoquismo, domínio, submissão, impingir e receber dor) para a cena BDSM, não é mesmo? Afinal de contas é um jogo entre adultos, de maneira consensual, e que além de tudo, possui um botãozinho, uma “safeword” que pode desligar caso algo não agrade.

O ideal seria que todos pudessem expor seus sentimentos quanto a relações fetichistas ou práticas BDSM de uma forma geral.
A opinião alheia é importante. Algumas vezes ajuda a entender um pouco desse mundo através de seus habitantes. Existem situações em que é preciso auxílio para saber o endereço correto numa cidade onde se pisa pela primeira vez.
Fica o convite para os que se disponham a perder um tempinho escrevendo sua visão sobre esse universo e, principalmente, a respeito dos caminhos que levam ao prazer.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Prefiro ser Feliz


Quem fala o que quer ouve o que não quer.
O dito popular é antigo, sábio e prevalece enquanto resposta aos que pela manhã, ao despertar, passam óleo de peroba na face em lugar de lavar o rosto.
A idéia sempre é ajudar. Desde que este blog existe, e lá se vão dois anos e tal, vira e mexe recebo emails com pedidos para participar de trabalhos universitários, entrevistas, coisa do gênero.
Com o site bombando, um filme em cartaz de produção totalmente própria, esses eventos se sucedem e na medida do possível dá pra atender. É legal, já fui estudante em duas universidades e precisei disso algum dia.
Futuros jornalistas, sociólogos e psicólogos são os que se interessam mais pelo assunto e como dou a cara pra bater, recebo muitas mensagens com esse tipo de papo.
Mas às vezes o caldo entorna e o que era pra ser uma entrevista ou uma ajuda sobre estudos fetichistas se transforma em algo desagradável.
Por isso, gostaria de me desculpar com os leitores do blog por tocar nesse tema, porém, como a grande maioria que aqui freqüenta tem a veia fetichista, vale o desabafo, a questão social e nossa posição nesse cenário acima de tudo.
A resposta é simples e taxativa: como diria uma bela dama vestida de branco diante de um vampiro cheio de más intenções com os destes à mostra. “Não me venhas com beijos ao pescoço”.
Falar sobre fetiches, sobre meu trabalho, sobre o que penso e até de experiências eu topo, sem problemas. Mas daí a ser estudado como uma aberração da natureza haja paciência, porque com um cinqüentenário de sereno nas costas não estou aqui pra levar banda de tartaruga.
Jovens amebas que já foram convidados a ler o blog: esta é direta e serve pra todos sem distinção. Em resposta a vossa pergunta, que por coincidência é sempre a mesma, vos digo: o que eu sinto ao ver uma mulher amarrada é TESÃO, assim mesmo, bem grande. Mas o que acontece depois é problema meu, nem ela sabe muito bem ao certo.
Entendido?
Bom, passemos a página dois.
O que irrita, o que desagrada, é a bisbilhotagem escrota e sem nexo. O que essas pessoas querem saber é o que fetichistas fazem enquanto praticam atos sexuais, querem detalhes, talvez porque estejam tão iludidos com essa palhaçada de reality show onde até a hora de evacuar é violada, que esquecem princípios básicos de suas futuras profissões: o respeito à individualidade alheia, o direito constitucional de ir e vir, de estar e de ser.
Eu não quero ficar famoso, nem tenho tempo pra isso. Fujo de entrevistas porque nenhuma delas, por questões comerciais de seus veículos de imprensa, toca no assunto que me interessa: o site Bound Brazil. Só quero ser feliz, nada mais.
O resto é balela. O papo diário aqui no blog é grátis, pura diversão, entretenimento e altruísmo coletivo. Troca-se pensamentos, experiências e nada além. Ninguém paga pra ler o que escrevo e só os interessados me dão bola.

Portanto, dizer que sou um bondagista mágico que crio nós estratosféricos é papo pra boi dormir. Qualquer um é capaz de fazer isso e existem caras com tanta ou mais habilidade do que eu. É uma questão de gosto, de ponto de vista.
As páginas do blog estão liberadas. Todas as 574 matérias escritas disponíveis e prontas para serem absorvidas, se houver interesse. Depois disso, estou pronto para responder sobre qualquer desses assuntos. E só.



Da minha vida pessoal cuido eu, mais ninguém.
Se cada um tem um bumbum, que cuide do seu.
Amanhã falamos do que interessa: fetiches.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Musica para os Ouvidos


Quando se fala em fetiches normalmente as imagens estão em primeiro plano. Através delas as sensações chegam até nós de forma instantânea.
Mas existem outros sentidos, que não a visão, que despertam o interesse dos fetichistas como olfato e audição. Sons e cheiros são capazes de levar o fetichista ao delírio em segundos.
Me lembrei de um fato há muito tempo atrás. Numa roda de amigos, alguém estava falando sobre ficar lesado, principalmente após uma bebedeira daquelas de arrastar um bode.
Uma das meninas falou que se sentiu sedada e amordaçada, sem possibilidades de reação.
Já nem me lembro em que estágio da conversa a frase foi proferida, só me recordo da sensação de estar escutando a musica que meus ouvidos queriam ouvir.
Conhecida há algum tempo, jamais tinha notado tanto predicado naquela garota antes de escutar as tais palavras. Bateu um revertério nas entranhas despertando um interesse tão feroz a ponto de tentar de todas as formas uma aproximação logo naquele dia.
Não deu em nada, mas fiquei com a certeza de que o fetiche desperta numa frase simples, principalmente quando vindo do sexo oposto, e encanta como um canto de sereia.
Normalmente palavras sussurradas numa relação sexual aumentam o prazer. Isso é fato, comprovado, atestado e carimbado. Misturado ao fetiche vira um abalo sísmico.
O comportamento do fetichista muda completamente quando ele se vê diante do que lhe fascina. A sedução é sinistra, funciona como um vírus de contágio imediato. Tanto que eu olhava pra garota já entrando em outro papo, em outra sintonia, e me via pregado numa cena imaginária ao vê-la sedada e amordaçada em algum quarto abandonado.
Ela jamais imaginaria que um simples comentário numa roda de amigos, num bar qualquer, fosse capaz de levar algum dos presentes a viajar por outra dimensão.
O pior é não poder parar a conversa levá-la a um canto e mandar repetir umas trezentas vezes a mesma frase.
Outras vezes o universo conspirou contra mim e até de mulher de amigo meu escutei palavras ligadas ao fetiche. Claro que foi preciso fazer ouvido de mercador, mas na seca, engolindo areia em pleno deserto, porque o caso é sério brother.
Cada fetichista tem seu exemplo quando palavras estão diretamente ligadas ao tesão.
Pergunte a uma submissa se a humilhação verbal não a excita?
Tudo que ela quer ouvir são palavras de ordem que a façam viajar pela fantasia de ser mandada, ter suas vontades restritas e seu sexo violado. Ao mesmo tempo, ato contínuo, ela retribui na mesma moeda e devolve a quem lhe domina frases implorando por uma clemência que ele só quer ouvir, mas não deseja atender. Por ele e por ela.
Esse é o jogo. Uma brincadeira entre adultos que combinam cada detalhe do que pretendem fazer.
Palavras inseridas no jogo significam o complemento da própria fantasia. É como um teatro onde atores interpretam um texto, uma obra inteira.
Pescar as palavras do lado de fora do mundo sexual fetichista é a grande questão. O despertar que provoca, as inúmeras fantasias que se imagina, mesmo que a chance de se tronarem reais seja igual a zero.
Há relatos que comprovam a tese de que algumas vezes dá liga.
Um amigo podólatra me contou que conheceu sua mulher num Shopping Center em época de Natal.

