Legal, o cara pira com a donzela em perigo. Desde garoto,
as mocinhas amarradas nos filmes despertavam o tesão, a libido. Sabia que um
dia aquilo seria parte de suas fantasias, porque sempre sonhava com a cena toda
vez que se permitia pensar em sexo.
Mas as diferenças não se resumiam apenas em sonhar com a
mulher em perigo. O sujeito, nesse caso, quer ser a mulher em perigo, a damsel
in distress.
Este fetichista vai aprender tudo sobre bondage.
Recorrerá a todas as literaturas e mitos, saberá cada passo e conviverá com
outros tantos que tenham o fetiche na veia. Porém, sua visão diferente, essa
outra face do fetiche, ficará oculta e sobreviverá no escuro até que ele
encontre abrigo em alguém que possa lhe escutar e entender.
Buscará outros fetichistas e descobrirá que através de
algumas fantasias combinadas poderá se travestir de mulher e viver, enfim, o
lado da vitima. Normalmente as mulheres têm um entendimento maior de algumas
fantasias do que os homens. Porque conheço praticantes de bondage que negam
veementemente a aceitar a homossexualidade ao se vestir de mulher e só admitem estar
capturados pelo sexo oposto.
Nesse caso, a mulher assume o papel do bondagista.
Terá que desenvolver a técnica dos nós, deverá
compreender os parâmetros que movem o fetichista e assumir de vez o controle
dos atos no exercício da fantasia. Será uma dominadora sem chibatas aos olhos
dos outros.
Mas na verdade será parceira e cúmplice de um sonho, uma
fantasia.
Lógico que alguns fetiches às vezes se misturam ao
bondage quando há essa característica. Não é incomum encontrar mulheres que ao
procurarem conhecimento da fantasia do parceiro acabem introduzindo outras
formas de domínio que terminam por descaracterizar o princípio básico do
fetiche. A essência de bondage é modificada quando há a sodomização dos homens
no papel de donzela em perigo. Não que haja um ultraje ou desnível fetichista,
apenas uma tendência que as mulheres costumam assumir quando se vêem poderosas.
A proximidade do contato com outras mulheres fetichistas
trazem essas mudanças que acabam por fazer parte de um cenário e costuma ter a aceitação
de quem está no jogo.
Afinal, há um tipo de submissão nos caras que têm a essa
fantasia.
O que não se pode confundir de forma alguma é o fato de
estar de um lado ou de outro quando o assunto é bondage. Porque muitos homens
gostam de ser amarrados na fantasia, entretanto, não se travestem ou assumem
toques femininos aos seus personagens. Querem a mulher, a parceira, no poder,
imobilizando e comandando o jogo, mas se negam a ser a donzela em perigo, a assumir
a troca de papeis.
Evidente que se trata de um assunto complexo como todos
que mexem com a sexualidade.
O fetiche de Cross Dresser, popularmente chamado de CD,
quando inserido numa cena de bondage comum tem esses aspectos descritos aqui,
no entanto, em outras fantasias, pode funcionar como atos de humilhação ou uma
simples expressão da homossexualidade.
Muitos CD’s recorrem ao BDSM onde a onda de preconceito é
bem menor do que no meio social. Acabam aderindo a praticas e se acomodam no
universo achando seu espaço. As redes sociais estão lotadas de Cross Dresser
que se aproximam do BDSM sem, todavia, mostrarem-se adeptos de determinados
fetiches.
Noves fora essas variantes fetichistas que compõem o cenário
da mudança visual ou de atitudes, a prática do bondage alcança índices de diversificações
intensas. Posso estar enganado ao afirmar que bondage talvez seja o fetiche com
maior índice de preferências que se tem notícia. E, por conta disso, a fantasia
de homens que costumam assumir o papel da garota em perigo nas mãos de suas
parceiras seja algo capaz de criar um vínculo de identificação imenso entre o
que se expõe na mídia e o que se pratica entre quatro paredes.
A outra face do bondage é apenas uma
tendência ligada ao
direcionamento sexual de quem gosta do fetiche.
4 comentários:
Oi querido!
Como sempre você aborda temas interessantes e que não são muito discutidos por aí. Adorei saber msais sobre esse "outro lado" do bondage e entender o fetiche daqueles que desejam ser a mocinha em perigo.
Como sempre acho que devemos fazer tudo para realizar nossas fantasias e encontrar o partner que se encaixe nelas.
Miaubeijos com muito carinho =^.^=
ola amigo
Obrigado pelo que disse, realmente foi uma opinião interessante sobre o assunto, temos muito interesse em aprender cada vez mais sobre isso, as vezes gostamos de algo que não sabemos o porque nem como acontece, apenas acontece o desejo de ser a donzela em perigo, a sensação de ficar indefesa sem poder se defender e ficar sob o domínio de seu algóis, tenha uma ótima semana.
{princess kitty}龍戦士
Como sempre, maravilhosa sua presença e sempre observando.
É legal saber que gosta de se informar, mostra quanto séria voce é.
Beijos
michelle
O BDSM não tem dono e muito menos síndico. Cada um com seu cada um e ponto final
Curtam as fantasias da melhor maneira
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