quinta-feira, 17 de novembro de 2011

O Limite do Medo


Ela é masoquista. Se diz escrava de um fulano qualquer a quem se entrega sem reservas.
Um dia desses quis experimentar uma sensação nova, algo raro dentre todas as experiências que sua mente fetichista havia ousado. Curvou-se a ela mesma, quis ser sua própria escrava.
Procurou seu parceiro e lhe fez uma proposta: queria ser violentada por estranhos e estranhas.
Mas a fantasia tinha requintes, não era tão simples. Ela não aceitava ser penetrada, por nada, não queria ter a visão facultada, devia estar imobilizada e as pessoas participantes deviriam usar as mãos em todo seu corpo, desde que nenhum orifício fosse violado.
Ele topou. Sabia que havia uma boa dose de exibicionismo na fantasia da parceira, mas o gatilho estava no medo, na sensação de impotência e na vulnerabilidade diante de pessoas as quais ela não teria nenhum conhecimento de quem se tratava.
A solução mais viável era buscar pessoas no meio que topassem participar da realização da fantasia de sua parceira. Por mais que pareça uma tarefa fácil sempre existem barreiras. Fetichistas de uma maneira geral não gostam de entrar numa cena pra ver apenas o prazer alheio. Ao primeiro contato com a fantasia a fagulha de quem está no cenário dá liga, e a história era tão clara que quem estivesse no momento da cena não poderia se envolver.
As respostas negativas não o desanimaram.
Ouviu contrapropostas que não lhe agradaram, mas insistiu. Um amigo chegado lhe deu uma dica valiosa. Argüiu sobre a possibilidade de tocar a idéia em frente com oito mãos, as deles, dos machos alfas e de duas moças de vida horizontal. Pois é brother, nessas horas as primas sempre aparecem como solução.
Se fosse perceptiva no toque ela saberia que ali se misturavam mãos masculinas e femininas no louco frenesi que estava sedenta para experimentar. Ele conhecia seus sentidos, estava acostumado a brincar com seus desejos e levá-la ao nirvana fazia mais de um ano.
No dia marcado seu amigo apareceu com as duas amigas. Tudo aconteceria em sua casa e ela aquela altura já estava devidamente vendada e atada a um cavalete que ele tinha guardado.
Bastava o sinal.
Geralmente as prostitutas preferem este tipo de atendimento a ter que se atracar com clientes ávidos por trepadas monumentais. Elas procuram dar o melhor, sabem que no fundo será uma graninha fácil de defender porque tudo havia sido tratado em detalhes pelo contratante.
Partiram.
A mulher palpitava. Dava pra sentir seu corpo latejando diante da aproximação de todos. Não era mais jovem, estava na casa dos quarenta, mas conservava um corpo atraente e bem cuidado. Completamente nua sentiu o toque das mãos lhe percorrendo cada parte do corpo.
Os que a subjugavam combinaram não trocar palavras. Qualquer mudança de atitude deveria ser feita em sinais pra que a mulher imobilizada e possuída apenas tivesse as sensações que estava sendo submetida.

E assim foi. Os orgasmos se sucediam e as meninas começaram a se interessar pela brincadeira. Talvez por estarem acostumadas a gerar prazer em pessoas as quais se entregavam de forma totalmente diferente, aquela cena nova começou a despertar o chamado “algo mais” e a partir de então foi um tal de mulher sair tirando roupa, se esfregando na escrava do sujeito e se masturbando em meio a sessão.
Elas gemiam mais que a protagonista da cena. O dono da festa desesperado não sabia mais como sinalizar porque as mulheres estavam num transe total. Deixou rolar. Sentiu que os gemidos das meninas seguiam aguçando ainda mais sua escrava que seguia imobilizada no cavalete.
Quando tudo terminou as meninas se arrumaram, pegaram seu pagamento e partiram perguntando pela próxima. O amigo meio sem jeito acompanhou as moças e ele foi retirar sua parceira do suplício. Ao sair e perguntada como tudo tinha ocorrido ela sorriu e disse:
- Vamos pra cama, acaba comigo de vez e marca outra!
Se houver uma próxima eu conto outra vez.

Um comentário:

ternura disse...

querido ACM,

poxaaa como essa sua morada me faz bem!!!!

affff e não é que como uma autêntica submissa com nuances masoquista, a história de hj, rendeu-me alguns arrepios eletrizantes....nuooosaaa....

ahh fala sério...delícia de experiência...até arrisco uma aposta e das altas, de que esse é o sonho de consumo de muita coleguinha de trabalho dessas bandas sadomasos aqui....*pisc

bjs de cartas marcadas