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sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Do Meu Baú
Talvez por pura curiosidade eu vez por outra remexo meu baú.
Procuro apenas vasculhar na parte mais recente sem esquecer o passado distante, mas salvando-se o fato de que certas coisas deste tempo que vai longe são anônimas e assim precisam permanecer, o melhor é fuçar o que pode ser visto.
Então eu busco interagir com aqueles que se interessam por essas relíquias.
Pode parecer que os loucos por bondage estejam solitários na busca de imagens de um de seus correligionários que meteu a cara na vitrine e resolveu mostrar um trabalho por aí, entretanto, nossas musas, a razão pela qual inventamos nossos nós, estão antenadas nas armadilhas que o fetiche é capaz de criar.
É brother, as garotas se interessam sim por cenas de bondage, muito mais do que imaginamos.
Vejo isso pela própria repercussão que determinadas fotografias alcançam.
E para aqueles que gostam de andar pelos dois lados da rua, ou seja, querem estar na pele do captor e da vitima, elas andam doidas pra aprender como se faz e juram que de posse do conhecimento sairão à procura do par ideal para por em prática.
Mas ainda que as coisas do meu baú sirvam de inspiração para essas intrépidas damas e suas idéias malignas, o cardápio oferecido aos que se aventuram a conhecer é restrito, e mostra as moças devidamente capturadas para o delírio de uma platéia sedenta.
O legal de olhar em detalhes alguns trabalhos realizados é reviver um momento de rara inspiração. Porque na minha concepção o fetiche de bondage é uma arte, afinal o que se constrói com esmero e extrema paciência jamais poderia ser definido de outra forma. Que me perdoem aqueles que pensam de outro modo, mas uma imagem de bondage bem concebida pelo criador e pela modelo define o traço do fetiche de uma maneira elegante ainda que singela.
Alguém pode dizer: “bondage é um fetiche de pura exibição. O que se mostra pouco se pratica se for levado em conta o trabalho que dá”. A frase perfeita do advogado do diabo...
Diria que tudo pode desde que haja vontade e prazer pra tanto. Em se tratando de exibição é preciso concluir que o espectador da obra de bondage deseja ver a mulher prisioneira, e por conseqüência, com total impossibilidade de escapar. Essa é a razão de existir do fetiche. Por outro lado, não é necessário que o praticante reúna as condições de um mestre de cordas para montar sua fantasia.
Dá trabalho sim, mas há quem aposte numa seqüência quase cinematográfica pra tirar o coelho da cartola e se sentir plenamente realizado. Como também existem os que jogam suas fichas em imobilizações simples e de fácil realização.
Toda essa discussão é um reflexo do que se pode considerar como prós e contras. Não fosse um fetiche com certa difusão por essas bandas a coisa não daria tanto pano pra manga. Para que se tenha uma idéia da coisa como um todo, em mais de três anos realizando trabalhos de bondage para o Bound Brazil inúmeras vezes realizei sets fotográficos com pessoas que somente queriam guardar as poses em arquivo pessoal.
Portanto, há liga que faz com que a estrutura fetichista se sedimente cada vez mais e passe a ocupar seu espaço. O número de brasileiros assinantes do site vem aumentando gradativamente e as mulheres começam a perceber que de uma brincadeira simples de dois adultos bem humorados é possível tirar fantasias incríveis.
Não há como negar: o fetiche está cada vez mais vibrante por aqui.
Escolhi dois momentos do meu baú para ilustrar esse artigo.
No primeiro uma imobilização simples que qualquer um pode fazer com zipper, também conhecido como fitilho ou abraçadeira e fita adesiva com a Natasha em 2008. O segundo, uma imobilização simetricamente perfeita feita com mais de trinta metros de corda de juta crua com a Vaní em 2011. A escolha é livre.
Um bom final de semana a todos!
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