Tudo lotado, pessoas indo e vindo, quando ele avistou uma mulher cheia de embrulhos nas mãos que lhe pediu para segurar os embrulhos enquanto amarrava o cadarço do tênis.
Prontamente ele se ofereceu, desenrolou a conversa e hoje vivem felizes.
Pena que ele não gosta de bondage, porque amarrar o cadarço é um grande começo, depois bastaria usar o cordão para amarrá-la e as meias ou o próprio tênis como mordaça. Haja imaginação!

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

The Last House on the Left (2009)


O filme é um remake de 1972 realizado na época por Wes Craven (para alguns o mestre e senhor do terror). Esta versão realizada por Dennis Iliadis é muito completa tanto pelo roteiro como pelas interpretações e consegue mesmo prender os espectadores do princípio ao fim.
Duas adolescentes são raptadas e torturadas por um grupo de psicopatas.
Mais tarde o grupo liderado por um fugitivo da polícia (Krug), refugia-se numa casa ali perto, mas o que eles não sabem é que essa mesma casa é dos pais de uma das adolescentes que torturaram, e quando os pais descobrem o que este grupo fez à filha, resolvem fazer justiça pelas próprias mãos.
Atualmente os filmes de terror norte-americanos têm vivido quase exclusivamente de remakes de filmes dos anos 70 e 80 e ”Last House on the Left” não é exceção.
Realizado em 1972 por Wes Craven que vê agora um remake muito bem feito por Dennis Iliadis. O ponto forte do filme é sem dúvida a sensação de ameaça que vai crescendo ao longo da trama, e o jogo do rato e gato entre o grupo de psicopatas e a os pais da adolescente que foi brutalmente espancada e violada.
Em certo momento, temos mesmo a sensação que os ”psicopatas” passaram de predadores a presa e isso provoca um gostinho de justiça e de satisfação ao espectador.
A diferença marcante entre a versão original de 1972 e o remake de 2009 dá conta do tema, enquanto na primeira versão as cenas de BDSM dominaram grande parte do filme, o suspense toma conta da atual.
Last House on the Left afasta-se um pouco dos clichês e repetições que a maioria dos filmes de terror apresenta atualmente, e embora não seja muito criativo, tem uma história que envolve completamente o espectador, mas se para alguns o filme pode ser considerado um tanto sádico em algumas partes, creio que o objetivo do filme era mesmo esse, uma característica, pois a realização de Dennis Iliadis é bastante eficaz e por vezes o filme consegue ser brutal e perturbador, não tendo qualquer problema em mostrar tudo o que poderia acontecer numa situação destas.
As interpretações no geral são boas, apresentando um dramatismo e por vezes um espírito psicótico muito credível. Nenhum dos atores ganha um destaque em especial, o que neste gênero de filme de certa maneira até é bom.
A trilha sonora também acompanha o filme de uma maneira correta em determinados momentos, e juntamente com as imagens consegue provocar uma dose a mais de suspense no telespectador.
É um filme suficientemente bom para cativar a maioria das pessoas, principalmente porque mantém a mesma qualidade do principio ao fim, entretendo bem o telespectador.
E se este espectador for fetichista fique de olho, porque algumas cenas vão lhe chamar a atenção.

OFFICE PERILS

Vale o registro.
Hoje os assinantes do Bound Brazil poderão assistir a um ótimo vídeo.
Office Perils, com duas gatas de parar o trânsito: Diana Vidal e Daphne.
Belas mulheres utilizando cordas e mordaças para alcançar um objetivo maior em suas carreiras.
Um photoset com as melhores cenas está incluído na aventura. Imperdível!


Um ótimo final de semana a todos!

The Last House on The Left (2009) Trailer

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Um Projeto Fetichista


Falar de fetiches obriga mencionar variadas fantasias.
A ligação entre fetiche e sexo é extrema, um pólo está ligado ao outro e vice e versa. O fetichista insere suas fantasias em suas relações sexuais, isso é fato.
Mas o fetiche está conexo com outras atividades que nada têm a ver com sexo. Pessoas que colecionam objetos e possuem verdadeira fixação por eles, criam uma relação fetichista inexpugnável a ponto de ultrapassar os desejos sexuais. Quem nunca escutou falar de mulheres loucas por sapatos, por bolsas, ou homens desesperados a procura de charutos raros? Tudo isso é fetiche.
Mas o fetiche ligado ao sexo é mais musical e desde que não haja exagero ou paranóia é capaz de conviver com o praticante sem causar distúrbios à sua vida fora do universo sexual.
Hoje produzo fetiche comercialmente. E como qualquer empreitada houve um embrião chamado projeto. Não acredito em sucesso sem o devido planejamento.
Daqui a quarenta dias o site Bound Brazil celebra dois anos de existência. Esses números contrariam a muitos e surpreendem a mim, que embora acreditasse piamente no projeto não esperava um retorno em tão pouco tempo.
Como dizem por aí que geminiano não sossega jamais, não vou contrariar a minha própria lógica, embora admita que nada sei sobre isso. Mas vá lá que seja verdade...
Mexendo a cabeça daqui e dali resolvi criar um projeto de bondage.
Nada que seja pioneiro ou inédito, apenas diferente.
Algo que possa ser comercializado e ao mesmo tempo compartilhado. Não entenderam bulhufas, certo?
Explico: uma mulher (modelo do site) vai ser filmada de forma livre. Isto significa que uma câmera estará fixa nela direcionada para a cama onde ela estará amarrada.
Sozinha, nua e sem contato com o mundo lá fora, ela vai suportar o máximo de tempo possível estar daquele jeito, sendo que aos poucos terá mais movimentos restringidos através de novos laços que lhe serão impostos.
Some-se a tudo isso a incômoda (ou agradável) presença de um brinquedinho vibratório entre suas pernas.
Maldade? Virei sádico? Nada disso, apenas um castigo (ou prazer) através de cordas.
O filme será divido em cenas de dez minutos mesmo que ela suporte estar ali por muito mais tempo. As reações solitárias serão colhidas pelas lentes e vou evitar, na medida do possível, cortes de edição, deixando o projeto o mais realista possível.
Este projeto será exibido no site Bound Brazil aos seus assinantes, mas trinta dias depois estará disponível aqui no blog, um a cada semana, como no site.
A idéia é difundir o projeto de bondage aos praticantes e aos simpatizantes, pessoas que estão se aproximando do fetiche, mas tem dificuldade de visualizar material real, longe de cenas montadas em vídeos a venda na internet.

Uma dica para quem está prestes a ter as primeiras experiências ligadas a este tipo de fetiche e uma realização pessoal, não só pela cena criada em si, mas pela oportunidade de dividir um pouco do conhecimento acumulado em anos de contato com cenas de bondage.
Como todo projeto, este está em fase de criação. Nada foi estabelecido além das regras de como o jogo vai funcionar. Posso garantir que a aceitação à idéia é ótima, várias candidatas estão em pauta e me sinto pronto a realizar.
Faltam os ajustes técnicos para que a qualidade fique compatível com o conteúdo e as datas em que será possível começar.


