Certamente você já viu essa frase em Inglês em alguma
porta de um quarto de hotel.
Quem sabe em outras situações também, mas é certo que
normalmente se usa esse termo para avisar que a pessoa em questão não quer ser
despertada por nada.
No entanto, há casos em que o não despertar se transforma
num fetiche.
Existem pessoas vidradas em ter relações com a parceira
ou o parceiro dormindo. Nada a ver com contos de fadas e historinhas da bela
adormecida, porque no primeiro beijo ela desperta. A coisa é mais séria e é
preciso ter total confiança em quem se apresenta pra praticar essa fantasia.
Porque a sonofilia algumas vezes é provocada através de
soníferos. Isso quando a prática atinge níveis onde exista até penetração durante
o sono da moça. Normalmente quem possui esse fetiche se conforma em se
masturbar velando o sono da pessoa ao lado, mas em casos onde exista a vontade
de se excitar por sexo oral ou até penetração a vera mesmo, só entubando um sonífero
forte para que não haja o temido despertar na hora H.
Esse fetiche não está listado dentro das regras do BDSM
porque não se tem noticia da interação da sonofilia com outra prática. Se
houver o desejo de imobilizar a pessoa adormecida poderá existir a ligação de
fatores que criem esse vínculo com os fetiches que compõem a sigla BDSM.
Não é difícil achar literatura sobre casos de sonofilia
em contos eróticos, porém, na grande maioria das vezes o sono é fingido. O cidadão
chega em casa e a moça está lá nos braços de Morfeu. Ele a toca com cuidado,
acaricia, provoca a libido em quem está sonhando. E por conta do prazer e
sabendo que isso agradaria ao parceiro, ela simula continuar dormindo e assim a
fantasia é plenamente atendida.
Fico imaginando alguém com essa tara propondo o fetiche
àquelas pessoas que não suportam ser despertadas. Pois é, todo fetiche é uma ciência
em analise. Apresentar uma tara, uma mania a alguém exige cuidados. A
porradaria é certa na maioria dos casos, pode anotar. Isso em se tratando de
fetiches passíveis de serem atendidos fora do circulo. Porque ninguém convence
qualquer ser humano a ser masoquista, concordam?
Mas se o envolvimento suportar tal atitude não é complicado
concordar. Tudo isso desde que haja total harmonia entre os praticantes que
suporte o avanço da brincadeira, do jogo. Seria patético imaginar que o
fetichista se resolve com a fantasia atendida em partes. Pode ser que no começo
haja esse entendimento, mas aos poucos, ele proporá a aventura por inteiro.
Isso em qualquer caso. Portanto, é básico trabalhar a
cabeça pra paradas mais complicadas.
A introdução do sonífero traduz uma entrega total e irreversível
pra quem está no jogo. Lembrando sempre que qualquer desvio durante a prática,
ou seja, a realização de atos não permitidos soa como estupro e isso dá cana
dura.
Avaliando a sonofilia como prática bem sucedida pode
funcionar de forma plena quando há esse entendimento entre quem se dedica a
fantasia. E pensando bem, algumas mulheres em qualquer fase da vida já andaram
tendo sonhos eróticos com um parceiro sonâmbulo cheio de más intenções. Já li
sobre isso.
O melhor a fazer é preparar a fantasia como deve ser e
colocar as cartas na mesa.
Se houver a convenção sobre a utilização de soníferos fortes
nada melhor que consultar um médico e obter a receita segura após a análise de
quem vai se submeter ao medicamento.
E não custa lamentar que nesse caso, o prazer ficará
apenas de um lado, já que do outro apenas um sonho distante poderá aparecer na
manha seguinte com vagas lembranças.
Resumindo, se você conhecer alguém nos próximos dias que
comece com um papo
estranho de te acariciar enquanto dorme fique ligada, porque
na certa algo diferente virá como proposta. E agora que você minha amiga já
sabe que alguns marmanjos curtem a sonofilia, basta estar atentar aos conceitos
e ditar as normas.
Um fetiche bem feito, seja lá qual for, sempre ajuda a
preservar a relação.
2 comentários:
Esse post me lembrou um filme clássico do gótico italiano: "O Horrível Segredo do Dr. Hichcock". O título escandaloso era de praxe, mas o tal horrível segredo, de início, é simplesmente o fato de que o bom doutor gosta de transar com a esposa sob o efeito de soníferos. Depois, como a idéia é fazer um filme de horror, o doutor acidentalmente erra a dosagem e mata a esposa. Como resultado surta e começa a demonstrar interesse em necrofilia.
Independente das distorções dos fetiches é um pequeno clássico do gótico e vale como dica ;)
http://wurdulaks.blogspot.com.br/2009/03/o-horrivel-segredo-do-dr-hichcock.html
Brother Togetherness...
Seu comentário foi pontual.
Conheço o filme, claro, e confesso que me inspirei pra escrever em alguns trechos...
Vale também agradecer a dica do link.
Pra quem como eu curte Hitchcock é super.
Abraço!
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