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terça-feira, 10 de janeiro de 2012
Detalhes ou Polêmica?
Essa eu não vou segurar sozinho...
O Jonas Bond, meu parceiro, cabra da melhor qualidade e bondagista bem intencionado que sabe lidar com as cordas, lançou num comentário de uma matéria da semana passada a seguinte colocação e espera que a participação seja coletiva, assim como eu também gostaria.
Pois ao invés de reescrever o que ele mandou peço licença e posto abaixo:
Abre aspas pra ele: “Tem uma penca de gente que gosta do bondage "DID" (donzela em perigo) e a gente sabe que quanto mais reais as cenas do filme melhor. Mas ai tem um lance, porque quando a gente está praticando "na real" com uma parceira, consensualmente, é claro, eu jogo a pergunta para todos: - Não falta aquela pimentinha de saber que é tudo interpretado? Claro que não estou sugerindo a ninguém para sair por ai raptando mulheres no nada... Só levantando a bola mesmo... Como levar a experiência a excelência ? Fora o fato de que na maioria das vezes a parceira não ser atriz profissional para fingir a ponto de ficar tão real assim....
Ainda tem o lance de que no que você já marcou no motel já cortou uma boa parte de uma possível interpretação real...”
Bom, trocando em miúdos o cara quer saber se vale o aviso antes de rolar um seqüestro lúdico e consentido. A questão parece simples, entretanto, em alguns casos ela se complica. Porque em se tratando de parceiros que já se conhecem, não tem nada demais o elemento surpresa comandar a festa, ou seja, o sujeito chega de mansinho assim sem avisar e passa a mão na mulher pra fazer o serviço.
Porém, (e aqui há mesmo um “porém”), digamos que a coisa role pela primeira vez. Fica uma pergunta pairando no ar...
Qualquer pessoa que se atreva a realizar uma fantasia sabe que a primeira vez pode ser decisiva para que exista o fator continuidade. E é aí que entra a polêmica do Jonas, pelo menos em parte do que ele descreve. Porque se a saída for pré-programada a surpresa vai literalmente para o espaço. A senhorita estará sumariamente avisada de que naquele dia, as tantas horas vai rolar um motel e nele um intrépido bondagista sorrateiramente abrirá sua mala de utensílios e mostrará a que veio.
E pra colocar mais lenha na fogueira o Jonas toca num segundo ponto a ser interpretado. E eu chamaria esse aspecto como “ato teatral”. Isso mesmo, não há definição melhor. É lógico que essa denominação não significa que haja uma simples sugestão da parceira fingir desde a captura até o orgasmo, mas ela tem que participar, daí fica claro o aspecto atriz que ele menciona em seu comentário.
Ora, se houver força de vontade e um mínimo de comprometimento com a fantasia, sou de opinião que cabe aos participantes o ato de encenar pra sair bem feito. O que está fora de questão é alguém se preparar para o ato e ser surpreendido com ironias e desleixo. E isso existe, aos montes.
Claro que eu não vou ficar em cima do muro nessa. Vou abrir a caixa de ferramentas e dar a minha opinião. Fantasia sem entrega não dá, é bola fora. Se existe o interesse dos dois lados em sair da rotina apavorante e bolar algo que interesse a ambos, a coisa só caminha se for bem feita. Sem essa de fazer pela metade ou dar pra trás na hora da onça beber água.
Ou caga ou desocupa a moita. O negócio é bolar, ensaiar os passos e tratar de se apresentar bem ainda que seja para um único e autentico espectador. Fantasia pela metade é como chupar bala com papel.
E vou além: sem surpresa vira filme de site fetichista. Tem que existir um mínimo de adrenalina que garanta os benefícios do bundalelê!
Taí Jonas! Agora é esperar que a galera – e claro, você também – solte o verbo no espaço destinado aos comentários. E todos, fetichistas convictos ou não, são igualmente bem vindos!
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DiD - Damsels in Distress
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6 comentários:
Como construir consenso e surpreender ao mesmo tempo?
Parece que essa é a questão central. Como se trata de um jogo de adultos, penso que deva haver o empenho de cada um dos jogadores. Nesse caso o prévio aviso pode funcionar até como um potencializador da experiência.
lembrnado-se sempre que em alguns casos não é o jogo somente pelo jogo mas o jogo como forma de estreitar laços literalmente!
"Ai como eu 'tou' romântica e bandida!!!" bj
Boa noite ACM e JONAS!
Minha cabeça esta meio embaralhada...acho que preciso de um passo a passo!
Nao sou bondagista (ainda), mas ja sou uma bondagete!
Na minha opiniao, bondagem consentida, estipulado os limites, tem que rolar a SURPRESA.
Na minha opiniao, o "raptor", tem que "raptar" e fazer seu papel... tem que fazer o clima ser real, tem que tirar o folego, causar arrepio, tensao e tesao. Nao acredito que gostaria de saber exatamente o que iria acontecer...Se a minha confiança é total no meu parceiro, pq ter que roteirizar?
Nao gostaria de saber o destino, nem a forma, nem o tempo....se é pra ser rapto, sequestro, que seja...os aplausos e comemoraçoes ficam para quando a mascara cair, as maos forem desatadas, e a boca liberta para o ato final!
NA MINHA OPINIAO....
Caro Sr. ACM:
Todos que entram num jogo sabe as regras e se for para jogar tem que saber jogar e jogar muito bem.
Quando vc avisa previamente ao seu parceiro (a) o que vai acontecer o jogo acaba perdendo a graça e o sentido, não existe mais adrenalina,suspense e emoção, não existe mais a sensação de vivenciar cada minuto e segundo da sua fantasia sexual.
Quando vc avisa com antecedência acaba com o clima e com a aventura a ser vivida e desculpa mas vou ser sincera, não existe prazer pela metade. O prazer de viver e ousar tem que ser completo,vivido e sentido desde o início ou seja desde quando vc planeja o ato de sequestar ou raptar alguém. Uma comparação bem simples : O ladrão quando vai cometer um assalto, ele não avisa a sua vítima com antecedência, simplesmnete ele chega e comete o ato e a vitíma passa por toda situação do início ao fim sem aviso prévio.
Desculpa mas eu não sei e não consigo comer abacaxi com casca, rs.
É... gosto da visao da Lena e do Anonimo mas O "C." ...bem, nao sei se concordo... é dificil se "empenhar" em surpresa... melhor ator do mundo só consegue interpretar mas não realmente sentir porque continua sabendo o roteiro.
Estava pensando em como essas coisas poderiam ter um bom gostinho da surpresa e ai me lembrei de jogos de RPG (tipo Dungeons and Dragons) - Talvez até um RPG - BOUND desse um bom roteiro de filme...
Dados, ou fichas num chapéu que iriam determinando sem conhecimento prévio o que seria feito... e para dar mais pimenta, talvez os parceiros pudessem combinar um "ranking" das coisas melhores e piores, dando chance ao acaso, do suspense de pegar algo que a parceira ou parceiro vai gostar mais ou menos....Bom, só uma idéia....
Gostei da ideia do Jonas Bond sobre RPG Bond.
Jonas Bond,
Muito legal a ideia do RPG BOUND, talvez como mais uma carta debaixo da manga. Mas amigo, na minha opiniao, mesmo o ator mais experiente nao deve esquecer nunca do "improviso". Improvisar nao foge do tema em questao, so "apimenta"!! Na minha opiniao....
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