Então, chega de papo e mãos à obra!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Fetiches Diferentes


Ela postou no perfil do Fetlife: “Cum on my face”.
A princípio dá pra imaginar que o pedido para realizar o fetiche dessa mulher de trinta e um anos de idade é bem simples, afinal, qualquer um gostaria de gozar-lhe a face. Porém, pra nós daqui do Hemisfério Sul não é tão simples viajar até o Alaska e satisfazer os desejos dessa moça.
Mas mesmo assim é possível atender aos apelos da fetichista, porque o que ela sugere é que dentre as diversas fotografias de seu rosto bonito uma seja escolhida para ser derramado o sêmen depois de impressa. Daí é só fotografar o “resultado” e enviar o arquivo que ela publica.
Esse mundo virtual que apareceu depois da Internet é capaz de criar inúmeras possibilidades.
Mas nem todas essas fantasias estranhas são exclusivas do universo virtual.
Um amigo podólatra além de adorar os pés das meninas tem um desejo, digamos, incomum. Ele gosta de tirar a cutícula das garotas. Engana-se quem pensa que o rapaz tem tendências de pedicuro ou podólogo, porque o valente fetichista tira todas as peles mortas dos pés femininos com os dentes e depois come esses pedaços de pele sem cerimônia.
Ele garante que as mulheres jamais se queixaram de seus préstimos e ao final mostram-se plenamente satisfeitas com o resultado. É possível? Bom, com a palavra as musas que freqüentam os salões de beleza.
Já citei aqui no blog podólatras que gostam de pés sujos ou rachados, até dos que adoram colecionar restos de peles dos pés de suas rainhas quando submissos, mas esse cara que desenha as unhas das garotas e se alimenta das sobras se superou.
Outro fetiche inusitado é o desejo por nylon, essencialmente meias de nylon feminina.
Não se trata de podolatria, a fantasia é imobilizar completamente o corpo da parceira com meias de nylon. Alguns usam cordas por cima do nylon, outros apenas mumificam a mulher e fazem sexo através de um orifício na altura da vagina. Esse fetiche pode parecer estranho, mas é muito comum e vários sites exploram essa fantasia. Basta ver na fotografia abaixo gentilmente cedida por meu amigo Seether do Shadow Play.
O resumo é simples: dentro de tendências fetichistas consideradas corriqueiras, existem algumas extravagâncias que causam estranheza em quem está acostumado a lidar com determinados assuntos.
Muitas mulheres aceitam a podolatria vinda de seus parceiros, mas têm dificuldade em admitir que alguém tire as suas cutículas com os dentes e depois as coma, da mesma forma que os bondagistas de uma maneira geral não trocam suas cenas com garotas trajando biquínis sensuais por mulheres cobertas por enormes meias de nylon lembrando um preservativo.

Portanto, de fetiches comuns surgem às manias mais incríveis e diferentes.
Como costumo respeitar todo tipo de fantasia fetichista por mais estranha que possa parecer, acho que essa gente que assume gostos nada comuns merece uma citação pela coragem de admitir o que lhes faz bem.
Claro que é complicado conseguir parceiros para essas doces loucuras, mas falar a verdade, abertamente, já é um ótimo começo.
Existem dezenas ou centenas de fetiches considerados estranhos. Alguns fui capaz de escrever aqui, mas todo praticante que sinta que sua fantasia soe diferente a uma grande maioria, fique a vontade de postar aqui seus desejos antes que se tornem uma grande frustração.

O espaço está aberto, participe!

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Conhecendo o Fetiche


Uma amiga que não havia tido contato com qualquer fetiche até ler o blog comentou: “outro dia num bar notei que um cara estava de olhos grudados nos meus pés. Calçava uma sandália que deixava meus pés a mostra. Confesso que deu constrangimento ao ver que o olhar do sujeito era direto, sem disfarces. Desculpa, mas achei que muitas dessas matérias fossem um delírio”.
Pois é, minha amiga perdeu a chance de levar o cidadão a loucura.
Claro, se ela tivesse interesse na pessoa que não tirava os olhos de seus pés e conhecendo os truques fetichistas, poderia começar um “dangling”, aquele movimento que as mulheres fazem colocando e tirando o calçado, ou de repente, bolaria algumas poses salientes balançando os pés até que o nobre podólatra perdesse a linha.
Como diz a canção, todo fetichista vai onde seu objeto do desejo está.
Mas pra que isso tenha sentido, duas coisas são importantes. A suposta parceira gostar da idéia de ter um fetichista a seus pés, nesse caso, literalmente, e que ela conheça o assunto.
Se existir essa química é partir para o abraço, mas nem sempre é assim e muitas vezes esse caminho é de pedras que se deve montar até alcançar o destino.
E se por acaso ela não quiser entender um fetichista sinto dizer, mas pior pra ela.
Tenho que concordar que alguns fetichistas tornam-se tão intensos que fica difícil haver um relacionamento com alguém que apenas deseja entrar na festa, realizar os desejos secretos da pessoa que gosta, sem ter a obrigação de pertencer a esse universo.
Já vi tanta gente mudar de opinião nesse mundo que falando ninguém acredita. Mulheres que hoje amam ter seus pés adorados por seus parceiros e que antes não davam à mínima nem para os cuidados que os pés exigem, e outras que não vêem nada de mal em usar cordas ou velas em suas relações. Só que essa intensidade deve ser moderada, sem exagero ou excessos, evitando o desgaste fatal que levará a relação a um ponto insuportável.
O fetichista deve preservar a sua conduta, deve ser moderado ao expor suas vontades a quem está apenas pisando em casca de ovos num mundo que jamais imaginou pertencer.
Saber começar, ter sabedoria para conduzir evitando o fracasso.
Costumo dizer que para o fetichista ter sucesso em sua busca é preciso se conformar em estar obrigado a dar “duas cantadas”. A primeira com o claro intuito de conseguir a mulher que deseja e a segunda na hora de falar de suas fantasias.
Portanto, prepare a saliva porque esse disco não muda. A música é a mesma desde que o mundo é mundo e quem não quiser se arriscar que procure nem tentar, porque o caminho é árduo e penoso brother!
Vale uma dica?
Bom, não precisa ser o mestre dos mestres, mostrar-se conhecedor de tudo que rola do lado de cá da linha. O boi da bunda branca normalmente se estrepa, se acha acima do bem e do mal e acaba passando a impressão de que sabe tudo, e ser o dono da verdade às vezes atrapalha.
Humildade pra reconhecer que sempre é bom aprender um pouco mais. É um bom começo.

