quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Não Tem Volta


Ontem recebi um email da Chrissy Daniels (foto bem aqui ao lado).
Modelo de bondage das mais respeitadas e solicitadas pelos lados da terra do Tio Sam, Chrissy me perguntou se eu estaria na Fetsh Con neste final de semana, em Tampa, na Flórida.
Na verdade, fazia parte dos meus planos estar agora desfazendo as malas pra passar bons momentos na maior feira de bondage do planeta, encontrando pessoas que quase todos os dias trocam mensagens comigo por email ou através do Fetlife.
Pior do que não poder ir a Fetish Con foi ler a seguinte frase da Chrissy: “não vai me amarrar não?
Isso dói brother, principalmente quando você tem a plena consciência de que compromissos profissionais te impediram de estar onde você queria estar, fazendo o que tinha vontade de fazer. Não tem volta – C'est fini la contredanse.
Mas pensando bem, essa não será a última e haverá sempre planos para a próxima, os quais espero cumprir. Pena que seja preciso atravessar a linha do Equador enfrentando horas de avião para estar perto dessa festa recheada de glamour.
Pode ser que um dia o vento mude e as coisas aconteçam de forma contrária, e talvez uma geração futura possa saborear o que os que aqui estão não tiveram a chance, afinal, ninguém pode prever o futuro. Mas por enquanto a pajelança dos bondagistas ocorre no lugar onde as cordas têm tratamento diferenciado e os praticantes são considerados artistas, por seu trabalho e iniciativa.
Vamos ser justos; os caras descobriram a pólvora, amarraram a Betty Page e outras tantas Pin-ups há sessenta anos. Descobriram que dava liga fotografar e filmar essas garotas intrépidas, por isso, merecem ser os donos da bola e dar todas as cartas porque reúnem gente de leste a oeste embarcados no mesmo sonho de consumo numa paradisíaca cidade praiana da Flórida.
Semana passada o David (David Knight Bondage) disse que eu estava maluco por não ir.
Além da premiação no awards 2010, outra razão para eu estar na Fetish Con seria entrar no Hotel Hyatt Regency com um banner gigantesco do filme “The Resort” debaixo do braço a fim de divulgar a produção que ousou resgatar os filmes de longa duração típicos dos anos oitenta e noventa – aliás, diga-se de passagem que está vendendo muito, acima do previsto – celebrando a ousadia, desafiando padrões que os figurões da indústria estabeleceram como regra.
Pois é David, desta vez não deu!

Mas chega de lamentos, não vou estar lá e pronto. Ponto final.
Só me resta desejar que mais uma vez a feira divulgue o fetiche de bondage aos amantes e também aos simpatizantes, não apenas aos que estarão por perto, como também, aqueles que mesmo estando a quilômetros de distancia torcem para que o fetiche viva sempre seus dias de glórias.
Embora com tristeza tenha visto alguns sites que há anos faziam parte da cena desaparecerem sem rastros, a presença de novos portais e algumas mudanças de rumo surgem como elementos capazes de perpetuar o que nos faz tão bem.
Então, vida longa a Fetish Con e a todos aqueles que puderam estar por perto.
A feira começa hoje e vai até domingo.
Qualquer novidade e os melhores momentos do evento prometo mostrar em diversos artigos.

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