quarta-feira, 2 de maio de 2012

What about Bondage?


Parece sem lógica esmiuçar qualquer definição depois de quatro anos escrevendo sobre o fetiche de bondage. Entretanto perguntas sempre surgem e se elas estão por aí, nada melhor que apostar numa retórica que possa servir de resposta.
Porque bondage não reúne apenas adeptos e sim tendências. O que sugere uma divergência gostosa capaz de servir como um cardápio de quem tem a intenção de se aventurar nesse caminho.
Então eu peço ajuda aos universitários. Meus confrades fetichistas mais próximos que como eu apostam nessa brincadeira de adulto pra tirar noções básicas de como viver bem.
E posso garantir que em qualquer viagem ou pensamento vago desses caras que curtem pedaços de fetiche em tom de fantasia, há um elemento básico, quem sabe preponderante, o qual deve fazer parte do desejo coletivo: uma cúmplice.
Pois é brother, sem ela, a cúmplice, não há crime perfeito.
Mas não é uma parceira qualquer que simplesmente derrame desejos toda vez que você dá o ar de sua graça e conta algumas histórias que deram certo ou não. Ela precisa entender o parceiro, ter o tal sétimo sentido que toda fêmea carrega escondido ou simplesmente esqueceu em algum lugar guardado.
Por mais que as teorias sejam conclusivas, bondage não é uma fantasia que se aprende na escola. Ela precisa de rumos que somente através do convívio e diálogo se pode traçar uma poderosa linha de prazer. Porque cada um que lança mão do fetiche pra satisfazer sua libido entende que só consegue êxito se é fruto daquilo que coloca como primeira opção.
Na certa vocês vão insistir na tese da dificuldade de por as coisas às claras. Não há como desmentir. Basta aparecer com uma historinha nova mesmo em tom ameno e na base da brincadeira pra virar um espanto. Porque a primeira vista ninguém aceita ser imobilizada ainda que o parceiro não seja um ilustre desconhecido. A simples idéia de estar impossibilitada de reagir ante qualquer infortúnio não é digerida com tranqüilidade.
No entanto, se você é um fetichista nato, daqueles que não aceitam derrotas sem luta, cabe achar um espaço e brigar pelo que te seduz.
E por mais que litros de saliva sejam gastos ela só vai conseguir entender a mensagem no momento em que obtiver semelhante prazer, ainda que tenha uma ótica diferente da nossa. Mas pra entender a mensagem do bondagista a moça tem que querer. Toda cumplicidade tem seu preço, seja ele qual for. Correr riscos não é tarefa fácil. É preciso acreditar que existe a possibilidade de dividir um sonho, uma fantasia e aceitar que velhos conceitos nem sempre significam a verdade absoluta. Porque não basta realizar a fantasia de quem oferece, é preciso ter prazer com o que virá ou tudo será apenas uma história pra contar.
Daí, as mulheres interessadas em abraçar essa prática necessariamente devem compreender que não é tão simples como está nas matérias de revistas femininas que somente sugerem experimentar fazer sexo amarrada. O buraco é mais embaixo e ao topar com um sujeito que gosta da fantasia a ponto de transformá-la num fetiche, ele não vai se contentar com uma noite apenas e nada mais.
Cumplicidade e parceira requerem muito mais que uma simples aventura de prazer.

E nós, desse lado da trincheira, seguimos viajando na idéia da cena perfeita. Não aquela que aparece na foto, mas a que se repete, que ganha vida e formas e tem a participação efetiva de quem entende que conviver com um fetichista por mais emocionante que seja requer sabedoria.
Portanto, analise com calma a tendência de bondage que vai comandar a fantasia.
Se ela encaixar, não haverá limites para a ousadia e criatividade. Descobrir o prazer através de uma novidade é excitante pra quem chega. Mas se por acaso isso não for suficiente pra

suprir as intenções, que fique de lado ou venha a ser parte de uma simples experiência que tem começo e fim imediato.

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