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sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
Ao Pé do Ouvido
Pois é, o fetiche é uma delícia pra quem sabe tirar proveito dele. Isso é fato.
Porque o ser humano, na maioria dos casos, tem loucura por aguçar seus sentidos quando sente tesão. E quando as pessoas usam determinadas fantasias em seu próprio benefício é tiro certo, dá à lógica. Portanto, da próxima vez que rolar uma fantasia, por mais simples que possa parecer, o negócio é provocar os sentidos de quem divide a cena.
E um dos sentidos que impulsionam é a audição.
Quem não gosta de escutar uma boa sacanagem ao pé do ouvido na hora certa?
Provocar faz parte do jogo, estimula e garante um bom começo de noite. E se existe uma fantasia rolando nada melhor que caprichar no que vai ser dito.
Deixe a coisa fluir e não tenha melindres em se mostrar pra quem divide uma cama. Puritanismo demais estraga. Esse negócio de economizar palavras com a parceira pra falar no ouvido de outra é uma tremenda babaquice. Se não dá resultado o sexo com quem está bem próximo é melhor largar o lugar na fila e procurar outro local pra pendurar a roupa.
Há pessoas que não se ligam tanto em estímulos auditivos, outras, porém, adoram. É uma questão de gosto mesmo. Fetichistas de um modo geral não abrem mão de coisas ditas na hora da onça beber água. Até gemidos fazem a diferença. A expressão da reciprocidade na hora da cena encanta quem se delicia com sessões fetichistas.
Qual bondagista não se derrete por um gemido da moça abafado por uma mordaça?
Sou testemunha de casos onde havia certa resistência em começar uma cena da bondage e as palavras ao pé do ouvido bem ditas quebraram o gelo. E olha que o cara queria ser amarrado e dominado sexualmente pela mulher. De tanto que ele falou, ela tomou gosto pela coisa e, segundo ele me garante, não abre mão da prática e se excita quando ele mostrando desespero pede socorro.
Em pensar que ela relutava em trazer a fantasia de captura pra dentro da relação...
Quando a fantasia tem ares de ingenuidade é mais fácil trazer pessoas de fora pra dentro da festa. Complicado é colocar na cabeça de alguém, determinados estímulos que não condizem com os sentimentos de quem se tem ao lado. Por exemplo, o prazer através da dor.
Essas práticas devem ser precedidas de um conceito muito bem definido antes de serem colocadas em discussão, porque a tendência tem que ser total para que haja sintonia.
Ninguém convence alguém a sofrer castigos severos e arrancar prazer quando não existe desejo. É preciso total comprometimento para que haja reciprocidade. Um masoquista não sente prazer amassando o próprio dedo na porta, é necessário todo um contexto para que ele ou ela tenham o desejo atendido.
É aquela história, o fetiche se resume aos pares.
Um sádico precisa de uma masoquista e vice-versa, como um bondagista precisa de uma bondagette...
Por isso, o que se fala ao pé do ouvido para atiçar o estimulo auditivo da pessoa que está ao lado tem que estar diretamente ligado a prática que se pretende fazer. Não vá um bondagista dizer no ouvido de sua parceira ao vê-la amarrada que castigos a esperam. Esse papo pertence a outro segmento e assim sucessivamente.
Hoje com o mundo virtual fazendo parte do dia-a-dia das pessoas, até o que se escreve em canais de comunicação direta pela rede pode funcionar como um estímulo, que eu diria quase auditivo. A pessoa escreve e do outro lado alguém se alinha com os fatos e plasma a voz sussurrando baixinho.
E um dia, quem sabe, tudo se torna real...
Então escolha a fantasia, combine com a parceira ou o parceiro e parta pra não deixar nada de fora na próxima vez. Ao pé do ouvido tudo é bem vindo, desde que faça parte do jogo escolhido por ambos.
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5 comentários:
Querido AC
Fetichistas ou não, quem nunca se arrepiou com a fala certa ao pé do ouvido?
Quem é que fica insensível ao desejo do parceiro?
No fim, o que vale é a cumplicidade.
bj
Aff..um dos meus fracos...pé de ouvido.
Bj!
Me passou pela cabeça, o sussurro do orgasmo que duas pessoas em sua plenitude vivem e registram no eterno esse momento pleno em todos os sentidos, de entrega total.
BJ
Havendo entrega de parte a parte tudo é arte;)
Beijos prometidos
Meninas
C, Helena Blue Moon, Ana e Desire
É assim que a banda toca. Um teretetê no pé do ouvido aqui e outro ali e de repente está formado.
Agradeço as vossas presenças que deixam esse pobre espaço mais iluminado... Mulherada linda e inteligente sempre será bem vinda.
Beijos
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