quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Provando o Veneno


Normalmente as crônicas dos filmes aqui no blog seguem uma linha: a mulher em apuros.
As condições são diversas, desde as capturas exibidas em tramas de suspense até aquelas pré planejadas pelos casais em busca da fantasia.
Pois bem senhoras e senhoritas é chegada a vossa vez.
Então, as moças interessadas em ter seu parceiro ao total dispor anotem a dica: Cages.
Este é um filme belga de língua francesa, mas está disponível com subtítulos em Inglês.
A história é interessante e vale a pena ter na sua biblioteca de DVD. É basicamente um enredo sobre um casal que estava separado. Eve (Anne Coesens) se reaproxima de seu antigo amante Damian (Sagamore Stévenin) para reconsiderar a ruptura. Ela trabalha como uma espécie de motorista de ambulância com a capacidade de salvar vidas. Seria o que chamamos por aqui de paramédica. Mas um acidente a deixa gaga.
Um ano mais tarde, Eve ainda mal resolvida com a sua gagueira perde espaço na relação e vê seu amante frustrado e a ponto de ter um caso com uma mulher chamada Lea. Quando ela descobre o caso de Damien, se toca e traça um paralelo de sua própria omissão durante este tempo e determinada a mostrar-lhe o erro que o está quase levando a uma possível troca tenta uma reaproximação.
É hora de mostrar o poder ainda que as palavras sejam escassas.
Sem prévio aviso, ela decide levá-lo para a cama para brincar com seu corpo. De posse de tiras ela o amarra em forma de “x”, e inicia a brincadeira com uma massagem lenta e sensual. Em seguida ela brinca de todas as formas possíveis e imaginárias com o instrumento do cidadão indefeso fazendo com que o camarada atinja um nível de ereção que possibilite a introdução. A dita paudurescência real.
Quer saber? De dar água na boca brother... Mas não pára por aí. Resoluta, introduz o membro do sujeito imobilizado e atônito em sua perseguida. Serviço completo!
Tudo isso é muito fetichista e sensual. Um excelente conceito de bondage ou BDSM para os que assim preferirem com todos os predicados. É também um filme genuinamente erótico. Ambos, Coesens e Stévenin encenam de forma perfeita e carregam com eles uma carga poderosa de energia sexual por romperem tabus o que brilhantemente guia os espectadores.
Não há quem não simpatize com eles de cara. Seja por meio de emoções sucessivas e estados psicológicos ou mentais que fazem parte do ato sexual, tornando a experiência cinematograficamente perfeita.
“Cages” é uma produção realizada na Bélgica em 2006 pelo diretor Olivier Masset-Depasse.
A versão em DVD é possível ser encontrada em sites especializados como o Amazon.
O roteiro visto pelo aspecto fetichista serve como parâmetro para que os praticantes de bondage avaliem as duas faces da moeda. Claro que muitos dos loucos por jogos de imobilização na hora do sexo possuem suas preferências estabelecidas. Entretanto, nunca é tarde para admitir uma troca de posição durante a brincadeira de adultos. E para quem está disposto a provar do próprio veneno vale até dar dicas a parceira de como restringir os movimentos, isso se ela não for uma tremenda observadora e captar todas as manhas do sujeito neste sentido.

Em minha opinião em se tratando de fetiche de bondage seria a chamada revanche sem retoques. Porém, o que fica visível na cena é a forma como a transa é concebida, totalmente baseada no elemento surpresa. Ela tinha a intenção e ele de nada sabia. Quer melhor?
Minha única restrição fica por conta da rejeição dele no final do ato. Com todos esses anos de bondagismo nas costas eu jamais reclamaria de uma iniciativa desta natureza.


Portanto meninas, muita atenção a cena postada abaixo e mãos à obra.
Garanto que dias quentes estarão à sua espera nos próximos meses, anos...

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