Virtualidade

Está perto de completar uma década o aparecimento da internet em nossas vidas.

Ela mudou conceitos, ligou o mundo e expôs um novo panorama. O que era preciso se mover para buscar ela trouxe até nós através da virtualidade. Criou-se um mundo diferente então.

E aos poucos a cabeça dos Nerds trabalha em prol de criar novidades que antes pareciam assombrosas, coisas que só se imaginava como ficção cientifica.

A idéia é apostar numa fórmula que crie uma interatividade de acesso imensa sem precisar sair de casa. E, claro, o sexo também entrou nessa dança.

É fácil perceber que além das redes sociais, ofertas de compra e venda ou fonte de informação e serviço, a internet aproximou as pessoas de seus sonhos mais ousados, e nisso, o sexo aparece em primeiro lugar. Porque se você tem grana e surge uma oferta na tela, você encomenda o produto. Simples, todo mundo pode saber que você usou a rede para tais fins, porém, a internet também serve como guardiã de seus mais sóbrios segredos e nela você confia toda a sua interação com o subconsciente.

Pouco importa os sonhos que você queira ter. No mundo virtual eles são factíveis.

E por falar em sonhos, desejos, essas coisas tão simples e complicadas ao mesmo tempo, o mundo virtual é onde podemos de alguma forma experimentar nossas fantasias. Serve como um ensaio num primeiro momento ou talvez uma tentativa de encontrar receptividade da parte de quem tem esse diálogo secreto contigo.

Só não sei se em meu dicionário constaria a máxima de antes uma trepada virtual de respeito que uma real a meia boca. Posso até entender que como prévia seja um caminho, mas ainda assim comungo da teoria que sem pele, sem olho no olho, é sem nada.

E enquanto os caras que bolam essas loucuras da virtualidade beirando a perfeição não conseguem deixar as coisas mais reais, o melhor é aproveitar o ensejo e curtir pequenos momentos que lá adiante se tornem capazes de contribuir para a evolução das fantasias que se imagina pela rede.

Aliás, os sites comerciais fetichistas também são portas de entrada para esse universo virtual.

Eu viajo numa cena e mostro uma imobilização em detalhes. A garota da foto ou do filme reage de forma perfeita. Está montado o contexto. A piração é geral e aquilo que em segundos saiu de um impulso acaba se tornando um sucesso.

No começo demorei a entender essa química entre espectador e produtor. Confesso que ainda tinha em mente algo em torno das antigas revistas fetichistas e seus efeitos devastadores, porém, retardados. Entretanto, na virtualidade as coisas acontecem com um imediatismo impressionante, capaz de criar quase uma interação em tempo real entre o que se produz e o que se quer assistir.

E essa lógica das fantasias montadas através de um portal também se aplica ao relacionamento chamado de virtual. Você escreve o que te atrai e do outro lado, quase de imediato, alguém compra tua idéia ou derruba. Se der certo a banda segue na mesma tocada e se der zebra cada um cuida do seu.

Claro que nem todos os detalhes de uma boa fantasia fetichista é possível conseguir na virtualidade. Pode ser que os caras consigam programas capazes de num futuro próximo exibir sabores, cheiros e toques através da tela, mas até lá, ainda fico com velhos conceitos que na certa asseguram a tão falada química perfeita entre os seres humanos.

Pensando num melhor aproveitamento midiático resolvi criar sessões interativas no site Bound Brazil e é plano conseguir essa implantação no segundo semestre. É um papo doido, mas algo como sessões online de love bondage atendendo a pedidos de assinantes. Pode ser que dê certo e todo mundo saia feliz, mas só o tempo dirá.

Tomei esse caminho apostando nessa interatividade que os próprios internautas conseguiram através da rede. Exemplos de coisas que deram certo estão aí pra serem seguidos. Ora, se o casal pratica suas fantasias e sai feliz, por que não tentar?

É bem melhor curtir a dois que de forma solitária. 

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