quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Sinal dos Tempos


Ou a mulherada anda mesmo de orelhas atentas ou o mundo não é mais o mesmo.
Cada dia que passa me surpreende certas atitudes das mocinhas que o povo fetichista costuma chamar de baunilhas. Esse termo na verdade nada tem de pejorativo porque apenas define o não entrosamento com certas práticas que se costuma falar aqui, no entanto, independente de ter apreço por qualquer prática específica que se julgue fetichista, as fantasias das moças andam mexendo com minha cabeça.
E pra quem freqüenta esse espaço, vale conferir o que as meninas andam tramando e analisar friamente se isso pode um dia ser parte do glossário fetichista.
Alguém já ouviu falar em “descascar” o parceiro?
Explico: ela quer que o namorado chegue de terno e gravata, elegantemente vestido. Então, literalmente ela irá arrancar a roupa toda do parceiro e usar suas próprias vestimentas como parte da fantasia. Gravata vai virar mordaça, cinto corda e meias uma venda. Olha, ela garante que é uma fantasia pulsante e não aceita outro tipo de roupa para a ocasião.
E pasmem, porque os planos da moça são ousados para depois da imobilização. Como ela faz questão de deixar claro, se julga malvada e sórdida, e garante que a tortura sexual será lenta e abrasiva. Quer tentar? Eu toparia...
Outra me pergunta se esse negócio de amarrar durante a transa faz efeito. E pra comprovar ela pede uma dica para tentar experimentar antes de apresentar ao namorado a fantasia. Bom, neste caso é o chamado self-bondage, que nada mais é que se auto-imobilizar para conseguir doses de prazer. Mas como obter prazer sem o principal coadjuvante?
Vamos lá menina, preste bastante atenção na lista de objetos necessários.
Dois pedaços de cordas de um metro cada. Qualquer uma, e pra você que não é especialista, serve aquelas de secador que vendem no mercado. Um par de algemas sem aquelas travinhas de segurança comum nas vendidas em sex shops. Peça a policial. É mais cara, mas tem suas vantagens. Um lenço, um vibrador pequeno e uma forma de fazer gelo.
Vamos à receita.
Congele as chaves das algemas dentro de um quadrado da forma de fazer gelo. Retire o cubo e coloque num pires ao alcance. Amarre os joelhos e tornozelos, firme, da forma que os deixe imobilizados. Introduza o pequeno brinquedinho vibratório na vagina, vibrando, é claro.
Amarre o lenço na boca e algeme suas mãos atrás das costas.
Pronto. O tempo que durar o degelo do cubo e as chaves estejam liberadas é o tempo em que você permanecerá imobilizada. Não se assuste e esteja certa de que você bolou a brincadeira, portanto, relaxe e aproveite a oportunidade de curtir uma boa sessão de self-bondage. Mas não se esqueça de deixar uma amiga próxima de sobre aviso caso algo aconteça com você durante a sessão. Pessoas com fobias não devem fazer esse tipo de prática. A solidão poderia aumentar os riscos consideravelmente.
Se quiser colocar requintes na prática, use uma câmera fotográfica e programe disparos alternados e automáticos, e claro, virada para a sua direção. Se quiser mandar as fotos pra cá ninguém se importa e eu crio um artigo a respeito.

Amanhã mesmo postarei umas fotos de um ensaio solitário de alguém especial.
Há quem diga que as práticas solitárias não funcionam. Claro que uma fantasia realizada a dois, a três ou a quatro que seja, vale muito mais. Entretanto, algumas razões existem para que haja a escolha por realizações solitárias. Isso é uma questão de foro intimo e há os que preferem desta forma, além, é claro, das que por um momento estão sem parceiros e não querem abrir mão do que mais gostam.
E não podem ficar de fora as experiências de pessoas que recém deparam com o fetiche e querem experimentar antes de apresentar a quem de direito, como é o caso de hoje aqui na matéria.
Como as fantasias são totalmente particulares e pertencem de fato e de direito a quem as cria, vale tudo que a mente admitir no intuito de satisfazer os desejos mais estranhos que se possa imaginar.

Isso é fetiche!

2 comentários:

C. disse...

"Ai se eu te pego!"
Estou começando a gostar dessa música e de outras coisinhas mais!
bj

Lena Niteroi disse...

Assim... o fetiche solitario de repente é a previa de um fetiche a ser realizado. O desejo é tanto que nao da pra esperar! Sacou?!
Perfeita a explicaçao, como sempre!
Meu beijo com sabor de baunilha!