Ter firmeza de propósito ao defender o que te faz sentir bem e comer pelas beiradas, mostrando o lado bom da coisa construindo uma relação fetichista nova, sem vícios do passado, principalmente para não deixar a impressão de que algum dia qualquer foi melhor do que hoje.
Cada caso é um caso e o que foi bom antes tem grandes chances de ser melhor ainda agora.
Não reconstrua, apenas construa.
Faça a parceira conhecer o fetiche, mas não se esqueça de que você está conhecendo junto com ela, porque por mais que tenha experimentado de tudo, com ela será apenas pela primeira vez.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Elegância


As nossas fantasias são fruto de sonhos. Flertamos com elas, algumas vezes realizamos e outras deixamos guardadas pra quem sabe um dia...
No meio desses delírios algumas cenas especiais costumam causar terremotos internos, principalmente quando estão muito perto, ainda que distantes. É o caso da mulher vestida de executiva.
Esse papo não é restrito a bondagistas, dominadores, submissos ou podólatras. Serve pra todos na medida certa. Porque muitas vezes a razão principal de nossos sonhos está na mesa ao lado, bem pertinho, ao alcance da mão, embora se saiba que pra tocar é preciso ter consentimento.
Não é raro ver sites especializados expondo nossas fantasias, porque o fetichista está sempre interessado em realizar desejos que são coletados no dia-a-dia, nas coisas mais comuns. O sujeito sonha com o que vê, com o que um dia pode ser real. Salvaguardando os casos em que existe uma pré-elaboração da cena como fantasias ou uniformes, os desejos afloram a partir de imagens comuns.
É bom esclarecer que fetichista não é só aquele que gosta de masmorra, de chibatas, de pés ou de cordas. Vestimenta é um fetiche que pode ser associado a qualquer dessas atividades sexuais descritas, porém sem ser obrigatoriamente necessário.
Conheço aficionados por mulheres trajando botas que não são podólatras.
Enfim, toda essa retórica também diz respeito a um fetiche que os bondagistas não abrem mão: secretárias seqüestradas. Mesmo os que gostam de mulheres de biquíni ou até nuas não abrem mão de ver dóceis executivas suspirando com uma mordaça utilizada a partir das suas próprias meias de seda.
Essa fantasia para estar completa necessita do ambiente. A elegância é o ponto de partida e salto alto e óculos devem fazer parte da cena. Como bondagista que se preza aprecia os detalhes, esses elementos compõem um cenário que dificilmente escapa a olhares sedentos.
De uma forma geral, sempre compus minhas melhores cenas de bondage ao ver uma imagem que me chamou a atenção. Independente se o efeito pretendido é para fins comerciais ou não, esse sempre foi meu ponto de partida, o xis da questão.
Como não poderia deixar de ser, alguns vídeos e fotos do site Bound Brazil carregam essa marca e esta semana, especialmente, o portal apresenta esse foco. Amanhã o clipe e o set fotográfico mostram executivas em perigo, ou em apuros. Cada detalhe do cenário foi elaborado para explorar esse tipo de fantasia muito apreciada por assinantes e amigos.
Vai agradar cem por cento? Essa é a pretensão, afinal foi pensando em atender a pedidos alheios e a minha própria vontade que os quadros foram produzidos. Tudo o que se espera é que preencha todos os requisitos.
Na foto acima é possível ver uma amostra do que foi elaborado. A modelo Diana Vidal realiza o desejo de forma simples e objetiva. O roteiro é o que traja e o fetiche está em cada detalhe das cordas, da mordaça ou das roupas.

Fica a dica para uma fantasia perfeita que pode ser realizada até mesmo no local de trabalho se possível for, ou em casa, desde que a imaginação seja mais fértil e possa representar uma volta depois de um cansativo dia de trampo.
A idéia está lançada. Daqui em diante é só realizar da melhor forma possível.

(Foto ao lado: Summer - Internet)

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Mil


Alguns fatos podem ser irrelevantes para a maioria, embora sejam de suma importância para uma minoria. Reparem que aqui sempre falamos de minorias, de segmentos, de grupos, de universo paralelo. Nada mais coerente ao definirmos nosso nicho de mercado fetichista.
E o vento que sopra a favor da nossa corrente sempre traz agradáveis surpresas, ainda que os números possam parecer insignificantes se comparados com um todo.
Oitenta e um dias depois de seu lançamento o filme “The Resort” chegou hoje à marca de mil cópias comercializadas. Um cidadão belga foi o responsável na tarde de hoje por esse resultado.
Por favor, nada de comparações com o cinema, pois trata-se de um filme fetichista produzido para um público específico que assiste em casa, de forma privada, sem a possibilidade de existir um Shopping Center, uma sala confortável com direito a pipoca, refrigerante e ar condicionado num programa de Sábado à noite.
A idéia de trazer de volta um tipo de produção que ocupava as prateleiras dos sex shops nos anos oitenta e noventa, com cenas longas tipo “mainstream americano setentão” deu liga, ofereceu a chance aos aficionados de reviverem um passado não muito distante, ao mesmo tempo em que deu a oportunidade a um público mais jovem de saber como era.
Nova roupagem com tecnologia de ponta seria o caminho para o sucesso?
Talvez, mas se juntarmos a tudo isso a excelente atuação das atrizes, a concepção e adaptação do roteiro e alguns outros fatores, acho que a receita fica mais consistente.
O fato é que isso me deixou rindo de orelha a orelha.
Porque apesar de legendado, o filme é brasileiro, o que desafia a ordem natural do universo fetichista. A prova de que o impossível é não tentar, não ousar, mesmo que exista arrependimento.
Para os padrões virtuais fetichistas o filme teve um custo elevado, mas quem pensou em lucro quando a idéia era desafiar meus próprios limites? Ainda bem que o caldo não entornou e pude ter retorno. Será que um dia algum banco ou órgão governamental bancaria esse jogo comigo? Melhor nem imaginar Brother, afinal quem se importaria conosco?
O certo é seguir em frente acreditando na força do trabalho e no resultado que pode acontecer. Por isso, qualquer dia desses eu saio outra vez por aí com outra idéia na cabeça e uma câmera HD na mão, ao lado de um bando de alucinados como eu que nesse momento comemora essa marca e a chance de escrever de uma vez por todas o nome no hall da fama.
Apenas um fato a lamentar: das mil cópias comercializadas do filme The Resort somente quarenta e sete ficaram no Brasil, entre a venda de arquivos e DVD’s.
Ainda sigo sonhando que um dia esse jogo vai virar.
O que seria de mim se não acreditasse!

DEPOIS DA ACADEMIA

Duas belas garotas (Bruninha e Nadinha) chegavam da academia após uma longa tarde dedicada aos exercícios. Engana-se quem pensa que descansaram tranqüilas.
Essa história começa com um rapto, com cordas, mordaças e as meias suadas enfiadas dentro da boca.
Um eletrizante vídeo com o titulo de “After Gym Bondage!” estará à disposição dos assinantes do site Bound Brazil nesta Sexta.


Pra quem é louco por pés é hora de realizar seus desejos.
Um super photoset com as melhores cenas dessas gatas também está na tela do site.
Divirtam-se!

Um ótimo fim de semana a todos!

