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sexta-feira, 7 de outubro de 2011
Fallen
Diana finalmente encontrou o que queria.
O anjo caiu do céu. Era tudo verdade. Mas não caiu numa avenida movimentada de carros e cheia de gente por todos os lados. O anjo apareceu num desses sites que se dedicam a procura do par perfeito tão comuns hoje em dia.
Basta postar uma foto bacana, um perfil decente, se possível condizente com a verdade e tentar a sorte. A Diana fez isso. Mas antes do anjo dar às caras em sua tela a moça garimpou. Tremeu na hora da escolha – havia dado com os burros n’água umas duas ou três vezes – e, segundo ela mesma conta acertou na mega sena.
Claro que certas vezes, o melhor dos presentes pode vir com um pequeno defeito de fabricação e o anjo fetichista da Diana não fugiu a essa regra. Ela batalhou por um anjo submisso, flertou com o biótipo e levou o premio. Segundo a moça, o sujeito é seu número, nem mais nem menos, tem a aparência exata. Entretanto, o defeito do anjo vez por outra se faz presente e vira e mexe o cidadão deseja ver sua parceira numa cena de sexo com outro macho alfa diante de seus olhos.
A Diana topou, não tinha muita escolha, afinal, se você quer tem que ceder em parte.
Voltou ao mesmo website e vasculhou os arquivos a procura de pretendentes que antes haviam sido sumariamente banidos por apresentarem propostas indecentes. Alguém pode contestar, é lógico, porque a Diana também tinha a indecência na sua própria procura, mas ela por sua parte jamais imaginaria que algo totalmente fora de contexto estaria em pauta lá na frente.
Já se passavam três meses desde que eles iniciaram a relação. Um caso que parecia esculpido numa rocha de uma caverna há mais de três mil anos e que fora encontrado por arqueólogos. Porém, alguma coisa deixava Diana insegura, porque tinha que terminar o ciclo, provando a seu parceiro que sua fantasia tinha lugar, era factível, viável.
Dentre seus pretendentes mais incisivos, mais escrotos, Diana conseguiu o tão sonhado encontro a três. Marcaram num Motel conhecido e caro, onde era tudo por conta do casal. Esperaram cerca de uma hora além do horário marcado pelo sujeito e quando já estavam imaginando um bolo irremediável o solista apareceu. Diana e seu anjo se assustaram quando viram uma pequena possibilidade virar um fato real, palpável, o que fez com que o Anjo pedisse um tempo pra ir ao banheiro, mas assumiram a briga e abriram a porta para o convidado da festa.
Diana estranhou ao ver o cara dantes extrovertido em total timidez diante do quadro. Deu pra perceber que algumas pessoas têm dificuldade de lidar com a transição entre o virtual e a realidade, e se sentiu plena e consciente para comandar a festa.
O recém chegado sabia muito pouco ou quase nada a respeito de fetiches. Ignorava qualquer atitude de BDSM e quase foi embora quando viu Diana algemar seu parceiro numa cadeira diante da cama. O cidadão pulou feito pipoca. Se negou a tirar a roupa com medo de ser feito prisioneiro como o Anjo. Diana teve muito cuidado, explicou cada detalhe do que seria feito e a respiração do coringa do jogo voltou ao normal.
Claro que não se imagina uma cena de BDSM realizada pela metade, por isso, além de imobilizar o Anjo Diana lhe aplicou alguns castigos, um fato normal para quem está acostumado a lidar com este tipo de jogo. Atento a tudo, o convidado pediu arrego. Jurou de pés juntos que os dois eram loucos e que não iria fazer parte do circo montado. Bateu em retirada!
Decepcionados os dois terminaram aquilo que estava previsto e mesmo sem a importante participação do coadjuvante levaram a frente uma sessão redonda.
Os dois decidiram a partir de então buscar a parceria noutro lugar.
Passaram a freqüentar casas de swing e festas BDSM a com total cumplicidade realizar a fantasia de forma que agrade a ambos, sem a necessidade de correr contra o tempo inventando histórias impossíveis.
Um bom final de semana a todos!
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4 comentários:
Sr ACM
O primeiro impulso mesmo é sair correndo, pulando feito pipoca, mas depois que nossos neurônios e coração se acostumam às cordas da submissão, o dificil mesmo é querer sair...
Amei Sr ACM.
Querida * yllenah SM*
Valeu seu comentário e sua presença
ACM
Acho que vc trouxe a sua vida real para uma fantasia
Prezado (a) Anonimo (a)
Há que levar em conta que muitas vezes a vida imita a arte ou a fantasia, e vice-versa.
Obrigado por comentar.
ACM
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