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sexta-feira, 23 de março de 2012
Sobre Infantilismo
É legal quando as TV’s fechadas exibem matérias adultas na madruga. Ajuda a desmistificar algumas lendas urbanas e orienta quem do assunto anda em busca. Foi assim a ultima vez que num desses programas se falou em Infantilismo.
Conhecido lá fora como o fetiche dos bebês grandes, os infantilistas não podem ser confundidos com pervertidos sociais, porque não existe desvio de conduta e o tema não tem nada a ver com pedofilia. Em nenhum momento se cogita a participação de crianças nessas práticas. No infantilismo, assim como em qualquer outra atividade fetichista a perversão é apenas sexual.
É evidente que a primeira vista o infantilismo apresenta um aspecto hilário. Não é fácil admitir um marmanjo cinqüentão usando fraldas, chupando chupeta dentro de um cercadinho que em alguns lugares também se conhece como chiqueirinho. Entretanto, depois que os espantos saem de cena uma expressão fetichista lotada de conceitos se mostra.
Por se tratar de algo raro e incomum não é difícil encontrar comentários de analistas do comportamento humano com um leque de opiniões distintas sobre o assunto. Os conceitos viajam entre formas de regressão à infância perdida até abusos sexuais sofridos na fase tenra.
No entanto, eu além de ficar ao lado dessas opiniões, amplifico e sem sombra de dúvida incluo a sacanagem no meio. Porque pra mim, não existe questão fetichista que não inclua realização de desejos.
Ora, normalmente quem me dá a honra de ler os quase mil artigos que escrevo sabe que fetiche é coisa de gente grande, exigente, e com plena consciência de suas fantasias. Por isso, é inegável que a cena fetichista favorita funciona como um canal de contato com o tesão.
Não há outra forma, ou tudo seria psicopatia. Porque ninguém monta uma cena pra ficar olhando pra ela ou pensa em viver uma aventura pra não acabar em sexo. E com os infantilistas também é assim. Rola a famosa paudurescência no momento exato.
Eles se reúnem em grupos, trocam idéias e afinam suas práticas. Composto em sua maioria por homens, embora existam mulheres com essas taras, os infantilistas também promovem festas e encontros e se ligam nas novidades como qualquer comunidade fetichista.
Porém, na maioria das vezes as práticas se restringem a praticantes solitários que alugam serviços de uma galera que aprendeu a lidar com as manhas desses indivíduos e, com isso, engorda a conta bancária. São as famosas “mommys” que funcionam na cena como mamães repressoras das artes desses praticantes e impõem castigos, não muito severos, como palmadas, chineladas e algumas doses de palmatória, toda vez que eles propositalmente molham os fraldões de mijo. No mesmo compasso, as “mommys” trazem as babás, que nada mais são que garotas de programa que fazem o papel de acalantar os bebês gigantes através de seios fartos que amamentam os infantilistas ou em “boquetes” e transas que são os chamados prêmios por bom comportamento.
Fora de cena, os infantilistas são pessoas normais que têm seus negócios, ou labutam como profissionais liberais e comerciantes. Logicamente, são dotados de uma capacidade financeira que lhes permite ter seus espaços destinados a suprir seus desejos e, ao mesmo tempo, podem pagar pela assistência das “mommys” e das babás.
Bom ou ruim, o infantilismo é apenas um fetiche dentre os tantos listados no imenso glossário disponível onde qualquer pessoa com uma queda acentuada por uma fantasia pode se enquadrar.
Noves fora as confusões que geram preconceitos, as práticas são aceitáveis no meio, porém em se tratando de uma fantasia que requer um cenário especifico talvez não seja tão fácil de ser posta em prática. No Brasil, alguns abraçam a causa, todavia têm problemas na construção do quadro onde vão pintar seus
desejos, no encontro de adeptos iguais e na contratação das pessoas especializadas em cumprir com os ritos.
Que sabe um dia eles possam ter seu espaço preservado como todos nós?
Um excelente final de semana a todos!
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4 comentários:
Aprendendo cada vez mais.....acho que messe quesito fetiche, o aprendizado nunca acaba, nem pra quem ensina....certo?
Oi Queridissimo!!!
Eu nunca tinha lido a fundo sobre esse fetiche, mas já recebi emails de pessoas que demonstram interesse pela prática.
Muito interessante aprender mais com você. E faço minhas as suas opiniões.
Miaubeijos repletos de carinho =^.^=
Meninas, Chris e princess Kitty
O fetiche congrega um zilhão de coisas que nos parecem estranhas.
Eu também aprendo todos os dias, e o que faço aqui é dividir.
Adoro vocês!
Beijos
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