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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
A Rainha da Siririca
Reza a lenda que Carlota Joaquina (ela mesma, a Rainha de Portugal, depois Princesa do Brasil) era viciada em tocar siririca. Trepava três a quatro vezes por dia e quando por alguma desconhecida razão não achava o que desejava, se esbaldava em siriricas diante de serviçais sem a menor cerimônia.
Sexo era a sua primeira necessidade. E o que era pior, poderia ter sempre os homens que desejasse, mas sua compulsão tinha um exagero que ninguém na época podia explicar ou mesmo compreender. Para ela sexo era de uma importância tão crucial que ficava doente quando não tinha alguém para aplacar a fúria de seu apetite descomunal. Isso ela transferiu sem dúvida para o seu primogênito, Dom Pedro I. Não se importava com a quantidade de homens que poderia ter, mas a virilidade de alguém que pudesse contentar a sua tenebrosa ânsia sexual.
Quando se via obrigada a manter relações com alguns homens que escolhia a dedo, procurava sempre saber qual deles realmente tinha o poder de fazê-la chegar ao extremo prazer. Ninfomaníaca, tinha orgasmos sucessivos e apavorantes, chegando mesmo a morder violentamente seus parceiros, tirando sangue com suas dentadas bastante doloridas. Certa vez, no Rio, mordeu tanto um escravo diferenciado que este morreu dias depois de septicemia. Por causa disso procurou controlar os seus excessos convulsivos, tornando-se menos agressiva, ganhando sobremaneira com isso.
Certamente a dama mais importante da corte imperial não sabia, mas era portadora do chamado DSH (Desejo Sexual Hiperativo). Claro que os tempos eram outros, seu marido Dom João era broxa e ninguém se dava conta da exacerbada quantidade de orgias promovidas pela Princesa que tal qual uma lenhadora não podia ver um pau em pé!
Mas o que é o DSH?
Ocorre quando a pessoa espontaneamente apresenta um nível elevado de desejo e de fantasias sexuais, aumento de freqüência sexual com compulsividade ao ato, controle inadequado dos impulsos e grande sofrimento. Preocupa-se a tal ponto com seus pensamentos e sentimentos sexuais que acaba por prejudicar suas atividades diárias e relacionamentos afetivos. Em geral não apresenta disfunções sexuais (como ejaculação precoce ou impotência), funcionando relativamente bem como um todo. Engaja-se em atividade masturbatória ou no coito, mesmo sob risco de perder os seus relacionamentos amorosos (busca de alta rotatividade de parceiros) ou a própria saúde (Hepatite B e C, HIV). Quando tenta evitar e controlar o impulso para o sexo, a pessoa pode ficar tensa, ansiosa ou depressiva. A pressão para a expressão sexual retorna e a pessoa sente-se escrava de seus próprios desejos. A ansiedade pré-atividade sexual, a intensa gratificação após o orgasmo e a culpa após o ato não são raras.
Mas voltando à nossa primeira Princesa vale ressaltar também que Carlota Joaquina era fetichista. Tinha fetiche por sapatos. Gostaria também de podolatria? Não se sabe ao certo. Porém, sabe-se que os sapatos confeccionados em seda eram considerados eróticos nessa época e a compulsiva Princesa usava e abusava deste tipo de calçado.
O então amaldiçoado “Quinto dos Infernos” como era chamado o Brasil em Portugal, serviu de palco para as loucuras de Carlota Joaquina durante o tempo em que ficou por aqui. Vários são os historiadores que citam fatos e nomes em cada episódio que envolvia a Princesa e seus escândalos.
Morreu aos cinqüenta e cinco anos já em Portugal. Só, esquecida e amargurada sucumbiu aos seus próprios devaneios deixando um legado que deve servir de parâmetro para qualquer pessoa avaliar seus conceitos e conduta.
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