terça-feira, 24 de abril de 2012

Quando o Resultado é o Fetiche


Engana-se quem pensa que é dono dos segredos da mulher.
Elas lidam muito bem com seus mistérios. Sabem a hora de colocar em prática seus desejos e na primeira brecha escancaram o que querem, uma vez que se sintam seguras.
E foi assim, de mansinho, que alguém de forma anônima me pediu pra escrever sobre um determinado assunto: o esperma.
Muitos diriam que o esperma é o resultado. Alegariam que funciona como o final do filme. O epilogo de uma trama perfeita. Porém, há que se respeitar desejos e algumas mulheres também se satisfazem com o esperma e conseguem momentos mágicos com isso.
E os exemplos são tantos que caberiam num glossário.
A simples visão.
Várias mulheres têm enorme prazer em ver o parceiro ejaculando. Umas alegam que a imagem seduz pelo fato de ver estampada a satisfação do sujeito diante delas, outras afirmam que é uma forma de se sentirem poderosas diante do fato.
E pra quem anda pensando que isso seria um desperdício, saibam que tal fantasia tem adeptas aos montes. E por que não dizer, adeptos.
O contato com a pele.
Essa forma talvez seja a preferência entre as que curtem esse fetiche. A riqueza de detalhes é imensa e elas abusam nas viagens que costumam fazer sobre o tema. Pescoço e seios são os alvos preferidos das moças. Muitas se sentem atraídas pelo calor do esperma nessas partes do corpo. Há casos em que elas preferem no cantinho da boca, no rosto, no cabelo, mas costas, pernas e barriga.
O capítulo a parte dessa preferência são os pés. Porque há uma galera que curte isso e, por sua vez, as mulheres acabam aderindo a essa prática e se tornam habitues.
Conheço uma dominadora que gosta muito de receber jatos nos pés e depois, segundo ela, obriga seus submissos a lamber o próprio esperma. Bom, há gosto pra tudo...
E existem aquelas que esfregam o esperma pelo corpo e chegam a ter orgasmos com tais fantasias. Você pode achar exagero, mas isso acontece.
E, por fim, aquelas que gostam do sabor do esperma.
Claro que nessa etapa todo cuidado é pouco porque a incidência de doenças sexualmente transmissíveis se dá por essa via de contato também. Mas uma vez diante de uma relação monogâmica ou tendo conhecimento suficiente do parceiro torna-se um fetiche que às vezes satisfaz homens e mulheres.
Principalmente se falarmos de relações de BDSM. Porque muitas práticas fetichistas têm esse final através da fantasia de ser forçado, tipo goela abaixo mesmo. Tanto pelo lado de quem infringe quanto de quem se submete. De forma consensual é claro.
Mas nem sempre se lida com BDSM quando o papo é ejaculação através do sexo oral.
Algumas mulheres apreciam isso, independente de serem subjugadas a fazer. O fazem por livre e espontâneo prazer. Algumas cospem e outras retêm o liquido por um tempo antes de engolir.

Certamente esse é um assunto delicado. As mulheres preferem manter esse desejo em total sigilo e cabe ao homem uma grande parcela de contribuição para ajudar a parceira a se abrir em busca do seu objetivo. Muitos se calam, acham um absurdo essa forma de prazer e acabam tolhendo as moças antes mesmo que elas esbocem qualquer vontade de realizar a fantasia.
Basta à conversa aparecer num papo descontraído para que os caras metam o malho e a mulher a partir de então se fecha.
Portanto, toda fantasia por mais estranha que possa parecer existe na cabeça de alguém.
A repressão é injusta e hipócrita.

Não se deve vetar a entrada do fetiche numa relação por nojo ou preconceito.
Cabe às moças fazer valer a vontade.

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