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Três Fases


O fetiche é realmente muito particular.
Imagens representam conceitos e esses conceitos dão significado às nossas preferências.
Pensando nisso, apresento-lhes Angela Ryan.
Pra quem ainda não teve o prazer de conhecer essa musa do fetiche, disponibilizo três fotografias com temática distinta, todas é claro, ligadas ao universo fetichista.
Os estilos se misturam e mostram uma mulher no auge de sua própria exuberância.
O que me dizem?
Cá pra nós, essa parceira de fetiche e amiga virtual de longa data merece todos os elogios.
Escolher não é pecado, portanto eleja e comente a vontade.





quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Da Inocência a Perversão


Pra muitos a distância entre a inocência e a perversão tem a extensão da estrada Belém Brasília. Outros, porém, não vêem dessa forma e, assim como eu, defendem uma tese muito simples: depende do olhar.
É possível enxergar a perversão numa obra de arte onde o nu artístico seja confundido com pornografia, da mesma forma que uma imagem tem uma conotação totalmente diferente do ponto de vista de quem a vê.
Na primeira fotografia que ilustra esse texto, por exemplo, a modelo Jamylle Ferrão gravou uma seqüência interessante que pode servir de fundo para esse assunto. Bolei uma cena de bondage deixando a nudez fora do contexto. Entretanto, algumas pessoas podem imaginar pornografia pela posição que a coloquei, embora ela esteja trajando um simples conjunto de short e blusa.
Pra mim as imagens são perfeitas, definem de todos os ângulos o sentido do fetiche de bondage, o aprisionamento total sem a mínima chance de escapar. Porque o site tem este padrão e o compromisso de mostrar através das imagens que produz aquilo que os assinantes querem ver.
Cacete! Mas precisava estar “arreganhada” desse jeito?
Ao receber esse tipo de comentário só posso responder que a primeira intenção foi à imobilização e o que vier adiante é pura conseqüência. Existem assinantes do site que repetem as cenas com suas parceiras e muitos deles utilizam esse recurso para elaborar suas fantasias.
E se existir aquiescência consensual para reproduzir a cena em circuito fechado, onde cada um responde pelos seus atos, fico com a sensação de dever cumprido, de ter produzido o que as pessoas esperam e desejam.
A posição em questão é comumente chamada de “frogtied” e faz alusão real a um sapo, devido à própria concepção da imagem, e não é fácil de ser reproduzida. A modelo tem que possuir elasticidade capaz de dar sentido ao que se quer encenar. Mas se me perguntarem se essa posição carrega o sexo nas entrelinhas posso dizer que sim, cem por cento, embora o clipe e as fotos postadas no Bound Brazil somente interpretem o fetiche de bondage.
Se o aprisionamento inocente sugere a perversão quando é exibido nos sites fetichistas com esse contexto, qualquer imagem pode ter essa relação, sem importar se expõe as partes íntimas ou não.
Nesse caso, uma posição hogtied que muitos têm como preferência, também leva esse selo.
Mesmo assim ainda fico com a questão do olhar. Do modo como o espectador encara o que vê e o efeito que isso produz. Qualquer um que não seja fetichista pode achar uma barbaridade pessoas admirarem fotografias de meninas amarradas. Concorda?
Daí, se a posição tiver um aspecto “mais doloroso” a paulada é certa e tem que ter caixa pra agüentar.
Como ninguém está obrigado a nada, o melhor é dizer que os incomodados que se mudem. Mas não é bem assim que a banda toca. A Internet é pública e mesmo que os sites sejam fechados por senhas de acesso e seu conteúdo exclusivo de seus assinantes, sempre escapa alguma dessas pérolas pela Internet, como aqui no blog, o que acaba gerando esse tipo de comparação.

Então é melhor explicar do que confundir, afinal pra isso que estamos aqui.
Se você tem paixão por esse fetiche guarde, colecione e leve consigo.
Se não tem, observe e imagine que para alguns isso serve de incentivo para os fetichistas e suas loucas fantasias inocentes e ao mesmo tempo perversas. E ao menos para nós, é como a melhor fatia do bolo.
Não fosse assim, o que seria do verde se todos gostassem do azul?

(Fotos: Jamylle Ferrão Bound Brazil e Hogtied do site Trussed Up)

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Diagnóstico


Se existe uma característica para identificar um fetichista com certeza é a imaginação fértil.
E vou além.
Diversas vezes percebi que a chegada de uma nova personagem a esse planeta além de causar frisson, leva os habitantes desse universo a deduzir ou palpitar sobre o papel que vai ela representar.
“Tem cara de dominadora”. Alguém com segundas intenções lança o titulo do novo rótulo. Outros, sedentos por submissas apostam que detrás daquele olhar curioso mora uma escrava em potencial pronta pra realizar os desejos do mais exigente dos dominadores.
E se for switcher?
Eu não arrisco. Já conheci mulheres com o rosto angelical e olhar submisso, tão sádicas quanto o Marquês. E vice e versa. Porque na verdade, se existe um motivo para que haja essa aproximação ao mundo do fetiche com certeza há um desejo escondido que ainda não foi revelado e sequer absorvido.
Quem nunca escutou falar de pessoas que chegaram com intensos impulsos dominantes e aos poucos descobriram a submissão? Nada pode ser generalizado e muito menos pré-rotulado.
Pior do que a dedução é a cara de pau de alguns fetichistas experientes em tentar seduzir esses recém chegados a praticar aquilo que eles imaginam.
Alguns podem dizer que faltaria firmeza de propósito na pessoa que chega em aceitar esse tipo de “imposição”, mas ao contrário do que muitos podem imaginar muitas vezes o contato com o abstrato se reflete no mundo real, e esses novos fetichistas acabam aceitando essas idéias com o objetivo de achar seu próprio espaço num ambiente que ainda não conhecem a fundo.
Se me perguntarem se esse fenômeno ocorre com muita freqüência posso afirmar que num passado recente foi mais evidente. Hoje, com a farta leitura disponível na internet, em revistas, fica mais fácil para essas pessoas encontrarem aquilo que realmente desejam.
Porém, nada impede que por vontade própria esses novos inquilinos do castelo fetichista mudem de roupa e arrisquem passos diferentes daqueles que a principio buscavam.
Outro dia alguém reclamou comigo: “virou moda escutar submissa falando em ter experiências dominantes, ou querendo ser switcher”. Vale uma explicação. Pra quem não sabe, switcher é o fetichista que gosta das duas coisas.
Cara, ninguém convence uma submissa ou um submisso a tentar a sorte onde eles não encontram interesse, por isso, a quem me indagou sobre o assunto, acho que não é uma questão de moda, mas sim uma fase.
As fases são distintas. Existem épocas que surgem mais dominadores e dominadoras, em outras a submissão atrai mais simpatizantes. Isso é fato.
O que diríamos nós bondagistas? Sim, porque existem bondagistas que gostam apenas de fantasias de rapto, de amarrações, sem a necessidade de acontecer algo tipo “senhor e senhora”. E os podólatras? Há submissos, doms ou simplesmente adoradores de pés.

Em resumo, o imóvel é grande e cabe todo mundo.
Pra quem chega fica um conselho: identificação, leitura e conhecimento.
Três palavras chaves que são a senha da porta que abre esse universo tão fascinante e misterioso para quem pisa pela primeira vez.
Lembre-se sempre que a escolha é sua. Conselhos são bem vindos, desde que não tenham o intuito de mudar seu estilo, seu sonho e, principalmente a sua fantasia.
Bem vindos!

