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segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
Intrépidos Amantes
Foram quase vinte anos juntos e desse tempo sobraram histórias pra contar.
Descobriram o antídoto pra acabar com a rotina cedo e, por isso, os anos passaram e a cumplicidade sobreviveu.
Relações terminam por vários motivos, mas se quem sai leva consigo as lembranças de grandes momentos com certeza ele se torna pulsante, pronto pra viver uma nova história com o maior patrimônio que a vida nos permite ter: as nossas recordações.
E foram muitas, todos fatos reais. Fantasias que se permitiram sem medo, sem preconceito ou arraigado a dogmas sociais nocivos.
Ele queria uma noite com uma prostituta. Ela se vestiu como tal. Parou numa esquina da Lapa aqui no Rio de Janeiro e atendeu ao seu chamado quando o carro parou. Parece simples, mas o desconhecido traz aflição, angustia, principalmente quando a fantasia tem de ser realizada em via pública, e onde o exibicionismo não é o fator numero um. Dalí rolou um motel, o tratamento cliente prestadora de serviços, ou seja, a fantasia sem retoques e com um gosto único de quero mais.
E segundo ela hoje me conta outras tantas vieram. Como um dia que chegou dos Estados Unidos de sobretudo e apenas uma lingerie por baixo. Meias três quatros e espartilho, e melhor, de surpresa sem dizer nada ao ex-marido. Abriu o casaco no carro e com feições sérias disse a ele que não poderia trajar nada por baixo por conta da alfândega.
Sem saber nada a respeito de fetichismo extraiam essas aventuras a dois de uma imaginação fértil que vez por outra dava na telha. Desde uma roupa de empregada doméstica que ela bolou ao ver que ele andava de olho na funcionária que tinham casa até uma vez que se vestiu de preto e fez um incrível papel de assaltante surrupiando os objetos da própria casa.
Nesse dia rolou um bondage.
Ela usou as algemas como a suposta ladra invasora e fez questão de que rolasse uma luta onde ela o dominou. Uma vez algemado na cama ela o deixou o tempo que achou necessário e quando voltou já não estava no papel da meliante e sim representando ela mesma.
Engraçado é que ela confessa que depois das fantasias eles não tocavam no assunto. Nem um pequeno comentário onde fosse possível avaliar o desempenho dos personagens que criavam e uma possível melhora numa próxima vez. Talvez um misto de vergonha ou timidez a respeito do que eles mesmos criavam os impedia de tocar no assunto, ou fosse o desejo de ambos que tudo aquilo ficasse restrito aos dias em que resolveram escrever uma história diferente.
Na verdade, as pessoas de uma forma generalizada criam fantasias e não sabem que o fetichismo é apenas a conseqüência disso tudo. Já comentei por aqui que fetiche nada mais é que a repetição de certas práticas quando o assunto se relaciona com o sexo. A idéia de associar fetiches a relações sadomasoquistas onde é preciso a obtenção do prazer através da dor aplicada ou sentida ainda segue sendo um mistério.
É importante deixar claro também que aqui não cabe um julgamento ou uma crítica a quem se utiliza de métodos sadomasoquistas nas suas fantasias. É apenas necessário esclarecer que os fatos não convergem se não houver estimulo ou desejo de praticar.
O estudo do assunto deveria ser mais profundo por quem se dispõe a tecer opinião sobre isso. Existem profissionais que dão pareceres sobre casos em que as fantasias aparecem em relações sem ter um conhecimento profundo que os possa capacitar para perceber as inúmeras diferenças que convivem num universo cercado de respeito por quem se habilita a conviver
Muitas vezes as pessoas preferem guardar essas experiências e não dividi-las justamente com medo de preconceito contra inocentes casos criados entre adultos. Jogos que aumentam a libido de um casal criando uma cumplicidade capaz de tornar a relação o mais sólida possível.
O fetiche não é patológico. É uma delícia!
O assunto de hoje é dedicado a uma pessoa que conheço faz pouco tempo e com todo o carinho e inteligência que é sua marca, me brindou com histórias incríveis.
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Um comentário:
A maior descoberta esta sendo a minha!!!!
Obrigada. Estou honrada!!
Bjs
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