segunda-feira, 10 de outubro de 2011

The New York Ripper (1982)


As histórias de tempos em tempos coincidem.
Basta voltar no tempo e num lapso esforço de memória trazer Jack o Estripador das ruas da velha Londres escondida pela neblina, para a cidade de Nova York nos anos oitenta.
Evidente que não é tão simples bolar um enredo que mostra um psicopata exercendo sua insanidade, munido com uma lamina afiada atrás de donzelas indefesas. Entretanto, Lucio Fulci quando decidiu abandonar a carreira de médico para se dedicar à sétima arte sabia o que estava fazendo. Porque ao produzir “The New York Ripper” conseguiu recriar o astuto estripador contemporâneo em ação na Big Apple perseguido pelos mais espertos detetives de Manhattan.
Um ano após dirigir um de seus maiores êxitos do gênero terror (The Beyond), Lucio partiu para exibir cenas reais de BDSM que começavam com lampejos de um “Love Bondage” consentido onde prostitutas encenavam as reais damsels in distress, e terminavam em cenas de torturas cruéis e reais, as quais nem de perto lembravam o princípio básico da consensualidade.
O enredo do filme deu liga.
A saga do psicopata que está à solta transformando as luzes de Nova York no vermelho do sangue de belas moças. A polícia segue seus passos através de pistas de suas carnificinas a partir do convés onde se embarca em Staten Island para os shows de sexo de Times Square. Cada assassinato brutal torna-se uma provocação sádica. Na cidade que nunca dorme, ele é o assassino que não pode ser parado!
Totalmente filmado nas ruas de New York City, “The New York Ripper” é um dos thrillers mais selvagem e controverso de Fulci e ficou caracterizado pela forma como foi censurado onde foi exibido. O filme é uma combinação entre cenas de BDSM, bondage e Damsels in Distress já que em todas as cenas as donzelas estão realmente em perigo.
Lucio Fulci faleceu em sua casa em 13 de março de 1996 aos 68 anos. Foi diabético a maior parte de sua vida adulta. Ele inexplicavelmente se esqueceu de tomar a insulina antes de dormir. Alguns consideram a sua morte um suicídio, outros acham que se tratou de um acidente, mas todos os seus inúmeros fãs estão de acordo que foi uma tragédia. Não há como negar que ele era único.
Apesar dos anos de ataques por muitos críticos de filmes, na seqüência de um grande renascimento no culto cinematográfico dos últimos anos, Lucio Fulci ganhou um novo aspecto, e é atualmente considerado como um grande diretor de cinema de Horror, com alguns filmes a serem proclamados "obras”. Ele também recebeu elogios por seu estilo único de filmagem.

Sua obra de maior destaque é Zombi, a volta dos mortos vivos.
Um fato importante a lembrar sobre este filme é para obtê-lo na versão sem cortes, porque nos últimos vinte e sete anos houve uma tonelada de versões cortadas do filme por aí.
Procure pela versão de noventa e dois minutos e você não irá se decepcionar.

Altamente recomendado para quem quer ter na estante um filme que consegue misturar terror e suspense com doses de bondage e BDSM ricas em detalhes.


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