sexta-feira, 1 de junho de 2012

Cenas embrionárias


Impulsos…
Normalmente eles chegam cedo. E tudo o que se tem é o que chega aos olhos.
A transmissão é instantânea e cativa de tal forma que anos mais tarde ainda se leva no pensamento as colheitas desse tempo. E, claro, se pra meio entendedor um pingo é letra, em se tratando de fetiche de bondage, do desejo pela mulher capturada ou em apuros, as historinhas de aventuras falam por desenhos.
E eles vão desde os mais simplórios aos hoje tão em moda de animação gráfica, quase reais.
Alguns astros dessa técnica como Franco Saudelli e Alazar, buscaram inspiração nessa fase e conseguiram encantar praticantes que associam as imagens.
A grande diferença está na animação, não no traço. Ora, se a idéia principal é refletir a imagem da heroína em perigo é impossível não traçar um paralelo do que foi um sonho juvenil com um delírio adulto. Sinal de que o impulso fetichista apesar da evolução tão normal e aguda não perde a própria essência.
A cena embrionária está nos quadrinhos do super-homem ou nas aventuras engraçadas do Skooby Doo e outros tantos que poderiam servir de exemplo. Tomando por base essa afirmativa, se chega à conclusão de que o primórdio talvez seja essencial ao fetichista. Imagino que cada qual escolha uma linha de conduta dentro do fetichismo e alguns parâmetros se modifiquem com a entrada em cena das próprias práticas, mas o primeiro degrau segue preservado.
Quem deseja saber sua história deve encontrar a origem.
Óbvio que as diferenças são evidentes. E se acentuam quando para alguns fetichistas essas cenas primitivas se tornam fundamentais para seu tesão. É simples explicar. O fato de estar ligado a cenas que no passado causaram a paudurescência quando estavam acessíveis e levava esses intrépidos baluartes ao exercício da masturbação necessária, algumas vezes cria um vínculo de difícil ruptura e faz com que outras manifestações não sejam tão eficazes. Trocando em miúdos, os caras piram em quadrinhos de tal forma e não conseguem agregar outros impulsos as suas práticas.
Por outro lado, uma outra galera curte os quadrinhos, reconhece neles um aprendizado ou uma aproximação com o fetiche, porém, consegue desenvolver outros aspectos que irão fazer parte de seu cardápio de prazer quando pensarem nas suas fantasias.
No fundo, os fatos se ligam. De alguma maneira o fetiche é o mesmo, independente do resultado a ser alcançado. Hoje, por exemplo, essa imagem postada da Daphne e da Velma em apuros, amordaçadas, me veio de uma amiga fetichista que disse lembrar de mim quando deparou com a cena. Evidente que um site fetichista também exibe um fetiche bem parecido, o que difere fica por conta do desenho perfeito de um artista e a tentativa do bondagista em retratar a cena com pessoas reais.
O próprio Saudelli viaja nesse sonho quando desenha a Lorna Rope, sua modelo preferida, nas mesmas poses em que a exibe aos seus assinantes. Pra muitos ela parece perfeita pelo traço do artista quando a retrata em cartoon, outros já preferem ver a Lorna em apuros com os olhos arregalados, uma característica de seu bondage, em carne e osso.

Posso estar errado na tentativa de explicar as diferenças expostas no corpo do artigo. É apenas um ponto de vista de quem viveu e vive o fetiche em toda a sua dimensão. Opiniões contrárias são bem vindas de quem tenha uma visão diferente sobre o assunto.
Sempre apareceram muitas propostas pra retratar as modelos do Bound Brazil em cartoon.
Seria interessante, mas por força contratual e de responsabilidade com a imagem explorada teria que ser repactuado um critério quando nem sempre é possível.
E se bondage realmente é uma arte como tantos defendem, inclusive esse escriba aqui, fico com a certeza de que a reprodução da heroína em 

perigo em desenhos estáticos ou animados é e sempre será uma grande sacada.

Um bom final de semana a todos!

2 comentários:

MrZ disse...

Que saudade da Bionda!

ACM disse...

Brother, a Bionda era tudo!