Um filme totalmente desenvolvido e baseado nos quadrinhos
de John Willie, em que o diretor Just Jaeckin (Emmanuelle, 1974 e História de
O, 1975) ousou mais uma vez viajando nas hostes fetichistas e lançou nas telas
Gwendoline ou The Perils of Gwendoline in the Land of the Yik Yak em 1984.
Considerado pela crítica especializada como o filme fetichista do ano, alcançou
enorme êxito por onde passou.
Gwendoline (Kitaen Tawny), acompanhada pelo mercenário Willard
(Brent Huff) e sua empregada francesa (Zabou), viajam as exóticas e perigosas selvas
e desertos para capturar uma borboleta que se tornou a busca científica de seu
falecido pai. Lá, descobrem o reino perdido de Yik-Yak, uma sociedade só de
mulheres governada por uma rainha que planeja matar Willard depois que ele acasale
com uma lutadora campeã do sexo feminino.
O filme tem um ensaio interessante de bondage, muito
parecido com os quadrinhos.
A história começa a criar um roteiro tenso logo de cara, quando
Gwendoline é capturada por um trio de ladrões e salva por Willard. A viagem ao
oriente surge por acaso, uma vez que o mercenário tem uma carga ilegal para
transportar através da China e cruza com a heroína que está à procura da
borboleta que seu pai buscava.
Seria ilógico não apostar num enredo bem simples e de
fácil absorção. Os quadrinhos retratam esse tipo de aventura cheia de intempéries
e acidentes que levam a mocinha ao perigo constante. Mas não é esse o real
sentido da heroína em apuros?
Lógico que existe a filha do cientista famoso cheia de
grana no bolso pra contratar o mercenário e sua empregada para servirem de guia
em sua viagem fantástica. Então, fica evidente o aparecimento de tribos de
canibais e outros percalços que vão tornar a historinha interessante pra galera
que curte a menina em perigo constante.
Sabedor dessa audiência, Just Jackien abusa de imagens em
que as atrizes estão nas mãos de malfeitores. E como em toda aventura desse
tipo, uma luta final e uma vilã que intensifica seu tesão pelo herói propõe uma diusputa em troca de liberdade e o cenário está montado, sem contar a mudança de comportamento do
mercenário que se envolve com a história e no final fica bonito na foto.
Para o povo que se liga em cenas de BDSM algumas
torturinhas básicas e pouco convincentes estão no cardápio, mas é bom não se
animar tanto porque a fotografia futurista derruba a tese do clima sombrio
masmorrento que faz essa galera pirar.
O nudismo é bem concebido e Jaeckin, como sempre, dá uma
aula de sensualidade escolhendo as atrizes a dedo. Ele sabe a hora de ousar e
descobre o tato fetichista na mente dos espectadores.
Para os amantes de filmes que retratam a mocinha em
apuros (damsels in distress) diria que esse filme tem lugar cativo na coleção.
Suspense tem de sobra e donzelas em busca de um herói a balde. E para uma obra de
quase vinte e oito anos de realização não é tão complicado encontrar vagando
pela rede algum link que possa trazer gratuitamente o filme em download, e
também não é difícil encontrar o arquivo de legendas.
Porém, pra quem prefere colecionar com direito a capinha
e tudo a que tem direito, sites como o Amazon disponibilizam a obra em versão digitalizada.
Pra aguçar a curiosidade posto um pedacinho de
Gwendoline.
2 comentários:
Kitaen Tawny, musa nos clips do Whitesnake quando ainda era namoradinha do David Coverdale, lembra? Que gata!
E como brother...
Uma musa dos oitenta
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