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terça-feira, 24 de janeiro de 2012
Completa Submissão
Hoje pela manhã fui ao dentista. Até aqui nada demais, todo mundo vai ao dentista ou a dentista, e por mais pavor que isso provoque em algumas pessoas é uma ação que se faz totalmente necessária.
Pois sentado naquela cadeira algumas reflexões fetichistas chegaram de mansinho. E como não poderia deixar de ser me senti um autêntico submisso sem qualquer reação diante dos fatos. Com uma sutil diferença; ele ou ela, os submissos, estariam ali por vontade própria, e eu, um simples bondagista estava por extrema necessidade.
E nessas horas o melhor a fazer é deixar a mente elaborar um plano. Claro, pensei no artigo de hoje e cá estou rascunhando essas linhas. Antes que me cheguem às pedras, quero de antemão me desculpar com a galera odontológica e dizer que tudo que se escreve aqui são devaneios, muito comuns nessa época de verão...
Pois voltando aos sonhos fetichistas naquela cadeira gélida e pouco confortável, lembrei de alguém. Sim, uma dentista. E de cara pude construir através da minha mente pervertida e libertina alguns sonhos que ela poderia protagonizar já que está diante de um sujeito com a boca escancarada sem ter direito sequer a balbuciar umas poucas palavras.
E como a conheço bem, imaginei seu sorriso sarcástico e dominante como senhora da situação. E pra piorar brother, me vi no papel de submisso máximo pronto para ser imolado.
E a mulher é grande...
E de repente ela manda levantar a cabeça e com um cinto prende meus pulsos naquela cadeira? Game over. Perdi feio. Dali por diante é ela com um sorriso de canto de boca e eu com a boca aberta olhando uma agulha e uma seringa. Surtei!
Nessa o dentista vinha com aquele ferrinho de futucar tudo e olhando a cara dele imaginei a moça olhando pra mim com aquele semblante mórbido e incisivo. Fechei os olhos e deixei a cena rolar. Futuca pra cá e pra lá e até aquele momento estava adorando que a porra daquele ferrinho estivesse somente nos dentes, porque se fosse ela e suas armações ilimitadas, estaria em apuros tal e qual donzela de filme de bondage.
Meus dias de bondagista dominante estavam contados...
Já nem olhava mais pra cara do dentista, que, aliás, é meu dentista e amigo há anos. O que vinha na mente era o delírio fetichista e a dentista com os olhos da Bette Davis. Tentei mudar o rumo da prosa e passei a tentar admitir que ela estivesse interessada numa cena de bondage das mais comuns, ou seja, eu ali entregue, imobilizado e ela com as mais indecentes perversões sexuais em mente. Mas nada, só conseguia imaginar aquela agulha filha da puta e um suposto beliscão com o boticão. Perdi pela segunda vez...
E em pensar que um dia brincando ela tinha me ameaçado dar um beliscão...
No entanto fiz prevalecer minha suprema condição de macho. E embora quase me borrando pensei nos amigos e amigas que sentem prazer com essas cenas e segurei a barra: se eles sobrevivem eu também sobreviverei, então vou suportar...
Mas nada... Começou a incomodar o dente real e eu nem ai para as perguntas do cara com o tal ferrinho na mão me perguntando se estava doendo. Imagina, nem um pouco, perto do que estaria acontecendo no delírio fetichista.
Por fim, o sujeito me disse que podia levantar.
E nesse exato instante me vi com a mente totalmente adormecida pelo que havia plasmado.
É nessas horas que se tem a absoluta certeza de que as fantasias e os fetiches são extremamente particulares. O que serve pra uns nem de longe dá certo pra outros, ainda que seja apenas em pensamentos.
Pois é, se ela ao menos tivesse somente pensado num bondage comum e numas torturas sexuais, talvez minha ida ao dentista tivesse sido mais agradável...
Talvez...
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2 comentários:
Dear A.C.
Em primeiro lugar, me sinto lisonjeada por ter sido protagonista da sua história, de alguém com tantas histórias a contar. Alguém de quem admiro o ser gentil, sensível, amigo e forte, dono de uma criatividade enorme, homem na acepção do ser.
Confesso, que tive mesmo vontade de voltar ao "exercício" da profissão, que vista dessa forma, ficou menos antipática.
Na faculdade,costumávamos dizer que havia duas hipóteses que levava alguém a querer a Odontologia; que passavam do "artista frustrado" ao "torturador impiedoso" revestidos com a tal da "paciência do monge".
Lendo o que acabei de escrever, isso era praticamente uma um enredo BDSM... O artista que se frustrou, reveste-se da paciencia do monge e se torna um sádico a espera dos masoquistas - que não têm outra escolha, a não ser a submissão - e que pacientemente os tortura.
Há toda uma cena propícia para isso: o consultório com aparelhos que lembram torturas medievais instrumentos que durante anos usei na minha arte (e tem alguns que beliscam!), o traje branco cobrindo o corpo indo até abaixo dos joelhos (geralmente, as moças usavam meias finas e sapatos altos) disfarçando o "demônio" em anjo, luvas de silicone que são calçadas e descalçadas diante dos olhos do paciente que foi deitado na cadeira , o uso da máscara que deixa só os olhos e uma expressão significativa no olhar (aquele assim, da ameaça de quem detem o poder ainda que por meia hora rs). Isso sem contar os rituais, que envolvem pendurar corrente no pescoço, dizer frases cínicas do tipo: não vai doer nada...vou parar assim que vc levantar a mão ... e um segredo: não tem safeword -dentistas são seeres muito perversos- há tb os poderosos sugadores e costumam beliscar assoalho da boca impedindo que a boca se feche mas também dificultando a comunicação, as perguntas que são feitas de "propósito" para conscientizar o paciente de que quem tá no controle é vc (ainda que ali naquele espaço, naquela função e por meia hora).
Além disso me ocorreu uma onda de sequestro com estupros que ocorreu na década de 90 em alguns bairros do Rio... E nesse caso, as moças passavam de algozes a vítimas indefesas dos estupradores "supostos" pacientes. Eram imobilizadas com as próprias "mangueiras" do equipo odontológico.
E haja imaginação! Sequestro e estupro consentidos ...
E outras 30 mil coisas ocorrem mas essas são para serem ditas, se for o caso, ao pé do ouvido.
Mas há sempre uma próxima consulta e essa é a parte que alimenta o ego da dentista e grande torturadora rsrsrs.
Quem seria a vítima?
Como vc disse, visitar a dentista é imprescindível.E quem é rainha não perde a majestade rsrsrs
Sem beijos hoje! Uma torturazinha não faz mal a ninguém rs
Hum o dentista e bondage...escolho o segundo, sem o primeiro;)
Beijos prometidos
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