quinta-feira, 19 de agosto de 2010

O Lado Voyeur de Cada Um


Comecei a exercitar meu lado voyeur aos treze ou quatorze anos.
Na minha adolescência distante, trancado no banheiro, olhava as revistas com aquelas suecas peitudas e mandava ver. Seguidas bronhas me fizeram um voyeur de primeira classe nessa época.
Esse exemplo serve pra definir que dentro de nós existe um voyeur de plantão.
Afinal, quem nunca assistiu a um filme pornográfico? Ou fetichista?
Porque o voyeur não é apenas o sujeito escondido atrás de uma cortina, dentro de um armário ou em pé, ao lado da cama, assistindo tudo acontecer. O voyeurismo é muito mais, é observar o objeto de desejo de perto, de longe, flertando, até alcançar a realização do desejo.
O voyeur não precisa do exibicionista, embora os dois se completem na medida certa, porque um mostra o que o outro quer ver. Alguns amigos que tem preferência pelo voyeurismo não abrem mão da invisibilidade momentânea, deliram com cenas à espreita.
São verdadeiros observadores atentos que detestam ser descobertos.
Especialistas em pequenos orifícios em vidraças e em artimanhas impensáveis, na grande maioria chegaram ao divã de um analista por medo de suas atitudes, de serem flagrados em ação. Porque muitas vezes esses casos são planejados dentro do seio familiar, quando alguma amiga de algum parente faz uso do banheiro.
As histórias mais loucas chegaram aos meus ouvidos.
Desde a construção de arapucas perigosas que possibilitavam as famosas “espiadelas” até micro câmeras escondidas. Um glossário de loucuras.
Mas o voyeurismo não se resume a perigo. As melhores cenas desse fetiche são concebidas através de consentimento prévio, quando mulheres e casais exibicionistas admitem ser observados por praticantes de voyeurismo.
Essa prática se desenvolve com freqüência em clubes de swing.
É fato que a grande maioria dos homens delira quando assiste duas mulheres se pegando.
Se a cena for “montada” e exibida num filme, o cara aceita a imagem, mas persegue cada detalhe em busca da perfeição real, ou seja, ele quer na verdade ter a certeza de que as mulheres filmadas demonstrem que estão ali por puro desejo e afinidade. Claro que nem sempre é assim.
Por isso, os clubes de casais são o melhor caminho pra essa galera.
O voyeur espia o sexo. É importante deixar isso claro porque nem todo voyeur está atrás de assistir cenas de BDSM, podolatria ou outra prática parecida, muito embora existam os especialistas nesse segmento, dentre os quais eu também entro na fila pra comprar o ingresso.
Às vezes você mira no peixe e acerta o gato.
Um amigo, podólatra e voyeur, figurinha carimbada nas casas de swing do Rio de Janeiro, encontrou o nirvana numa de suas incursões. Acompanhado de sua parceira muito bem resolvida quanto a essas questões, conheceu um casal com a mesma tendência fetichista e conseguiu agregar os desejos. As mulheres exercitam a podolatria entre elas e ambos observam sem o menor problema.

Mas isso seria como achar uma agulha num palheiro, chances que só acontecem tipo uma em um milhão. Concordo, claro, mas sem tentar não é possível saber se haverá um pote de ouro no final do arco-íris.

E como todo voyeur tem como principal característica a persistência, é válido tocar no assunto e dar dicas de como a realização pode estar a um palmo do nariz.
Basta observar.

Um comentário:

Mel Dupla Personalidade disse...

Oi! Passando para te conhecer.
Sou uma voyeur convicta, amo imagens, amo olhar e sentir!
Adorei teu blog! Sexy, safado ... Uma delícia.
Se puder visita meu cantinho, adoro novas amizades e troca de idéias.
Já te seguindo!
Bjs doces como mel!

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(¸.·´ (¸.·` *♥ Mel Dupla Personalidade ♥*♥*♥*♥*♥*♥*♥*♥*♥