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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
Hoje Não tem Fetiche
Ontem às oito e meia da noite o prédio tremeu.
Um ruído seco, abafado, e um tremor que parecia àquelas cenas que se vê na TV tiradas dos terremotos no Japão.
Foi levantar e tentar ver na janela o que se passava. Muita poeira, gente correndo e uma carreira desenfreada escada abaixo desde o décimo andar. E havia acabado de postar a matéria aqui no blog.
Falei de fetiches, mas hoje não dá.
Talvez porque me falte inspiração ou até em respeito ao caos instalado e as pessoas que vi com o corpo tomado de poeira caminhando sem rumo, ou ainda aos que ficaram por baixo de toneladas de concreto. Porém, o fato de ter visto de perto, ter tirado uma foto que reproduzo aqui, postado nas redes sociais pra dizer que estava tudo bem, é o que me causa ainda a lembrança viva dos minutos em que deparei com algo que até então só havia visto na televisão.
O espanto de quem estava diante da tragédia e o silencio das pessoas no escuro, boquiabertos na frente de uma montanha de pedras, poeira e ferros retorcidos era de impressionar, e ainda persiste em permanecer na memória do escriba aqui.
Por esse motivo as fantasias hoje desaparecem desse espaço onde todos se acomodam e acham coisas interessantes pra ler.
Aos leitores e leitoras peço imensas desculpas, porque além de estar ainda vivendo esses momentos terríveis, por conseqüência natural tive que passar o dia de hoje ao redor do que restou de lugares onde amigos meus faziam de local de trabalho. É triste não saber quem estava ou quem ainda não apareceu.
Trinta metros. Essa foi à distância que me separou do acidente.
Cinco minutos. Foi o tempo que levei pra chegar a Avenida Treze de Maio cheio de poeira pelo corpo e em seguida ir pra casa, onde dormir foi uma condição totalmente necessária.
O porquê de todo esse desastre as pessoas competentes vão chegar a uma conclusão. O que sobra, o tempo se ocupa de fazer com que todos simplesmente esqueçam.
Entretanto, o que assisti atônito levo comigo pra sempre.
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3 comentários:
Entre a tristeza da tragedia, fica o conforto de te saber bem! Fique em paz!
Meu beijo
É estranho...eu só vi a partir da sua imagem e depois pelo G1 e Globo News...
Tragédias não são coisas boas mas nos levam a reflexões...Vc ontem falava do tempo que nos leva sem que a gente se dê conta.
Para muita gente, o tempo ficou suspenso...Estranhas coincidências...Agora é esperar a poeira assentar, literalmente.
Beijaço, como vc diz!
Nobre amigo e querido escritor,
sem dúvida me confortou saber que vc está bem, contudo deixo minha eterna solidariedade num momento de gde tristeza como o de agora....fique bem!!
bjs ternos
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