
Reza a lenda que sete entre dez adultos gostariam de viver fantasias durante atos sexuais.
Isso é fruto de uma pesquisa, não sou eu quem diz.
E por que gostariam? Porque numa outra pesquisa, nesse universo de adultos propensos a realizar fantasias sexuais, somente trinta por centro se atreve a tentar.
Alguns conceitos sociais advindos de séculos atrás ainda perduram nos dias de hoje. A geração do século XX que viveu sobre essa sombra não consegue achar espaço para expressar seus próprios sentimentos, ainda que tudo isso aconteça entre quatro paredes. Vergonha? Timidez?
Uma amiga na faixa dos quarenta me disse há bem pouco tempo que se sente suja diante de suas filhas ao lembrar de cenas libidinosas praticadas num passado recente. Talvez se fosse permitido ao ser humano viver por mais de cento e cinqüenta anos esse sentimento não seria o mesmo. Quem sabe o tempo tivesse relevância suficiente e servisse para afastar certos fantasmas e demônios.
Poderia também ser pior, e uma longa existência atuaria de forma inversa, proporcionando um maior apego a questões preconceituosas. É sempre bom lembrar que o preconceito por mais disseminando que seja não se compara a uma doença contagiosa. Ele habita nosso próprio interior. Ninguém nos obriga a agir de forma preconceituosa, apesar dos exemplos e convivência. Nós optamos por ser assim.
Acho que a questão exige uma dura reflexão de parte a parte. No meu modo de ver ter coragem para admitir a si mesmo certas preferências está acima de sentimentos como vergonha e timidez. Não sou filho de chocadeira. Tenho família, filhas moças e não me imagino sujo diante delas porque me exponho aqui nessas páginas. Também não espero reconhecimento e sequer quero servir de exemplo. Sou o que sou e não nego o que assumo com dignidade e total conhecimento de causa.
As pessoas costumam comparar simples fantasias sexuais inocentes a aberrações. Um fetichista não é um psicopata, apenas pensa de forma diferente quando o assunto é sexo. Ao longo dessa estrada de vida no nicho fetichista já convivi com tudo e com todos. Desde simples desejos por pés até cenas bizarras deselegantes de descrever. E não é porque não gosto de algumas fantasias que vou criticá-las ou aos seus praticantes. Desde que essas pessoas sigam um modo de conduta sadio e possam conviver de forma agradável no meio social eu os convido para a minha casa.
As fantasias fetichistas e os números travam uma luta interessante. Fazer parte de uma minoria tem as suas vantagens. Seria como torcer para o Madureira enquanto seus amigos são Flamengo, Fluminense, Vasco ou Botafogo. Desde que isto te traga prazer nada contra, afinal ser masoquista é ser fetichista...
A pesquisa citada é por amostragem. Se ficasse restrita a países nórdicos europeus onde estas práticas têm um significado maior, porque lá nunca houve pressões religiosas e patrulhamento social tão intenso, os números e as fantasias sexuais estariam mais próximos.
E assim caminha a humanidade...

E já que a nossa proposta é falar de fetiches sem preâmbulos, vamos ao que interessa.
A semana do site Bound Brazil no mês de segundo aniversário foi dedicada à bela Natasha Warsack.
No vídeo de hoje (Firegirl Attack) ela contracena com a Terps em trajes de bombeiro. Imaginem essa musa num micro short barbarizando a Natasha? Nada melhor que mostrar a essência do fetiche e suas doces conseqüências.
Um photoset com mais de sessenta tomadas completa a brincadeira.
Um excelente final de semana a todos!
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