Às vezes o plano sai às avessas e a vida não escreve
certo por linhas tortas.
Pelo menos nesse filme onde o diretor Dimitri Logothetis
criou uma trama interessante.
Mickey Dane é um fotógrafo do tipo Paparazzi e sua obsessão
atende pelo nome de Chelsea, uma elusiva cantora pop de quem ele tenta de todas
as formas se aproximar para conseguir um ensaio. Mas sua pouca fama no meio o
impede de chegar perto da Pop Star.
Ele bola um plano ousado a partir do momento em que dá de
cara com uma sósia da estrela e monta um photoset inusitado, com várias cenas em
que ela, a suposta cantora, aparece como menina em apuros. Então, rolam fartas
cenas de bondage e a moça é fotografada amarrada numa cama de hotel.
Entretanto, o intrépido fotógrafo não contava com uma coincidência
bizarra das mais desagradáveis e a verdadeira cantora pop é encontrada morta
justo quando suas fotos estão espalhadas pela mídia. Ele terá que correr contra
o tempo e provar sua inocência e usará as próprias fotos em busca das
evidencias que o livrem da acusação.
O enredo é ótimo, a direção vigorosa e os atores
compraram a idéia do diretor.
Pra quem se liga numa trama de suspense o inesperado está
sempre à espreita pra causar dúvidas, cumprindo integralmente seu papel.
E nós, fetichistas convictos e farejadores de boas cenas
de bondage que o cinema produz, colocando as mais belas atrizes da telona a
nossa mercê em generosas poses amarradas e em perigo não ficamos de mão
abanando. Claro que existe um hiato que pode causar distorções entre o que se
busca como o fetiche de “damsels in distress” e o filme em questão.
As fotos, apesar de bem realistas, aparecem no filme como
montagem. Portanto, não existe o perigo real que o cinema retrata e que tanto
gostamos. Mas se for analisada a participação da estrela de Hollywood em poses
de bondage vale assistir as cenas e os inúmeros replays que o diretor nos
concede de bônus.
Esse “vale bondage” se personifica numa belíssima atriz.
Durante os dez anos que se seguiram a sua estréia bem
sucedida representando uma adolescente desinibida em "Blame it on Rio"-
Feitiço do Rio, contracenando com Michael Caine em 1984, Michelle Johnson não
parecia ter sorte em qualquer papel que lhe incluíram.
Em seguida, casou-se com o astro de beisebol Matt Williams
no início de 1999 o que parecia ser um impulso na sua carreira. No entanto, ela
desapareceu aos poucos das telas e os diretores a deixaram de lado, porém, ela
nos brinda com ótimas cenas da forma que gostamos muito de ver.
Pra galera que curte um jogo de BDSM interessante com uma
ceninha que sugere uma inversão, vale ficar de olho nas imagens da não menos
estonteante Emily Procter interpretando uma severa dominatrix.
Através de uma boa garimpada pela rede é possível
encontrar o arquivo em torrent pra baixar.
Por aqui a versão em DVD é muito improvável de conseguir,
mas a Amazon disponibiliza a edição remasterizada pra venda online.
E vale a pena ter essa obra na sua coleção.
Ela é capaz de navegar por vários mares do BDSM sem
preconceito ou inibição.
Para as moças com um gostinho de poder eu posto um
pedacinho do filme pra dar água na boca e, quem sabe, contribuir para sua próxima
aventura fetichista. Desde que não me convidem, é claro!
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