quinta-feira, 15 de março de 2012

Plushies (Não confundam com Furries)


Existe algo estranho pairando pelo universo fetichista mundo afora...
Não bastassem as pessoas se vestirem de bichos de pelúcia pra uma vez fantasiados encontrar o prazer, chegou à vez daqueles que piram por sexo com esses inocentes bichinhos inanimados.
A onda é totalmente diferente, portanto, existe uma diferença do tamanho da Dutra entre os Furries e os Plushies. Eles não se odeiam, não há rivalidade, apenas diferenças.
As garotas nos Estados Unidos andam alardeando noites de prazer intenso com um imenso bicho de pelúcia lhes roçando as partes íntimas. Garantem que a excitação tem início na própria procura pelo animalzinho correto que vai ser o parceiro perfeito de uma jornada solitária.
Defendem com unhas e dentes as suas taras alegando que os marmanjos há tempos manipulam as famosas bonecas “blow-up”, aquelas mesmas que todo mundo conhece, que inflam e têm uma cara horrorosa e uma boca capaz de engolir um taco de beisebol.
A onda dos Plushies anda varrendo o país de costa a costa e as mulheres solitárias montam trincheira defendendo suas posições. Porém, não suportam qualquer comparação que leve as pessoas a pensarem que agem como os Furries.
Não é incomum encontrar homossexuais que também defendem essas práticas.
Há um artigo aqui no blog, bem antigo por sinal, que define os Furries.
A diferença entre os Plushies está num único, porém importante aspecto: os Furries se travestem de bichos de pelúcia e fazem sexo através de orifícios nas fantasias. Existem casos comprovados de orgias entre esses fetichistas onde ninguém sabe qual a fantasia de animal de pelúcia que os parceiros estão utilizando e as trocas são estabelecidas.
Devido a esse aspecto, os Furries não são bem recebidos na comunidade fetichista e se agrupam de forma isolada. É comum vê-los em eventos, aliás, basta dar uma paquerada no Youtube e buscar as festas pelos EUA e com certeza alguém travestido aparecerá pelo salão.
Por serem adeptos a práticas de swing (swap em alguns lugares do Texas e Las Vegas) os Furries não são reconhecidos pela comunidade fetichista de lá.
Na contramão, os Plushies garantem seu espaço no universo fetichista cada vez com mais força. Alguns Sex-Shops começaram a fazer concorrência com as grandes lojas que vendem bichos de pelúcia e passaram a exibir em suas vitrines, num claro sinal de que essa galera que curte os bichinhos na hora da transa está em alta.
Lógico que não me cabe um comentário preconceituoso sobre essa prática que por alguns pode ser considerada bizarra. O fetiche praticado entre pessoas tem um apelo normal, evidenciado, principalmente pela capacidade de entendimento das pessoas que se propõem a realizar certos atos. A questão carnal adentra ao recinto com força nesse caso, mas em se tratando de fetiches os objetos sempre tiveram seu espaço garantido nas práticas.
Ora, no filme “de pernas pro ar” a atriz Ingrid Guimarães transa com um coelho de pelúcia e todo mundo cai na gargalhada, sem imaginar por um momento que esse tipo de tendência fetichista sexual é uma prática corriqueira lá fora.
Será que a direção do filme sabia do fato?

Se é complicado pra algumas correntes fetichistas o entendimento completo desse assunto para o povo de fora do circuito a casa cai. E cai com tudo, porque se acreditamos em fantasias e nelas calçamos nossos desejos e sonhos, quem não tem essa compreensão acaba atirando pedras sem pestanejar.
Resumindo, se existe realmente uma diferença tamanha entre os Plushies e os Furries como eles mesmos fazem questão de frisar, do lado onde as outras vertentes falam mais alto, deve haver pelo menos uma abertura pra que essa gente possa realizar seus sonhos.


Eu fico imaginando sobre Toy Story... E se os brinquedos de pelúcia estivessem realmente vivos? Será que eles desfrutariam do sexo também? Eles pediriam um cigarro depois?

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