quinta-feira, 8 de março de 2012

O que te move?


Se é verdade que é possível ouvir um sininho badalando quando algo provoca a libido, chegou a hora de comentar o que se escuta e lê por aí.
Um sujeito bacana me disse assim: cara, fala sobre fetiches bizarros.
Complicado... Argumentei.
É – ele insistiu – porque tenho um amigo que não refresca quando tem alguma coisinha dessas estranhas por perto. Claro, mas algumas coisas bizarras são pra lá da conta.
E quem sou eu pra duvidar da piração de cada um? Além disso, trata-se de algo que não tenho muito conhecimento, portanto, prefiro passar.
Deixando de lado as bizarrices, é bem bacana ressaltar o que move o fetichista a delirar com sua tara preferida. Porque é o chamado momento único, onde ele encontra sua tese de mestrado. E melhor, sai com o resultado positivo debaixo do braço e com o insaciável gostinho de quero mais.
No vale tudo fetichista as emoções falam mais alto. Perigo, medo, ansiedade, são fatores preponderantes capazes de disparar os tais sininhos que aproximam os fetichistas de seus desejos. Sendo assim, é possível encontrar loucos por cenas de bondage que apreciam uma cena simples, fácil até de prever, e ao mesmo tempo enlouquecer com uma mocinha amarrada na linha do trem em total perigo.
Outros exemplos existem e se repetem criando uma espécie de corrente. A tal corrente do pensamento coletivo de que isso ou aquilo é uma espécie de politicamente correto dentro do BDSM assumindo um viés de mantra, tamanha à proporção que alcança através das redes sociais que cada vez mais difundem imagens fetichistas.
Alguém já parou pra reparar que nas redes sociais a tal ferramenta “curtir” é a chave do sucesso do que se posta? A coletividade assume papel de comissão julgadora desses interesses, e ainda que haja um pensamento em contrário o que se curte vira moda.
Então, seguindo esse critério, o que me move ou o que te move, acaba movendo a todos.
O resultado deste “dilema” está postado aqui mesmo, no primeiro parágrafo quando o sujeito me pede que fale em fetiches bizarros. Porque se há um furor coletivo movendo todo mundo num mesmo vagão, nada mais excêntrico que uma boa bizarrice pra provocar arrepios e narizes retorcidos.
Está mais que na hora de deixar o diabinho que nos possui quando o papo é fetiche curtir ou não curtir o que se posta na rede. Não estou me referindo a um facebook da vida apenas, mas a outros lugares onde as pessoas se manifestam exibindo o que consideram a imagem fetichista preferida.
Agora, quando existem discordâncias as reações são austeras. Pobre daquele, ou daquela, que comentar num site como o fetilife que a cena não é lá essas coisas. O pau come! É tanta porrada que torna-se hilário. E vem de todos os lados, sem dó ou piedade. E pasmem, porque estou me referindo a imagens impessoais, ou seja, coisas catadas na rede que sequer pertencem a quem se dedica a postar.
Uma coisa é certa: todo fetichista vira e mexe precisa se reciclar. Precisa ser mais convicto em sua linha de pensamento e não se deixar levar pela enxurrada de coisas que aparecem na tela do computador apenas porque é bacaninha.

O que nos move, precisa necessariamente ser relevante. Há que existir critério pra que nosso interesse seja sempre preservado. Eu louvo iniciativas, adoro quando gente nova aparece no cenário com vigor, admiro quando pessoas que antes se mostravam através de um simples avatar passam a mostrar quem realmente são.
E sou cada vez mais fã de carteirinha das moças que todo dia renovam os estoques de fotografias dos pés, de coleiras em seus próprios pescoços, enfim, de nossas musas enlouquecedoras. Elas me movem.
E se me movem, no dia dedicado a elas, não podia deixar de dedicar essas linhas.
Um beijo pras moças fetichistas e pra aquelas

que começam a achar isso tudo um grande barato!

4 comentários:

Chris disse...

Um beijo pra você também, ser mulher e passar pelo território fetichista , como vc disse em outro post, é coisa de gente grande.
Entendo mesmo de ser mulher e sei que isso não tem nada de frágil, não da tempo de nhenhenhem....precisa estar sempre pronta pra lutar seja no ataque ou na defesa. Não sei se temos algo a comemorar...mas mesmo assim é sempre bom pra lembrar que ser mulher e muito legal.Da sim pra ser muito feliz.

ternura disse...

delicia de escritor e amado amigo,

vim apreciar e agradecer a postagem homenagem!!!

a cada dia mais segura e convicta de meus desejos!!!

brigadinha e bjs

ACM disse...

Chris, obrigado por vir e comentar sempre com uma visão privilegiada e atenta...

Beijos

ACM disse...

Ternurinha

Está claro em seu ultimo post tuas convicções, assim como, pra mim, esse humilde escritor com acentuação em bondage, todas elas sempre foram cristalinas...rs

Você, assim como todas essas mulheres maravilhosas e interessantes que nos movem, só merecem ser felizes

Beijos Sempre