Um filme lotado de cenas de BDSM em 1964 deve ter causado uma onda de terror e êxtase inimaginável ainda que tenha sido produzido em solo norte-americano.
O enredo é simples, básico até, e começa num clima de vingança contra a sociedade.
Uma cafetina chamada Olga é expulsa do bairro de Chinatown em New York e move seu elenco do bordel que antes dirigia para uma mina de minério num local bem afastado, desértico, e carrega consigo sua clientela de criminosos e vagabundos.
Mas o que chama a atenção na obra do diretor Joseph Mawra são as cenas de BDSM que ele se propôs a filmar numa época de muito contraste social entre as expressões fetichistas e as regras impostas pelo chamado “American Way of Life” em plena guerra fria.
Assistindo ao filme você não verá uma donzela em apuros, mas sim várias correndo risco nas mãos de homens sem nenhum escrúpulo ou critério. É tortura comendo solta, numa história bem real totalmente produzida com baixo orçamento e com câmera de mão.
A excelente narrativa e a musica de Wagner são destaques.
Esse é o terceiro filme de uma série e escrever uma critica sobre a obra como um todo é pura perda de tempo, quando nesse caso, as imagens são o ponto alto e com certeza levariam o fetichista a percorrer os minutos da película em busca das melhores cenas.
Costumo repetir aqui quando se fala nessa conjunção entre o cinema e o BDSM que via-de-regra é o primeiro canal que aproxima o fetichista daquilo que ele mais gosta; dos seus desejos. Com isso, fica evidente que cenas de impacto servem apenas de parâmetro para o que se busca de verdade. Porque não vai imaginar algum leigo que venha ler essas linhas que aqui se prega a violência gratuita e insana contra a mulher.
Portanto, assistir a um filme praticamente pioneiro o qual tem a premissa da narrativa, talvez na tentativa de deixar explícito aos espectadores o teor da historia é sempre uma busca, um aprendizado.
O diretor mostra que coragem não tem preço, aposta num roteiro que parece feito sob medida para um segmento e leva ao cinema. O resultado nem sempre é satisfatório já que alguns boçais se negam a enxergar certas diferenças, ainda mais em plena década de sessenta.
Portanto, ter um filme desse nível disponível na coleção significa dar um passo em direção a própria essência que uniu e une o cinema e o BDSM. Agregar cultura nunca é demais, ainda mais quando está ligado a alguma coisa que se tem como princípio ou filosofia de vida.
Pra galera que gosta de um garimpo vários sites de download disponibilizam a série, porém, em baixa qualidade. Na Amazon ou na CD Universe é possível encontrar a bom preço a versão remasterizada desse clássico do BDSM
no cinema.
E fiquem atentos porque este em questão é o terceiro episódio.
Abaixo uma amostra de uma cena narrada.
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