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Fazer Bem Feito


Era pra ser mais uma dessas Segundas enlouquecedoras, daquelas que só terminam quando eu escrevo aqui no blog e junto minhas coisas pra ir embora. Mais um daqueles dias terríveis quando nem consigo ler todos os emails que recebo, tamanho o comprometimento profissional que existe.
Muita gente costuma guardar o melhor pedaço pro fim e comigo não é diferente.
Quando dei uma olhada pela manhã e achei uma mensagem da Lady Vulgata me perguntando sobre seu ensaio sensual, achei melhor segurar a onda e responder aqui, publicamente, sem medo de ser feliz.
O resultado? Confere lá: http://ladyvulgata.blogspot.com/
Então vamos começar a botar defeito. Silêncio absoluto...
Pra começo de conversa essa dominatrix severa diante da imagem sexual que lhe seduz e meiga de coração e alma, deu um pontapé em algum lugar que se deu o nome de barreira. Colocou a chibata entre os dentes e partiu pra se realizar como Mulher.
Não pode uma dominadora ficar diante da lente de um fotógrafo profissional?
Claro que sim. Ela brinca com o fetiche o tempo todo.
As fotos por si só são um fetiche masculino e, quem sabe, feminino. Além disso, ela seduz como uma loba sedenta pronta para devorar e demolir o primeiro submisso que encontrar a sua frente e exibe “seus dotes” à marmanjada que se derrete ao ver fotos sensuais.
Como é legal ver esse povo fetichista fazendo sucesso...
Afaga meu ego, me faz ter a certeza que existe vida além de uma tela de computador.
Com ela não rola essa conversa sobre o que vão pensar, como é que fica minha vida profissional, o que os vizinhos vão dizer a meu respeito. Ela encara de frente e nem quer saber de blá blá blá.
Digo por que a conheço e tenho a noção exata de seu caráter.
Mas noves fora a coragem, a Lady deu um show de sensualidade no ensaio. Dá uma canja aos podólatras e exibe sua “comissão de frente” com fartura. (Haja fartura!)
Na modesta opinião do escriba aqui somente um detalhe me fez falta: cordas, muitas delas colocadas no lugar certo. Mas seria pedir demais, seria como procurar pelo em ovo, sonhar com uma perfeição que só cabe no meu pensamento pervertido.
O ensaio é da lady Vulgata e por mais “pentelho” que seja essa bondagista que vos escreve as cordas teriam sentido quando utilizadas pela Lady e ninguém mais, pelo menos neste ensaio.

Nota dez em todos os quesitos.
Recomendo a todos que vejam as fotos e comentem no blog da Lady.
Se submisso fosse, pegaria minha senha e entraria na fila a espera de um chamado.
Como não possuo esse dote que tanto agrada a essa minha querida amiga, vou pegar a senha de qualquer maneira, na esperança que ela um dia volte e eu possa ter outra noite de Sábado tão perfeita quanto aquela em que jogamos conversa fora com um sorriso largo no rosto.
Valeu Lady!

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

E Por Que Não?


Existem coisas que quando paramos pra pensar soam tão estranhas que fica difícil de acreditar.
Outro dia pensei cá com meus botões: sabe há quanto tempo eu não ando de ônibus?
Sinceramente, não me lembro da última vez, tamanho o tempo que já passou.
Se os compromissos deixarem, talvez eu pegue uma rota dessas qualquer dia e volte no tempo pra acender as lembranças.
Na verdade, o ônibus na minha adolescência era o lugar onde eu colhia as melhores emoções dos meus sonhos insanos. As garotas do colégio exibindo aquelas pernas e batatas lisinhas, de saia curta, meias e sapato boneca. O bichinho se torcia todo dentro da calça de tergal folgada. Tinha que rolar uma prancheta em cima pra não dar bandeira.
É brother, bastava chegar em casa e partir pra covardia: cinco contra um...
Era tanta fantasia que seria impossível descrever num só artigo. O impulso era próprio, vinha de dentro de mim, e não havia nada onde se pudesse ver, ler ou aprender sobre aquela “coisa estranha”. Bom, pelo menos eu tinha um segredo guardado a sete chaves.
Tempos difíceis, os verdadeiros anos de chumbo e tudo só acalmava na fria parede de azulejos do banheiro.
Engraçado, sempre convivi muito bem com meus sonhos e até hoje sigo na mesma trilha. Pode me chamar de exagerado, de intenso, do que for, mas acho muito legal sonhar e realizar esses sonhos é o nirvana.
Não gosto de delírios. Imaginar o impossível é perda de tempo, é jogar vontade fora.
Mas quando os sonhos parecem possíveis, eu quero tudo, de todas as formas, e, se der realizar nos mínimos detalhes. Por que não?
Para os que ao lerem as primeiras linhas estão imaginando que vivo no mundo da lua, podem tirar o cavalo da chuva. Existe um ponto de cisão entre o real e o abstrato, e ainda não perdi a noção pra deixar de ver essa sutil diferença.
Como um amigo, louco de pedra, que sonha participar de uma orgia com a ex-mulher e a atual. Segundo esse demente, sua fantasia é reunir a ousadia sexual de sua antiga paixão com a beleza de sua nova musa. Se continuar sonhando com isso, vai acabar dormindo na porta da zona, com certeza.
Como bom e assumido fetichista sempre sonhei com as chamadas noites perfeitas, aquelas que quando realizadas grudam na lembrança, ou então, nos acompanham pra sempre, no meu caso, desde os fins de tarde naquele banco de um ônibus qualquer voltando do colégio.
Mas sou exigente e perfeccionista. Tem que ser completo, sem cortes. E como bem disse Claudio Cartier: lua em pleno dia, e por que não?

DIA DE REVANCHE

Semana passada o site Bound Brazil apresentou o vídeo “Os Apuros de Diana”.
Mas como araruta também tem seu dia de mingau, essa bela menina merecia a chance de uma revanche, ou seja, colocar em perigo quem a deixou na mesma situação.
Diana captura Luana Vlazak deixando essa linda morena como todo bondagista que se preze tem o prazer de assistir.



Basta conferir esse trabalho com doze minutos de duração. Suspense, adrenalina e fetiche (bondage e podolatria), tudo junto no mesmo pacote. E um photoset que também faz parte do programa.
Imperdível.

Um ótimo final de semana a todos!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Verdade


Ela falava em tom alto e com gestos.
Era direta, evitava desvios enquanto retocava a maquiagem.
Naquele lugar apertado onde as garotas disputavam uma vaga diante do espelho quase que aos tapas, ela era sem dúvida a imagem da desinibição.
Tudo começou com uma conversa pelo email. Alguém iria produzir um desfile de uma grife qualquer e um dos produtores resolveu ousar e apresentar as meninas amarradas com pedaços de corda de sisal.
Isso faz tempo...
Na verdade, aceitei participar pela divulgação do fetiche, nada a ver com o lado pessoal. Tudo era pra ser feito atrás das luzes e pra facilitar, bolei algumas armaduras de cordas que elas colocariam no corpo e retirariam ao voltar da passarela. Eram oito modelos e quatro armações, e elas iam trocando na medida em que entravam e saiam.
Nem sei se as pessoas presentes deram atenção àqueles detalhes, mas pelo menos funcionou bem, embora os nós precisassem ser retocados a cada retorno. Paciência, quem mandou inventar moda?
Mas o que rolou naquele camarim é a razão desse artigo: a verdade, nua, crua e absoluta.
A tal garota desinibida ao emprestar seu corpo para servir de molde para a armação de sisal, desenrolou uma conversa e resolveu falar de sua vida, de planos para uma viagem nos dias que viriam.
Daí, papo vai e papo vem, resolvi perguntar o que ela fazia na vida além de ser modelo.
A resposta foi na lata brother, sem derrapagem: “eu sou puta”.
Não há exageros, porque ela nem tentou burilar a frase. Poderia ter dito garota de programa ou até prostituta, mas ela falou exatamente como eu escrevi.
Se quem fala a verdade não merece castigo essa garota está perdoada.
Começou a dar plenas satisfações do que faria, sem que eu ao menos tivesse pedido, afinal ainda estava meio anestesiado com o tamanho da sinceridade daquela mulher. Disse que havia estado na Europa antes levada por um namoradinho gringo, mas que desta vez ficaria um mês por conta própria e iria levantar uma grana pra voltar com o bolso forrado.
Bom, se eu fiquei boquiaberto com aquela conversa garanto que o mais experiente leitor também ficaria. Em tantos anos de experiência nunca havia visto tal desenvoltura, conhecimento de causa e cara de pau como naquele dia. Vale lembrar que naquele camarim haviam outras pessoas.
Nada contra as meninas que se dedicam a vida horizontal. Já fiz várias menções a essas garotas aqui no mais alto grau de respeito à escolha. No fundo, é mesmo uma questão de foro íntimo, ou não?
No frigir dos ovos, essa história traz algumas lições. Nem sempre é legal falar certas coisas sem pensar, principalmente a desconhecidos, e é um péssimo cartão de visitas.
Por outro lado, mostra total controle de ação e nenhuma vergonha de se expor. Mais ou menos assim: da minha vida cuido eu e ninguém tem nada com isso. Mas precisa falar?
Às vezes a sinceridade excessiva ofende, não a mim, mas a alguns.
Imaginem se em meio a uma festa onde ninguém me pergunta qual a minha fantasia sexual favorita e eu começo a falar de fetiches?

