Impulsos…
Normalmente eles chegam cedo. E tudo o que se tem é o que
chega aos olhos.
A transmissão é instantânea e cativa de tal forma que
anos mais tarde ainda se leva no pensamento as colheitas desse tempo. E, claro,
se pra meio entendedor um pingo é letra, em se tratando de fetiche de bondage,
do desejo pela mulher capturada ou em apuros, as historinhas de aventuras falam
por desenhos.
E eles vão desde os mais simplórios aos hoje tão em moda
de animação gráfica, quase reais.
Alguns astros dessa técnica como Franco Saudelli e Alazar,
buscaram inspiração nessa fase e conseguiram encantar praticantes que associam
as imagens.
A grande diferença está na animação, não no traço. Ora,
se a idéia principal é refletir a imagem da heroína em perigo é impossível não traçar
um paralelo do que foi um sonho juvenil com um delírio adulto. Sinal de que o
impulso fetichista apesar da evolução tão normal e aguda não perde a própria essência.
A cena embrionária está nos quadrinhos do super-homem ou
nas aventuras engraçadas do Skooby Doo e outros tantos que poderiam servir de
exemplo. Tomando por base essa afirmativa, se chega à conclusão de que o
primórdio talvez seja essencial ao fetichista. Imagino que cada qual escolha
uma linha de conduta dentro do fetichismo e alguns parâmetros se modifiquem com
a entrada em cena das próprias práticas, mas o primeiro degrau segue
preservado.
Quem deseja saber sua história deve encontrar a origem.
Óbvio que as diferenças são evidentes. E se acentuam
quando para alguns fetichistas essas cenas primitivas se tornam fundamentais
para seu tesão. É simples explicar. O fato de estar ligado a cenas que no
passado causaram a paudurescência quando estavam acessíveis e levava esses
intrépidos baluartes ao exercício da masturbação necessária, algumas vezes cria
um vínculo de difícil ruptura e faz com que outras manifestações não sejam tão eficazes.
Trocando em miúdos, os caras piram em quadrinhos de tal forma e não conseguem
agregar outros impulsos as suas práticas.
Por outro lado, uma outra galera curte os quadrinhos,
reconhece neles um aprendizado ou uma aproximação com o fetiche, porém,
consegue desenvolver outros aspectos que irão fazer parte de seu cardápio de
prazer quando pensarem nas suas fantasias.
No fundo, os fatos se ligam. De alguma maneira o fetiche
é o mesmo, independente do resultado a ser alcançado. Hoje, por exemplo, essa
imagem postada da Daphne e da Velma em apuros, amordaçadas, me veio de uma
amiga fetichista que disse lembrar de mim quando deparou com a cena. Evidente
que um site fetichista também exibe um fetiche bem parecido, o que difere fica
por conta do desenho perfeito de um artista e a tentativa do bondagista em
retratar a cena com pessoas reais.
O próprio Saudelli viaja nesse sonho quando desenha a
Lorna Rope, sua modelo preferida, nas mesmas poses em que a exibe aos seus
assinantes. Pra muitos ela parece perfeita pelo traço do artista quando a
retrata em cartoon, outros já preferem ver a Lorna em apuros com os olhos
arregalados, uma característica de seu bondage, em carne e osso.
Posso estar errado na tentativa de explicar as diferenças
expostas no corpo do artigo. É apenas um ponto de vista de quem viveu e vive o
fetiche em toda a sua dimensão. Opiniões contrárias são bem vindas de quem
tenha uma visão diferente sobre o assunto.
Sempre apareceram muitas propostas pra retratar as
modelos do Bound Brazil em cartoon.
Seria interessante, mas por força contratual e de
responsabilidade com a imagem explorada teria que ser repactuado um critério
quando nem sempre é possível.
E se bondage realmente é uma arte como tantos defendem,
inclusive esse escriba aqui, fico com a certeza de que a reprodução da heroína em
perigo em desenhos estáticos ou animados é e sempre será uma grande sacada.
Um bom final de semana a todos!
2 comentários:
Que saudade da Bionda!
Brother, a Bionda era tudo!
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