quarta-feira, 7 de março de 2012

Hereditário?


Muita gente com tendências fetichistas martela esse pensamento na cabeça.
Existe a possibilidade do gosto pelo fetiche ser hereditário?
Pois é brother, essa eu passo. Tudo bem que não me sinta com condições de responder a quem tem essa dúvida, por não possuir embasamento pra tanto e porque também já andei navegando por esses mares. E do alto de anos militando nessas hostes, não encontrei qualquer evidencia que possa comprovar essa tese.
Porque se a dúvida consiste no desejo passar de pai pra filho, alguém poderia supor que por haver uma coincidência desse tipo numa família qualquer o caso seria generalizado e, portanto, positivo. Seria um caso isolado ou uma comprovação da teoria da hereditariedade?
Lógico que alguns aspectos devem ser levados em conta quando se analisa esse fato. Muitas das manifestações de apego fetichista costumam ser tratadas dentro de sigilo. No escuro.
As pessoas têm por hábito não se expor. Medos e entraves sociais conspiram pra que isso se torne uma prática, conseqüentemente, encontrar brechas que sejam capazes de revelar atos fetichistas em pessoas da mesma casta é improvável.
Some-se a isso a própria formação dos que se envolvem com fetiches em relação as suas proles. Daí o camarada entra em pânico com um fato assim:
“Sendo eu um dominador por excelência, virtude e vocação, não aceitaria que meu filho fosse um submisso”. Nesse caso, além de negar a capacidade de discernir de seu herdeiro ainda existe alta dose de preconceito no contexto, porque no caso, ser submisso é apenas uma escolha, um desejo, da mesma forma que pra essa pessoa o tesão chegou por outra via.
Me negaria a achar estranho ter essa constatação em relação a hereditariedade.
Acredito na influência, isso sim, se as pessoas assumem abertamente suas preferências diante dos filhos. Porque nada até hoje foi dito ou comprovado que possa corroborar plenamente com a tese de que a tendência a gostar de fetiche possa ser hereditária.
Agora, se a pessoa se nega veementemente a divulgar o que lhe dá prazer e aos poucos assiste o mesmo tipo de desejo aflorar num sucessor seria um atestado límpido e cristalino da existência do sabor do fetiche através da genética.
Não sou chegado a temas polêmicos, mas não nego que o debate me excita.
Convidar a todos que passam as vistas no blog pra debater esse assunto seria importante. Através de opiniões e da troca de experiências às vezes é possível ter uma divergência de conceitos capaz de gerar resultados, principalmente porque insisto sempre que em se tratando de fetiches, coisas que mexem diretamente com sentimentos das pessoas, não há uma verdade tão segura quanto pareça ou tão leviana quanto se imagine.

Não vale firmar uma posição através de suspeitas.
A comprovação aqui é o fator a ser analisado. Casos que sirvam de exemplos com todos os dramas que os cercam.
Resumindo, deixo em aberto o fechamento desse artigo de hoje justamente pra buscar através dos que me dão a honra de participar do blog um consenso.
Em seguida, postarei as opiniões, tanto as que chegarem aqui por comentários como as que vierem por email.

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