Nada a ver, afinal, alguém pediu pra ouvir aquilo que eu quis dizer?
Falar a verdade é legal, ninguém deve condenar quem não tem vergonha de expor seus atos e planos. Só que na vida tem hora pra tudo, e naquele dia não era o momento de falar ou ouvir o que ela tanto se orgulhou de dizer.
De repente, perdeu a chance de ficar calada e deixar que cada um pensasse o que quisesse.
Era melhor?

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

It Never Ends


Ontem durante o feriado, recebi algumas chamadas de pessoas que estiveram na Rio Fetish Night na véspera querendo colher impressões. Alguns perguntaram sobre a matéria de hoje, e claro, dentro da lógica, não haveria assunto melhor pra comentar.
Antes um registro e agradecimento: primeiro a todos que saíram de casa e atenderam ao chamado para lotar o Vibe Club e escrever um pedaçinho da história do BDSM por essas bandas, e também, deixar registrada a presença do pessoal do site Le Fetiche que além de marcar território ainda colaborou pra ilustrar o artigo de hoje com essas fotos que dão vida a esse texto.
Dizem que um velho lobo do mar só sacia sua sede ao ver o oceano se renovar, mas isso só acontece quando existe o cuidado para que a vida marinha siga seu curso, e seus habitantes encontrem o abrigo onde devem estar. Assim é o fetiche, que precisa de energia pra que a chama jamais se apague.
Os que chegam trazem a ansiedade de seguir os passos dos que ali plantaram a sua semente que é regada por essa vontade, de aprender, de tentar e de realizar.
A Rio Fetish Night foi apenas uma festa fetichista, um evento onde as pessoas puderam comparecer e com total liberdade ver e praticar as suas fantasias. Não é uma escola, mas ensina, e não é um marco, porque vários eventos dessa natureza também agrupam esses praticantes. Porém, se mais eventos fossem possíveis e essas pessoas pudessem estar mais vezes reunidas, valeria a opinião e a constatação de que isso nunca termina, mesmo que todos tomem o rumo de casa quando as luzes se apagam.
Essa foi a minha primeira experiência no intuito de ajudar na realização de um evento de grande porte. Apesar da longa estrada de práticas fetichistas aqui no Brasil e no exterior, jamais ousei dar esse passo, mas me senti em casa, cercado de amigos, alguns que tive o prazer de conhecer frente a frente pela primeira vez, gente que chegou e nunca mais vai deixar de estar presente.
Isso não tem preço.

Poderia falar aqui de belas cenas que deram o tom da festa. Poderia falar daqueles que estiveram por lá e compartilharam às sete horas de fetiche num lugar seguro e confortável. Mas prefiro falar sobre o evento num todo, desde a idéia de conseguir inserir a festa no calendário mundial até o incrível senso de organização do Saulo e da Lucia.
Planejamento correto e execução perfeita.
O mais importante é que a Rio Fetish Night não terminou nas primeiras horas de ontem. Ela deu um “até logo” e volta no ano que vem, na mesma data, em sua segunda edição. O site Bound Brazil estará novamente ajudando na realização do evento com o compromisso de aprimorar o que foi muito bem feito.
A comemorar a grande quantidade de debutantes, pessoas as quais me recuso a chamar de baunilha porque só de estarem ali provaram que é possível atrair simpatizantes que um dia poderão se tornar parte desse universo.



A lamentar algumas ausências que me fizeram falta, mas que por qualquer razão não puderam estar presentes, embora não faltasse o convite.
Pra encerrar, uma resposta rápida pra galera que gostou das meninas com o dorso amarrado e com os seios amostra do começo ao fim da festa: não inventei isso não, vi em algumas festas lá fora e repeti aqui.
Simples. Melhor assumir a cópia do que levar a culpa e ficar com nariz de Pinóquio.
A Rio Fetish Night foi do cacete!
Vem mais por aí. É só esperar...

Modelos nas Fotos: Vania e Yasmin Vaz.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Last Call


Será que algum fetichista já parou pra pensar sobre qual a dimensão de sua importância neste cenário? É fácil, basta imaginar que o fetiche é uma roda gigante e que necessita de mãos que a façam girar. Daí fica evidente deduzir que se várias pessoas se propuserem a impulsionar essa roda ela vai girar mais rápido.
O melhor dessa missão é que nem é preciso saber de verdade quem empurra e usar as mãos é o suficiente.
Daqui a duas horas acontece aqui no Rio de Janeiro um evento de grandes proporções.
A Festa Rio Fetish Night tem quase quatrocentas pessoas em lista, confirmadas, um número difícil de imaginar quando nasceu a idéia. A casa está pronta, decorada para atender a todos os fetiches que se tem noticia, desde local adequado para podolatria até um mini-dungeon para os sadomasoquistas.
Porém, o mais importante é a sua presença. Não para desfrutar de todas as atrações que fazem parte do evento apenas, mas para provar que é possível ousar e juntar pessoas que têm o mesmo sentimento bombando no peito.
É hora da última chamada.
Basta trocar de roupa e seguir o caminho que te leve até onde só os seus sonhos conhecem.
Vale o ultimo lembrete sobre a Rio Fetish Night:

Local: Vibe Club
Endereço: Avenida Men de Sá 331 (Corredor Cultural da Lapa – RJ)
Início: 21 horas
Traje: Dress Code ou Preto, Vermelho, Roxo, e por aí vai

Portanto, fica aqui o convite para os que ainda não se decidiram.
Sempre cabe mais um e todo mundo é bem vindo.
Estou levando duas mochilas de cordas, algumas modelos do Bound Brazil e muita disposição.
A hora é essa.
Te espero lá.


