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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
Sonhos Proibidos
O mundo pra ela era imperfeito.
Na verdade, ela sempre foi inquieta, mutante, um pouco rabugenta até. E acostumou-se a conviver com os anjos e demônios que tem por perto. Beijou alguns, afagou outros e algumas vezes os mandou de volta as profundezas, mas sobreviveu.
Sua caminhada define uma questão importante quando se fala em fetichismo: o aparecimento e a continuidade.
Porque até dar de cara com essa página ela carregava uns desejos estranhos e se valia de subterfúgios que a fizessem sonhar com dias melhores. Ainda que através de fantasias invisíveis aos olhos, não foram raras as vezes que flertou com doses de dominação consentida.
Ora imaginado sendo puxada pelos cabelos ou até mesmo nas vezes em que simulou estar atada à cama quando postava os pulsos na cabeceira, ela tirou lascas e foi feliz. Uniu o útil ao agradável, ao bom parceiro que achava tudo que ela produzia na mente uma grande loucura.
Ela tem consciência de que agora se achou de verdade. Tanto que se define como exibicionista dela própria cada vez que plasma uma cena que ela tem guardada por anos em arquivo. E cá prá nós, fantasia sexual é algo prazeroso com qualquer idade, portanto, ninguém deve lamentar o acesso ao conhecimento cronologicamente falando. O que é bom pode chegar aos vinte ou aos “enta” que se faça presente.
É uma questão de foro íntimo, o entendimento de si mesmo.
Há pessoas que convivem com suas taras e fantasias de forma pacifica, sem dramas, com critérios e outros que não acham espaço dentro da mente para nada que não inclua o que eles imaginam como o sonho perfeito. Só que esses sonhos em algumas fases da vida se tornam sonhos proibidos. Os casos se diferem, porque nada é pra sempre perfeito.
E isso tudo me faz chegar à conclusão de que escrever aqui é mais que uma simples diversão, ou seja, é algo que me traga, me seduz de verdade. Jamais imaginei tentar mudar as pessoas a respeito do que elas pensam. A intenção é apenas esclarecer a quem se interessa por certos assuntos. Como disse o poeta, me considero sim o amargo da língua...
Cada historia que leio eu releio. Procuro dar total atenção, não porque seja somente uma forma cordial de dizer “muito obrigado por escrever”. Se me toco com o assunto é porque ele me fascina, assim como os seres humanos e seus pensamentos me atraem. Seria ilógico pedir a cada um que freqüenta esse espaço pra que conte seus casos, sonhos e realizações. Cada qual tem um lugar onde guarda seus segredos, os que foram e os que virão. Por isso, considero esse convívio um supra-sumo que absorvo e que se transforma num combustível de adrenalina pra seguir sonhando.
Claro que a história de hoje não tem um final feliz, ainda, é claro. Mas se essas linhas puderem servir como aprendizado ou fonte de inspiração capaz de fazê-la imaginar que não está sozinha nesse universo, estará cumprida parte da missão de eleger um link de internet onde cada qual possa chegar escolher o melhor lugar e contar suas histórias.
Quando se fala em sonhos libertinos há uma definição bem condizente: nós somos censores de nós mesmos. Nós nos damos o direito de consentir ou proibir os sonhos de se tornarem reais. É racional, obvio, porque cada qual sabe o terreno onde pode ou não pisar.
E dentro desse contexto o que pode ser considerado como direito líquido e certo é o ato de sonhar. Seria algo pessoal e intransferível. Porque dentro dos nossos pensamentos o mundano e o angelical convivem em plena sintonia.
Alguém num dia desses falou que ao ver o marido vestido de bombeiro a seu pedido segurou uma grande gargalhada pra não estragar a cena. É fato, fez o certo. Porque quando existe a dedicação de quem se desdobra pra ajudar a construir um sonho de quem gosta haverá de existir reciprocidade ampla, geral e irrestrita.
Pense nisso moça nas próximas vezes em que seus sonhos chegarem de mansinho numa noite dessas de verão.
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2 comentários:
Todos temos fantasias... Todos temos inseguranças.
Acho comum intimidar-se diante de quem se admira. Mas acho interessante
Faz-me um bem enorme ver que você escreve com tanto prazer pelo que faz e grande consciência da importancia que isso tem.
Bom saber que ainda há homens que não julgam mulheres pelos seus sonhos e que, ao contrário, incentivam.
Bom poder usufruir suas ideias e também conhecer para além do pequeno mundo que vc chama de baunilha ao qual eu acho que ainda pertenço.
Há muito o que saber, há muito o que perguntar mas as dúvidas e as respectivas perguntas, reservarei para um outro momento.
Gosto muito do que escreve e de como escreve.
Bj
Querida C
O melhor de tudo isso é poder apreciar esse belíssimo comentário, totalmente digno de ser o epílogo do artigo em causa.
Faltam palavras pra agradecer.
E sobram beijos
ACM
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