Tá certo que as pessoas que se interessam saiam por aí garimpando pra encontrar o que o cinema mostrou sobre BDSM. Na verdade, o primeiro contato do fetichista e suas fantasias vêm do cinema, por isso não é raro encontrar fetichistas ligados à sétima arte.
Dito isso, o pesquisador do BDSM no cinema é atraído em primeiro lugar pelas fotografias que fazem parte da divulgação do filme, só depois ele procura saber sobre o conteúdo da obra.
E nossa história de hoje faz alusão ao filme Spun, dirigido por Jonas Akerlund do ano de 2002.
Num universo confuso rodeado por drogas, traficantes e rock and roll, esse cara tirou ótimas cenas de bondage com pitadas de SM. Parece mentira, mas o roteiro é algo tão indecifrável que talvez um sujeito totalmente drogado fosse capaz de desvendar o que a direção quis mostrar ao espectador.
O filme mais se alinha com um estudo do caráter e conduta dos personagens do que com uma trama de suspense ou horror. A atuação dos atores é de dar dó, porque soam estar tão drogados como os personagens que representam. Claro que a beleza de Chloe Hunter não pode passar despercebida. A menina é um caso a parte e no papel da donzela em perigo está perfeita.
O que o filme tenta mostrar é uma odisséia de três dias de sexo, drogas e rock and roll. Alguma coisa com traficantes perigosos aparece como pano de fundo, entretanto, o que vê são rostos deformados pela quantidade excessiva de drogas consumidas e uma orgia sem nexo.
Subtrair algo de bom além das cenas de bondage é complicado.
A grande vantagem pra quem gosta do fetiche é a duração das cenas em que Chloe Hunter aparece algemada e amordaçada na cama. O diretor deu uma canja pra essa gente bacana que se posta na turma do gargarejo em busca do fetiche. Dá pra tirar o chapéu e bater palmas pra ousadia do cara, no entanto, a coisa pára por aí.
Se alguém decifrar o enigma que o cidadão criou em Spun eu aceito a critica.
Talvez um misto de cenas de velocidade irresponsável e falta absoluta de moralidade seja a idéia principal. Ou quem sabe algum conceito escondido não tenha me chamado a atenção.
Porém, se sua fantasia é imobilizar uma mulher por um longo tempo e deixá-la a sua mercê não tenha duvidas de que esse é o seu filme. Os detalhes das partes imobilizadas da bela atriz me remetem aos filmes de bondage.
Aqui minha nota é dez.
E pra ter na coleção somente por esse critério. Qualquer outra intenção de tentar convencer que esse filme vale a pena como obra cinematográfica cairia por terra.
A versão em DVD com ótima resolução é fácil de achar em sites como o Amazon.
Na rede, não encontrei nada que possa passar como dica para quem prefere no 0800. Nem em arquivo torrent eu achei. Fiquem com um pedaço do filme e reparem numa cena fetichista muito legal.
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