
Qual o sentido que desperta uma venda nos olhos durante um ato sexual?
São dois rumos distintos, para quem tapa os olhos e para quem tem os olhos vendados.
Um fetiche simples, praticado por tanta gente que chega a ter a conotação da normalidade. Muitos já levaram essa “brincadeira” pra cima da cama.
Quem coloca a venda perde cinqüenta por cento da timidez durante o ato, realiza certas coisas que diante de olhos atentos jamais ousaria. Quem tem a visão anulada, caminha num mundo de escuridão absoluta, não tem noção do próximo passo e fica à deriva, substituindo o medo inicial pelas sensações que tomam corpo após o primeiro beijo, o primeiro toque.
O fetiche é assim, singular como cada prática consentida, um amplificador de emoções que nem a imaginação mais fértil é capaz de supor, e a venda nos olhos talvez seja o mais poderoso atrativo para começar a agir de forma diferente na hora de transar.
E o que nos leva a ter essas emoções?
Diria que o conhecimento total do corpo da parceira ou parceiro, saber onde cada toque pode desencadear uma avalanche de tesão, e através de pequenos estímulos provocar a falta absoluta de controle que só é possível mediante o orgasmo.
Nessas horas vale a criatividade e a entrega de ambas as partes. Nenhum aprendizado prévio consegue dirigir uma cena desse tipo.
Minha sugestão é a utilização de utensílios que possibilitem a imobilização da parceira, é claro. Jamais me furtaria como bom bondagista a emitir minha preferência nesse momento e como malandro é o gato, nada como puxar a brasa para a minha sardinha.
Mas há quem não abra mão das carícias da parceira durante o ato. Para essa galera as cordas, lenços ou algemas devem ficar distantes.
A venda nos olhos em si já significa uma imobilização, não de movimentos, mas a caracterização da perda de um sentido gera uma restrição de quem está na posição passiva.
Pra pensar, rápido: de que lado é melhor estar? Vendado ou vendando?
Nessas horas o sentimento switcher leva uma grande vantagem e, pensando bem, porque não gostar dos dois lados?
O problema da fantasia sexual é quando passa a ser parte presente na relação, ou seja, realizar sempre, sem pestanejar. É lógico que o fetichista não vive longe do fetiche, mas todo exagero tem as suas conseqüências.
Um amigo gay me confessou que desde que inseriu o fetiche em suas relações com o parceiro, já não consegue atingir o mesmo grau de prazer quando vai pelo lado convencional.
Nesses casos, o melhor é variar o próprio fetiche criando situações diferentes evitando que o remédio contra a monotonia deixe de ser a cura.
Procure planejar a relação, mesmo sendo casado nada melhor que ir pensando em novas fórmulas no caminho do trabalho pra casa. Além de ajudar a criar a atmosfera desejada, aumenta consideravelmente o próprio estimulo, e quando a parceira ou parceiro está bem defronte já existe um quilo de pecados em seu pensamento prontos a explodir.

Traduzindo seria mais ou menos como uma princesa durante o dia uma cadela à noite.
Quem não quer?
Portanto, começar com uma tira de pano negro e macio cobrindo os olhos, é o prenuncio de uma noite de entrar para a história pessoal de cada um que tenha vibração suficiente para tirar desse detalhe uma imensidão de desejos.
Basta ter a certeza de que só existem duas pessoas presentes e ninguém, nem mesmo a parceira, está vendo, apesar de sentir.
Um comentário:
Vendar uma mulher e poder explorar todo o seu corpo, sendo com massagens, beijos, gelo .... e o que mais a criatividade permitir, é uma viagem na classe executiva ao prazer máximo, e o melhor, uma viagem com direito a acompanhante.
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