terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Sexo: o medo que estimula


Se existe alguma coisa em matéria de sexo que me espanta é a coragem dos exibicionistas.
Ontem, assistindo ao programa Sexarama no canal GNT sobre as experiências sexuais de quem tem este tipo de fetiche, os depoimentos foram de arrepiar os cabelos.
Pessoas comuns, as quais podem ser vistas no dia a dia trabalhando, estudando, caminhando pela rua, contam em detalhes o que fizeram de inusitado em termos de relações sexuais as vistas de todos, e o que ainda não conseguiram fazer e desejam realizar.
O exibicionismo é um fetiche interessante que aguça os sentidos como um estimulante sexual natural quando há a percepção do medo ou do desafio. Os praticantes sentem-se atraídos pelo perigo de serem pegos no ato de suas práticas, mas a maioria não se importa em ser observado.
De volta ao programa de ontem, me chamou a atenção um casal jovem que de tanto se exibir sexualmente em locais públicos, passou a praticar atos sexuais diante de uma câmera através de um cinegrafista contratado e hoje vivem a expectativa de se tornarem astros da indústria de filmes pornográficos.
Admitem claramente as preferências sexuais que são capazes de realizar num vídeo, e, ao mesmo tempo, passam uma lista de fetiches que podem ser praticados e os que de nenhuma maneira aceitariam.
Confissões sobre experiências realizadas aparecem em cena e as pessoas relatam situações incríveis, como sexo no capô do carro numa auto-estrada, brincadeiras eróticas em elevadores mesmo com as câmeras de vigilância gravando, banheiro de restaurante, piscina de clubes e até na praia. Ilustrando a matéria, um casal simpático encena essa lista de desejos aos espectadores com uma trilha sonora impecável e uma locutora de causar orgasmos a qualquer fetichista auditivo de plantão.
Sem sombra de duvida é fácil perceber que esse tipo de programa com conteúdo adulto amplia o universo sexual de quem assiste gerando impulsos adormecidos quando toca o subconsciente em meia hora de exibição. A facilidade de diálogo e a intimidade com esse tipo de assunto ficam claras e não existem subterfúgios para lidar com qualquer tema central.
E se a idéia foi tratar o exibicionismo como fetiche expondo o desejo de quem se atreve a praticar e tirar dozes de prazer indescritíveis dessas cenas, o programa acertou na mosca. Nunca foi tão fácil entender a profundidade desse tipo de desejo e como atua em cada um que se habilita a essa prática. O inesperado é o grande barato de quem entra nessa roda e os momentos que antecedem o ato de despir-se expondo o sexo como num filme acelera os batimentos cardíacos de tal forma que dá um frio na barriga só de imaginar.
Desafiar o perigo e sustentar a posição assumida deve prevalecer em primeiro plano a qualquer pessoa que se atreva a praticar sexo num local público, assim se durante as caricias preliminares ou o ato em si, a porta do elevador abrir e o flagra for irreversível só existe duas posições plausíveis a serem tomadas: relaxar e sorrir...

Afinal essa era uma das possibilidades possíveis o que deixa claro que o risco faz parte do exibicionismo e um não vive sem o outro.
Embora sejam exibidos tarde da noite, os programas de conteúdo adulto que o GNT oferece aos assinantes como o Sexarama ou o Sexcetera no Canal Multishow, trazem matérias interessantes e inéditas, com entrevistas, imagens ousadas e tudo que é capaz de elucidar fetiches comuns ou diferentes a quem nunca teve contato.
Para saber mais sobre a programação adulta do GNT ou do Canal Multishow basta acessar: http://canaisglobosat.globo.com/

2 comentários:

Clayton disse...

Gostei muito do seu blog e da maneira clara como aborda os assunto sem frescura.
Voltarei mais vezes

Anônimo disse...

Me atrevo a deixar aqui um comentário e embora tenha pouco conhecimento de assuntos fetichistas, me causa espanto saber sobre essas aventuras exibicionistas.
Me passa um pouco de irresponsabilidade e falta de decoro confundir liberdade com libertinagem, quando duas pessoas se exibem num local público praticando sexo como tomassem um sorvete.
Fico imaginando se entro num elevador com minha filha de oito anos e deparo com esta cena, a qual ratifico com Dantesca, de dois adultos copulando como se fossem animais ou estivessem num motel.
Quero crer que esse tipo de comportamento deveria ser assistido - já que essa é a vontade dos pombinhos - por um público capaz de entende-los e plenamente de acordo com o fato, mas jamais por pessoas comuns que nada tem a ver com suas fantasias.
Desculpe-me se tenho uma opinião contrária a desses praticantes, mas mesmo respeitando toda e qualquer atividade fetichista ou afim, fica complicado entender esse tipo de atitude. De certo, pessoas com esse pensamento deveriam recorrer a um bom psicanalista antes de praticar tal sandice!
Algumas matérias aqui são ótimas e de excelente contribuição a todos.
Parabéns
Cassandra