terça-feira, 3 de julho de 2012

A Prática do Sploshing


O tesão é esparramar comida no corpo da moça.
Essa moda que pegou no Reino Unido agora se espalha pelo planeta e entra de vez no glossário fetichista. O Sploshing Fetish, como é conhecido, tem seus detalhes e algum requinte, porque o negócio não funciona apenas com a comida a ser espalhada.
A começar pela qualidade dos alimentos, a cena e a performance das mulheres que deixam os caras de queixo caído na terra da Rainha. Porque é criado um cardápio de primeira, com comidas pastosas, pra fazer sujeira mesmo e ter a possibilidade de espalhar pelo corpo nu. Daí é comum a utilização de feijão, tortas salgadas, cremes de ovos, manteiga e milho sem esquecer da sobremesa onde os pudins e tortas fecham com chave de ouro a lambança.
Entretanto, como todo fetiche que se preze, o sploshing tem seus cenários perfeitos.
Uma cliente que chega ao restaurante e pede a comida que lhe é espalhada pelo rosto e seios pela garçonete abusada. Começa então a brincadeira com ares de comédia pastelão e as moças duelam com vontade até ficarem literalmente impregnadas por todo o tipo de alimento que está sobre a mesa.
As roupas começam a desaparecer e as mocinhas peladas enfiam comida em todos os orifícios que conseguem enxergar. Sempre lembrando que o desperdício não é total e elas costumam comer as caldas e cremes na medida em que esparramam pelo corpo.
A história de difundir o sploshing como um fetiche partiu de um cara doidão chamado Bill Shipton. Em 1989 ele criou a revista Splosh, uma publicação voltada para os caras que curtem essa brincadeira de forma a se tornar uma fantasia. O negócio deu certo, e o aparecimento da Internet possibilitou expandir as fronteiras além do Reino Unido levando o fetiche por vários países da Europa.
A revista ainda tem publicações esporádicas e Shipton promove através das edições uma série de encontros de praticantes do fetiche, mas tem na Internet a ancora que o ajuda a manter seu negócio, hoje comandado também por sua esposa, a ex-modelo Hayley.
O incrível é que estes clipes não são curtos e normalmente tem a duração de uma hora. Os caras produzem enredos que começam com elegância e terminam numa bagunça de dar dó. Shipton se queixa da faxina posterior às produções e seu maior desejo é não gastar mais de dois terços da vida fazendo limpeza.
Se houver um comparativo quantitativo podemos dizer que o universo fetichista é bastante reduzido. Obviamente, neste contexto um amontoado de práticas se mistura formando uma espécie de gueto onde vários segmentos se intercalam. É evidente que há fetiches de menor expressão, com menos apelo e por conseqüência, praticantes, sugerindo que alguns grupos por não ter qualquer identificação com os demais criem seus próprios nichos.
É o caso do sploshing e outras práticas pouco comuns.
A chegada da Internet em meados dos anos noventa aproximou fetichistas que antes tinham um sentimento de solidão absoluta em relação a tendências de prazer. O sujeito era um náufrago numa ilha e não lhe passava pela cabeça que alguém no universo comungasse da mesma idéia.

É interessante salientar a forma de visão das cenas de sploshing de quem pira com a idéia e de quem jamais supôs que uma cena até certo ponto hilária, pudesse despertar interesses sexuais em quem as assiste. O que não é uma exclusividade do sploshing, visto que pessoas não identificadas com algumas idéias costumam não entender a conexão entre desejo e cenas em vários segmentos fetichistas.
Não se tem noticia de praticantes de sploshing em terras tupiniquins.
No entanto, muita gente gosta de fazer uso de cremes e chocolates em transas comuns, o que de repente indica alguma semelhança entre o 

sploshing e atos provocativos costumeiramente apreciados numa transa qualquer.

Um comentário:

Anônimo disse...

Este é o fetiche mais prazeroso que existe na minha opinião. Pena que é difícil achar praticantes aqui no Brasil, tendo que a maioria das vezes, ter que pratica-lo soxinho.