O tesão é esparramar comida no corpo da moça.
Essa moda que pegou no Reino Unido agora se espalha pelo
planeta e entra de vez no glossário fetichista. O Sploshing Fetish, como é
conhecido, tem seus detalhes e algum requinte, porque o negócio não funciona
apenas com a comida a ser espalhada.
A começar pela qualidade dos alimentos, a cena e a
performance das mulheres que deixam os caras de queixo caído na terra da
Rainha. Porque é criado um cardápio de primeira, com comidas pastosas, pra
fazer sujeira mesmo e ter a possibilidade de espalhar pelo corpo nu. Daí é
comum a utilização de feijão, tortas salgadas, cremes de ovos, manteiga e milho
sem esquecer da sobremesa onde os pudins e tortas fecham com chave de ouro a
lambança.
Entretanto, como todo fetiche que se preze, o sploshing
tem seus cenários perfeitos.
Uma cliente que chega ao restaurante e pede a comida que
lhe é espalhada pelo rosto e seios pela garçonete abusada. Começa então a
brincadeira com ares de comédia pastelão e as moças duelam com vontade até
ficarem literalmente impregnadas por todo o tipo de alimento que está sobre a
mesa.
As roupas começam a desaparecer e as mocinhas peladas
enfiam comida em todos os orifícios que conseguem enxergar. Sempre lembrando
que o desperdício não é total e elas costumam comer as caldas e cremes na
medida em que esparramam pelo corpo.
A história de difundir o sploshing como um fetiche partiu
de um cara doidão chamado Bill Shipton. Em 1989 ele criou a revista Splosh, uma
publicação voltada para os caras que curtem essa brincadeira de forma a se
tornar uma fantasia. O negócio deu certo, e o aparecimento da Internet
possibilitou expandir as fronteiras além do Reino Unido levando o fetiche por
vários países da Europa.
A revista ainda tem publicações esporádicas e Shipton
promove através das edições uma série de encontros de praticantes do fetiche,
mas tem na Internet a ancora que o ajuda a manter seu negócio, hoje comandado
também por sua esposa, a ex-modelo Hayley.
O incrível é que estes clipes não são curtos e normalmente
tem a duração de uma hora. Os caras produzem enredos que começam com elegância e
terminam numa bagunça de dar dó. Shipton se queixa da faxina posterior às produções
e seu maior desejo é não gastar mais de dois terços da vida fazendo limpeza.
Se houver um comparativo quantitativo podemos dizer que o
universo fetichista é bastante reduzido. Obviamente, neste contexto um
amontoado de práticas se mistura formando uma espécie de gueto onde vários
segmentos se intercalam. É evidente que há fetiches de menor expressão, com
menos apelo e por conseqüência, praticantes, sugerindo que alguns grupos por não
ter qualquer identificação com os demais criem seus próprios nichos.
É o caso do sploshing e outras práticas pouco comuns.
A chegada da Internet em meados dos anos noventa aproximou
fetichistas que antes tinham um sentimento de solidão absoluta em relação a tendências
de prazer. O sujeito era um náufrago numa ilha e não lhe passava pela cabeça
que alguém no universo comungasse da mesma idéia.
É interessante salientar a forma de visão das cenas de
sploshing de quem pira com a idéia e de quem jamais supôs que uma cena até certo
ponto hilária, pudesse despertar interesses sexuais em quem as assiste. O que não
é uma exclusividade do sploshing, visto que pessoas não identificadas com
algumas idéias costumam não entender a conexão entre desejo e cenas em vários
segmentos fetichistas.
Não se tem noticia de praticantes de sploshing em terras
tupiniquins.
No entanto, muita gente gosta de fazer uso de cremes e
chocolates em transas comuns, o que de repente indica alguma semelhança entre o
sploshing e atos provocativos costumeiramente apreciados numa transa qualquer.
Um comentário:
Este é o fetiche mais prazeroso que existe na minha opinião. Pena que é difícil achar praticantes aqui no Brasil, tendo que a maioria das vezes, ter que pratica-lo soxinho.
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