A imaginação liga o fetichista diretamente à sua cena.
Não fosse assim os fetiches não seriam fantasias que se
tornam necessárias.
Desse modo, algumas imagens colhidas no dia a dia se
transformam no nirvana dessa gente que pira em seus delírios. O bondagista
convicto que observa a moça parada para atravessar a rua com os braços pra trás
ou no trabalho mordendo uma caneta, o submisso que baba ao ver uma mulher de
porte dando ordens ao cachorro na rua e os podos e podólatras (sim há
diferenças!) que acendem o fascínio quando deparam com as mulheres e seus pés.
Porém, nem todo dia é o dia da graça e as pessoas ao
depararem com alguém que lhes chama a atenção bolam cenas indescritíveis que se
resume num pensamento impregnado de lirismo.
Sim, o fetiche é um lirismo, quer alguns queiram ou não.
Perguntem a qualquer podólatra se ele ao vislumbrar um
rosto que lhe salta os olhos não encaminha o olhar para os pés? Dá à lógica,
ele desce em linha reta. Mas de repente a moça calça um sapato fechado e ele
fica distante do objeto de desejo. Nesse momento cria a cena no imaginário. Lá
ele identifica seus prazeres. O contorno dos pés se molda ao rosto que ele
percebeu, assim como seu gosto pessoal define como ele desejaria que cada
detalhe lhe coubesse como uma fórmula perfeita.
Entretanto, esse indivíduo literalmente consciente de
seus limites irá guardar sua cena para uma aventura pessoal que virá. Porque não
tem a menor lógica o camarada se atirar no chão em plena via pública para
saciar sua fome fetichista. Tudo tem que seguir uma regra social de
comportamento e a consensualidade é obrigatória.
Da mesma forma que não saio por aí vestido de cowboy com
um laço na mão dando laçadas nas moças bonitas que cruzam meu caminho. Seria o
cúmulo admitir que um fetichista se porte dessa maneira. Idealizar uma situação
a partir de determinada ilusão tem lógica e é isso que se coloca em questão aqui.
Uma amiga dominadora por excelência e vocação me contou
que surtou num dia desses ao ver um casal num shopping em meio a uma discussão.
Parece banal o fato. No entanto, o cidadão era a síntese da obediência diante
dos esporros que a mulher lhe dava em altos brados. Para as pessoas sem o
fetiche martelando na mente a cena conotaria uma briga de casal e a mulher, no
caso, seria taxada de mal educada. Mas a dominatrix viajou na história e criou
seu cenário perfeito. Diz ela: “ACM, naquele momento eu só pensava naquele cara
em minhas mãos e afloraram todos os meus instintos mais rústicos.”
Então, uma cena corriqueira que para qualquer pessoa sem tendências
fetichistas teria um significado, acaba se transformando numa espécie de
registro que posteriormente pode gerar um roteiro de uma prática.
Mas isso tudo não procura justificar qualquer
comportamento tosco. Um bom fetichista conhece seus próprios limites e não pensa
toda hora no seu desejo. Quando a cena sugere ele a enquadra no pensamento e
guarda para sua próxima aventura. Evidente que há casos que extrapolam, como um
que contei aqui de um sujeito louco por bondage que pirou numas cordas velhas
de um caminhão de mudança e negociando por um bom preço as comprou no ato.
Muitos fetichistas não se dão conta desses detalhes,
outros, porém, reconhecem a sua importância. E embora algumas cenas de imediato
provoquem à libido de quem as identifica, outras, como os exemplos citados aqui,
tornam-se relevantes para alimentar a veia da fantasia.
Casos como fetiche de “dangling”, por exemplo, provocam o
efeito imediato porque acontecem de forma corriqueira e as pessoas que o fazem
nem imaginam as suas conseqüências diante dos admiradores. Lembrando que dangling
é o fetiche que desperta quando a mulher coloca e tira o sapato sem o auxílio
das mãos, e ao mesmo tempo, equilibra o calçado em alguma parte dos pés,
preferencialmente nos dedos.
Portanto, se a sua cena fetichista aparecer sobreposta
por qualquer situação na próxima esquina, o melhor é gravar com cuidado
na memória e fazer o dever de casa para tirar nota máxima!
4 comentários:
Esta postagem foi perfeita.
É assim mesmo que acontece.
Eu ainda tenho guardado na memória algumas amigas do colégio com suas mãos para trás.
Estou esperando criarem uma máquina fotográfica portátil que eu pudesse prender na camisa e acioná-la discretamente quando visse uma mulher com as mãos para trás. Seria uma fonte mais gostosa para esses momentos particulares.
Abraços amigo
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Meu brother VH
Nossos arquivos de memória nem precisam de fotos, porque os guardamos pra sempre...
Grande abraço!
É exatamente assim !
quando vejo uma mulher na rua , segurando uma caneta na boca, mãos para trás , atiça minha imaginação , quando vejo ela segurando ate mesmo o bilhete único pela boca e os labios para dentro, sem conseguir falar, postagem mais do que perfeita, fascinante!
abraços dinhão zorro
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