segunda-feira, 4 de junho de 2012

Valores


Quem dera…
Desejar é legítimo e às vezes pessoal demais. Querer é muito mais que desejar e sentir é ter.
Seria muito mais simples se tudo funcionasse como um quebra cabeças de fácil encaixe. As peças se juntariam e formariam um mosaico perfeito. Mas fazer o que quando a distância interrompe o pensamento ideal?
Normalmente os fetichistas lidam bem com suas distâncias. Alguns menos favorecidos, recorrem ao mundo virtual e deixam nele suas melhores idéias. Outros reúnem tempo e condição de estar onde o artista tem de estar.
Fato é que morar fora do eixo onde as coisas acontecem é complicado.
É verdade que existe um contexto, porque o fetichista termina por fazer sua cama longe do sereno e encontra seus pares. Mas a necessidade de estar próximo ao meio muitas vezes traz uma piração.
Entretanto, o fetichista precisa estar antenado e atento ao que rola e é sinônimo do seu desejo. Porque pouco importa se ele está próximo ou longe daquilo que ele olha na rede e se sente atraído, afinal, a festa pode ser completa onde for desde que haja quorum.
Ele não deve abdicar de seus valores.
Ser fetichista não é insano. É natural que a vida siga por dois caminhos já que a sociedade não compreende um olhar diferente de ter tesão. Normalmente quem tem um primeiro contato com esse universo acha tudo muito estranho, louco, primitivo e vulgar. Mas a vulgaridade está na mente de quem acha que atos mais conservadores ficam distantes das experiências que rolam por essas bandas.
Quem escreve de forma livre e tenta formar uma opinião acaba se expondo.  Depara com conceitos dos mais variados tipos. Pessoas que tentam se achar de alguma forma num canto qualquer das fantasias e aventuras que compõem esse cenário fetichista, e de gente que é taxativa e não economiza adjetivos depreciativos quando de uma forma ou de outra é apresentada a esse mundo.
Não há antídoto pra esse tipo de preconceito.
A discriminação chateia, aborrece. Mas isso não pode jamais gerar a inibição, principalmente pra quem vence tantas etapas ditas aqui, como distanciamento e a luta por realizar desejos. O fetichista precisa assumir o fetiche pra ele próprio antes de tentar encontrar alguém que também faça disso uma fonte de prazer. Quem sabe o que quer consegue coisas incríveis.
E quando tal fato ocorre, o mosaico perfeito a partir do quebra cabeças começa a se desenhar com facilidade. As peças se tornam visíveis e o fetichista encontra o caminho.
A partir deste passo não vale apenas desejar.
É necessário ousar e realizar sem se preocupar se fulano ou beltrano faz melhor ou pior que você. O fetichista precisa lembrar que a cena, a fantasia, é dele e de quem está no mesmo barco. Portanto, se alguém mostra alguma expertise diferente não imagine que você é inferior por causa disso. O importante é alcançar o objetivo traçado e ser feliz.

A cadeia alimentar fetichista apenas seleciona os pares. Não há comparativo. 
O prazer é pessoal e intransferível. Basta apenas encontrar a pessoa certa onde as fantasias se acomodam.
Por isso, existem as tendências nas quais sempre me baseio quando procuro escrever.
Procure dar ênfase às suas tendências. 
Não importa se seu legado está bem longe ou muito perto. Apenas as oportunidades serão escassas à distância, tornando-se mais velozes quando mais próximas.

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