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segunda-feira, 2 de abril de 2012
O Medo de Romper com Tabus
A palavra tabu pra muitos assusta. Mas na verdade, nada mais é que um tabu.
Simples, descobri a pólvora!
Porém, há que vencer o medo e quebrar os tabus. E o primeiro dos tabus tem a ver com sexo.
Tem gente que se arrepia quando fala em sexo cheio de fantasias. O temor é maior que a razão ou o prazer. Consideram sujo, vergonhoso. Já ouvi mulheres afirmando que se sentiriam vulgares praticando as tais saliências indevidas.
E os marmanjos? Tem cara que se nega a fazer isso com a mulher porque acha que putaria só se pratica na rua, que a mulher dele tem que ser reprodutora e escarradeira de seus desejos quando trepa com a cabeça voltada pra outras.
Então, pra muitas pessoas romper com os tabus é sinônimo de pavor.
Mas sempre existe a hora de revirar as gavetas e achar razões pra mandar conceitos retrógrados pro inferno. Porque quando alguém encontra uma razão que lhe faça acreditar na possibilidade de ser feliz através da explosão da rotina e monotonia destrutiva, não há simpatia ou reza forte que faça com que o tabu resista à vontade.
Às vezes um incentivo é a chave. Um novo encontro com ares de recomeço, não um recomeço de um ponto cego que deve ser esquecido, mas um reinício totalmente livre de preconceitos e aversões gratuitas. A valorização da pessoa e de seu pensamento é a chave.
O ser humano não costuma fincar raiz em aspectos insólitos.
Por conseqüência, uma vez que ele enxerga a possibilidade de ter sucesso nas investidas que fará trazendo uma satisfação ampliada as suas relações e, por conta disso, canalizando energia positiva em si mesmo, sem apelar pra sonhos e devaneios de que o que passa na tela num filme é uma história incomum e patética, ele passa a explorar a sexualidade com respeito aos seus próprios sentimentos, da mesma forma que ele consegue visualizar os atos de sua própria vida.
Emergir da neutralidade não é tão simples quanto parece ou tão complicado como se imagina.
A aposta tem que ser única, real e definitiva. Claro que ninguém imagina fazer da vida um palco de aventuras e prazer, entretanto, fazer das horas de prazer uma grande aventura não é nada proibitivo ou indecente como pensam alguns.
Tabus são barreiras sociais muitas vezes indecifráveis. As pessoas acreditam e seguem conceitos porque alguém ensina que o mundo caminha do lado contrário. Viver fantasias, arriscar o sexo com conteúdo nada tem a ver com libertinagem, é apenas humano.
Fica claro que o ideal de viver uma fantasia sexual é que seja a dois. A timidez excessiva às vezes resume as fantasias a um monólogo e não oferece a satisfação possível. Porém, a inclusão de fantasias em relações deve ser primada por longas conversas e negociações adultas. Porque nem tudo se encaixa quando se fala de envolvimento e paixão.
Em resumo, a queda do tabu se dá por pura iniciativa de quem tem interesse a tornar a sua vida sexual mais satisfatória. Não há regra e nem significa um jogo onde existam vencedores e vencidos, tudo ocorre por afinidades construídas dentro da própria relação.
Ora, se algo agrada ao primeiro contato e a quem a fantasia é ofertada tem um sentimento receptivo, o diálogo é caminho mais curto até a realização. Sempre lembrando o essencial principio consensual que envolve esse assunto tão debatido por aqui. Ninguém deve se anular em detrimento de outrem, ainda que a submissão em alguns casos seja a tônica do desejo de alguém. Submissão sexual é um desejo como outro qualquer e deve ser respeitado como tal.
Por isso, da próxima vez que um desejo lhe bater à porta aceite ou passe, mas analise, debata e procure tentar se encaixar dentro da proposta que foi colocada. E se algum dia uma pessoa qualquer falar em resistência, em tabus e mitos, seja reacionário e encare de frente algo muito importante: você é quem deve estar interessado ou não em viver uma fantasia, não as pessoas que desenham monstros a sua volta.
Com certeza será o fim de mais um tabu.
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Fantasias Sexuais
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Um comentário:
Acho tão legal quando encontro no texto palavras que desenham uma cena em que me vejo, me identifico.
"As vezes incentivo é a chave".
Meu caminho não é mais o mesmo...aprendi muito..pesquisei, conversei errei, redirecionei,fiz, experimentei, me arrisquei mas sei..fetiche é caminho sem volta, nada fica como antes.Nada.
"um novo encontro com ares de recomeço, não um recomeço de um..."
E se não der pra recomeçar?
E se não der?
Tudo tem seu tempo..."tudo tem começo, meio e fim...e o fim acaba bem."
Quero acreditar nessas palavras que são o caminho da fantasia fetichista.
400km de beijos
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