sexta-feira, 3 de setembro de 2010

A Cor do Fetiche


Qual é a cor do fetiche?
Negra? Roxa? Vermelha?
Pensando assim, nota-se que as cores fechadas são as preferidas.
Mas como explicar que na Holanda, um local onde o fetiche é cultura, no dia da Rainha celebrado todo 30 de Abril, as pessoas usam roupas claras, normalmente em tom laranja, e se divertem noite adentro na Queens Night de Den Haag? Bebem todas que vêem pelo caminho, colocam os fetiches na mesa pra cair na gandaia até o mês de maio?
A cor do fetiche é uma questão de moda, prazer e cenário.
Que digam os fetichistas que se esbaldam em cenas de dominação e submissão, normalmente atraídos por uma atmosfera dark para servir de palco para suas práticas. Ninguém imagina uma rainha dominatrix com um vestidinho estampado e florido numa festa fetichista com a chibata na mão ou comandando um dungeon.
Já os bondagistas de uma forma geral admiram heroínas indefesas em trajes do dia-a-dia, as chamadas “girls next door”, uniformes colegiais ou até fantasias de super-heroínas famosas. Alguns combinam cores de cordas, sapatos, vestidos, e há aqueles que buscam tons escuros, reforçando a tese da preferência pelo cenário.
Podólatras não submissos, sim porque aqui há que existir um parêntese, uma vez que há podos dominadores, submissos e outros que simplesmente gostam dos pés e nada mais além. Estes são mais chegados às cores dos esmaltes que enfeitam as unhas ou das sandálias e sapatos do que às próprias vestimentas.
Quando as responsáveis pelo guarda-roupa do site Bound Brazil me perguntam que tipo de traje as meninas vão usar pra filmar costumo dizer: short e blusa de alça, vestido estampado, às vezes preto, porque os pedidos de assinantes do site sempre circulam por essa linha. Daí a minha opinião quanto às preferências dos bondagistas.
Seria possível imaginar infantilistas de fraldas negras? Nem pensar, certo?
E os furries com fantasias de bichos de pelúcia roxa? Pode até conter alguns traços em cor escura, mas bicho de pelúcia preto só gato, cachorro ou pantera, mesmo assim os focinhos e patas levam um contraste com o branco. Qual das inúmeras representantes do sexo feminino que me ajudam a escrever essas páginas não tem ou nunca teve um bichinho desses em casa?
Resumo da ópera: a cor escura combina com o lado underground e todo fetichista se sente em casa nesse tipo de ambiente. Embora os flyers de festas e as cores que decoram o ambiente tenham um tom crepuscular, o dress code também é bem vindo e é norma de conduta nesses eventos. Até porque enfermeira de preto não dá brother!
Pra mim tanto faz.
Prefiro “embrulhada” pra presente. E como esse tipo de pacote normalmente tem um aspecto colorido, pode mandar que eu aceito e ainda agradeço!

THE PERILS OF DIANA

Prestem atenção nessa moça.
Na forma como exibe o fetiche de bondage. No jeito de menina seqüestrada e, principalmente, como seu corpo aceita as cordas. Trata-se de uma bondagette por excelência.
Infelizmente a imagem é imóvel e só é possível observar detalhes sem uma leitura dos movimentos.
Mas para os assinantes do site Bound Brazil, ela estará em tela cheia, em HD, mostrando o fetiche de bondage com todas as letras.

Os Apuros de Diana (The Perils of Diana) será exibido hoje com Diana Vidal e Luana Vlazak no Bound Brazil. Doze minutos de ação e bondage.
Imperdível!

A Foto de cima no texto é um trabalho impecável de bondage do meu amigo Seether (Shadow Play)

Um ótimo final de semana a todos!

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Sem Preconceito


Confesso que a princípio relutei assim que recebi um email com mais uma solicitação de entrevista. Em meio a tantos que chegam à minha caixa de correio eletrônico, achei que se tratava de mais uma daquelas abobrinhas tipo assim: “como você se sente quando pratica bondage? É fácil conviver com o médico e o mostro dentro de você?”.
Esse blá blá blá irrita, satura, e embora causasse horas de aborrecimento no começo, hoje simplesmente ignoro e não dou resposta.
Mas assim mesmo resolvi responder as perguntas de uma jornalista que mostrou desde o primeiro email ter bom senso, lucidez, provando que estava entrando no nosso planeta fetiche em busca de realizar uma matéria para a sua revista, e ao mesmo tempo, passar aos seus leitores uma idéia geral de como as coisas acontecem do lado de cá dos trilhos.
Sem preconceito, sem comentários jocosos ou patrulhamento social excessivo, o artigo com o titulo de “Prazer Sem Limite” é uma viagem pelo mundo BDSM e seus personagens. O olhar fetichista sempre voltado para o prazer.
O resultado desse trabalho está na edição desse mês da Revista Viver Brasil de Minas Gerais.
Pra quem não mora na terra das alterosas aqui vai o link onde é possível ler a matéria totalmente grátis na edição eletrônica: http://www.revistaviverbrasil.com.br. No menu de opções basta clicar na palavra sexo.
Além de ter excelente conteúdo, a matéria toma o depoimento de vários praticantes de todas as vertentes que compõem a sigla BDSM. Fetichistas de renome como meus amigos Senhor Verdugo, Yago e outros mais, são o foco da reportagem e contam nas entrelinhas um pouco de suas experiências.
O aspecto histórico do BDSM é retratado em detalhes e serve como base para principiantes que almejam participar desse universo de fantasias.
A Raquel Ayres contou o que rola por trás de relacionamentos BDSM de forma correta, sem rompantes de elogios ou criticas. Baseou-se em depoimentos reais para sedimentar a sua reportagem buscando opiniões de especialistas que compreendem essas manifestações como sadias. Não tocou em parafilia ou algolagnia e fez prevalecer o prazer de praticantes que primam por seguir regras rígidas, sem sair dos trilhos.
O BDSM não precisa da mídia. Precisa que haja respeito a todos que se dedicam a criar esse tipo de fantasia erótica dentro de suas relações sexuais. E neste quesito, a Raquel e sua revista estiveram perfeitas, sem pular a faixa ou o degrau.
Talvez a matéria da Revista Viver Brasil traga benefícios a possíveis interessados nessas fantasias, uma vez que acostumados a criticas desmedidas claudicam em aceitar desejos diferentes que os acompanham por longo tempo, e por essa razão, preferem deixar de lado, esquecido, ao invés de compartilhar com alguém que também os aceite. Quem sabe, tenha também o poder de elucidar aos chamados baunilhas para que entendam que dentro de nós nunca morou um demônio que se alimenta de dor e violência sem sentido.

O BDSM necessita ser retratado da forma como ele é de verdade, mas isso só é possível quando pessoas que têm discernimento e espaço na mídia se dispõem a realizar reportagens transcrevendo o prazer em lugar da demência.
Se esse blog tem como objetivo o debate e, acima de tudo, explicar que nossas gostosas brincadeiras de adulto não passam de simples fantasias, reverencio essa menina, jornalista por excelência e inteligente por vocação.
Valeu Raquel!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

For Your Eyes Only


Não vou escrever sobre o famoso filme do James Bond.
As imagens que podem ser vistas por seus olhos retratam as próximas atrações do site Bound Brazil no mês de Setembro.
Várias estréias e uma BBW e suas curvas.
Para quem reclamava da falta de gordinhas no elenco do site é hora de se lambuzar.
Portanto, preparem-se pra noites de insônia porque essas garotas vão pegar pesado e perturbar o juízo da marmanjada.
Somente para os seus olhos, no Bound Brazil.