sexta-feira, 5 de novembro de 2010

A Festa do Reco


Tinha tudo pra ser uma daquelas festas de jovens em busca de aventura.
Desculpa pra namorada, sexta-feira de lua cheia, calor e muita disposição. O Reco ia se mudar e armou uma social na casa vazia.
Bebidas rachadas, vinte e poucos anos, seis amigos e pelo menos dez garotas. Algumas conhecidas e outras recém chegadas. Musica boa rolando e muita adrenalina.
As pessoas foram “se achando” quando o álcool começou a fazer efeito. Me lembro que rolou até lança perfume. A luz era quase imperceptível já que por precaução tratamos de sumir com as poucas lâmpadas que restavam, e nesse vai e vem, embolado com alguém num solitário sofá que deixaram na casa porque já não suportaria o transporte, notei um camarada do meu lado esquerdo com os pés da garota enfiados dentro da boca.
Devido a pouca luz (quase um breu) era impossível ver quem era.
O cara lambia, cheirava, fazia miséria e ela chapada era só gargalhadas. Cócegas? Talvez.
Mas o fato é que fetiche naquele tempo (olha que estamos falando de oitenta e qualquer coisa) era assunto proibido. Gostar de fetiche era coisa de tarado, maníaco sexual e outros predicados. E o cidadão não estava nem aí pra qualquer um que desse de cara com aquilo.
Fiquei tão ligado na imagem que meu tesão se multiplicou. Seria algum instinto de voyeur correndo nas veias? Sei lá, mas que a visão de uma cena pouco comum provoca a libido eu não tenho dúvidas.
Pois com o fetiche rolando ao lado tratei de me embolar com a garota de forma voraz. Era um beijo aqui e o olho grudado ali. A mulher já estava totalmente entregue e eu me embalava a cada olhada no podólatra se esbaldando à minha esquerda. Era um olho no gato e outro no peixe, uma paulada aqui e uma olhada pra lá.
Quando o cara mudou de posição pude ter certeza de quem era. Um parceiro, amigão, que jamais tinha confessado sua preferência por pés.
Fiquei com a cena na cabeça e pensei: vou amarrar essa mulher!
Tirei o cadarço do tênis e ela me deu um fora. “Nada disso. Que porra é essa?”
Insisti mas no máximo só rolou amarrar um pulso. Ficou parecendo uma rabiola de pipa mal feita. Um lixo. Mas o circo estava armado e parti com tudo, mesmo que o bondage comparado a podolatria do meu amigo tivesse a marca da imperfeição.
A festa foi rolando e as horas passando até chegar à irmã do Reco e acabar a brincadeira.
Mas engana-se quem pensa que foi ela quem acabou com a festa.
O bafafá melou quando o Reco pegou o Sérgio comendo a irmã dele...
Nunca tive coragem de tocar no assunto com o meu amigo. Fingi que não vi e ele talvez nem estivesse interessado em saber se alguém tinha notado sua podolatria.
Os tempos eram outros e a cabeça também.
Valeu a festa e, principalmente a lembrança.
Tempos difíceis. Hoje seria mais fácil. Porém, vai saber?

Diana Vidal Week

Falei dessa musa aqui essa semana.
Mas esse é um daqueles casos em que falar é quase nada perto do que se pode ver.
A Diana deu um show nos ensaios desta semana do Bound Brazil.
Sente o olhar.
Sempre relembrando que neste mês de Novembro, quando o site completa dois anos, cada semana é dedicada a uma modelo em especial.
O vídeo de dez minutos é um colírio pra quem gosta de bondage e silver tape. Não custa lembrar que é um dos materiais utilizados para imobilização mais pedidos por bondagistas.
Junto, o site exibe um photoset com as melhores cenas.
Um prato cheio. Imperdível!

Um ótimo final de semana a todos!

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